Capítulo 39 — Domínio próprio e fidelidade
Não temos o direito de sobrecarregar nem as faculdades mentais nem as forças físicas, de maneira que nos exaltemos facilmente e sejamos levados a pronunciar palavras que desonrem a Deus. O Senhor deseja que sejamos sempre calmos e pacientes. Não obstante o que façam as pessoas, devemos representar a Cristo, procedendo como Ele procederia em circunstâncias semelhantes.
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Quem ocupa posição de confiança, cada dia tem que tomar decisões das quais dependem resultados de grande importância. Muitas vezes tem que pensar com rapidez, e isso só pode ser feito com êxito pelos que praticam estrita temperança. A mente se fortalece sob o correto tratamento das faculdades físicas e mentais. Se o esforço não for grande demais, adquire novo vigor com cada experiência.
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Ninguém, senão aquele que é cristão de todo o coração, pode ser um real cavalheiro
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O deixar de conformar-se com os reclamos de Deus em todos os pormenores significa fracasso e prejuízo certos para o transgressor. Deixando de seguir o caminho do Senhor, rouba ele ao seu Criador o serviço que Lhe é devido. Isso reflete sobre si mesmo; deixa de conquistar a graça, a capacidade, a força de caráter que toda pessoa que tudo entrega a Deus tem o privilégio de receber. Vivendo separado de Cristo, fica exposto à tentação. Comete erros em sua obra para o Mestre. Infiel aos princípios nas coisas mínimas, deixa de cumprir a vontade de Deus nas maiores. Procede segundo os princípios a que se acostumou.
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Deus não pode unir-Se aos que, colocando-se em primeiro lugar, vivem para agradar a si mesmos. Os que assim procedem, no fim hão de ser os últimos de todos. O pecado que mais se aproxima de ser desesperançadamente incurável é o orgulho da opinião própria e o egoísmo. Isso impede todo o crescimento. Quando o homem tem defeitos de caráter, e deixa de reconhecê-los; quando está tão possuído de presunção que não vê a sua falta, como pode então ser purificado? “Não necessitam de médico os sãos, mas sim os doentes.” Mateus 9:12. Como pode alguém ser aperfeiçoado, se já se considera perfeito?
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Quando a pessoa, que os demais supõem ser guiada e ensinada por Deus, se desvia do caminho por causa da presunção, muitos lhe seguem o exemplo. Seu passo errado pode levar milhares a se desviarem também.
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Lembre-se da parábola da figueira.
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“Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando; e disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho; corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente. E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque; e, se der fruto, ficará, e, se não, depois a mandarás cortar.” Lucas 13:6-9.
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“Deixa-a este ano.” Há nessa frase uma lição para todos os que se acham ligados à obra de Deus. Foi concedido um período de graça à árvore que não produzia fruto. E da mesma forma tem Deus muita paciência com o Seu povo. Mas daqueles que tiveram grandes vantagens e se acham em posições de alta e sagrada confiança, e ainda assim não produzem fruto, diz Ele: “Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente?” Lucas 13:7.
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Lembrem-se os que se acham ligados às instituições especiais do Senhor, de que Ele exigirá fruto de Sua vinha. Proporcionalmente às bênçãos concedidas serão os resultados exigidos. Anjos celestiais têm visitado todos os lugares em que se acham estabelecidas as instituições de Deus, e as têm ajudado. A infidelidade nessas instituições é pecado maior do que seria noutra parte, pois tem maior influência do que noutra parte teria. Infidelidade, injustiça, desonestidade e conivência com o mal impedem a luz que Deus deseja brilhar a partir de Seus servos.
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O mundo está observando, pronto para, com rigor e severidade, criticar suas palavras, comportamento e transações comerciais. Todo aquele que desempenha uma parte na obra de Deus é observado e pesado na balança do discernimento humano. No espírito de todos aqueles com quem entram em contato ficam constantemente impressões, favoráveis ou desfavoráveis à religião bíblica.
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O mundo observa para ver que fruto é produzido pelos professos cristãos. Ele tem o direito de esperar abnegação e sacrifício da parte dos que pretendem crer em avançada verdade.
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Tem havido e continuará a haver entre nossos obreiros os que não sentem necessidade de Jesus a cada passo. Julgam que não podem tomar tempo para orar nem assistir a reuniões religiosas. Têm tanto que fazer que não encontram tempo para conservar o espírito no amor de Deus. Quando isso acontece, Satanás entra em ação para criar vãs imaginações.
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Obreiros que não são diligentes nem fiéis, produzem um mal incalculável. Constituem-se em exemplo para outros. Em cada instituição há alguns que prestam serviço sincero, com disposição alegre; mas, não os atingirá o fermento? Deverá a instituição ser deixada sem alguns sinceros exemplos de fidelidade cristã? Quando homens que pretendem ser representantes de Cristo se revelam como não convertidos, de caráter grosseiro, egoísta, impuro, devem ser afastados da obra.
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Os obreiros precisam reconhecer a santidade do legado com que o Senhor os honrou. Motivos impulsivos, atos caprichosos, têm que ser postos de lado. Os que não sabem distinguir entre o santo e o profano não são mordomos de confiança em altas responsabilidades. Quando tentados, trairão a confiança neles depositada. Os que não apreciam os privilégios e oportunidades de uma ligação com a obra de Deus, não subsistirão quando o inimigo apresentar suas tentações mais sutis. São facilmente desviados por projetos egoístas, ambiciosos. Se, depois de lhes haver sido apresentada a luz, ainda deixam de discernir entre o correto e o errado, quanto antes forem desligados da instituição, tanto mais pura e elevada será a reputação da obra.
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Não deve ser conservado em quaisquer das instituições do Senhor quem, numa crise, deixa de reconhecer que Seus instrumentos são sagrados. Se os obreiros não têm satisfação na verdade; se sua ligação com a instituição não os torna melhores, não lhes traz o amor da verdade, então, depois de prova suficiente, devem ser afastados da obra; pois a sua falta de religião e descrença vão influenciar os demais. Por meio deles operam anjos maus, para desviar os que entram como aprendizes. Devemos escolher para aprendizes jovens promissores, que amem a Deus. Mas se forem colocados em convivência com outros que não têm amor a Deus, estarão sob o perigo constante da influência profana. Os falsos e mundanos, os que são dados à tagarelice, que vivem a comentar as faltas alheias, ao passo que se descuidam das próprias, devem ser afastados da obra.
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1960
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Testemunhos para a Igreja 7
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