Testemunhos para a Igreja 7

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Capítulo 38 — Cooperação

No estabelecimento de instituições em novos campos, é muitas vezes necessário colocar responsabilidades sobre pessoas não plenamente familiarizadas com os pormenores da obra. Essas pessoas trabalham com grande desvantagem e, a menos que elas e seus coobreiros tenham interesse abnegado na instituição do Senhor, disso resultará um estado de coisas que comprometerá sua prosperidade. T7 197.1

Julgam muitos que o ramo de trabalho em que estão empenhados só interessa a eles e que ninguém mais deveria a seu respeito fazer sugestão alguma. Esses mesmos podem ser ignorantes quanto aos melhores métodos de conduzir a obra; contudo, se alguém ousa dar-lhes conselhos, sentem-se ofendidos e tornam-se mais decididos a seguir seu critério independente. Outras vezes, obreiros há que não estão dispostos a ajudar nem a instruir seus companheiros. Há também aqueles, inexperientes, que não desejam que sua ignorância se torne conhecida. Cometem erros, à custa de muito tempo e material, porque são orgulhosos demais para pedir conselho. T7 197.2

Não é difícil determinar a causa das dificuldades. Os obreiros têm sido fios independentes, quando deveriam se considerar fios que têm que ser tecidos juntos, a fim de concorrerem para formar o quadro total. T7 197.3

Essas coisas ofendem o Espírito Santo. Deus deseja que aprendamos uns dos outros. A não santificada independência nos coloca no lugar em que Ele não pode trabalhar conosco. Satanás é que muito se agrada com tal estado de coisas. T7 197.4

Não deve haver segredos, nem ansiedade por temor de que outros adquiram o conhecimento possuído por alguns poucos. Semelhante espírito dá origem a constantes suspeitas e restrições. Condescende-se em pensar e suspeitar mal, e se extingue do coração o amor fraternal. T7 197.5

Cada ramo da obra de Deus tem ligação com outro ramo. Numa instituição presidida por Deus, não pode existir exclusivismo; pois Ele é o Senhor de todo o tato, todo relacionamento; Ele é o fundamento de todos os métodos corretos. Ele é quem comunica conhecimento a respeito deles, e homem algum deve considerar esse conhecimento exclusivamente seu. T7 198.1

Cada obreiro deve ter interesse em todos os ramos da obra, e se Deus lhe concedeu discernimento, capacidade e conhecimentos que ajudem em qualquer ramo, deve ele comunicar aos outros isso que recebeu. T7 198.2

Toda habilidade que possa ser empregada na instituição, por meio do esforço desinteressado, deve ser posta em prática a fim de que a instituição prossiga com êxito, um vivo e operoso agente de Deus. Obreiros consagrados, que possuam talento e influência, é o de que precisam as casas publicadoras. T7 198.3

Todo obreiro será provado para ver se está trabalhando pelo progresso da instituição do Senhor ou para servir aos seus próprios interesses. Os que se converteram darão diariamente prova de que não procuram usar para seu proveito pessoal as vantagens e conhecimentos que adquiriram. Reconhecem que a Providência Divina lhes concedeu essas vantagens; que, como instrumentos do Senhor, podem servir à Sua causa, fazendo o melhor trabalho. T7 198.4

Ninguém deve trabalhar pelo amor do elogio ou ambição de supremacia. O obreiro fiel fará o melhor que está ao seu alcance porque assim procedendo pode glorificar a Deus. Procurará desenvolver todas as suas faculdades. Cumprirá os seus deveres como se fizesse para Deus. Seu único desejo será que Cristo receba homenagem e serviço perfeito. T7 198.5

Empenhem os obreiros todas as suas energias no esforço de conseguir vantagens para a causa do Senhor. Assim fazendo eles mesmos adquirirão capacidade e eficiência. T7 198.6