Testemunhos para a Igreja 6

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Capítulo 53 — A igreja e o ministério

É alto tempo de que os membros de nossas igrejas façam decididos esforços para sustentar os homens que proclamam ao mundo a última mensagem de misericórdia. Que os membros da igreja, numa manifestação de religiosidade prática, apóiem a mensagem de advertência que está sendo levada ao mundo pelos mensageiros de Deus. As pessoas inteligentes estão alarmadas ante as perspectivas existentes no mundo. Se os que possuem conhecimento da verdade praticarem os princípios bíblicos, mostrando que foram santificados pela verdade, e são verdadeiros seguidores do manso e humilde Salvador, exercerão influência que ganhará pessoas para Cristo. T6 417.1

Qualquer coisa menos do que o serviço ativo e fervoroso em favor do Mestre desmente a nossa profissão de fé. Unicamente o cristianismo que se revela por meio de trabalho sincero e prático impressionará os que estão mortos em ofensas e pecados. Cristãos de oração, humildes e crentes, que por seus atos mostrem que o seu maior desejo é comunicar a verdade salvadora, colherão frutos abundantes para o Mestre. T6 417.2

Precisamos quebrar a monotonia de nossa atividade religiosa. Estamos fazendo um trabalho no mundo, mas não demonstramos suficiente atividade e zelo. Se fôssemos mais zelosos, as pessoas seriam convencidas quanto à veracidade da nossa mensagem. A timidez e monotonia no serviço que prestamos a Deus repele muitas pessoas da classe mais elevada, que querem ver zelo mais profundo, sincero e santificado. A religião formal não atenderá às necessidades da época presente. É possível praticarmos todos os atos exteriores de culto, e ainda assim estarmos destituídos da influência vivificante do Espírito Santo, como os montes de Gilboa estavam carentes do orvalho e da chuva. Todos necessitamos do orvalho espiritual, bem como dos brilhantes raios do Sol da Justiça, para nos suavizar e subjugar o coração. Devemos estar sempre firmados nos princípios, como uma rocha. Os princípios bíblicos devem ser ensinados e também apoiados por uma prática santificada. T6 417.3

Os que se empenham no serviço de Deus precisam mostrar ânimo e determinação no trabalho de ganhar almas. Lembrem-se de que muitos perecerão, a menos que nós, como instrumentos de Deus, trabalhemos com uma determinação que nunca falhe nem esmoreça. O trono da graça deve ser o nosso contínuo apoio. T6 418.1

Não existe desculpa para que a fé de nossas igrejas seja tão vacilante e fraca. “Voltai à fortaleza, ó presos de esperança.” Zacarias 9:12. Há energia para nós em Cristo. Ele é o nosso Advogado perante o Pai. Ele envia a todas as partes do Seu domínio os Seus mensageiros para comunicarem Sua vontade ao Seu povo. Anda no meio de Suas igrejas. Quer santificar, elevar e enobrecer os Seus seguidores. A influência dos que verdadeiramente nEle crêem será um cheiro de vida no mundo. Ele tem à Sua destra as estrelas, com o propósito de que, por intermédio delas, a Sua luz irradie para o mundo. Assim pretende preparar Seu povo para o mais elevado serviço na igreja do Céu. Ele nos incumbiu de realizar uma grande tarefa. Façamo-la com exatidão e determinação. Mostremos em nossa vida o que a verdade tem feito por nós. T6 418.2

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“Aquele ... que anda no meio dos sete castiçais de ouro.” Apocalipse 2:1. Esse texto mostra a ligação de Cristo com as igrejas. Em todo o comprimento e largura da Terra, Ele anda no meio das Suas igrejas. Observa-as com interesse intenso a fim de ver se, espiritualmente, estão em condição tal que possam apressar o estabelecimento do Seu reino. Cristo está presente em cada reunião da igreja. Conhece pessoalmente cada pessoa que toma parte nos cultos. Conhece aqueles cujo coração Ele pode encher do óleo santo, para o repartirem com outros. Os que fielmente levam avante a obra de Cristo em nosso mundo, exemplificando por palavras e atos o caráter de Deus, cumprindo o propósito do Senhor para com eles, são muito preciosos à Sua vista. Cristo Se compraz neles, como alguém se deleita num jardim bem cuidado e na fragrância das flores que plantou. T6 418.3

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Tem custado abnegação, sacrifício, esforço e muita oração para colocar os vários empreendimentos missionários no nível em que agora estão. Existe o perigo de que alguns dos que agora entram em atividade se conformem sendo ineficientes, pensando que agora não há tanta necessidade de abnegação e diligência, tanto trabalho difícil e desagradável, como o experimentaram os pioneiros desta mensagem; que os tempos são outros; e que, visto haver agora mais recursos na causa de Deus, não há necessidade de se submeterem às provações a que muitos se sujeitaram no início deste movimento. T6 419.1

Porém, se a mesma diligência e abnegação fossem manifestas na fase atual da obra, como o foi no seu início, realizaríamos cem vezes mais do que agora fazemos. T6 419.2

Se quisermos que a obra prossiga no elevado plano de ação com que iniciou, não deve haver desvio dos recursos morais. Impõe-se que se faça continuamente novo suprimento de energia moral. Se os obreiros iniciantes pensarem que podem diminuir os seus esforços, que a abnegação e a economia estrita, não apenas de meios mas também de tempo, não são necessárias agora, a obra regredirá. Os obreiros atuais devem possuir o mesmo grau de religiosidade, esforço e perseverança que os nossos pioneiros possuíam. T6 419.3

A obra avançou de maneira tal que abrange agora um território vasto, e aumentou o número dos crentes. Ainda existe grande deficiência, uma vez que um trabalho maior poderia ter sido realizado se tivesse imperado o mesmo espírito missionário dos primeiros tempos. Sem esse espírito, o obreiro somente maculará e desfigurará a causa de Deus. A obra está realmente regredindo em vez de avançar como Deus pretendia que ocorresse. O nosso número presente e a extensão da nossa obra não têm comparação com o que foram inicialmente. Devemos ponderar o que poderia ter sido feito se cada obreiro consagrasse a Deus alma, corpo e espírito, como deveria fazer. T6 420.1

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Nossas igrejas devem cooperar na obra de cultivar o solo espiritual, com a esperança de colher aqui e ali. Há muita perversidade a ser enfrentada, muito bloqueio de planos santos e consagrado esforço, em virtude do coração malvado e descrente. Mas a obra necessita ser realizada. O solo é rebelde, mas precisa ser cultivado e as sementes da justiça devem ser lançadas. Não fiquem parados, instrutores a quem Deus ama, como estando em dúvida quanto a prosseguir num trabalho que crescerá à medida que seja realizado. Não fracassem, nem se sintam desencorajados. Os que semeiam em lágrimas colherão com alegria. “Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.” 1 Coríntios 3:9. Lembrem-se de jamais confiar em si mesmos. T6 420.2

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Devemos orar como nunca. Não somente para que sejam enviados obreiros à grande seara, mas também para que tenhamos concepção clara da verdade, de tal forma que, quando vierem os mensageiros da verdade, aceitemos a mensagem e respeitemos o mensageiro. T6 420.3