Testemunhos para a Igreja 3

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Capítulo 16 — O perigo dos elogios

Foi-me mostrado que é preciso haver muita cautela, mesmo tratando-se de desembaraçar pessoas de um fardo opressor, para que não ponham sua confiança na própria sabedoria e se esqueçam de que dependem inteiramente de Deus. Não é bom elogiar a pessoa ou exaltar os talentos de um servo de Cristo. No dia de Deus muitos hão de ser pesados na balança e achados em falta por causa de sua exaltação pessoal. O Eu facilmente se eleva, fazendo o indivíduo perder o equilíbrio. Repito a meus irmãos e irmãs: Se desejam ser inocentes do sangue de todos os homens, nunca lisonjeiem nem exaltem os esforços de pobres mortais; porque isso pode ser a ruína deles. Há perigo em exaltar por palavras ou por atos a um irmão ou irmã, por mais aparentemente humilde que seja sua conduta. Se eles são realmente dotados desse espírito manso e humilde que Deus tanto aprecia, ajudem-nos a conservá-lo. Isto não se fará por meio de censuras ou deixando de apreciar devidamente as suas qualidades; mas há poucos que suportam sem prejuízo os efeitos de um elogio. T3 185.1

Alguns pastores de talento, que estão agora pregando a verdade presente, gostam de aprovação. O elogio os estimula como o vinho estimula ao bebedor. Coloquem esses pastores onde haja uma congregação pequena, que se não entusiasma facilmente nem provoca oposições decisivas, e se apagará logo seu interesse e seu zelo, tornando-se eles sonolentos e indolentes como o bêbado a quem se tenha privado do álcool. Estes homens não se tornarão obreiros verdadeiramente práticos antes que tenham aprendido a trabalhar sem a exaltação dos elogios. T3 185.2