Capítulo 17 — Trabalho a favor dos que erram
Os irmãos C e D falharam em alguns aspectos em seu controle dos negócios da igreja em Battle Creek. Agiram em demasia no próprio espírito e não dependeram totalmente de Deus. Falharam em cumprir seu dever não encaminhando a igreja a Deus, a Fonte de águas vivas, junto à qual poderiam suprir sua carência e satisfazer a fome de seu coração. A influência renovadora e santificadora do Espírito Santo, que daria paz e esperança à consciência perturbada, e restauraria saúde e felicidade ao pecador, não recebeu a máxima atenção. O bom objetivo que tinham em vista não foi atingido. Estes irmãos excediam no espírito de fria crítica no exame dos indivíduos que se apresentaram para se tornarem membros da igreja. O espírito de chorar “com os que choram” e de alegrar-se “com os que se alegram” (Romanos 12:15) não estava no coração destes pastores como devia ter estado.
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Cristo identificou-Se com as necessidades de Seu povo. As necessidades e sofrimentos desse povo eram Seus também. Diz Ele: “Tive fome, e destes-Me de comer; tive sede, e destes-Me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-Me; estava nu, e vestistes-Me; adoeci, e visitastes-Me; estive na prisão, e fostes ver-Me.” Mateus 25:35, 36. Os servos de Deus devem ter coração de terna afeição e sincero amor para com os seguidores de Cristo. Devem manifestar aquele profundo interesse que Jesus nos apresenta no cuidado do pastor para com a ovelha perdida; seguir o exemplo dado por Cristo, e exercer a mesma compaixão e benignidade, e o mesmo terno e compassivo amor manifestado por Ele para conosco.
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As grandes forças morais do coração são fé, esperança e amor. Se estes não forem exercidos, por mais diligente e zeloso que seja o pastor, seu trabalho não será aceito por Deus e não pode produzir bem para a igreja. Um servo de Cristo que apresenta a solene mensagem de Deus ao povo deve sempre tratar com justiça, amar a misericórdia e andar humildemente diante de Deus. O espírito de Cristo no coração inclinará toda faculdade da mente a nutrir e proteger as ovelhas de Seu pasto, como um verdadeiro e fiel pastor. O amor é o elo dourado que liga os corações crentes uns aos outros em voluntários laços de amizade, ternura e fiel constância — [elo] que une o coração a Deus. Há decidida falta de amor, compaixão e compassiva ternura entre os irmãos. Os ministros de Cristo são muito frios e sem coração. O coração deles não se acha inflamado de terna compaixão e fervoroso amor. A mais pura e elevada devoção a Deus é aquela que se manifesta nos mais fervorosos desejos e esforços para ganhar almas para Cristo. A razão por que os pastores que anunciam a verdade presente não são mais bem-sucedidos é que eles são grandemente deficientes em fé, esperança e amor. Há para todos nós labutas e conflitos, abnegações e provas íntimas do coração a enfrentar e suportar. Haverá aflição e lágrimas por nossos pecados; haverá lutas constantes e vigílias, mescladas com remorso e vergonha por causa de nossas deficiências.
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Que os ministros da cruz de nosso querido Salvador não esqueçam sua experiência nessas coisas; mas lembrem-se sempre de que são apenas homens, sujeitos a errar, e possuindo as mesmas paixões que seus irmãos; e que, se ajudam a seus irmãos, precisam ser perseverantes nos esforços que fazem para os beneficiar, tendo o coração cheio de piedade e amor. Precisam chegar ao coração de seus irmãos e ajudá-los onde eles são fracos e mais necessitam de auxílio. “Os que trabalham na palavra e na doutrina” (1 Timóteo 5:17) devem quebrantar o próprio coração duro, orgulhoso, incrédulo, se querem ver isso nos irmãos. Cristo fez tudo por nós, porque nos viu desamparados; estávamos ligados com cadeias de trevas, pecado e desespero, não podendo portanto fazer coisa alguma por nós mesmos. É mediante o exercício da fé, esperança e amor que chegamos mais e mais perto da norma de perfeita santidade. Nossos irmãos sentem a mesma comovente necessidade de auxílio que temos experimentado. Não os devemos oprimir com censuras desnecessárias, mas deixar que o amor de Cristo nos constranja a ser muito compassivos e brandos, de modo a chorarmos sobre os que erram e os que se desviaram de Deus. O ser humano é de infinito valor. Esse valor só pode ser estimado pelo preço pago a fim de redimi-lo. O Calvário! O Calvário! O Calvário exprimirá o real valor de um ser humano!
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1958
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Testemunhos para a Igreja 3
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