Testemunhos para a Igreja 1
Capítulo 111 — O instituto de saúde
Nos números anteriores dos Testemunhos Para a Igreja falei da importância de os adventistas do sétimo dia estabelecerem uma instituição para benefício de doentes, especialmente aqueles dentre nós. Falei das possibilidades financeiras de nosso povo para fazer isso, e insisti que tendo em vista a importância desse ramo da grande obra de preparação para encontrar-se com o Senhor com alegria de coração, nosso povo deve sentir-se convocado, de acordo com sua capacidade, a investir parte de seus meios em tal instituição. Conforme se me apresentaram, também chamei a atenção para alguns dos perigos aos quais médicos, administradores e outros estariam expostos, na realização de tal empreendimento. Assim esperei que esses riscos fossem evitados. Nisso, todavia, nutri esperança por algum tempo, apenas para sofrer decepção e mágoa. T1 633.1
Eu havia tomado grande interesse na reforma de saúde e tinha grandes esperanças pela prosperidade do Instituto de Saúde. Sentia, como nenhum outro, a responsabilidade de falar a meus irmãos e irmãs, em nome do Senhor, sobre essa instituição e sobre seu dever de fornecer os meios necessários. Observei o progresso dessa obra com intenso interesse e ansiedade. Quando vi os que os administradores e dirigentes estavam se expondo aos perigos que me foram mostrados e sobre os quais eu os advertira publicamente e através de conversas particulares e cartas, terrível fardo caiu sobre mim. O que eu vira como um lugar onde nossos doentes sofredores podiam ser ajudados, era um centro onde sacrifício, hospitalidade, fé e piedade seriam princípios predominantes. Mas quando se fizeram inadequados apelos solicitando grandes somas de dinheiro, com a declaração de que esses fundos proporcionariam grande retorno; quando os irmãos que ocupavam posições na instituição pareciam desejosos de receber maiores salários do que aqueles que ocupavam postos igualmente importantes na grande causa da verdade e reforma, e estavam satisfeitos com seu salário; quando descobri, com pesar, que para tornar a instituição popular aos que não eram de nossa fé e granjear patrocínio, um espírito de condescendência estava rapidamente ganhando terreno no Instituto, manifestado no uso de formas de tratamento tais como “senhor”, “senhorita” e “senhora”, em lugar de “irmão” e “irmã”, e em permitir ali diversões populares nas quais todos pudessem participar como se fosse divertimento relativamente inocente; quando vi essas coisas, disse: Isso não é o que me foi mostrado como uma instituição para enfermos, os quais deveriam compartilhar a assinalada bênção divina. Isso é outra coisa. T1 633.2
Faziam-se, porém, cálculos para a construção de mais edifícios e requeria-se mais investimentos. Do jeito que as coisas estavam sendo dirigidas no Instituto, achei, de modo geral, que ele estava sendo uma maldição. Embora alguns fossem beneficiados em termos de saúde, a influência sobre a igreja de Battle Creek e os irmãos e irmãs que visitavam essa clínica era tão negativa, que excedia todo o bem que fora feito. Essa influência estava atingindo igrejas deste e de outros Estados, sendo terrivelmente destrutiva à fé em Deus e à verdade presente. Vários irmãos que vieram a Battle Creek, cristãos humildes, consagrados e confiantes, foram embora quase como infiéis. A influência geral dessas coisas criava preconceitos contra a reforma de saúde em muitos de nossos melhores, mais dedicados e humildes irmãos e destruía a fé nos meus Testemunhos e na verdade presente. T1 634.1
Foi esse estado de coisas referentes à reforma de saúde e ao Instituto de Saúde, juntamente com outras situações, que tornaram meu dever falar como o fiz no Testemunho n 13. Eu bem sabia que ele produziria uma reação e preocupação em muitas mentes. Também sabia que precisava haver uma reação mais cedo ou mais tarde e, para o bem do Instituto e da causa de modo geral, quanto mais cedo melhor. Se as coisas tivessem tomado um rumo errado, para prejuízo de vidas preciosas e da causa em geral, quanto mais cedo fosse isso notado e corretamente tratado, melhor. Quanto maior o afastamento, pior a ruína, maior a reação e o desânimo geral. A obra mal administrada precisa sofrer uma auditoria. É necessário haver tempo para reparar erros e reiniciar no rumo certo. T1 634.2
A boa obra realizada pela igreja de Battle Creek no último outono, a completa reforma e retorno a Deus por parte de médicos, auxiliares e dirigentes do Instituto de Saúde; a harmonia geral de nossos irmãos em todas as partes do campo acerca do grande objetivo dessa instituição e a maneira como deve ser dirigida, à qual se somou a diversificada experiência de mais de um ano, não apenas no rumo errado mas também no certo; todas essas coisas me dão mais confiança de que a reforma de saúde e o Instituto de Saúde demonstrar-se-ão maior sucesso do que eu esperava. Continuo nutrindo esperança de ver o Instituto de Saúde de Battle Creek prosperando e sendo em todos os aspectos a clínica que me foi mostrada. Levará, porém, tempo para corrigir cabalmente e superar os erros do passado. Com a bênção de Deus isso pode e será feito. T1 635.1
Os líderes dessa obra têm solicitado recursos de nosso povo sob o pretexto de que a reforma de saúde é parte da grande obra ligada à mensagem do terceiro anjo. Nesse ponto estão certos. Ela é um ramo da grande, caritativa, liberal, abnegada e benevolente obra de Deus. Então, por que esses irmãos dizem: “Os recursos do Instituto de Saúde darão grande retorno”, “a instituição é um bom investimento”, “aplicação rentável”? Por que não falam tão bem da Sociedade de Publicações que paga alta porcentagem? Se esses são dois ramos da mesma grande e final obra de preparação para a vinda do Filho do homem, por que não? Ou por que não fazer de ambos alvo de liberalidade? Que a pena e a voz que apelaram aos amigos da causa em favor de fundos para publicação não se omitam a tais incentivos. Por que, pois, não expor aos ricos e cobiçosos observadores do sábado o fato de que eles podem fazer grande bem investindo seus meios no Instituto de Saúde, e ao mesmo tempo reter o capital e também receber grande retorno pelo simples emprego dele? Os irmãos foram solicitados a fazer contribuições para a Sociedade de Publicações, e nobre e alegremente sacrificaram ao Senhor, seguindo o exemplo daquele que fez o apelo, e a bênção de Deus repousou sobre esse ramo da grande obra. Mas é de se temer que o desagrado divino se manifeste contra a forma como foram levantados os fundos para o Instituto, e que a Sua bênção não acompanhe totalmente aquela instituição enquanto esse erro não for corrigido. Em meu apelo aos irmãos em favor de tal instituição, no Testemunho n 11, página 492, eu disse: T1 635.2
“Foi-me mostrado que não há falta de recursos entre os adventistas observadores do sábado. Seu maior perigo, atualmente, é o acúmulo de propriedades. Alguns, constantemente, estão amontoando seus cuidados e esforços; estão sobrecarregados. E o resultado é que Deus e as necessidades de Sua causa quase são por eles esquecidos; estão espiritualmente mortos. Deles se requer que façam um sacrifício a Deus, uma oferta. O sacrifício não aumenta, mas diminui e se consome.” T1 636.1
Minha opinião sobre esse assunto de meios é que devia haver um sacrifício a Deus. Nunca pensei diferente. Mas se os acionistas precisam conservar o capital e obter determinados dividendos, onde está o decréscimo ou o sacrifício que se consome? Quais são os perigos dos guardadores do sábado que estão acumulando bens depreciáveis pelo presente plano de aquisição de ações do Instituto? Seus perigos apenas aumentam. E eis uma desculpa adicional para sua cobiça. Ao investirem em ações do Instituto, tido como um negócio de compra e venda como em qualquer outro bem, não fazem sacrifício. Sendo-lhes prometido grande lucro como incentivo, o espírito de lucro e não de sacrifício os leva a investir muito nas ações do Instituto, de modo que não dispõem senão de pouco ou quase nada para dar a outros ramos da obra ainda mais importantes. Deus requer que essas pessoas mesquinhas, cobiçosas e mundanas se sacrifiquem pela humanidade sofredora. Ele as exorta a reduzirem suas posses mundanas por causa dos aflitos que crêem em Jesus e na verdade presente. Elas devem ter uma oportunidade de agir com plena consciência das decisões do Juízo Final, como descritas nas seguintes ardorosas palavras do Rei dos reis: “Então, dirá o Rei aos que estiverem à Sua direita: Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-Me de comer; tive sede, e destes-Me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-Me; estava nu, e vestistes-Me; adoeci, e visitastes-Me; estive na prisão, e fostes ver-Me. Então, os justos Lhe responderão, dizendo: Senhor, quando Te vimos com fome e Te demos de comer? Ou com sede e Te demos de beber? E, quando Te vimos estrangeiro e Te hospedamos? Ou nu e Te vestimos? E, quando Te vimos enfermo ou na prisão e fomos ver-Te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes.” Mateus 25:34-40. T1 636.2
“Então, dirá também aos que estiverem à Sua esquerda: Apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; porque tive fome, e não Me destes de comer; tive sede, e não Me destes de beber; sendo estrangeiro, não Me recolhestes; estando nu, não Me vestistes; e estando enfermo e na prisão, não Me visitastes. Então, eles também Lhe responderão, dizendo: Senhor, quando Te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão e não Te servimos? Então, lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a Mim. E irão estes para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna.” Mateus 25:41-46. T1 637.1
Novamente, na página 494 do Testemunho n 11, eu disse: “Há um liberal suprimento de meios entre nosso povo e se todos sentirem a importância da obra, esse grande empreendimento poderá ser levado avante sem maiores problemas. Todos deveriam sentir um especial interesse em apoiá-lo, especialmente aqueles que têm meios para investir. Um edifício adequado deve ser erguido para a recepção de doentes, para que possam, pelo apropriado uso de meios e bênçãos de Deus, ser aliviados de suas enfermidades e aprender como cuidar de si mesmos, prevenindo assim doenças. T1 638.1
“Muitos que professam a verdade estão se tornando mesquinhos e cobiçosos. Necessitam tomar consciência sobre si mesmos. Têm eles seu tesouro na Terra e o coração está posto nele. A maior parte de seus tesouros está neste mundo e muito pouco no Céu. Por conseguinte, suas afeições estão colocadas nas posses terrenas em lugar da herança celestial. Há agora uma boa oportunidade de usar seus meios em benefício da humanidade sofredora e também para o progresso da verdade. Esse empreendimento nunca deveria ser deixado a lutar com a pobreza. Esses mordomos a quem Deus confiou meios devem agora trabalhar e usar seus recursos para a glória do Senhor. Os que cobiçosamente retêm os meios verão que isso se provará uma maldição antes que bênção.” T1 638.2
Naquilo que me foi mostrado e naquilo que disse, não recebi outra idéia nem desejei transmitir outro pensamento que não seja o do levantamento de recursos para este setor da obra, que devia ser uma questão de liberalidade, a mesma que se adota na sustentação de outros ramos da grande obra. Embora a mudança do plano atual para outro que tenha a plena aprovação do Senhor, possa ser acompanhada de dificuldades e requeira tempo e muito trabalho, penso que possa ser realizada com pequena perda das ações já adquiridas. Isso trará em resultado um sensível aumento do capital doado, para ser investido de maneira apropriada no alívio da humanidade sofredora. T1 638.3
Muitos que adquiriram ações não foram capazes de doá-las. Algumas dessas pessoas estão sofrendo pelo dinheiro que investiram em ações. Ao viajar de Estado a Estado, encontro pessoas aflitas à beira da sepultura, que devem passar algum tempo no Instituto, mas não podem devido à falta de meios que foram investidos nas ações dessa entidade. Elas não deveriam ter investido ali um dólar sequer. Mencionarei apenas um caso em Vermont. No início de 1850, um irmão tornou-se observador do sábado, e desde aquela data passou a contribuir liberalmente para os muitos empreendimentos da obra, até ficar com suas posses reduzidas. Quando, porém, veio o apelo urgente e inoportuno por parte do Instituto, ele adquiriu ações no montante de cem dólares. Na reunião em _____, ele apresentou o caso de sua esposa, que se achava muito debilitada e necessitava de assistência urgente. Ele expôs sua situação e disse que se pudesse resgatar os cem dólares aplicados naquela instituição, teria condições de enviar a esposa para tratamento. Caso contrário, não poderia enviá-la. Dissemos-lhe que jamais deveria ter investido um dólar sequer no Instituto; que havia algo de errado naquele assunto a respeito do qual não podíamos ajudá-lo. Isso pôs fim à questão. Não hesitei em dizer que aquela irmã tinha o direito ser tratada gratuitamente no Instituto, umas poucas semanas pelo menos. Seu marido mal podia pagar a passagem de ida e volta para Battle Creek. T1 639.1
Os amigos da bondade, da verdade e da santidade devem agir com referência ao Instituto, de acordo com o plano de sacrifício e liberalidade. Tenho quinhentos dólares em ações do Instituto as quais desejo doar, e se meu marido tiver sucesso com seu livro, ele doará mais quinhentos dólares. Aqueles que estiverem de acordo com esse plano, entrem em contato conosco em Greenville, Condado de Montcalm, Michigan, declarando a quantia que desejam doar ou investir em ações da Sociedade de Publicações. Quando isso for feito, que as doações entrem conforme as necessidade; quer o dinheiro seja muito ou pouco, que venha. Que os meios sejam investidos cuidadosamente. Que sejam cobrados dos pacientes preços os mais razoáveis. Que os irmãos contribuam para cobertura parcial das despesas de nossos doentes pobres e dignos. Que os debilitados sejam conduzidos ao ar livre, se puderem, para cultivar os belos campos de propriedade do Instituto. Que não façam isso com a estreita idéia de receber remuneração, mas com o pensamento generoso de que a despesa feita na aquisição desses terrenos foi um ato de benevolência em seu favor. Que esse trabalho seja parte de sua terapia, tanto quanto a utilização de banhos. Que a benevolência, a caridade, a bondade, o sacrifício pelo bem-estar alheio, sejam a idéia dominante entre os médicos, administradores, auxiliares e pacientes, e em entre todos os amigos de Jesus, de longe e de perto, em vez de salários, bons investimentos, negócio compensador e ações de boa rentabilidade. Que o amor a Cristo e às pessoas, a simpatia pela humanidade sofredora, governem tudo quanto dissermos e fizermos com relação ao Instituto de Saúde. T1 639.2
Por que deveria o médico cristão — que crê, espera, aguarda, antecipa e anseia pela vinda e reino de Cristo, quando doença e morte não mais terão poder sobre os santos — esperar maior pagamento por seus serviços do que o editor ou o pastor cristão? Ele pode dizer que seu trabalho é mais cansativo. Isso é passível de provas. Que ele trabalhe tanto quanto possa suportar sem violar as leis de vida que ensina a seus pacientes. Não há boas razões para ele trabalhar em excesso e receber por isso um salário superior ao do pastor e do editor. Que todos quantos desempenham sua parte no Instituto recebam o pagamento por seus serviços, agindo sobre o mesmo princípio liberal. Não se deve aceitar no Instituto a permanência de um obreiro que trabalha simplesmente por seu salário. Há gente competente que, por amor a Cristo, Sua causa e Seus discípulos sofredores, ocupará fiel, alegremente e com espírito de sacrifício, posições nesse Instituto. Os que não têm este espírito devem retirar-se e dar lugar aos que o possuem. T1 640.1
Tanto quanto sou capaz de analisar, metade dos enfermos de nosso povo, que deve passar semanas ou meses no Instituto, não pode pagar as despesas totais de viagem e internação ali. Deve a pobreza excluir esses amigos de nosso Senhor das bênçãos que Ele tão profusamente proveu? Devem eles ser deixados a lutar contra o duplo fardo de doença e pobreza? Os doentes ricos, que têm todos os confortos e comodidades da vida, e têm condições de pagar pelo árduo trabalho, poderão, com cuidado e repouso, obtendo informações e fazendo tratamento em casa, desfrutar de satisfatório estado de saúde sem ir ao Instituto. Mas que podem fazer nossos irmãos e irmãs pobres e doentes para recobrar a saúde? É possível que possam fazer algo, mas a pobreza os obriga a trabalhar além do que são realmente capazes. Eles não dispõem de todos os confortos da vida. Conveniências como acomodações, mobiliário, meios para banhos e arranjos para boa ventilação, eles não possuem. Talvez o único cômodo da casa esteja ocupado por um fogão, tanto no inverno como no verão. E pode ser que todos os livros que têm em casa, excetuando-se a Bíblia, caibam entre o polegar e o indicador. Eles não têm dinheiro para comprar livros para que possam ler e aprender como viver. Esses queridos irmãos são justamente os que necessitam de ajuda. Muitos deles são cristãos humildes. Eles podem ter falhas e algumas delas ser tão antigas que se tornam a causa de sua presente pobreza e miséria. Podem, porém, estar vivendo à altura de seu dever, muito mais do que nós que temos meios para melhorar nossa condição e a de outros. Eles devem ser pacientemente ensinados e ajudados de bom grado. T1 641.1
Mas eles precisam estar dispostos e ansiosos por ser ensinados. Precisam nutrir um espírito de gratidão a Deus e a seus irmãos pela ajuda que recebem. Tais pessoas geralmente não têm a menor idéia dos custos de tratamento, internação, aposentos, combustível, etc., no Instituto de Saúde. Elas não compreendem a magnitude da grande obra da verdade presente e reforma, e muitas apelam para a liberalidade de nosso povo. Não se dão conta de que o número de nossos pobres é muitas vezes maior do que o dos ricos. É possível que não se apercebam da força do terrível fato de que a maioria desses ricos está apegada às suas riquezas, e no rumo direto da perdição. T1 641.2
Essa gente pobre e aflita deve ser ensinada que quando se queixa de seu destino e murmura contra os ricos devido à cobiça, comete um grande pecado à vista do Céu. Devem primeiramente compreender que sua pobreza e doença são infortúnios geralmente oriundos dos próprios pecados, desatinos e erros, e se o Senhor põe no coração e na mente de Seu povo o impulso de ajudá-los, isso deve inspirar-lhes sentimentos de humilde gratidão a Deus e a Seu povo. Devem fazer tudo quanto estiver ao seu alcance para ajudar a si mesmos. Se possuem parentes que podem e querem custear suas despesas no Instituto, devem conceder-lhes esse privilégio. T1 642.1
Em vista do fato de que muitos pobres e aflitos que devem, em maior ou menor grau, ser objetos da caridade do Instituto, também por causa da falta de recursos e da atual necessidade de acomodações, sua permanência no Instituto deve ser curta. Devem internar-se com o propósito de obter, tão rápida e amplamente quanto possível, conhecimento prático do que devem ou não devem fazer para recuperar a saúde e viver de maneira saudável. As palestras que ouvirem enquanto no instituto, e os bons livros que lerem sobre como viver saudavelmente em casa, devem constituir sua principal segurança. Eles podem encontrar algum alívio durante as poucas semanas que permanecerem no Instituto, mas farão muito mais em casa ao praticar os mesmos princípios. Não devem esperar que os médicos os curem dentro de poucas semanas, mas precisam aprender a viver, dando à natureza uma oportunidade de realizar-lhes a cura. O processo de cura pode iniciar-se durante as poucas semanas de permanência no Instituto, e ainda requerer anos para completar a obra pela correta prática de hábitos no lar. T1 642.2
Um homem poderá despender tudo quanto tem neste mundo no Instituto de Saúde e encontrar grande alívio. Ao retornar, porém, à sua casa e a seu velho estilo de vida, dentro de poucas semanas ou meses estará em pior estado de saúde do que antes. Ele nada ganhou; gastou seus limitados meios por nada. O objetivo da reforma de saúde e do Instituto de Saúde não é, como uma dose de analgésico, aliviar as dores do momento. Não, realmente! Seu grande objetivo é ensinar o povo como viver de maneira a dar ao organismo a chance de remover a doença e a ela resistir. T1 643.1
Gostaria de dizer aos doentes dentre nosso povo: Não desanimem. Deus não abandonou Seu povo nem Sua causa. Que esses tornem conhecidos aos médicos seu estado de saúde e suas possibilidades de arcar com as despesas de internação, fazendo contato com o Instituto de Saúde em Battle Creek, Michigan. Se você estiver doente, cansado e debilitado, não deixe a questão até o ponto de seu caso tornar-se sem esperança. Escreva imediatamente. Devo dizer, contudo, aos irmãos pobres: No momento, pouco pode ser feito para ajudá-lo, em virtude do capital levantado estar sendo investido em material e construções. Façam todo o possível por si mesmos e outros haverão de ajudá-los. T1 643.2