Estudos em Educação Cristã
Treinando Missionários no Sustento Próprio – Um Movimento Missionário Leigo
Era plano divino que o clamor da meia-noite e a mensagem do terceiro anjo fossem levados a cada nação, tribo, língua e povo. Deus queria um exército treinado para propagar essa religião prática a um mundo que havia sido educado por meios muito distantes dos princípios do evangelho, ou seja, pelos sistemas papal e pagão de educação. EEC 66.4
Vimos que a educação cristã, conforme ministrada pelos reformadores educacionais em cada denominação protestante, tornou possível um poderoso movimento leigo. Podemos, assim, entender como esses missionários de sustento próprio seriam capazes de rapidamente levar a mensagem ao mundo. Era o calculado esforço de Satanás frustrar esse movimento de leigos de sustento próprio. Ele alcançou seus desejados resultados ao exaltar a literatura mundana a uma posição acima da Bíblia, ao fazer com que praticamente todo o tempo do estudante fosse consumido em esforços mentais, levando-o a menosprezar os aspectos práticos da vida, e ao levar o sistema educacional a substituir gradualmente o trabalho manual por atletismo, esportes e jogos. Satanás está se esforçando para enganar os próprios eleitos, a igreja remanescente. EEC 66.5
As denominações protestantes não puderam “levar a mensagem da verdade presente em toda a sua plenitude a outros países”, pelo fato de não terem “rompido primeiro cada jugo” de educação secular; elas não quiseram “entrar na linha da verdadeira educação”; não educaram de modo a “preparar um povo” para “entender a mensagem, e então dar a mensagem ao mundo” (“The Madison School,” p. 28). EEC 67.1
Professores e estudantes de sustento próprio: — EEC 67.2
“Os alunos dessas escolas [dos profetas] se sustentavam por meio do próprio trabalho ao cultivarem o solo ou realizarem algum emprego mecânico... Muitos dos professores religiosos se sustentavam através do trabalho manual” (Christian Education, p. 61). EEC 67.3
“As escolas devem ser fundadas fora das cidades, onde os jovens possam aprender a cultivar o solo, o que ajudará com que eles próprios, bem como a escola, se autossustentem... Que meios sejam arrecadados para o estabelecimento de tais escolas” (Testemunhos para a Igreja, Vol. 7, p. 232). EEC 67.4
“O ensino em nossas escolas não deve agora ser conduzido como o tem sido no passado, onde muitas coisas eram apresentadas como sendo essenciais, quando na verdade eram apenas de menor importância” (Ellen G. White, “Words of Encouragement to Self-supporting Workers” [Palavras de Encorajamento para Obreiros de Sustento Próprio] Pamphlet 113, p. 20 [9 de janeiro de 1909]). EEC 67.5
“Sua escola deve ser um exemplo de como o estudo da Bíblia, a educação geral, a educação física e a obra de saúde podem ser combinadas em muitas escolas pequenas que serão estabelecidas com simplicidade em muitos lugares” (Ellen G. White, The Spalding and Magan Collection, p. 420 [6 de janeiro de 1908]). EEC 67.6
“Precisamos de escolas que sejam de sustento próprio, e isso pode suceder se professores e estudantes forem prestimosos, laboriosos e econômicos... São necessários sacrifícios em toda parte” (Ellen G. White, “Words of Encouragement to Self-supporting Workers”, p. 28 [24 de janeiro de 1907]). EEC 67.7
Obra para leigos de sustento próprio: — EEC 68.1
“Em breve chegará o tempo em que o povo de Deus, por causa da perseguição, será disperso em muitos países. Aqueles que têm recebido uma educação integral estarão em grande vantagem onde quer que se encontrarem” (Ellen G. White, “An Appeal for the Madison School,” Pamphlet 119, p. 2). EEC 68.2
O apóstolo Paulo EEC 68.3
“ilustrou de maneira prática o que podia ser feito por consagrados leigos em muitos lugares. ... Há um vasto campo aberto diante do obreiro de manutenção própria. ... Ele recebe do Céu sua missão, e do Céu espera a recompensa quando a obra a ele confiada estiver concluída” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 198). EEC 68.4
Antes de 1844, muitos reformadores educacionais foram impressionados pelo Espírito de Deus a dar uma educação prática, a fim de que seus alunos tivessem a liberdade de levar a verdade a qualquer campo para o qual Deus os chamasse. Esses reformadores viram que o sistema educacional em voga nas igrejas protestantes era totalmente inadequado para preparar missionários que ousassem apresentar uma verdade impopular contrária à vontade dos líderes nessas denominações. EEC 68.5
“O Prof. Finney, do Colégio Oberlin, disse: ‘Temos presenciado diante de nós o fato de que, em geral, as igrejas protestantes de nosso país, em essência, se mostraram apáticas ou hostis a quase todas as reformas morais da época. ... As igrejas em geral estão lamentavelmente se degenerando. Elas têm se apartado para muito longe do Senhor e Ele tem se retirado delas’” (O Grande Conflito, p. 377). EEC 68.6
“As igrejas, em geral, não aceitaram a advertência. Seus ministros... haviam deixado de aprender a verdade, quer pelo testemunho dos profetas, quer pelos sinais dos tempos... O fato de que a mensagem foi principalmente pregada por leigos era insistentemente apresentado como argumento contra ela... Multidões, confiando implicitamente em seus pastores, recusaram-se a ouvir a advertência” (Ibid., p. 380). EEC 68.7
Centenas de missionários de manutenção própria foram enviadas pelo diretor Finney, de Oberlin, que EEC 68.8
“estabeleceu a máxima surpreendente, e um pouco exagerada, de que ninguém estava apto a ser um missionário a menos que estivesse disposto, com apenas uma espiga de milho no bolso, a partir para as Montanhas Rochosas” (The Story of Oberlin, p. 238). EEC 68.9
Esse era o espírito de fé e ousadia que foi despertado no coração dos alunos que foram ensinados a desenvolver-se a partir do cultivo do solo. EEC 69.1
A Sociedade Americana de Educação era o departamento educacional da Igreja Congregacional, e seu trabalho era supervisionar todas as instituições de ensino dessa denominação. Oberlin foi estabelecido por homens piedosos da Igreja Congregacional que desejavam tornar sua escola um meio para formar missionários dessa denominação. EEC 69.2
“Alguns dos candidatos ao ministério fizeram um pedido de ajuda financeira a essa organização, ... o que os mantenedores se recusaram a aprovar; posteriormente, porém, embora a contragosto, indispostamente cederam... Oberlin entrou numa prolongada contenda com a Sociedade Americana de Educação, cujo motivo de atrito se encontrava em certas ideias acariciadas pelos fundadores, notadamente a que dizia respeito à manutenção própria que deveria tornar-se facilmente acessível através das soberanas virtudes do trabalho manual” (Ibid., p. 250, 249). EEC 69.3
O esforço de Oberlin para treinar missionários de manutenção própria foi atacado pelo Hudson College, uma escola congregacional que tentou prejudicar a influência de Oberlin na denominação. “Essa era uma oportunidade boa demais para Hudson perder”. Em janeiro de 1837, veio a público esta injusta crítica da parte de Hudson: EEC 69.4
“Quando Oberlin começou, foi dito que os estudantes iriam se automanter, não precisando, portanto, de ajuda. Tal modo de trabalhar ia de encontro à visão da Sociedade de Educação, e muitos se recusaram a contribuir; assim, quando Oberlin se convenceu de que seu esquema era visionário e procurou ajuda para os alunos, o Conselho lhes pediu para declarar com franqueza que Oberlin não era autossustentável, de modo a tirar do público essa noção equivocada. Isso não foi feito... Lamentamos que eles não digam claramente: ‘Não somos uma escola de manutenção própria.’ Agora parece que os alunos de Oberlin não conseguem ganhar mais do que outros e precisam igualmente de ajuda. Então o trabalho manual em Oberlin não é em nada melhor do que é em outros lugares” (Ibid., p. 250). EEC 69.5
Oberlin nem sempre foi a favorita das instituições irmãs e “passou a parecer como a perturbadora de Israel, uma ismaelita. Lane e Hudson se sentiam injustiçadas. Oberlin era como uma intrusa desavergonhada, uma caçadora ilegal de suas reservas” (Ibid., p. 150). Essa visão era mantida por causa do “êxodo maciço de estudantes que haviam sido arrebanhados pela escola do Sr. Shipherd”. Os membros do corpo docente de Lane e Hudson pensavam que “em todas as coisas, enquanto Oberlin era radical, eles eram conservadores. Sim, e Oberlin ficou lotada de estudantes”; e isso a despeito do fato de que “Oberlin fez todos os esforços que podia para restaurar nas igrejas as diretrizes puramente democráticas da Nova Inglaterra. Portanto, Oberlin foi abominada por uma multidão dos bons e lançada fora como coisa vil”. “É dito que Oberlin é baseada em trabalho manual, mas assim também o é Hudson. Diz-se que os alunos vêm do Leste; mas por que deveriam vir de instituições excelentes, tradicionais, ricamente dotadas e bem comandadas nos estados mais antigos para ter uma educação num instituto pequeno e mal mobiliado nas florestas de Ohio? Por que os estudantes deveriam ser importunados para sair das instituições em que estão e ir a Oberlin, como entendo estar acontecendo amplamente nesta região?” (Ibid., p. 247). Assim falavam os críticos de Oberlin. EEC 69.6
Os diretores de Oberlin sentiram profundamente os golpes provindos de seus próprios irmãos que ocupavam posições de liderança. As acusações não eram verdadeiras. Oberlin estava enviando centenas de missionários de sustento próprio aos índios, aos montanheses do Sul, aos ex-escravos e a outros campos carentes. Isso levou o presidente Mahan a replicar: EEC 70.1
‘“Não nos sentimos na obrigação de dizer ou fazer alguma coisa. Não nos importamos muito se a Sociedade auxilia nossos estudantes ou não. Se quisermos ajuda, podemos obtê-la.’ Assim estigmatizada e marginalizada, o que Oberlin e seus amigos poderiam fazer senão organizar uma sociedade educacional própria? ... [Oberlin] foi acusada em todas as partes do pecado de dissidência, de ser inimiga da união cristã, esforçando-se vigorosamente para derrubar o status quo eclesiástico... No momento, a sorte que coube à Oberlin foi ser lançada fora como vil; e se não fosse pela existência da Associação e de outros grupos subordinados filiados a ela, os alunos de Oberlin teriam sido incapazes de garantir qualquer licença ou ordenação” (Ibid., p. 251, 252). EEC 70.2
Em 1839, a Igreja Congregacional colocou estas perguntas no jornal da igreja com respeito a Oberlin: EEC 70.3
“Deverão os jovens ir para lá na expectativa de obter uma educação teológica completa e clássica? Serão eles recebidos pelas igrejas como pastores ou missionários? Há alguma obrigação de ajudar a Oberlin como agora se encontra constituída?” (Ibid., p. 254). EEC 70.4
Em 1840, dois estudantes de Oberlin EEC 71.1
“pediram para ser licenciados, e o caso deles foi encaminhado a uma comissão que, sem o menor questionamento, simplesmente perguntou se eles acreditavam nas doutrinas ensinadas em Oberlin e em seu modo de fazer as coisas. Recusando-se a responder a tal inquirição, o discurso finalmente adotou este tom: ‘Vocês acreditam, de modo geral, que Oberlin seja uma boa instituição ou uma maldição para o mundo?’ Eles disseram então que pensavam ser ela boa e também acreditavam que a comissão também pensaria assim se seus membros passassem uma semana lá” (Ibid., p. 254, 255). EEC 71.2
A licença lhes foi recusada. EEC 71.3
A Associação Congregacional então tomou esta medida em relação a Oberlin: “Consideramos não recomendável que nossas igrejas empreguem ministros conhecidos por acalentar a filosofia de Oberlin” (Ibid., p. 255, 256). Em 1841, essa questão foi levantada pela Associação de Ohio: “Será validado um batismo administrado por um egresso de Oberlin?” (Ibid., p. 256). A questão foi encaminhada a uma comissão, que informou: EEC 71.4
“As ideias de Oberlin são extremamente perigosas e corruptoras, e esses pregadores não deveriam ser recebidos pelas igrejas como ministros ortodoxos, nem seus membros devem ser admitidos à comunhão”. EEC 71.5
“Em 1844, a Associação Geral de Nova York condenou a heresia e censurou a Associação de Genessee por ignorá-la. ... O Conselho Americano exonerou dois nobres missionários, Bradley e Casswell, na Tailândia, pela mesma razão... A Convenção de Cleveland foi realizada nesse ano, mas a Associação à qual a igreja de Oberlin estava ligada não foi convidada para participar de suas deliberações. O Sr. Finney e o diretor Mahan estavam presentes, mas uma moção feita para que fossem convidados a sentar-se como membros representantes foi rejeitada por maioria considerável, como testificou um delegado presente. No entanto, a maior parte do tempo foi gasta em denunciar Oberlin, e o principal objetivo da convenção parecia ser o de destruir sua influência, e excluí-la dos limites da ortodoxia” (Ibid., p. 256, 257). EEC 71.6
Formada a Associação Missionária Americana: — EEC 71.7
“Quando os egressos de Oberlin partiam como missionários para o noroeste, tornou-se necessário criar a Sociedade Evangélica Missionária Ocidental para enviá-los e apoiá-los. E quando eles começaram a trabalhar em favor dos negros em Ohio, no Canadá, nas Índias Ocidentais ou na África, outras organizações se fizeram indispensáveis, que, em 1846, se uniram para formar a Associação Missionária Americana. Esta, por anos, cobriu com suas operações tanto o campo local como o campo estrangeiro. ... O mau sentimento, bastante prevalecente e amplamente disseminado, encontrava frequente expressão em frases como estas: Um delegado na Convenção de Cleveland disse: ‘A influência de Oberlin era pior que a do Catolicismo Romano.’ O presidente da Universidade de Michigan publicamente declarou sua convicção de que ‘a teologia de Oberlin era quase demoníaca.’ Outro irmão ainda disse: ‘Irmãos, odeio Oberlin tão vigorosamente como odeio a escravidão, e vocês sabem que odeio a escravidão como odeio o diabo” (Ibid., p. 257, 258). EEC 71.8
Quando os alunos de Oberlin se inscreveram na Sociedade Educacional Americana para serem enviados como missionários junto aos índios, a Sociedade respondeu: “Não podemos. Vocês são bons homens e lhes desejamos tudo de bom, mas isso não podemos fazer”. Em outra ocasião, “o Conselho orientou um de seus missionários para que tivesse cuidado no sentido de ter intimidade muito grande com os homens de Oberlin, para não serem envenenados por sua influência”. Um estudante de Oberlin tinha solicitado um cargo de ministro numa igreja congregacional. A banca examinadora perguntou: “Se for aceito, você permitirá que o Diretor Mahan ou o Prof. Finney de Oberlin preguem em seu púlpito? E como ele respondeu que o faria, metade de um dia foi gasto considerando se deveriam prosseguir com o exame. Quando alguém comentou sobre os irmãos de Oberlin, outro disse: ‘Eles não são irmãos, eles são estrangeiros’, e quase todo o grupo simpatizava com essa afirmação” (Ibid., p. 249, 265). EEC 72.1
Oberlin estava passando por um teste de fogo. Essas experiências foram suportadas, em grande parte, com espírito amável. Eles se ocupavam de seus próprios negócios e enviavam um constante fluxo de missionários ativos, entusiasmados e bem-sucedidos ganhadores de almas. Eles estavam começando a apreciar a verdade desta afirmação maravilhosa a respeito da educação cristã: EEC 72.2
“Quando atingirmos a norma que o Senhor deseja que atinjamos, as pessoas mundanas considerarão os adventistas do sétimo dia como extremistas esquisitos, alienados e antiquados” (Ellen G. White, Review and Herald, 9 de janeiro de 1894). EEC 72.3
“Gostaria que vocês tivessem um ponto em mente: não se perturbem facilmente com o que outros possam dizer. Certifiquem-se de que estão certos e, em seguida, vão em frente. ... Não se incomodem com as opiniões daqueles que falam por falar” (Ellen G. White, Pamphlet 158, p. 13 [18 de julho de 1892]). EEC 72.4
Vale lembrar que a Sra. E. G. White faz menção à história de Oberlin quando a instituição estava passando por essas experiências, ao declarar: EEC 73.1
“As igrejas em geral se estão degenerando lamentavelmente. Elas têm se afastado muito do Senhor, e Ele tem se retirado delas” (O Grande Conflito, p. 377). EEC 73.2
Se Oberlin tivesse cedido às exigências da igreja, se ela não tivesse se esforçado para obedecer a Deus mesmo sob dificuldades, ela nunca teria feito o que fez. Foi em face dessas experiências que ela conseguiu colocar mais missionários entre os ex-escravos do que todo o conjunto das outras faculdades americanas. O Espírito do Senhor ajudou os professores de Oberlin a reconhecer, nas condições daquele tempo, o princípio contido na seguinte declaração: EEC 73.3
“Não é da vontade do Senhor que o trabalho no sul deva ser confinado aos métodos já definidos e regulares. Verificou-se ser impossível limitar o trabalho segundo esses planos e alcançar sucesso. Obreiros diariamente cheios de zelo e sabedoria do alto precisam trabalhar conforme forem guiados pelo Senhor, não esperando receber autorização dos homens” (Ellen G. White, The Southern Watchman, 15 de dezembro de 1903, par. 14). EEC 73.4
Um estudante do sistema de trabalho manual em Oberlin se torna diretor: — A experiência do Prof. James H. Fairchild, que esteve ligado a Oberlin por mais de sessenta anos, primeiro como aluno e depois como professor, dá testemunho do fato de que Oberlin realmente tornou possível aos alunos se autossustentarem. O Prof. Fairchild escreveu: “Uma razão bem óbvia para eu escolher essa instituição foi minha limitação financeira”. Falando de si mesmo, de quando tinha dezessete anos, ele afirmou: EEC 73.5
“Meus pais tinham condições de me liberar da fazenda, mas não podiam fornecer-me dinheiro para pagar o estipêndio. Oberlin era uma escola de trabalhos manuais, e meu irmão e eu fizemos o primeiro curso juntos sendo estudantes industriários. Quando lá chegamos, fomos encarregados de serrar ripas na serraria durante quatro horas por dia, recebendo cinco centavos por hora. Isso cobriu nossas despesas no primeiro ano. No ano seguinte e em anos posteriores, trabalhamos como carpinteiros e marceneiros nos edifícios da faculdade e nas casas da comunidade. Por esse trabalho, reforçado pelo salário proveniente de ensinar nas férias, conseguimos nosso estipêndio durante todo o curso, sem qualquer sensação de falta ou cansaço, ou qualquer obstáculo para nossos estudos ou preparação geral para nosso futuro trabalho profissional” (The Story of Oberlin, p. 290). EEC 73.6
Esse jovem era um estudante de teologia e, com outros de sua turma, saíram para as igrejas como ministros de manutenção própria. Essa foi a preparação que ele recebeu e que o capacitou para ocupar uma posição primeiramente como instrutor em Oberlin e, mais tarde, como presidente da instituição na qual ele passou a vida. EEC 74.1
Salário: — O caráter dos professores que dão aos estudantes a inspiração para a obra de manutenção própria é assim descrito por um professor de Oberlin: EEC 74.2
“Sua piedade é mais semelhante à do divino Professor do que a que geralmente se vê; ele trabalha com vigor para fazer o bem na escola e fora dela; sua educação, embora não acadêmica, é suficientemente extensa; ele é um homem de trabalho manual; não ensina por dinheiro, mas para fazer o bem; é profundamente interessado no oeste [americano]” (Ibid., p. 96). EEC 74.3
Quanto ao salário desse professor, um membro da comissão diretiva escreveu: EEC 74.4
“Aconselho que lhe sejam oferecidos US$ 400,00 com o direito de moradia e alguns hectares de terra, forragem para o seu cavalo, duas vacas e madeira” (Idem). EEC 74.5
Dos fundadores de Oberlin é dito: EEC 74.6
“Essas almas altruístas e abnegadas ofereceram-se à instituição sem qualquer salário durante cinco anos” (Ibid., p. 269). EEC 74.7
Oberlin era capaz de se automanter, em parte por ter reduzido seu corpo docente, com a utilização de estudantes-professores, e em parte porque os membros de seu corpo docente estavam dispostos ao sacrifício em termos salariais. EEC 74.8
Os estudantes que buscaram uma educação nessa instituição ali chegavam com o mesmo espírito de seus professores. Fala-se dos estudantes de Oberlin: EEC 74.9
“Com seus próprios músculos eles forjavam seu caminho para o ministério. A maioria deles já era relativamente de idade madura, enquanto alguns já haviam passado dos trinta anos. ... Era uma nobre classe de rapazes excepcionalmente fortes, pouco refinados, completamente radicais e intensamente sinceros” (Ibid., p. 132). EEC 74.10
Missionários de sustento próprio: — Essas escolas que lutavam com os problemas da verdadeira educação estavam todas treinando missionários e evangelistas. Elas mantinham diante dos estudantes um objetivo definido, uma vida de trabalho que convocava ao autossacrifício e à devoção. Isso despertava zelo e dedicação no trabalho de professores e estudantes. O mundo estava se aproximando de um dos anos mais solenes de sua história. Chegara o momento de ser pregada a mensagem do juízo. Um clima de intensidade se apoderava dos homens em cada aspecto da vida. Os estudantes dessas escolas estavam despertos para as grandes questões sociais do momento, e, em lugar de despender seu tempo e energia no estudo de clássicos mortos e outros assuntos inúteis que tinham pouco ou nenhum valor no treinamento de obreiros cristãos, eles lidavam com verdadeiros problemas que demandavam ação, bem como raciocínio. Por exemplo, os estudantes de Oberlin dedicavam-se ao trabalho missionário entre os índios; estavam educando os negros; enviavam obreiros às regiões montanhosas do Sul, e mesmo às ilhas marítimas. EEC 75.1
“Em cada longo período de férias, os alunos de Oberlin viajavam para o sul de Ohio, onde quer que estivessem reunidos esses pobres [negros], e dispensavam-lhes simpatia e compaixão, recebendo apenas o suficiente para viver. Em 1836, Hiram Wilson, um estudante da Lane, viajou para as regiões mais ao norte do Canadá para trabalhar entre os vinte mil ex-escravos que haviam fugido da escravidão para aquele lugar de refúgio. Eles estavam na mais profunda pobreza e ignorância. Ele dedicou toda a sua vida à tarefa de cristianizá-los e educá-los. No final de dois anos, catorze professores procedentes de Oberlin o estavam ajudando. Em 1840, nada menos que trinta e nove estavam ensinando em escolas para negros em Ohio, a metade deles composta de mulheres jovens, recebendo apenas acomodação e comida como outros tantos no Canadá” (Ibid., p. 322, 323). EEC 75.2
Foram experiências como essas que prepararam esses jovens a fazer uma obra mais eficiente entre os negros libertos. EEC 75.3
A maior parte desse trabalho tinha sua base na manutenção própria. EEC 75.4
“O grande grupo de jovens que saiu de Oberlin para pregar naqueles dias foram enviados como missionários domésticos — com a exceção de que não procuravam nenhuma sociedade para ajudar as igrejas no pagamento de seus salários. Não era difícil encontrar igrejas carentes que os quisessem receber. ... Tamanhos eram a ignorância predominante e os conceitos errôneos em relação à Oberlin que o máximo que poderiam procurar era o privilégio de trabalhar em algum campo necessitado sem ser molestados. Cada homem era obrigado a encontrar um lugar para si e lentamente procurar assegurar reconhecimento. Nessas condições, os homens de Oberlin encontraram sua missão e esperavam por dias mais promissores” (Ibid., p. 323, 324). EEC 75.5
Missionários para Cuba: — Em 1836, um estudante, em busca de um clima quente por questões de saúde, dirigiu-se a Cuba. EEC 76.1
“Sendo ele um mecânico especializado, encontrou seu autossustento facilmente, e enquanto ali vivia concebeu a ideia de uma missão junto aos negros da Jamaica, a ser levada adiante independentemente de qualquer ajuda externa” (Ibid., p. 325). EEC 76.2
Uma das missões iniciadas em Cuba foi chamada de Oberlin. EEC 76.3
“Durante quinze anos a convocação de recrutas continuou, e foi correspondida até que, ao todo, trinta e seis missionários se dispuseram a ir. Durante vários anos esses homens e mulheres perseverantes, à parte da ninharia que esses ex-escravos podiam dar, dependeram quase que integralmente do trabalho de suas próprias mãos. Além disso, construíram suas próprias habitações, bem como capelas e edifícios escolares” (Idem). EEC 76.4
Oberlin estava treinando homens para proclamar uma mensagem impopular, e essas experiências faziam parte de sua formação. EEC 76.5
“Um ou dois anos de trabalho abnegado e eficiente com alguma igreja necessitada, sem receber auxílio, era o teste para se chegar a uma reconhecida posição ministerial. Estudantes de teologia que saíam para pregar não encontravam nenhuma sociedade missionária para orientá-los a abrir as portas e estabelecer uma remuneração por seus serviços. Eles se dirigiam para onde a pregação era mais necessária e, frequentemente, retornavam de mãos tão vazias como quando partiram, exceto pela amizade e gratidão daqueles a quem haviam levado a obra do evangelho” (Ibid., p. 324). EEC 76.6
Alguém, hoje, poderia se perguntar como eles viviam, mas o escritor prossegue dizendo: EEC 76.7
“Eles eram estudantes com habilidades manuais e conseguiam suprir suas necessidades em Oberlin mais um ano. A situação tinha suas vantagens. Os que saíam de Oberlin conseguiam uma posição teológica por si mesmos — uma herança que lhes garantia a liberdade. Essa liberdade pode ter custado um alto preço, mas valia a pena desfrutá-la” (Idem). EEC 76.8
Essa é uma ilustração do grande princípio que recebemos: EEC 77.1
“A cultura em todos os pontos da vida prática fará com que a nossa juventude seja útil depois de deixar a escola e ir para países estrangeiros. Não terão de depender do povo a quem se dirigem para que cozinhem e costurem para eles ou construam suas habitações. Eles serão muito mais influentes se mostrarem que podem educar o ignorante a como trabalhar com os melhores métodos e alcançar os melhores resultados. ... Um fundo muito menor será necessário para sustentar tais missionários... e aonde quer que forem, tudo o que ganharem nessa direção lhes garantirá oportunidades permanentes” (The Spalding and Magan Collection, p. 50). EEC 77.2
Oberlin ajuda os estudantes a definir sua carreira profissional: — EEC 77.3
“[Oberlin] nunca adotou a postura seguida pelas escolas de ensino superior tradicionais que se dedicavam exclusivamente a uma cultura de natureza puramente escolástica, marcada por conhecimento livresco. Maior ênfase era colocada no lado prático. O conhecimento era considerado bom mediante seus usos... Oberlin sempre foi impressionada com o fato de que o que o mundo mais precisa é de caráter, de homens e mulheres de valor genuíno e poder cujos objetivos sejam altruístas e nobres, que considerem deleitoso o serviço... [Os professores] transbordavam de estímulo ao pensamento e ao entusiasmo... O superficial e o sentimentalismo eram desprezados... As perguntas mais importantes eram diariamente postas em discussão” (The Story of Oberlin, p. 399, 400). EEC 77.4
“[Oberlin] era composta inteiramente de pessoas escolhidas que vinham em missão com um propósito e uma responsabilidade bem definidos... Um dos primeiros graduados costumava contar que, ao se despedir de sua turma, após terminar seu curso secundário numa escola do leste, o diretor condoeu-se deles pelo fato de terem nascido tão tardiamente na história que todas as tarefas realmente importantes já tinham sido realizadas, e nada lhes restava senão o desprezível trabalho de ajudar a manter as rodas do progresso em movimento ao longo das velhas rotinas! Porém, ao entrar na pequena clareira na floresta [Oberlin], ele logo descobriu que a convicção reinante ali era de que havia uma multidão de perguntas momentosas ainda por serem resolvidas; que a redenção do mundo havia apenas começado” (Ibid., p. 298). EEC 77.5
Os professores são mais importantes que os equipamentos dispendiosos para inspirar os alunos. EEC 77.6
“Entre os líderes de Oberlin, havia homens de notável poder que expressavam suas convicções de forma tão magistral que as tornavam profundamente sentidas em todo lugar. Além disso, esses homens eram de senso intensamente prático. Pensamento, investigação e opinião encontravam seu objetivo apenas se promovessem a vontade e a ação. Sua definição de cristianismo era ampla o suficiente para incluir todos os assuntos relacionados ao bem-estar humano. Todo ano eles despertavam e inspiravam centenas das mentes e corações mais moldáveis” (Idem). EEC 77.7
“Não digam: ‘Não podemos nos dar ao luxo de trabalhar num campo escassamente ocupado, e sobretudo de forma autossustentável...’ Deus deseja que todos os homens estejam em sua posição e lugar e que não sintam que o trabalho seja muito difícil” (“Words of Encouragement to Self-supporting Workers”, p. 12, 15. Ver Apêndice D). EEC 78.1
A influência de Oberlin é sentida: — Um historiador relata o efeito de tal treinamento nas seguintes palavras: EEC 78.2
“Seria difícil superestimar a parte empreendida nessa obra pelos missionários de Oberlin. Lembrem-se de que seu número era de centenas nos primeiros dias e, em seguida, excediam a milhares... Eles se espalharam pelo oeste, leste e também pelo sul, sempre promovendo, debatendo, questionando e agitando. A educação recebida fluía de seus lábios tão naturalmente como a respiração, e eles não conseguiam abster-se de agir assim... Oberlin é especial entre todos os centros de excelência educacional do país por ter um número muito grande de estudantes temporários embebidos de seu espírito, sem terem, contudo, seu diploma; eles compõem os ossos e os tendões do país onde quer que se encontrem; são ativos e influentes em suas modestas esferas e sempre prontos a apoiar os esforços e auxiliar o trabalho dos representantes de maior autoridade [de Oberlin] sempre que eles aparecem... Não há praticamente uma cidade a oeste dos Montes Allegheny e ao norte da linha ferroviária central de Ohio em que a influência dos homens de Oberlin e das opiniões ali transmitidas não possam ser especificamente identificadas e reconhecidas. Essa era a propaganda de uma escola de pensamento e ação com características distintas” (The Story of Oberlin, p. 314, 315). EEC 78.3
Talvez não haja nenhuma outra experiência que melhor ilustre o grande poder do pessoal de Oberlin e de sua ousadia em tomar iniciativas contra a opinião popular do que a atitude para com a questão da escravidão e os libertos. Quando vemos o trabalho feito nessa direção, conseguimos apreciar melhor o valor do sistema educacional de Oberlin, marcada por sua ênfase no estudo da Bíblia, pelo descarte da literatura prejudicial, por sua indiferença para com as honras acadêmicas, por seu treinamento manual, pelo estímulo à autonomia e à manutenção própria. Sem essa formação, teria sido difícil para seus alunos seguirem o rumo tomado na questão da escravidão. Isso os levou ao conflito com as leis do país, mas os alunos obedeciam mais às leis de Deus do que às leis dos homens. A seguinte declaração foi dirigida por um juiz civil a um homem de Oberlin que estava em julgamento por ajudar um escravo a fugir: EEC 78.4
“Um homem de sua inteligência deve saber que, se o padrão do que é certo é colocado acima e contra as leis da nação, aqueles que se levantam por ele são tudo menos bons cidadãos e bons cristãos... Sua conduta é criminosa e seu exemplo é perigoso” (Oberlin: The Colony and the College, p. 125). EEC 79.1
O desejo de reformar despertado pela integração do conhecimento: — O segredo do sucesso dos professores de Oberlin em despertar os alunos para tomar uma posição sobre essa questão controversa, e adotar atitudes que fizeram deles líderes de um movimento prático para despertar a mente das pessoas para a terrível maldade da escravidão, como instituição, residia no fato de Oberlin não realizar seus programas de estudo e aulas segundo os planos estereotipados comuns das escolas ao seu redor. Pelo contrário, em todas as ocasiões, Oberlin relacionava esse assunto com as atividades diárias de sala de aula. Um dos inimigos de Oberlin entendeu esse segredo na época e escreveu: EEC 79.2
“Com a aritmética é ensinado o cálculo do número de escravos e seu valor per capita; com a geografia, as linhas territoriais e as localidades de territórios escravagistas supostamente favoráveis à emancipação; com a história, as crônicas daquela instituição peculiar; com a ética e a filosofia, a lei superior e a resistência a decretos federais. Assim, os graduados de Oberlin são mestres da arte do abolicionismo e, ao receberem seus títulos, estão preparados para avançar um ou dois passos a mais se a ocasião o requerer... Eles imaginam que estão fazendo o serviço de Deus. Pode haver alguma desculpa para eles (os estudantes), mas não há nenhuma para seus instrutores. Duvidamos de que haja para ambos os grupos. Enquanto Oberlin florescer e educar 1.250 estudantes por ano, homens e mulheres abolicionistas continuarão a se multiplicar” (The Story of Oberlin, p. 265). EEC 79.3
Sempre foi o plano de Deus, conforme ilustrado pelas escolas dos profetas, que a escola cristã fosse um centro de formação no qual reformadores pudessem florescer, desenvolver-se e partir de lá com a chama de um zelo prático, e entusiasmados para assumir seu lugar como líderes nessas reformas. É Seu propósito que os professores sejam líderes na obra de reforma, possuidores de suficiente inventividade e adaptabilidade para estabelecer uma conexão vital entre cada aula e as reformas. Esse foi o método que tornou Wittenberg o centro da Reforma do século XVI. EEC 79.4
O medo de aceitar e operar reformas — uma marca do sistema papal de educação: — Sempre foi a política do papado esterilizar a mente dos professores para que eles não pudessem ser impregnados com ideias de reforma. O sistema papal de educação torna-os satisfeitos em repetir lições predefinidas a seus alunos, conforme eles próprios as aprendem na escola, sem qualquer reflexão em termos de aplicação prática. Os alunos, por sua vez, saem a ensinar a outros a mesma rotina que aprenderam, e assim o círculo vicioso continua, sempre aprendendo, mas nunca chegando a lugar algum. EEC 80.1
Macaulay descreve assim esse sistema: EEC 80.2
“A filosofia antiga era uma tarefa monótona e árdua, e não um caminho. Ela era composta de questões cíclicas sobre controvérsias que sempre recomeçavam. Era um sistema habilmente constituído para muito esforço e nenhum progresso. ... A mente humana, portanto, em vez de marchar, apenas marcava passo. Exigia-se dela um esforço mínimo o suficiente para mantê-la em movimento, mas mesmo assim permanecia no mesmo local. Não havia acúmulo de verdades. ... Havia muita aradura, aplanamento do solo, colheita e debulha. Mas os celeiros continham apenas sujeira e restolho” (“Essay on Francis Bacon”, The Edinburgh Review, p. 344, 345). EEC 80.3
Qualquer escola que, como Oberlin, tem o poder de despertar seus alunos para realizar uma reforma para a qual Deus está chamando, deve esperar se defrontar com a mesma oposição amarga por parte dos que se contentam com a mera forma da educação cristã sem o poder do Espírito. Esses são fontes sem água, nuvens sem chuva, palavras sem ideias, lâmpadas sem óleo. EEC 80.4
A oposição desperta a investigação conducente à amizade: — Nos dias em que Thomas Jefferson estava enfrentando as críticas mais severas por causa das reformas educacionais que defendia, ele encontrou simpatizantes de suas reformas mesmo nas escolas mais conservadoras. Por exemplo, o Prof. George Ticknor, membro do corpo docente de Harvard, fez um estudo cuidadoso a respeito dos pontos de vista de Jefferson sobre educação. Ele surpreendeu seus amigos, viajando quase mil quilômetros de diligência e nos transportes mais lentos daquele período, suportando “com paciência o incômodo das estradas ruins e o desconforto de más pousadas. ... Em que ele pensava quando fez essa longa viagem para o Sul? Ele estava indo ver a nova universidade ‘um tanto aberta’ de Jefferson, e acerca dela escreveu que “achou ‘o sistema’ ‘mais prático’ do que desconfiava; descobriu ‘uma experiência digna de ser empreendida.’” (Thomas Jefferson and the University of Virginia, p. 129). EEC 80.5
A frequência a Oberlin: um mistério: — Vimos o ciúme e a atitude crítica de muitos líderes em relação a Oberlin. Era difícil para Oberlin suportar a provocação que constantemente era lançada contra ela, mas Deus olhava com prazer para a maneira como essa instituição enfrentava a perseguição. EEC 81.1
“No geral, pouco esforço foi empreendido para forjar ou empunhar armas de defesa. Ela ia avante com paciência e persistência, cuidando de seus próprios interesses e fazendo o seu próprio trabalho à sua própria maneira, tendo a certeza de que a plena vindicação acabaria por vir. Primeiramente, em todo o tempo, ela desfrutava do conforto de saber que amigos dedicados e admiradores não faltavam, e podia constatar que um sucesso fenomenal em muitos pontos havia sido alcançado. Ela estava lotada de estudantes de ambos os sexos. Esse mesmo crescimento surpreendente e sem precedentes, apesar da extrema pobreza e de alguns erros e falhas graves, apesar de um grande número de inimigos cuja força unida parecia avassaladora, constituía um mistério que o mais sábio de seus caluniadores não era capaz de resolver. Um deles expressou esse fato desconcertante ao Sr. Finney nestes termos: ‘Sempre se entendeu que nenhuma instituição poderia prosperar ou alcançar o sucesso sem ter a simpatia e a cooperação tanto das igrejas como dos ministros. No caso de vocês, a maioria deles tem se mantido indiferente ou ativamente hostil; e, todavia, vocês mantiveram alunos, professores, edifícios e doações muito superiores às de seus vizinhos mais afortunados. Não podemos compreender isso de jeito algum.’” (The Story of Oberlin, p. 263). EEC 81.2
“Nenhuma instituição educacional pode colocar-se em oposição aos erros e corrupções deste século degenerado sem receber ameaças e insultos. Mas o tempo colocará tal instituição sobre uma plataforma elevada, tendo a segurança divina de que ela tem agido corretamente” (Ellen G. White, General Conference Bulletin, 1901, p. 454). EEC 81.3