Estudos em Educação Cristã

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Reformas na Alimentação

“A verdadeira ciência da educação” dá ao aluno um conhecimento das leis que regem seu corpo, bem como amor para com elas. Cada escola cristã deveria dar aos seus alunos um conhecimento sobre a dieta adequada, o vestuário apropriado, e deve familiarizá-los com as etapas da vida que fazem deles missionários bem-sucedidos. Uma onda de reformas na questão da alimentação, vestuário e outros importantes princípios de saúde varreu o país, e muitos reformadores educacionais se esforçaram por introduzir esses assuntos práticos em suas escolas. O Espírito de Deus os estava preparando para o teste crucial em 1844. EEC 38.6

“Entre as matérias de estudo selecionadas para a infância, a fisiologia deveria ocupar o primeiro lugar” (Ellen G. White, The Health Reformer, 1º de agosto de 1866, par. 4). EEC 39.1

“Ela deveria ser considerada como a base de todo esforço educacional” (Ibid., 1 de novembro de 1871, par. 3). EEC 39.2

“Embora as escolas que já estabelecemos ofereçam estudos em fisiologia, elas não têm assumido a questão com a decidida energia que deveriam. Elas não têm praticado de forma inteligente o que receberam em conhecimento” (Ellen G. White, Healthful Living, p. 13 [1897]). EEC 39.3

“A saúde deveria ser tão sagradamente cuidada como o caráter” (Ellen G. White, Christian Education, p. 184). EEC 39.4

Os fundadores de Oberlin, movidos pelo espírito de reforma, disseram: EEC 39.5

“A fim de termos tempo e saúde para o serviço do Senhor, cumpre-nos comer somente alimento simples e saudável, renunciando a todos os maus hábitos, especialmente o fumo e a mastigação de tabaco, a menos que seja necessário como medicamento, e nos privar de todas as bebidas fortes e desnecessárias, até mesmo do chá e café, tanto quanto possível, e de tudo quanto é dispendioso, simplesmente planejado para satisfazer o apetite” (The Story of Oberlin, p. 86). EEC 39.6

Em 1832, o Sr. Sylvester Graham, inventor da farinha Graham, EEC 39.7

“começou a chamar os homens ao arrependimento dos pecados cometidos na mesa. De acordo com essa autoridade clássica, legumes e frutas deveriam constituir o conteúdo de cada refeição, e deveriam ser ingeridos em seu estado o mais natural possível. O pão deveria ser feito com farinha de trigo não peneirada, ou seja, em seu estado natural, embora o centeio e o milho indiano sejam admissíveis, se não peneirados, assim como o arroz e o sagu, se forem bem cozidos; um bom creme pode ser usado em vez de manteiga, embora leite e mel sejam um pouco melhores. Seria melhor banir da mesa a carne e o peixe em todas as formas. Nenhuma gordura ou molho de carne devem ser provados e nem quaisquer alimentos líquidos como sopas e caldos. As massas de confeitaria são uma abominação, bem como os bolos nos quais gordura ou manteiga são usados. O pão a consumir deve ser de pelo menos 12 horas depois de saído do forno — 24 horas são melhores. E quanto aos EEC 39.8

condimentos, pimenta, mostarda, óleo, vinagre, etc., e estimulantes como chá e café, devem ser evitados de qualquer modo como inimigos mortais à saúde” (Ibid., p. 218-219). EEC 40.1

Os professores Shipherd e Finney, da escola de Oberlin, testificaram terem recuperado a saúde através da reforma dietética de Graham. “O púlpito de Oberlin tornou-se fortemente Grahamita. O refeitório da escola foi colocado sob o comando de um discípulo de Graham. “Chá e café não foram introduzidos no refeitório da faculdade até 1842 ou, possivelmente, um pouco mais tarde. ... Muitas famílias abandonaram o chá e o café; algumas adotaram a dieta vegetariana”. Em relação à dieta vegetariana, lemos: EEC 40.2

“Durante dois ou três anos mais, os alunos foram alimentados no refeitório com o ‘cardápio de Graham’. Eles não estavam restritos a ele. Uma mesa era posta também para aqueles que preferissem uma dieta diferente” (Oberlin: The Colony and the College, p. 83). EEC 40.3

Reforma alimentar em outras escolas: — Oberlin não era a única em relação a essas reformas. “No Williams College, em 1831, foi formada uma associação de estudantes, cuja maioria se alimentava na escola, que defendia os princípios de abstinência de chá e café, bem como a utilização apenas de alimentos os mais simples em todos os aspectos”. “A mesma reforma foi registrada na história do Hudson College”. No Seminário de Lane “foi desejo dos estudantes dispensar o chá, o café e todo tipo de extravagância, e viver os princípios da simplicidade e economia cristãs”. “Em Danville, Kentucky e no Maryville College do Tennessee, ocorreu o mesmo, porque desejamos que nossos ministros fiquem livres de má digestão e problemas hepáticos”. Um historiador de Oberlin escreveu que “era grande o número dos que não usavam nem carne, nem peixe, nem manteiga ou leite, nem chá, nem café” (The Story of Oberlin, p. 222, 223). EEC 40.4

Horace Mann disse: EEC 40.5

“Devemos prestar muito mais atenção à saúde dos estudantes, não só mediante o ensino das leis fisiológicas de saúde, mas também no treiná-los a uma obediência habitual a elas. Salomão não diz para ensinar a criança no caminho em que deve andar, mas instruí-la [KJV, “train”, “treinar”], o que significa que deve-se requerer que ela faça a coisa por si mesma, e que a repita constantemente, mesmo que seja dez vezes, até que se torne um hábito” (George C. Mann, Life and Works of Horace Mann, Vol. 5, [1891], p. 415). EEC 40.6

O Sr. Mann disse mais: EEC 41.1

“Como o exercício físico representa um ingrediente tão importante na manutenção da saúde, o certo é que nenhuma faculdade pode jamais manter um estado geral de boa saúde entre seus alunos, a menos que gastem algumas horas cada dia em esforço muscular. Por essa razão, o corpo docente do Antioch College exige que seus alunos façam exercícios todos os dias. ... Nós incentivamos o trabalho manual de todas as maneiras práticas possíveis, e se pessoas ou indivíduos de espírito liberal vierem a nos doar terra para cultivarmos, ou mesmo para fins de horticultura, prometemos-lhes que a antiga prescrição de lavrar a terra e prepará-la não será esquecida” (Ibid., p. 415, 416). EEC 41.2

Será difícil encontrar um escritor que revele uma compreensão mais clara dos princípios de saúde encontrados na Palavra de Deus. Depois de descrever o aumento das doenças no mundo por causa do afastamento do homem do plano original de Deus, o Sr. Mann afirmou: EEC 41.3

“Isso ocorre simplesmente porque o homem transgride as leis do Céu; pois, em função do dinheiro ou por orgulho, doença se junta a doença; ... porque, apesar de Deus ter ordenado que o homem trabalhasse, isto é, fizesse algum tipo de exercício — no jardim, ou seja, ao ar livre —, os homens não se dispõem a exercitar-se e vivem em habitações que acrescentam venenos artificiais aos naturais, e então passam a respirar a combinação virulenta” (Ibid., p. 341). EEC 41.4

Se a reforma de saúde precisa ser ensinada pelos ministros e professores adventistas do sétimo dia, e entendida e praticada por todos os que haverão de triunfar no alto clamor, somos forçados a concluir que o Senhor estava dando às igrejas protestantes, através de suas escolas, essa luz da reforma da saúde, porque era tão necessário que a compreendessem e a praticassem antes do clamor da meia-noite como o é para nós antes do alto clamor. Somos forçados também a concluir que seu fracasso em viver de acordo com a luz sobre a reforma de saúde os incapacitou para apreciar e aceitar outra luz. Por isso, é extremamente perigoso para os estudantes de agora se relacionarem descuidadamente com essa reforma. EEC 41.5