Conselhos para a Igreja

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Capítulo 18 — A escolha de um marido ou esposa

O casamento é alguma coisa que influenciará e afetará vossa vida tanto neste mundo como no por vir. Um cristão sincero não levará avante seus planos sem conhecer que Deus lhe aprove as intenções. Não quererá escolher por si mesmo, mas sentirá que Deus deve escolher. Não temos de nos agradar a nós mesmos, pois Cristo não Se agradou a Si próprio. Não quero que entendam que estou querendo dizer que alguém deve casar-se com uma pessoa a quem não ame. Isto seria pecado. Porém a fantasia e a natureza emocional não devem ter permissão de dirigir para a ruína. Deus requer todo coração, o supremo afeto. [...] CI 115.1

Os que pensam em casar-se devem tomar em conta qual será o caráter e a influência do lar que vão fundar. Ao tornarem-se pais, é-lhes confiado um santo legado. Deles depende em grande medida o bem-estar dos filhos neste mundo, e sua felicidade no mundo por vir. Eles determinam em grande extensão a imagem física e a moral que os pequeninos recebem. E da qualidade do lar depende a condição da sociedade; o peso da influência de cada família concorrerá para fazer subir ou descer o prato da balança. CI 115.2

Deve a juventude cristã exercer grande cuidado na formação de amizades e na escolha de companheiros. Cuidai, para que isso que agora julgais ser ouro puro, não se vos demonstre metal vil. As companhias profanas tendem a pôr empecilhos no caminho de vosso serviço a Deus, e muitas almas são arruinadas por uniões infelizes, quer em negócios quer no casamento, com os que não podem elevar ou enobrecer. CI 115.3

Pesai cada sentimento, e observai todo desenvolvimento de caráter naquele a quem pensais ligar o destino de vossa vida. O passo que estais prestes a dar é um dos mais importantes em vossa vida, e não deve ser dado precipitadamente. Se bem que ameis, não ameis cegamente. CI 115.4

Considerais a ver se vossa vida conjugal seria feliz ou destituída de harmonia e arruinada. Formulai a pergunta: Ajudar-me-á esta união na direção do Céu? Aumentará ela meu amor para com Deus? Ampliará ela minha esfera de utilidade nesta vida? Caso estas reflexões não apresentarem motivos de recuos, então, ide avante, no temor de Deus. [...] CI 115.5

A escolha do companheiro para a vida deve ser feita de molde a assegurar, aos pais e aos filhos, a felicidade física, mental e espiritual de sorte que habilite tanto os pais como os filhos a serem uma bênção aos semelhantes e uma honra ao Criador. CI 115.6

Qualidades a serem buscadas numa esposa — Procure o jovem, para lhe ficar ao lado, aquela que esteja habilitada a assumir a devida parte dos encargos da vida, cuja influência o enobreça e refine, fazendo-o feliz com seu amor. CI 116.1

“Do Senhor vem a mulher prudente”. Provérbios 19:14. “O coração do seu marido está nela confiado. [...] Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida. Abre a boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua. Olha pelo governo de sua casa e não come o pão da preguiça. Levantam-se seus filhos, e chamam-na bem-aventurada; como também seu marido, que a louva, dizendo: Muitas filhas agiram virtuosamente, mas tu a todas és superior”. Provérbios 31:11, 12, 26-29. O que consegue tal esposa “acha uma coisa boa e alcançou a benevolência do Senhor”. Provérbios 18:22. CI 116.2

Eis algumas coisas que devem ser consideradas: Trará aquela a quem desposais, felicidade a vosso lar? É econômica, ou há de, quando casada, gastar não somente todos os seus rendimentos, mas todos os vossos, para satisfazer a vaidade, o amor da aparência? São seus princípios corretos nesse sentido? Possui ela agora alguma coisa de que possa depender? [...] Sei que no espírito de um homem absorvido pelo amor e pensamentos de casamento, estas perguntas serão varridas para longe como de nenhuma importância. Estas coisas, no entanto, devem ser devidamente consideradas, porquanto têm que ver com vossa vida futura. [...] CI 116.3

Em vossa escolha de uma esposa, estudai-lhe o caráter. Será ela paciente e laboriosa? Ou deixará ela de cuidar de vossa mãe e vosso pai justamente ao tempo em que eles necessitam de um filho forte em que se apoiarem? Ou há de ela afastar esse filho do convívio deles a fim de levar avante seus planos e servir a seu prazer, deixando o pai e a mãe que, em vez de ganharem uma filha afetuosa, perderam um filho? CI 116.4

Qualidades a serem buscadas num marido — Antes de dar a mão em casamento, deveria toda mulher indagar se aquele com quem está para unir seu destino, é digno. Qual é seu passado? É pura a sua vida? É o amor que ele exprime de caráter nobre, elevado, ou é simples inclinação emotiva? Tem os traços de caráter que a tornarão feliz? Poderá ela encontrar verdadeira paz e alegria na afeição dele? Ser-lhe-á permitido, a ela, conservar sua individualidade, ou terá de submeter seu juízo e consciência ao domínio do marido? Como discípula de Cristo, ela não pertence a si mesma, foi comprada por preço. Pode honrar as reivindicações do Salvador como supremas? Serão conservados puros e santos o corpo e a alma, os pensamentos e propósitos? Essas perguntas têm influência vital sobre o bem-estar de toda mulher que se casa. CI 116.5

Que a mulher que deseja uma união pacífica e feliz, que quer escapar a futuras misérias e tristezas, indague, antes de entregar suas afeições: Tem meu pretendente mãe? Que espécie de caráter tem ela? Reconhece ele suas obrigações para com ela? É ele atencioso para com os seus desejos e sua felicidade? Se ele não respeita nem honra a mãe, porventura manifestará respeito e amor, bondade e atenção para com a esposa? Passada a novidade do casamento, continuará a amar-me? Será paciente com os meus erros, ou crítico, despótico e ditatorial? A afeição verdadeira passará por alto muitos erros; o amor não os distinguirá. CI 117.1

Receba a jovem como companheiro vitalício tão-somente ao que possua traços de caráter puros e varonis, que seja diligente, honesto e tenha aspirações, que ame e tema a Deus. CI 117.2

Evitai os que são irreverentes. Evitai aquele que ama a ociosidade: evitai o que for zombador das coisas sagradas. Esquivai-vos à companhia daquele que usa linguagem profana, ou é dado ao uso de um copo que seja de bebida alcoólica. Não escuteis as propostas de um homem que não tem percepção de sua responsabilidade para com Deus. A verdade pura que santifica a alma, dar-vos-á coragem para vos desvencilhardes da mais aprazível relação de amizade com quem sabeis que não ama nem teme a Deus. nem conhece nada acerca dos princípios da verdadeira justiça. Podemos suportar sempre as fraquezas de um amigo e sua ignorância, porém nunca seus vícios. [...] CI 117.3

O amor é um precioso dom de Jesus — É o amor um dom precioso, que recebemos de Jesus. A afeição pura e santa não é sentimento, mas princípio. Os que são movidos pelo amor verdadeiro não são irrazoáveis nem cegos. CI 117.4

Pouco é o amor real, genuíno, devotado e puro. Este precioso artigo é muito raro. A paixão recebe o nome de amor. CI 117.5

O verdadeiro amor é um princípio elevado e santo, inteiramente diferente em seu caráter daquele amor que se desperta por um impulso e que subitamente morre quando severamente provado. CI 117.6

O amor é uma planta de origem celestial, e precisa ser cultivada e nutrida. Corações afetivos, palavras verdadeiras, amoráveis, farão famílias felizes e exercerão influência própria para elevar em todos quantos entram na esfera dessa influência. [...] CI 117.7

Ao passo que o amor puro introduzirá a Deus em todos os seus planos e estará em perfeita harmonia com o Espírito de Deus, a paixão será obstinada, precipitada, irrazoável, desafiadora de toda restrição, e tornará o objeto de sua escolha um ídolo. Em toda a conduta de uma pessoa possuída de amor verdadeiro, manifestar-se-á o amor de Deus. Modéstia, simplicidade, sinceridade, moralidade e religião caracterizam todo passo no sentido do casamento. Os que são assim regidos não se absorvem na companhia um do outro com detrimento do interesse nas reuniões de oração e de culto. Seu fervor na verdade não perece pela negligência das oportunidades e privilégios que Deus graciosamente lhes deu. CI 117.8

O amor que não se baseia senão em mera satisfação sensual, será obstinado, cego, incontrolável. A honra, a verdade, toda nobre e elevada faculdade do espírito são levadas cativas das paixões. O homem preso nas cadeias dessa insensatez fica muitas vezes surdo à voz da razão e da consciência; nem argumentos nem súplicas o podem levar a ver a loucura de sua conduta. CI 118.1

O amor verdadeiro não é uma paixão forte, ardente, impetuosa. Ao contrário, é calmo e profundo em sua natureza. Olha para além das coisas meramente exteriores, sendo atraído unicamente pelas qualidades. É sábio e apto a discriminar, e sua dedicação é real e permanente. CI 118.2

O amor, erguido acima do domínio da paixão e do impulso, espiritualiza-se, e revela-se em palavras e atos. O cristão deve ter uma ternura e um amor santificados, em que não há impaciência ou irritação; as maneiras rudes, ásperas, precisam ser abrandadas pela graça de Cristo. [...] CI 118.3

Oração e estudo da Bíblia, antes de tomar uma decisão correta — Instituído por Deus, o casamento é uma ordenança sagrada, e nunca se deve entrar nele em espírito de egoísmo. Aqueles que pensam em dar esse passo, devem considerar-lhe solenemente e com oração a importância, e buscar conselho divino a fim de saberem se estão seguindo uma direção em harmonia com a vontade de Deus. A instrução dada na Palavra de Deus a esse respeito deve ser cuidadosamente considerada. O Céu contempla com prazer o casamento formado com sincero desejo de conformar-se com as direções dadas na Escritura. Se há qualquer assunto que deveria ser considerado com calma reflexão e juízo desapaixonado, é este o assunto do casamento. Se há tempo em que se necessita da Bíblia como uma conselheira, é antes de dar um passo que ligue pessoas por toda a vida. Mas a idéia predominante é a de que nesta questão os sentimentos é que devem ser o guia; e, em muitíssimos casos, o apaixonado sentimentalismo toma as rédeas e leva à ruína certa. É aqui que os jovens mostram menos inteligência do que em qualquer outro assunto; é aqui que se recusam a ouvir razões. A questão do casamento parece ter sobre eles um poder enfeitiçante. Não se submetem a Deus. Seus sentidos se acham como que acorrentados, e eles seguem seu caminho com certo segredo, como se temessem que seus planos fossem contrariados por alguém. CI 118.4

Muitos estão navegando em perigoso porto. Precisam de um piloto; desdenham, no entanto, receber o tão carecido auxílio, julgando que são competentes para dirigir seu barco, e não reconhecendo que ele está prestes a dar num recife oculto, o qual lhes poderá causar o naufrágio da fé e da felicidade. [...] A menos que sejam diligentes estudantes dessa Palavra, cometerão erros graves, os quais lhes mancharão a sua felicidade e a de outros, tanto para a vida presente como para a futura. CI 118.5

Se homens e mulheres têm o hábito de orar duas vezes ao dia antes de pensar em casamento, devem fazê-lo quatro vezes quando pensam em dar esse passo. O casamento é uma coisa que influenciará e afetará vossa vida, tanto neste mundo como no futuro. [...] CI 119.1

A maioria dos casamentos do nosso tempo, e a maneira em que se realizam, tornam-nos um dos sinais dos últimos dias. Os homens e as mulheres são tão persistentes, tão obstinados, que deixam Deus fora de questão. Põem de lado a religião, como se ela não tivesse parte a desempenhar nessa solene e importante questão. [...] CI 119.2

Conselho de Deus para pais piedosos — Uma vez que o casamento traz em resultado tanta miséria, por que não teriam os jovens prudência? Por que continuariam a julgar que não precisam de conselho dos mais idosos e mais experientes? Nos negócios, os homens e as mulheres manifestam grande cautela. Antes de se meterem em qualquer empreendimento de importância, preparam-se para essa obra. Tempo, dinheiro e muito cuidadoso estudo, são devotados ao assunto, não aconteça que venham a fracassar em seu empreendimento. CI 119.3

Quanto maior cautela deveria ser exercida ao entrar para a relação matrimonial — relação que afeta as gerações futuras e a vida por vir? Em vez disto, é muitas vezes iniciada com gracejos e leviandade, impulso e paixão, cegueira e falta de calma consideração. A única explicação é que Satanás gosta de ver miséria e ruína no mundo, e tece esta rede para enredar as pessoas. Regozija-se por ver essas pessoas imprudentes perderem as vantagens deste mundo e seu lar no mundo vindouro. CI 119.4

Deverão os filhos consultar tão-somente seus próprios desejos e inclinações, independentemente do conselho e juízo dos pais? Alguns parecem não dispensar nunca uma reflexão aos desejos ou preferências dos pais, nem tomar em consideração seu amadurecido discernimento. O egoísmo fechou-lhes a porta do coração para a afeição filial. O espírito dos jovens precisa ser despertado quanto a este assunto. O quinto mandamento é o único ao qual se acha ligada uma promessa; mas é considerado levianamente, e mesmo positivamente desprezado pelas exigências de um namorado. A desconsideração para com o amor de uma mãe, e desonra da solicitude de um pai. são pecados que se encontram registrados contra muitos jovens. CI 119.5

Um dos maiores erros ligados a este assunto é a idéia de que os jovens e inexperientes não devem ser perturbados em suas afeições, que não deve haver nenhuma interferência em sua experiência amorosa. Se já houve um assunto que devesse ser considerado de todos os pontos de vista, é este. O auxílio da experiência de outros, e o calmo e cuidadoso pesar da questão em ambos os lados, é positivamente indispensável. É um assunto que é pela grande maioria de pessoas tratado com muita, mas muita leviandade. Consultai a Deus e a vossos pais tementes a Deus, jovens amigos. Orai sobre o assunto. [...] CI 119.6

“Devem os pais”, perguntais, “escolher o companheiro sem atenção para com o espírito ou os sentimentos do filho ou da filha?” Eu vos dirijo a pergunta como ela deveria ser: Deve um filho ou uma filha escolher um companheiro sem primeiro consultar os pais, quando tal passo pode afetar grandemente a felicidade dos pais, uma vez que tenham algum afeto a seus filhos? E deve esse filho, não obstante o conselho de seus pais, persistir em seguir seu próprio caminho? Respondo positivamente: Não: não, mesmo que ele nunca se haja de casar. O quinto mandamento proíbe tal orientação. “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá”. Êxodo 20:12. Eis um mandamento com uma promessa que o Senhor certamente cumprirá aos que obedecem. Os pais prudentes nunca escolherão para seus filhos companheiros sem o respeito para com os desejos deles. — O Lar Adventista, 43-48, 50, 51, 70-73, 75. CI 120.1

Pais e mães devem sentir que se lhes impõe o dever de guiar as afeições dos jovens, a fim de que possam ser colocadas naqueles que hajam de ser companheiros convenientes. Devem sentir como seu dever, pelo seu próprio ensino e exemplo com a graça auxiliadora de Deus, modelar de tal maneira o caráter de seus filhos desde os seus mais tenros anos, que sejam puros e nobres, e sejam atraídos para o bem e para o verdadeiro. Os semelhantes atraem os semelhantes; os semelhantes apreciam os semelhantes. Que o amor pela verdade, pureza e bondade seja cedo implantado na alma, e o jovem procurará a companhia daqueles que possuem essas características. — O Lar Adventista, 74. CI 120.2

Cuidados para quem está pensando em casar — A juventude confia demais no impulso. Não deve entregar-se demasiado facilmente, nem deixar-se cativar muito depressa pelo atraente exterior do pretendente. O namoro, tal como é seguido hoje, é um artifício de engano e hipocrisia, com o qual o inimigo das almas tem muito mais que ver do que o Senhor. Se há coisa em que seja necessário o bom senso, é essa; mas o fato é que ele é pouco exercitado nesse assunto. — O Lar Adventista, 55. CI 120.3

A imaginação, o sentimentalismo amoroso, devemos guardar-nos deles como da lepra. Muitos, muitos dos rapazes e moças nesta época do mundo, carecem de virtude; portanto é necessário haver muita cautela. [...] Os que conservaram um caráter virtuoso, se bem que faltem em outras qualidades desejáveis, podem ser de real valor moral. [...] CI 120.4

Há muito desse baixo sentimentalismo de mistura com a vida religiosa dos jovens desta época do mundo. Minha irmã, Deus requer que te transformes. Eleva tuas afeições, eu te imploro. Consagra tuas faculdades mentais e físicas ao serviço de teu Redentor, que te comprou. Santifica teus pensamentos e sentimentos, para que todas as tuas obras sejam operadas em Deus. [...] CI 120.5

Os anjos de Satanás estão de vigia aos que passam grande parte da noite namorando. Fossem os seus olhos abertos, e veriam um anjo a fazer o relatório de suas palavras e atos. As leis da saúde e da modéstia são violadas. Seria mais próprio deixar algumas horas do namoro antes do casamento para a vida de casados. Mas em geral o casamento acaba com toda devoção manifestada durante os dias do noivado. [...] CI 121.1

Satanás sabe exatamente com que elementos tem de tratar, e emprega sua infernal sabedoria em vários ardis, a fim de enlaçar almas para a ruína. Observa cada passo que se dê, e faz muitas sugestões, e muitas vezes estas sugestões são seguidas de preferência ao conselho da Palavra de Deus. Essa rede perigosa, bem tecida, é habilmente preparada para apanhar os jovens e desprevenidos. Pode achar-se muitas vezes disfarçada sob um manto de luz; mas os que se tornam suas vítimas traspassam-se a si mesmos com muitas dores. Em resultado, vemos ruínas humanas por toda parte. CI 121.2

Conduta inadequada — Brincar com corações não é um crime de pequena magnitude aos olhos de um Deus santo. E todavia alguns mostrarão preferência por moças e lhes despertarão as afeições, e depois vão-se embora e esquecem tudo quanto disseram e o efeito que isto causou. Um novo rosto os atrai, e eles repetem as mesmas palavras, dispensam a outra as mesmas atenções. CI 121.3

Essa disposição se manifestará na vida de casados. A relação conjugal não torna sempre firme o espírito volúvel, constante o que vacila, e fiel aos princípios. Eles se cansam da constância, e os pensamentos profanos se manifestarão em profanas ações. Quão essencial é, pois, que os jovens de tal modo cinjam os lombos de seu espírito e cuidem de seu proceder de modo que Satanás não os possa iludir para se desviarem do caminho da justiça! CI 121.4

O jovem que anda em companhia de uma jovem e capta a sua amizade sem conhecimento dos pais dela, não desempenha um nobre papel cristão para com a moça nem para com os pais dela. Por meio de comunicações e encontros secretos poderá ele conseguir influência sobre o espírito dela; mas assim fazendo, deixa ele de manifestar aquela nobreza e integridade de alma que possuirá todo filho de Deus. Para conseguir os seus fins, desempenham um papel que não é franco e aberto nem de acordo com a norma bíblica e demonstrando-se infiéis para com aqueles que os amam e se esforçam por ser seus fiéis responsáveis. Casamentos contratados sob tais influências não estão de acordo com a Palavra de Deus. Aquele que quer desviar do dever a uma filha, querendo confundir as suas idéias acerca das claras e positivas ordens de Deus de obedecer e honrar aos pais, não é a pessoa que seria fiel às obrigações matrimoniais. [...] CI 121.5

“Não furtarás” (Êxodo 20:15), foi escrito pelo dedo de Deus sobre as tábuas de pedra; no entanto, quantos furtos clandestinos de afeições não são praticados e desculpados! Mantém-se um namoro enganoso, seguem-se comunicações privadas, até que as afeições de uma pessoa inexperiente e que não sabe até que ponto se podem desenvolver essas coisas, são em certa medida desviadas dos pais e dedicadas ao que demonstra, pelo seu procedimento, que é indigno de seu amor. A Bíblia condena toda espécie de desonestidade. [...] CI 122.1

Cristãos professos, cuja vida é assinalada pela integridade, e que parecem sensatos em todos os outros assuntos, neste cometem terríveis erros. Manifestam uma vontade firme, resoluta, a qual a razão não pode mudar. Tornam-se tão fascinados pelos sentimentos e impulsos humanos que não têm o desejo de examinar a Bíblia e entrar em comunhão íntima com Deus. Quando se transgride um dos mandamentos do Decálogo, são quase certos os passos em descida. Uma vez removidas as barreiras da modéstia feminina, as mais baixas licenciosidades não parecem excessivamente pecaminosas. Ai! que terríveis resultados da influência da mulher para o mal se podem hoje testemunhar no mundo! Pelas seduções das “mulheres estranhas” (1 Reis 11:1), há milhares encarcerados nas celas das prisões, muitos tiram a própria vida, e outros tantos tiram a vida do próximo. Quão verdadeiras as palavras da Inspiração: “Os seus pés descem à morte; os seus passos firmam-se no inferno”. Provérbios 5:5. CI 122.2

Acham-se colocados a todo lado no caminho da vida faróis de advertência a fim de impedir os homens de se aproximarem de terrenos perigosos e proibidos; não obstante, multidões preferem o caminho fatal, contrário aos ditames da razão, sem consideração para com a lei de Deus, e em desafio a Sua vingança. CI 122.3

Os que quiserem conservar a saúde física, vigor intelectual e moral sã precisam fugir “dos desejos da mocidade”. 2 Timóteo 2:22. Os que fizerem zelosos e decididos esforços para combater a impiedade que levanta a cabeça ousada e presunçosa em nosso meio, são odiados e difamados pelos malfeitores, mas serão honrados e recompensados por Deus. — O Lar Adventista, 51, 53, 56-59. CI 122.4

Capítulo 18—La elección de esposo o de esposa

El casamiento es algo que afectará vuestra vida en este mundo y en el venidero. Una persona que sea sinceramente cristiana no hará progresar sus planes en esa dirección sin saber si Dios aprueba su conducta. No querrá elegir por su cuenta, sino que reconocerá que a Dios incumbe decidir por ella. No hemos de complacernos a nosotros mismos, pues Cristo no buscó su propio agrado. No quisiera que se me interpretara en el sentido de que una persona deba casarse con alguien a quien no ame. Esto sería un pecado. Pero no debe permitir que la fantasía y la naturaleza emotiva la conduzcan a la ruina. Dios requiere todo el corazón, los afectos supremos. CPI 202.1

Los que piensan en casarse deben pesar el carácter y la influencia del hogar que van a fundar. Al llegar a ser padres se les confía un depósito sagrado. De ellos depende en gran medida el bienestar de sus hijos en este mundo, y la felicidad de ellos en el mundo futuro. En alto grado determinan la naturaleza física y moral de sus pequeñuelos. Y del carácter del hogar depende la condición de la sociedad. El peso de la influencia de cada familia se hará sentir en la tendencia ascendente o descendente de la sociedad. CPI 202.2

La juventud cristiana debe ejercer mucho cuidado en la formación de amistades y la elección de compañeros. Prestad atención, no sea que lo que consideráis oro puro resulte vil metal. Las relaciones mundanales tienden a poner obstrucciones en el camino de vuestro servicio a Dios, y muchas almas quedan arruinadas por uniones desdichadas, matrimoniales o comerciales, con personas que no pueden elevarlas ni ennoblecerlas. CPI 203.1

Pese usted todo sentimiento y observe todo desarrollo del carácter en la persona con la cual piensa vincular el destino de su vida. El paso que está por dar es uno de los más importantes de su existencia, y no debe darlo apresuradamente. Si bien puede amar, no lo haga a ciegas. CPI 203.2

Haga un examen cuidadoso para ver si su vida matrimonial sería feliz, o falta de armonía y miserable. Pregúntese: “¿Me ayudará esta unión a dirigirme hacia el cielo? ¿Acrecentará mi amor a Dios? ¿Ampliará mi esfera de utilidad en esta vida? Si estas reflexiones no sugieren impedimentos, entonces proceda en el temor de Dios. CPI 203.3

La elección de esposo o de esposa debe ser tal que asegure del mejor modo posible el bienestar físico, intelectual y espiritual de padres e hijos, de manera que capacite a unos y otros para ser una bendición para sus semejantes y una honra para su Creador. CPI 203.4

Cualidades que debe tener una futura esposa

Busque el joven como compañera que esté siempre a su lado a quien sea capaz de asumir su parte de las responsabilidades de la vida, y cuya influencia le ennoblezca, le comunique mayor refinamiento y le haga feliz en su amor. CPI 203.5

“De Jehová la mujer prudente”. “El corazón de su marido está en ella confiado... Le da ella bien y no mal todos los días de su vida”. “Abre su boca con sabiduría, y la ley de clemencia está en su boca. Considera los caminos de su casa, y no come el pan de balde. Se levantan sus hijos y la llaman bienaventurada; y su marido también la alaba”, diciendo: “Muchas mujeres hicieron el bien; pero tú sobrepasas a todas”. “El que halla esposa halla el bien, y alcanza la benevolencia de Jehová”. Proverbios 19:14; 31:11, 12, 26-29; 18:22. CPI 204.1

He aquí algo que debe considerarse: ¿Traerá felicidad a su hogar la persona con la cual usted se case? ¿Sabe ella de economía, o una vez casada dedicará, no sólo todo lo que ella misma gane, sino también todo lo que usted obtenga, a satisfacer la vanidad, el amor a las apariencias? ¿Se guía por principios correctos en estas cosas? ¿Tiene ella ahora de qué depender?... Yo sé que, en el parecer de un hombre infatuado por el amor y los pensamientos relativos al casamiento, estas preguntas se hacen a un lado como si no tuvieran importancia. Sin embargo, es necesario considerarlas debidamente, porque pesarán sobre su vida futura. CPI 204.2

Al elegir esposa, estudie su carácter. ¿Será paciente y cuidadosa? ¿O dejará de interesarse en los padres de usted precisamente cuando ellos necesiten a un hijo fuerte en quien apoyarse? ¿Le retraerá ella de la sociedad de esos padres para ejecutar sus propios planes y agradarse a sí misma, abandonando a los padres que, en vez de ganar a una hija afectuosa, habrán perdido a un hijo? CPI 204.3

Cualidades que debe tener el futuro esposo

Antes de dar su mano en matrimonio, toda mujer debe averiguar si aquel con quien está por unir su destino es digno. ¿Cuál ha sido su pasado? ¿Es pura su vida? ¿Es de un carácter noble y elevado el amor que expresa, o es un simple cariño emotivo? ¿Tiene los rasgos de carácter que la harán a ella feliz? ¿Puede encontrar verdadera paz y gozo en su afecto? ¿Le permitirá conservar su individualidad, o deberá entregar su juicio y su conciencia al dominio de su esposo? ¿Puede ella honrar los requerimientos de su Salvador como supremos? ¿Conservará su alma y su cuerpo, sus pensamientos y propósitos puros y santos? Estas preguntas tienen una relación vital con el bienestar de cada mujer que contrae matrimonio. CPI 205.1

Antes de entregar sus afectos, la mujer que desee una unión apacible y feliz, y evitar miserias y pesares futuros, debe preguntar: ¿Tiene madre mi pretendiente? ¿Qué distingue el carácter de ella? ¿Reconoce él sus obligaciones para con ella? ¿Tiene en cuenta sus deseos y su felicidad? Si no respeta ni honra a su madre, ¿manifestará respeto, amor, bondad y atención hacia su esposa? Cuando haya pasado la novedad del casamiento, ¿seguirá amándome? ¿Será paciente con mis equivocaciones, o criticón, dominador y autoritario? El verdadero afecto disimula muchos errores; el amor no los discernirá. CPI 205.2

Acepte la joven como compañero de la vida tan sólo a un hombre que posea rasgos de carácter puros y viriles, que sea diligente y rebose de aspiraciones, que sea honrado, ame a Dios y le tema. CPI 205.3

Rehúya a los irreverentes. Evite al que ama la ociosidad; al que se burla de las cosas santas. Eluda la compañía de quien usa lenguaje profano o siquiera un vaso de bebida alcohólica. No escuche las propuestas de un hombre que no comprenda su responsabilidad para con Dios. La verdad pura que santifica el alma le dará valor para apartarse del conocido más placentero que no ame ni tema a Dios, ni sabe nada de los principios relativos a la justicia verdadera. Podemos tolerar siempre las flaquezas y la ignorancia de un amigo, pero nunca sus vicios.1 CPI 206.1

El amor es un don precioso de Jesús

El amor es un precioso don que recibimos de Jesús. El afecto puro y santo no es un sentimiento sino un principio. Los que son movidos por el amor verdadero no carecen de juicio ni son ciegos. CPI 206.2

Existe muy poco amor verdadero, consagrado y puro. Se trata de algo muy escaso. La pasión se denomina amor. CPI 206.3

El amor verdadero es un principio santo y elevado, por completo diferente en su carácter del amor despertado por el impulso, que muere de repente cuando es severamente probado. CPI 206.4

El amor es una planta de crecimiento celestial, y tiene que ser cultivado y nutrido. Los corazones afectuosos y las palabras veraces y bondadosas harán felices a las familias y ejercerán una influencia elevadora sobre todos los que lleguen a estar en su esfera de influencia. CPI 206.5

Mientras que el amor puro considera a Dios en todos sus planes y se mantendrá en armonía perfecta con el Espíritu de Dios, la pasión se manifestará temeraria e irracional, desafiará todo freno y hará un ídolo del objeto de su elección. En todo el comportamiento de quien posee verdadero amor, se revelará la gracia de Dios. La modestia, la sencillez, la sinceridad, la moralidad y la religión caracterizarán cada paso que dé hacia una alianza matrimonial. Los que son así gobernados no se verán absorbidos por su compañía mutua, a costa de su interés en la reunión de oración y el servicio religioso. Su fervor por la verdad no morirá porque descuiden las oportunidades y los privilegios que Dios les ha concedido misericordiosamente. CPI 207.1

El amor que no tiene mejor fundamento que la simple satisfacción sensual será obstinado, ciego e ingobernable. El honor, la verdad y toda facultad noble y elevada del espíritu caen bajo la esclavitud de las pasiones. Con demasiada frecuencia el hombre atado por las cadenas de esa infatuación resulta sordo a la voz de la razón y de la conciencia; ni los argumentos ni las súplicas le inducirán a ver la insensatez de su conducta. CPI 207.2

El verdadero amor no es una pasión violenta, incendiaria e impetuosa. Por el contrario, es de naturaleza serena y profunda. Mira más allá del exterior y sólo le atraen las cualidades. Es prudente y discernidor, y su devoción es verdadera y permanente. CPI 207.3

El amor, elevado por sobre la esfera de la pasión y del impulso, se espiritualiza y se revela en las palabras y los actos. El cristiano debe manifestar ternura y amor santificados, en los cuales no haya impaciencia ni inquietud; los modales duros y toscos deben ser suavizados por la gracia de Cristo.2 CPI 207.4

Se necesita oración y estudio de la Biblia para tomar una decisión correcta

Instituido por Dios, el casamiento es un rito sagrado y no debe participarse en él con espíritu de egoísmo. Los que piensan en dar ese paso deben considerar su importancia solemnemente y con oración para procurar el consejo divino a fin de saber si su conducta está en armonía con la voluntad de Dios. Las instrucciones dadas al respecto en la Palabra de Dios deben estudiarse cuidadosamente. El cielo mira con agrado un casamiento contraído con el fervoroso deseo de conformarse con las indicaciones dadas en las Escrituras. CPI 208.1

Si hay un asunto que debe ser considerado con juicio sereno y sin apasionamiento, es el del matrimonio. Si alguna vez se necesita la Biblia como consejera, es antes de dar el paso que une a las personas para toda la vida. Pero el sentimiento que prevalece es que en este asunto uno se ha de guiar por las emociones, y en demasiados casos un sentimentalismo amoroso enfermizo empuña el timón y conduce a una ruina segura. Es en este asunto donde los jóvenes revelan menos inteligencia que en otro cualquiera; acerca de él no se puede razonar con ellos. La cuestión del matrimonio parece ejercer un poder hechizador sobre ellos. No se someten a Dios. Sus sentidos están encadenados, y obran sigilosamente, como si temiesen que alguien quisiese intervenir en sus planes. CPI 208.2

Muchos navegan en un puerto peligroso. Necesitan un piloto, pero se niegan a aceptar la ayuda que tanta falta les hace, pues se consideran competentes para guiar su embarcación y no se percatan de que están por dar contra una roca oculta que puede hacer naufragar su fe y su felicidad... A menos que sean estudiantes diligentes de esa Palabra [la Biblia], cometerán graves equivocaciones que destruirán su felicidad y la de otras personas, para la vida presente y la venidera. CPI 208.3

Si los hombres y las mujeres tienen el hábito de orar dos veces al día antes de pensar en el matrimonio, deberían orar cuatro veces diarias cuando tienen en vista semejante paso. El matrimonio es algo que influirá en vuestra vida y la afectará tanto en este mundo como en el venidero. CPI 209.1

La mayoría de los matrimonios de nuestra época, y la forma en que se los realiza, hacen de ellos una de las señales de los últimos días. Los hombres y las mujeres son tan persistentes, tan tercos, que Dios es dejado afuera del asunto. La religión es dejada a un lado como si no tuviese parte que representar en esta cuestión solemne e importante. CPI 209.2

El consejo de los padres que temen a Dios

Cuando tanta desgracia resulta del matrimonio, ¿por qué no quieren ser prudentes los jóvenes? ¿Por qué se empeñan en considerar que no necesitan los consejos de personas de más edad y experiencia? En los negocios, hombres y mujeres manifiestan mucha cautela. Antes de iniciar cualquier empresa importante, se preparan para su trabajo. Dedican al asunto tiempo, dinero, y mucho estudio cuidadoso, no sea que fracasen en su tentativa. CPI 209.3

Al iniciar relaciones que han de llevar al matrimonio, ¡cuánto mayor debiera ser la cautela que se ejerza, en vista de que dichas relaciones afectarán las generaciones futuras y la vida venidera! En vez de asumir tal actitud, se las entabla a menudo con bromas y liviandad, a impulso de la pasión, con ceguera y falta de serena consideración. La única explicación de todo esto es que Satanás se deleita en ver desgracia y ruina en todo el mundo, y teje su red para prender almas. Se regocija al conseguir que esas personas desconsideradas pierdan su gozo en este mundo y su lugar en el mundo venidero. CPI 209.4

¿Deben los hijos consultar tan sólo sus deseos e inclinaciones sin tener en cuenta el consejo y el juicio de sus padres? Algunos no parecen dedicar un solo pensamiento a los deseos o preferencias de sus padres, ni tener en cuenta el juicio maduro de ellos. El egoísmo cerró la puerta de su corazón al afecto filial. Es necesario despertar a los jóvenes con respecto a este asunto. El quinto mandamiento es el único acompañado de una promesa, pero bajo el dominio del amor se lo tiene en poco y hasta se lo desconoce por completo. El desprecio del amor maternal y de la preocupación paterna es uno de los pecados anotados contra muchos jóvenes. CPI 210.1

Uno de los mayores errores relacionados con este asunto lo constituye el hecho de que los jóvenes e inexpertos no quieren que se perturben sus afectos ni que alguien intervenga en su experiencia del amor. Si hubo alguna vez un asunto que necesitara ser considerado desde todo punto de vista, es éste. La ayuda de la experiencia ajena, y la ponderación serena y cuidadosa de ambos lados del asunto resultan positivamente esenciales. Es un tema que la gran mayoría de las personas trata con demasiada liviandad. Procurad el consejo de Dios y de vuestros padres que le temen, jóvenes amigos. Orad al respecto. CPI 210.2

“¿Deben los padres—pregunta usted—elegirle cónyuge a un hijo o una hija sin considerar el parecer o los sentimientos de ellos?” Le formulo la pregunta a usted como debe expresarse: ¿Debe un hijo o una hija elegir cónyuge sin consultar primero a sus padres, cuando un paso tal tiene que afectar materialmente la felicidad de los padres si tienen algún afecto por sus hijos? ¿Y debe ese hijo o esa hija insistir en su propia conducta, a pesar de los consejos y súplicas de sus padres? Contesto enérgicamente: No, aun cuando no se haya de casar. El quinto mandamiento prohíbe obrar así. “Honra a tu padre y a tu madre, para que tus días se alarguen en la tierra que Jehová tu Dios te da”. Este es un mandamiento acompañado de una promesa que el Señor cumplirá ciertamente para con los que obedezcan. Los padres prudentes no elegirán cónyuges para sus hijos sin respetar sus deseos. CPI 211.1

Los padres y las madres deben considerar que les incumbe guiar el afecto de los jóvenes, para que contraigan amistades con personas que sean compañías adecuadas. Deberían sentir que, mediante su enseñanza y por su ejemplo, con la ayuda de la divina gracia, deben formar el carácter de sus hijos desde la más tierna infancia de tal manera que sean puros y nobles y se sientan atraídos por lo bueno y verdadero. Los que se asemejan se atraen mutuamente, y los que son semejantes se aprecian. ¡Plantad el amor a la verdad, a la pureza y a la bondad temprano en las almas, y la juventud buscará la compañía de los que poseen estas características!3 CPI 211.2

Advertencias a los que piensan casarse

Los jóvenes confían demasiado en los impulsos. No deben ceder con demasiada facilidad, ni dejarse cautivar con prontitud excesiva por el exterior atractivo de quien dice amarlos. Tal como se lo práctica en este época, el galanteo es un plan engañador e hipócrita, que tiene mucho más que ver con el enemigo de las almas que con el Señor. Si en algo hay necesidad de buen sentido común es en esto; pero el hecho es que interviene muy poco en tal asunto.4 CPI 211.3

La imaginación y el amor sentimental enfermizos deben evitarse como la lepra. Muchísimos jóvenes, hombres y mujeres, carecen de virtud en esta época del mundo; por lo tanto se requiere mucha cautela. Los que hayan conservado un carácter virtuoso pueden tener verdadero valor moral, aunque carezcan de otras cualidades deseables. CPI 212.1

Este sentimentalismo bajo, mezclado con la experiencia religiosa de los jóvenes, abunda en esta época del mundo. Hermana mía, Dios requiere de usted que sea transformada. Le imploro que eleve sus afectos. Dedique sus facultades mentales y físicas al servicio de su Redentor, quien la compró. Santifique sus pensamientos y sentimientos para realizar todas sus obras en Dios. CPI 212.2

Los ángeles de Satanás velan con los que se dedican al galanteo gran parte de la noche. Si los ojos de éstos pudieran abrirse, verían a un ángel anotar sus palabras y sus actos. Violan las leyes de la salud y de la modestia. Sería más propio dejar algunas horas de ese galanteo para la vida marital; pero por lo general el casamiento acaba con toda la devoción manifestada durante el noviazgo. CPI 212.3

Satanás sabe exactamente con qué elementos trata, y despliega su sabiduría infernal en diversos ardides para entrampar las almas y llevarlas a la ruina. Vigila todo paso que se da, hace muchas sugestiones, y a menudo esas sugestiones son aceptadas antes que el consejo de la Palabra de Dios. El enemigo prepara hábilmente esa red tupida y peligrosa para prender a los jóvenes e incautos. A menudo puede ocultarla bajo un manto de luz; pero los que llegan a ser sus víctimas se asaetan con muchos dolores. Como resultado vemos por todas partes seres humanos que naufragan. CPI 212.4

Conducta inapropiada

Jugar con los corazones es un crimen no pequeño a la vista de un Dios santo. Y sin embargo hay quienes manifiestan preferencia por ciertas jóvenes y conquistan sus afectos, luego siguen su camino y se olvidan por completo de las palabras que pronunciaron y de sus efectos. Otro semblante los atrae, repiten las mismas palabras y dedican a otra persona las mismas atenciones. CPI 213.1

Esta disposición seguirá revelándose en su vida de casados. La relación matrimonial no vuelve siempre firme el ánimo veleidoso ni da constancia a los vacilantes ni los hace fieles a los buenos principios. Los tales se cansan de la constancia, y sus pensamientos profanos se revelarán en actos profanos. ¡Cuán esencial es, por lo tanto, que los jóvenes ciñan los lomos de su entendimiento y sean precavidos en su conducta a fin de que Satanás no pueda seducirlos y desviarlos de la integridad! CPI 213.2

Un joven que se complace en la compañía de una señorita y conquista su amistad a espaldas de sus padres no desempeña un papel noble ni cristiano para con ella ni para con sus padres. Puede ser que mediante comunicaciones y citas secretas llegue a influir en el ánimo de ella, pero al hacerlo no manifiesta la nobleza e integridad de alma que ha de poseer todo hijo de Dios. Para lograr sus fines, los tales desempeñan un papel carente de franqueza, que no concuerda con las normas de la Biblia, y demuestran que no son fieles a quienes los aman y procuran ser sus leales guardianes. Los casamientos contraídos bajo tales influencias no concuerdan con la Palabra de Dios. El que quiso desviar de su deber a una hija y confundir sus ideas acerca de las claras y positivas órdenes divinas en cuanto a amar y honrar a sus padres, no es persona que quedaría fiel a sus obligaciones matrimoniales. CPI 213.3

“No hurtarás”, fue escrito por el dedo de Dios en las tablas de piedra, y sin embargo ¡cuántas veces se práctica y disculpa el hurto solapado de los afectos! Se persiste en un galanteo engañoso y en un intercambio de comunicaciones secretas hasta que los afectos de un ser inexperto, que no sabe en qué puede resultar todo esto, se retraen en cierta medida de sus padres y se fijan en quien, por su misma conducta, se demuestra indigno de su amor. La Biblia condena toda suerte de improbidad. CPI 214.1

En esto cometen terribles errores aun personas que se dicen cristianas, cuya vida se distingue por su integridad, y que parecen sensatas en todo otro asunto. Revelan una voluntad obstinada que ningún razonamiento puede cambiar. Se quedan tan fascinados por sentimientos e impulsos humanos que no tienen deseo de escudriñar la Biblia ni de estrechar su relación con Dios. CPI 214.2

Cuando se ha violado un mandamiento del Decálogo, es casi seguro que se darán otros pasos hacia abajo. Una vez eliminadas las vallas de la modestia femenina, la licencia más vil no parece excesivamente pecaminosa. ¡Ay¡ ¡Cuán terribles resultados de la influencia de la mujer para el mal pueden testificarse en el mundo hoy! Las seducciones de las “extrañas” encierran a miles en celdas de cárcel, muchos se quitan la vida y otros tronchan vidas ajenas. ¡Cuán ciertas son las palabras inspiradas: “Sus pies [los de la extraña] descienden a la muerte; sus pasos conducen al sepulcro”! CPI 214.3

Se han colocado faros de advertencia a cada lado del camino de la vida para impedir que los hombres se acerquen al terreno peligroso y prohibido; pero, a pesar de esto, son muchedumbres los que eligen la senda fatal, contra los dictados de la razón, sin tener en cuenta la ley de Dios, y en abierto desafío de su venganza. CPI 215.1

Los que quieran conservar la salud física, un intelecto vigoroso y una moral sana deben escuchar la orden: “Huye... de las pasiones juveniles”. Los que quieren hacer esfuerzos celosos y decididos para detener la maldad que alza en nuestro medio su atrevida y presuntuosa cabeza son odiados y calumniados por todos los obradores de maldad, pero serán honrados y recompensados por Dios.5 CPI 215.2