Conselhos para a Igreja

12/67

Capítulo 11 — O cristão é um representante de Deus

É o propósito de Deus tornar evidentes, por meio de Seu povo, os princípios de Seu reino. Mas para que possa revelar esses princípios em sua vida e caráter, o Senhor deseja separá-lo dos costumes, hábitos e práticas do mundo. Procura aproximá-lo de Si para que lhe possa dar a conhecer Sua vontade. [...] CI 79.1

O propósito que Deus quer realizar por meio de Seu povo hoje é o mesmo que desejou realizar por meio de Israel quando o tirou do Egito. Pela contemplação da bondade, misericórdia, justiça e amor de Deus, manifestados na igreja, deve o mundo ter uma idéia de Seu caráter. E se a lei divina for desse modo exemplificada na conduta dos que a professam, o próprio mundo reconhecerá a superioridade dos que amam, temem e servem a Deus sobre o restante da humanidade. CI 79.2

Os olhos do Senhor fixam-se em cada um dos membros de Seu povo; Ele tem um plano para cada um. É Seu propósito que os que cumprem Seus santos preceitos, sejam um povo distinto. Ao povo de Deus, aplica-se ainda hoje, como ao antigo Israel, as palavras escritas por Moisés sob a inspiração divina: “Povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que Lhe fosses o Seu povo próprio, de todos os povos que sobre a Terra há”. Deuteronômio 7:6. — Testimonies for the Church 6:9, 12. CI 79.3

Desenvolver um caráter semelhante ao de Cristo — A religião de Cristo jamais degrada o que a recebe; ela nunca o torna ríspido ou rude, descortês ou pretensioso, apaixonado ou duro de coração. Ao contrário, ela refina o gosto, santifica o discernimento, e purifica e enobrece os pensamentos, levando-os cativos a Cristo. O ideal de Deus para Seus filhos é mais alto do que o possa conceber o mais elevado pensamento humano. Em Sua santa lei Ele deu uma mostra do Seu caráter. [...] CI 79.4

O ideal do caráter cristão é a semelhança com Cristo. Acha-se aberta diante de nós uma senda de progresso contínuo. Temos um objetivo a atingir, uma norma a alcançar, a qual inclui tudo que é bom, puro, nobre e elevado. Deve haver contínuo esforço e constante progresso para a frente e para o alto, rumo á perfeição do caráter. — Testimonies for the Church 8:63, 64. CI 79.5

Seremos, individualmente, para o tempo e a eternidade, o que nossos hábitos fizerem de nós. A vida dos que formam bons hábitos, e são fiéis no cumprimento de todo dever, será como luz brilhante, lançando raios vivos no caminho dos outros; caso, porém, haja condescendência com hábitos de infidelidade, se se permitem fortalecer os hábitos frouxos, indolentes e descuidados, repousará sobre as perspectivas dessa vida uma nuvem mais sombria que a meia-noite, a qual excluirá para sempre a vida futura. — Testimonies for the Church 4:452. CI 79.6

Bem-aventurado aquele que dá ouvidos às palavras da vida eterna. Guiado pelo “Espírito da verdade” (João 16:13), ele será conduzido a toda a verdade. Não será amado, honrado e louvado pelo mundo; será, porém, precioso aos olhos do Céu. “Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo nos não conhece; porque O não conhece a Ele”. 1 João 3:1. — Testimonies for the Church 5:439. CI 80.1

Viver corajosamente nos dias atuais — A verdade de Deus, recebida no coração, é capaz de fazê-la sábia “para a salvação”. 2 Timóteo 3:15. Crendo nela e obedecendo-lhe, receberá graça suficiente para os deveres e provas de cada dia. Você não necessita de graça para o dia de amanhã. Cumpre-lhe considerar que você só tem que ver com o dia de hoje. Vença por hoje; negue-se por hoje; vigie e ore por hoje; em Deus obtenha vitória por hoje. Nossas circunstâncias e ambiente, as mudanças que diariamente surgem ao nosso redor e a Palavra Escrita de Deus que discerne e prova tudo — estas coisas são suficientes para nos ensinar o dever, e o que nos cumpre fazer dia a dia. Em vez de deixar que sua mente vagueie numa linha de pensamentos de que não tirará nenhum benefício, você deve examinar diariamente as Escrituras, e cumprir aqueles deveres da vida diária que presentemente lhe são enfadonhos, mas que devem ser cumpridos por alguém. — Testimonies for the Church 3:333. CI 80.2

Muitos fixam os olhos na terrível impiedade que existe em torno deles, a apostasia e fraqueza de todos os lados, e falam sobre essas coisas até que o coração se lhes enche de tristeza e dúvida. Conservam especialmente na imaginação a magistral operação do arquienganador, e pensam nos aspectos desanimadores de sua vida, ao passo que parecem perder de vista o poder do Pai celeste e Seu incomparável amor. Tudo isso é justamente o que Satanás quer. É um erro pensar no inimigo da justiça como revestido de tão grande poder, quando tão pouco demoramos no amor de Deus e em Sua força. Precisamos falar no poder de Cristo. Somos indizivelmente impotentes para nos salvar das garras de Satanás; Deus, porém, indicou um meio de escape. O Filho do Altíssimo tem poder para combater o combate por nós, e “por Aquele que nos amou”, podemos sair “mais que vencedores”. Romanos 8:37. CI 80.3

Não há nenhuma força espiritual para nós em continuamente pensar em nossa fraqueza e nossos desvios, e lamentar a força de Satanás. Esta grande verdade deve ser estabelecida como princípio vivo em nosso espírito e coração — a eficácia da oferta feita por nós; que Deus pode salvar perfeitamente, e salva todos quantos a Ele se achegam cumprindo as condições especificadas em Sua Palavra. Nossa obra é colocar a própria vontade ao lado da Sua. Então, mediante o sangue da expiação, tornamo-nos participantes da natureza divina; por intermédio de Cristo, somos filhos de Deus, e temos a certeza de que Deus nos ama, mesmo como amou a Seu Filho. Somos um com Jesus. Andamos seguindo a direção de Cristo: Ele tem poder para dissipar as negras sombras lançadas por Satanás em nosso caminho; e, em vez de trevas e desânimo, brilha em nosso coração o sol de Sua glória. [...] CI 80.4

Irmãos e irmãs, é pela contemplação que somos transformados. Fixando-nos no amor de Deus e nosso Salvador, mediante a contemplação da perfeição do caráter divino e reclamando a justiça de Cristo como sendo nossa pela fé, haveremos de ser transformados à mesma imagem. Não reunamos, pois, todos os quadros desagradáveis — iniqüidades, corrupções e decepções, provas do poder de Satanás a fim de os suspender nas paredes da memória, para falar e lamentar sobre essas coisas até que todos fiquem completamente desanimados. Uma alma desanimada é um corpo entenebrecido, não deixando de receber, ele somente, a luz de Deus. mas impedindo-a de atingir aos outros. Satanás gosta de ver o efeito dos quadros de seus triunfos, tornando as criaturas humanas destituídas de fé e desalentadas. — Testimonies for the Church 5:741, 744, 745. CI 81.1

Representamos a Deus através de uma vida sem egoísmo — O pecado com que mais se condescende, e que nos separa de Deus e produz tantas contagiosas perturbações espirituais, é o egoísmo. Não pode haver retribuição ao Senhor, a não ser por meio da abnegação. Não podemos fazer coisa alguma de nós mesmos, mas mediante a força que Deus nos comunica, podemos viver para fazer bem aos outros, esquivando-nos assim ao mal do egoísmo. Não necessitamos ir para terras pagãs para manifestar nosso desejo de consagrar a Deus tudo, em uma vida útil, abnegada. Devemos fazer isto no círculo familiar, na igreja, entre aqueles com quem convivemos, e com quem temos negócios. Justamente nas ocupações comuns da vida, é que nos cumpre negar-nos a nós mesmos e manter o eu em sujeição. Paulo podia dizer: “Cada dia morro”. 1 Coríntios 15:31. É o morrer diário para o próprio eu nas pequeninas decisões da vida, que nos torna vencedores. Devemos esquecer o próprio eu no desejo de fazer bem aos outros. Há por parte de muitos decidida falta de amor para com os outros. Em vez de cumprirem fielmente seu dever, buscam de preferência o próprio prazer. [...] CI 81.2

No Céu, ninguém pensará em si mesmo, nem buscará o próprio prazer; mas todos, movidos por puro e genuíno amor, buscarão a felicidade dos seres celestes que os rodeiam. Caso desejemos fruir a sociedade celeste na Terra renovada, precisamos ser aqui regidos por princípios celestiais. — Testimonies for the Church 2:132, 133. CI 81.3

Foi-me mostrado que há demasiado comparar-nos uns aos outros, tomando por exemplo mortais falíveis, quando temos um seguro e infalível Modelo. Não nos devemos medir pelo mundo, nem pelas opiniões dos homens, nem pelo que nós éramos antes de abraçarmos a verdade. Nossa fé e posição no mundo, porém, tais como são agora, devem ser comparados com o que poderiam ter sido, caso nossa conduta tivesse sido sempre para a frente e para cima, desde que professamos ser seguidores de Cristo. Esta é a única comparação digna de confiança que se pode fazer. Em qualquer outra haverá engano. Se o caráter moral e o estado espiritual do povo de Deus não correspondem às bênçãos, privilégios e luz a eles concedidos, são pesados na balança, e os anjos fazem o registro: Em falta. — Testimonies for the Church 1:406. CI 82.1

O pecado imperdoável — Que constitui o pecado contra o Espírito Santo? Está em voluntariamente atribuir a Satanás a obra do Espírito Santo. Por exemplo, suponhamos que alguém seja testemunha de uma nova manifestação especial do Espírito de Deus. Possui prova convincente de que o fato está em harmonia com as Escrituras, e o Espírito testemunha com seu espírito que é de Deus. Depois, entretanto, a pessoa cai em tentação; orgulho, convencimento, ou qualquer outro mau traço a domina; e, ao rejeitar todas as provas de seu divino caráter, declara que tudo o que antes reconhecera como sendo o poder do Espírito Santo era apenas o de Satanás. É por meio de Seu Espírito que Deus atua no coração humano; e quando o homem voluntariamente rejeita o Espírito e declara ser o de Satanás, interrompe o canal por meio do qual Deus Se pode comunicar com ele. Pela negação da prova que Deus Se dignou conceder-lhe, apaga a luz que lhe estivera a brilhar no coração e, como resultado, é deixado em trevas. Assim se verificam as palavras de Cristo: “Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!”. Mateus 6:23. Por algum tempo, pessoas que tenham cometido este pecado podem parecer serem filhos de Deus; mas quando surgem circunstâncias destinadas a desenvolver o caráter e mostrar de que espírito são, ver-se-á que se acham no terreno do inimigo, arregimentadas sob sua negra bandeira. — Testimonies for the Church 5:634. CI 82.2

Confessar ou negar a Cristo — Em nosso convívio na sociedade, em família, ou em quaisquer relacionamentos da vida em que sejamos colocados, limitados ou extensos que sejam, há muitas maneiras pelas quais podemos confessar a nosso Senhor, e muitos modos pelos quais podemos negá-Lo. Podemos negá-Lo por nossas palavras, falando mal de outros, por conversas levianas, gracejos e zombarias, por palavras ociosas ou cruéis, ou por prevaricar, falando contrariamente à verdade. Por nossas palavras podemos confessar que Cristo não está em nós. Por nosso caráter, podemos negá-Lo pelo amor da comodidade, esquivando-nos aos deveres e responsabilidades da vida que cevem recair sobre outros, se nós não os assumirmos, e amando os prazeres pecaminosos. Podemos também negar a Cristo pelo orgulho no vestuário e conformidade com o mundo, ou por uma conduta descortês. Podemos negá-Lo pelo amor a nossas próprias opiniões, buscando sustentar e justificar o próprio eu. Também podemos negá-Lo, permitindo a mente girar em torno do sentimentalismo amoroso, e demorando os pensamentos sobre nossa suposta dura sorte, nossas provações. CI 82.3

Pessoa alguma pode na verdade confessar a Cristo perante o mundo, a menos que nela habitem a mente e o espírito de Cristo. Impossível é comunicarmos aquilo que não possuímos. A conversação e a conduta devem ser real e visível expressão da graça e verdade interiores. Caso o coração seja santificado, submisso e humilde, os frutos serão vistos exteriormente e serão a mais eficaz confissão de Cristo. — Testimonies for the Church 3:331, 332. CI 83.1

Capítulo 11—Los cristianos deben representar a Dios

Es el propósito de Dios manifestar por su pueblo los principios de su reino. Para que en su vida y carácter ellos revelen estos principios, desea él separarlos de las costumbres y prácticas del mundo. Trata de atraerlos a sí, a fin de poder hacerles conocer su voluntad. CPI 139.1

El propósito que Dios trata de lograr por medio de su pueblo hoy es el mismo que deseaba realizar por Israel cuando lo sacó de Egipto. Contemplando la bondad, la misericordia, la justicia y el amor de Dios revelados en la iglesia, el mundo ha de obtener una representación de su carácter. Y cuando la ley de Dios quede así manifestada en la vida, aun el mundo reconocerá la superioridad de los que aman, temen y sirven a Dios sobre todos los demás habitantes de la tierra. CPI 139.2

Los ojos del Señor se fijan en cada uno de sus hijos; tiene planes acerca de cada uno de ellos. Es propósito suyo que aquellos que practican sus santos preceptos sean un pueblo distinguido. Al pueblo de Dios de la actualidad tanto como al antiguo Israel pertenecen las palabras que Moisés escribió por inspiración del Espíritu: “Porque tú eres pueblo santo a Jehová tu Dios; Jehová tu Dios te ha escogido para serle un pueblo especial, más que todos los pueblos que están sobre la haz de la tierra”. Deuteronomio 7:6.1 CPI 139.3

La formación de un carácter semejante al de Cristo

La religión de Cristo no degrada nunca al que la recibe; nunca lo hace burdo ni tosco, descortés ni engreído, apasionado ni duro de corazón. Por el contrario, refina el gusto, santifica el juicio, purifica y ennoblece los pensamientos, poniéndolos en sujeción a Cristo. El ideal de Dios para sus hijos es más elevado de lo que puede alcanzar el más sublime pensamiento humano. El ha dado en su santa ley un trasunto de su carácter. CPI 140.1

El ideal del carácter cristiano es asemejarse a Cristo. Con esto se abre ante nosotros una senda de progreso constante. Tenemos un objeto que conquistar, una norma que alcanzar, que incluye todo lo bueno, lo puro, lo noble y lo elevado. Debe haber una lucha continua y un progreso constante hacia adelante y hacia arriba, hacia la perfección del carácter. CPI 140.2

Seremos individualmente, para este tiempo y para la eternidad, lo que nos hagan nuestros hábitos. La vida de los que adquieren los debidos hábitos y son fieles en el cumplimiento de todo deber, será como luz resplandeciente que derrame sus rayos brillantes sobre las sendas ajenas; pero si nos permitimos tener hábitos de infidelidad, si consentimos que se fortalezcan los hábitos de molicie, indolencia y negligencia, una nube más sombría que la medianoche se asentará sobre las perspectivas de esta vida, y privará para siempre al individuo de la vida futura.2 CPI 140.3

Bienaventurado es aquel que escucha las palabras de vida eterna. Guiado por “el Espíritu de verdad”, será conducido a toda verdad. No será honrado, amado y alabado por el mundo; pero será precioso a la vista del Cielo. “Mirad cual amor nos ha dado el Padre, que seamos llamados hijos de Dios; por esto el mundo no nos conoce, porque no le conoce a él”. 1 Juan 3:1.3 CPI 140.4

Viva valientemente hoy

Recibida en el corazón, la verdad de Dios puede hacernos sabios para salvación. Al creerla y obedecerla, recibiremos gracia suficiente para los deberes y las pruebas de hoy. No necesitamos la gracia para mañana. Debemos comprender que hemos de tratar tan sólo con el día de hoy. Venzamos hoy; neguémonos a nosotros mismos; velemos y oremos ahora. Obtengamos victorias en Dios hoy. Las circunstancias y el ambiente que nos rodean, los cambios que se realizan diariamente alrededor de nosotros y la Palabra escrita de Dios que discierne y prueba todas las cosas bastan para enseñarnos nuestro deber y lo que debemos hacer día tras día. En vez de permitir que nuestra mente se espacie en pensamientos de los cuales no obtenemos beneficio alguno, debemos escudriñar las Escrituras diariamente y cumplir en la vida cotidiana los deberes que tal vez ahora nos resulten penosos, pero que alguien debe cumplir.4 CPI 141.1

Muchos fijan los ojos en la terrible perversidad que existe en derredor de ellos, la apostasía y la debilidad que hay por todas partes, y hablan de estas cosas hasta que su corazón está lleno de tristeza y duda. Hacen predominar ante sus mentes la obra magistral del gran engañador, se espacian en los rasgos desalentadores de su experiencia, al par que parecen perder de vista el poder y el amor sin par del Padre celestial. Todo esto está conforme con la voluntad de Satanás. Es un error pensar en el enemigo de la justicia como revestido de poder tan grande, cuando nos espaciamos tan poco en el amor de Dios y en su poder. Debemos hablar del poder de Cristo. Somos completamente impotentes para rescatarnos de las garras de Satanás; pero Dios ha señalado una vía de escape. El Hijo del Altísimo tiene fuerza para pelear la batalla por nosotros; y por “Aquel que nos amó”, podemos hacer “más que vencer”. Romanos 8:37. CPI 141.2

No obtenemos fuerza espiritual si sólo pensamos en nuestras debilidades y apostasías y lamentamos el poder de Satanás. Esta gran verdad debe ser establecida como principio vivo en nuestra mente y corazón: la eficacia de la ofrenda hecha en favor nuestro; que Dios puede salvar hasta lo sumo a cuantos acuden a él cumpliendo las condiciones especificadas en su Palabra. Nuestra obra consiste en poner nuestra voluntad de parte de la voluntad de Dios. Luego, por la sangre de la expiación, llegamos a ser partícipes de la naturaleza divina; por Cristo somos hijos de Dios, y tenemos la seguridad de que Dios nos ama así como amó a su Hijo. Somos uno con Jesús. Vamos adonde Cristo nos conduce; él tiene poder para disipar las densas sombras que Satanás arroja sobre nuestra senda; y en lugar de las tinieblas y el desaliento, brilla el sol de su gloria en nuestro corazón. CPI 142.1

Hermanos y hermanas, contemplando es como somos transformados. Espaciándonos en el amor de Dios y de nuestro Salvador, admirando la perfección del carácter divino y apropiándonos la justicia de Cristo por la fe, hemos de ser transformados a su misma imagen. Por lo tanto, no reunamos todos los cuadros desagradables, las iniquidades, las corrupciones y los desalientos, evidencias del poder de Satanás, para grabarlos en nuestra memoria, para hablar de ellos y lamentarlos hasta que nuestras almas estén llenas de desaliento. Un alma desalentada está en tinieblas, y no sólo deja de recibir ella misma la luz de Dios, sino que impide que llegue a otros. Satanás se deleita viendo los cuadros de los triunfos que obtiene al restar fe y aliento a los seres humanos.5 CPI 142.2

Representad a Dios por una vida abnegada

El pecado más difundido que nos separa de Dios y provoca tantos trastornos espirituales contagiosos, es el egoísmo. No se puede volver al Señor excepto mediante la abnegación. Por nosotros mismos no podemos hacer nada; pero si Dios nos fortalece, podemos vivir para hacer bien a otros, y de esta manera rehuir el mal del egoísmo. No necesitamos ir a tierras paganas para manifestar nuestros deseos de consagrarlo todo a Dios en una vida útil y abnegada. Debemos hacer esto en el círculo del hogar, en la iglesia, entre aquellos con quienes tratamos y con aquellos con quienes hacemos negocios. En las mismas vocaciones comunes de la vida es donde se ha de negar al yo y mantenerlo en sujeción. Pablo podía decir: “Cada día muero”. 1 Corintios 15:31. Es esa muerte diaria del yo en las pequeñas transacciones de la vida lo que nos hace vencedores. Debemos olvidar el yo por el deseo de hacer bien a otros. A muchos les falta decididamente amor por los demás. En vez de cumplir fielmente su deber, procuran más bien su propio placer. CPI 143.1

En el cielo nadie pensará en sí mismo, ni buscará su propio placer; sino que todos, por amor puro y genuino, procurarán la felicidad de los seres celestiales que los rodeen. Si deseamos disfrutar de la sociedad celestial en la tierra renovada, debemos ser gobernados aquí por los principios celestiales.6 CPI 144.1

Me fue mostrado que establecemos demasiadas comparaciones entre nosotros mismos, tomando a hombres falibles por nuestro modelo, cuando tenemos un Dechado seguro e infalible. No debemos medirnos por el mundo ni por las opiniones de los hombres, ni por lo que éramos antes de aceptar la verdad. Nuestra fe y nuestra posición en el mundo, tal como son ahora, deben compararse con lo que habrían sido si nuestra senda nos hubiese llevado siempre hacia adelante y hacia arriba desde que profesamos seguir a Cristo. Esta es la única comparación que se puede hacer sin peligro. En cualquier otra que se haga, habrá engaño. Si el carácter moral y el estado espiritual de los hijos de Dios no corresponden a las bendiciones, los privilegios y la luz que él les ha concedido, aquellos son pesados en la balanza, y los ángeles los declaran faltos.7 CPI 144.2

El pecado imperdonable

¿En qué consiste el pecado contra el Espíritu Santo? En atribuir voluntariamente a Satanás la obra del Espíritu Santo. Supongamos, por ejemplo, que uno presencie la obra especial del Espíritu de Dios. Tiene evidencia convincente de que la obra está en armonía con las Escrituras, y el Espíritu testifica a su espíritu que es de Dios. Pero más tarde, cae bajo la tentación; lo domina el orgullo, la suficiencia propia, o alguna otra característica mala; y rechazando toda la evidencia de su carácter divino, declara que lo que antes reconoció como ser del Espíritu Santo era poder de Satanás. Por medio de su Espíritu es como Dios obra en el corazón humano; y cuando los hombres rechazan voluntariamente al Espíritu, y declaran que es de Satanás, cortan el conducto por medio del cual Dios puede comunicarse con ellos. Al negar la evidencia que a Dios le agradó darles, apagan la luz que había resplandecido en sus corazones, y como resultado son dejados en tinieblas. Así se cumplen las palabras de Cristo: “Mira pues, si la lumbre que en ti hay, es tinieblas”. Lucas 11:35. Por un tiempo, las personas que han cometido este pecado pueden aparentar ser hijos de Dios; pero cuando se presentan circunstancias que han de desarrollar el carácter, y manifestar qué clase de espíritu las posee, se descubrirá que están en el terreno del enemigo, bajo su negro estandarte.8 CPI 144.3

Confesando o negando a Cristo

En nuestro trato con la sociedad, en la familia, o en cualesquiera relaciones que trabemos en la vida, sean ellas limitadas o extensas, hay muchas maneras por las cuales podemos reconocer a nuestro Señor, y muchas maneras por las cuales le podemos negar. Podemos negarle en nuestras palabras, por hablar mal de otros, por conversaciones insensatas, bromas y burlas, por palabras ociosas o desprovistas de bondad, o prevaricando al hablar contrariamente a la verdad. Con nuestras palabras podemos confesar que Cristo no está en nosotros. Con nuestro carácter podemos negarle, amando nuestra comodidad, rehuyendo los deberes y las cargas de la vida que alguien debe llevar si nosotros no lo hacemos, y amando los placeres pecaminosos. También podemos negar a Cristo por el orgullo de los vestidos y la conformidad al mundo, o por una conducta descortés. Podemos negarle amando nuestras propias opiniones, y tratando de ensalzar y justificar el yo. Podemos también negarle permitiendo que la mente se espacie en un sentimiento de amor enfermizo y meditando en nuestra supuesta mala suerte y pruebas. CPI 145.1

Nadie puede confesar verdaderamente a Cristo delante del mundo, a menos que viva en él la mente y el espíritu de Cristo. Es imposible comunicar lo que no poseemos. La conversación y la conducta deben ser una expresión verdadera y visible de la gracia y verdad interiores. Si el corazón está santificado, será sumiso y humilde, los frutos se verán exteriormente, y ello será una muy eficaz confesión de Cristo.9 CPI 146.1