Conselhos para a Igreja
Capítulo 48 — Conselhos sobre mordomia
O espírito de liberalidade é o espírito do Céu. O abnegado amor de Cristo é revelado na cruz. Para que o homem pudesse ser salvo, deu Ele tudo quanto possuía, e em seguida deu a Si mesmo. A cruz de Cristo apela para a beneficência de todo seguidor do bendito Salvador. O princípio ali ilustrado é dar, dar. Isso, levado a efeito em real beneficência e boas obras, é o verdadeiro fruto da vida cristã. O princípio dos mundanos é adquirir, adquirir, e assim esperam conseguir felicidade; mas, levado a efeito em todos os seus aspectos, o fruto é miséria e morte. CI 278.1
A luz do evangelho que brilha da cruz de Cristo reprova o egoísmo, e anima a liberalidade e a beneficência. Não deveria ser fato de ser lamentado o haver cada vez mais pedidos para dar. Deus, em Sua providência, está chamando Seu povo para fora de sua limitada esfera de ação, a fim de que se dedique a maiores empreendimentos. Esforço ilimitado é o que se requer neste tempo em que trevas morais cobrem o mundo. Muitos do povo de Deus estão em perigo de ser enredados pelo mundanismo e pela cobiça. Deveriam compreender que a Sua misericórdia é que multiplica os pedidos de meios. Têm que ser-lhes apresentados objetivos que estimulem a beneficência, ou do contrário não poderão imitar o caráter do grande Exemplo. CI 278.2
Dando aos discípulos a comissão de ir “por todo o mundo” e pregar “o evangelho a toda a criatura” (Marcos 16:15), Cristo designou aos homens a obra de disseminar o conhecimento de Sua graça. Porém, enquanto alguns saem a pregar, Ele roga a outros que atendam a Seus pedidos de ofertas, para manter Sua causa na Terra. Pôs Ele meios nas mãos dos homens, para que Seus dons divinos possam fluir através de canais humanos, fazendo nós a obra que nos foi designada, de salvar nossos semelhantes. Esta é uma das maneiras em que Deus exalta o homem. É justamente a obra de que o homem precisa; pois lhe despertará no coração as mais profundas simpatias, e porá em atividade as mais elevadas faculdades da mente. — Testimonies for the Church 9:254, 255. CI 278.3
Devidamente orientada, a beneficência exercita as energias mentais e morais do homem, estimulando-as a uma ação muito sadia no beneficiar os necessitados e promover a causa de Deus. — Testimonies for the Church 3:401. CI 278.4
Cada oportunidade de ajudar a um irmão necessitado, ou de auxiliar a causa de Deus na disseminação da verdade, é uma pérola que você pode de antemão enviar e pôr em depósito no banco celeste, para guardá-la em segurança. — Testimonies for the Church 3:249. CI 279.1
“De todo homem cujo coração o mover” — A única maneira que Deus ordenou para fazer avançar Sua causa é abençoar os homens com propriedades. Dá-lhes Sua luz do Sol e a chuva; faz a vegetação crescer; dá saúde e habilidade para adquirir recursos. Todas as nossas bênçãos provêm de Suas generosas mãos. Por sua vez, deseja que os homens e mulheres mostrem sua gratidão devolvendo-Lhe uma parte em dízimos e ofertas — em ofertas de gratidão, ofertas voluntárias e ofertas pelo pecado. — Testimonies for the Church 5:150. CI 279.2
A liberalidade dos judeus na construção do tabernáculo e na construção do templo, mostra um espírito de beneficência não igualado pelos cristãos de qualquer época posterior. Eles acabavam de ser libertados de sua longa servidão no Egito, e andavam errantes no deserto; todavia, mal foram livrados dos exércitos egípcios que os perseguiam em sua precipitada viagem, veio a Moisés a palavra do Senhor, dizendo: “Fala aos filhos de Israel que Me tragam uma oferta alçada; de todo o homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a Minha oferta alçada”. Êxodo 25:2. CI 279.3
Seu povo possuía poucos bens, e não eram lisonjeiras as perspectivas de aumentá-los; tinham, porém, um objetivo diante de si construir um tabernáculo para Deus. O Senhor falara, e deviam obedecer-Lhe à voz. Não retiveram nada. Todos deram com espírito voluntário, não determinada porção de suas posses, mas grande quantidade do que tinham. Devotaram-no voluntária e alegremente ao Senhor, e foram-Lhe agradáveis assim fazendo. Não Lhe pertencia tudo? Não lhes havia Ele dado tudo quanto tinham? Se Ele o pedia, não era seu dever devolver-Lhe o que era Seu? CI 279.4
Não foi preciso insistência. O povo levou ainda mais do que foi solicitado, sendo-lhes dito que parassem, pois já havia mais do que podiam empregar. Outra vez, ao construírem o templo, o pedido de recursos encontrou corações voluntários em corresponder. Não deram com relutância. Regozijavam-se na perspectiva da construção de um edifício para adoração a Deus, e deram mais do que o necessário para esse desígnio. [...] CI 279.5
Podem os cristãos, que se gabam de ter mais luz que os hebreus, dar menos do que eles? Podem os cristãos que vivem próximo ao fim do tempo ficar satisfeitos com suas ofertas, quando não são a metade do que eram as dos judeus? — Testimonies for the Church 4:77-79. CI 279.6
O Senhor fez a difusão da luz e verdade na Terra dependente dos esforços voluntários e das ofertas dos que são participantes dos dons celestiais. Relativamente poucos são chamados a viajarem como pastores ou missionários, mas multidões devem cooperar em disseminar a verdade através de seus recursos. [...] CI 279.7
Bem, dirá alguém, continuam a vir os pedidos para dar à causa. Estou cansado de dar. Estarão mesmo cansados? Então, permitam que lhes pergunte: Vocês estão cansados de receber das beneficentes mãos de Deus? Só se Ele deixasse de os abençoar, deixariam de estar sob obrigação de restituir-Lhe a porção que reivindica. Ele os abençoa para que esteja em seu poder abençoar os outros. Quando estiverem cansados de receber, então poderão dizer: Estou cansado de tantos pedidos para dar. Deus reserva para Si uma parte de tudo que recebemos. Quando essa Lhe é restituída, a parte restante é abençoada; mas se for retida, tudo se tornará, mais dia menos dia, uma maldição. A reivindicação divina deve vir primeiro; tudo o mais é secundário. — Testimonies for the Church 5:148, 150. CI 280.1
Dar o dízimo é uma ordem de Deus — Ofertas voluntárias e o dízimo constituem a receita do evangelho. Dos meios confiados ao homem, Deus reivindica determinada porção — o dízimo. — Testimonies for the Church 5:149. CI 280.2
Devemos ponderar que as reivindicações de Deus a nosso respeito são mais importantes do que todas as demais. Ele nos dá com abundância, e o ajuste que fez com o homem é que a décima parte de todas as propriedades Lhe seja restituída. O Senhor confia liberalmente Seu tesouro a Seus mordomos, mas quanto ao dízimo, diz: “Este Me pertence.” Na mesma proporção em que Deus dá ao homem Seus bens, este deve restituir a Deus fielmente a décima parte de todos os seus proventos. Essa instituição foi estabelecida pelo próprio Cristo. — Testimonies for the Church 6:384. CI 280.3
A verdade para este tempo deve ser levada aos tenebrosos recantos da Terra, e esta obra pode começar em casa. Os seguidores de Cristo não devem viver egoistamente; antes, imbuídos do Espírito de Cristo, trabalhar em harmonia com Ele. [...] CI 280.4
A grande obra que Jesus anunciou que viera fazer foi confiada a Seus seguidores na Terra. [...] Ele deu a Seu povo um plano para levantamento de fundos suficientes para empreendimento de manutenção própria. O plano divino do sistema do dízimo é belo em sua simplicidade e eqüidade. Todos podem dele lançar mão com fé e ânimo, pois é divino em sua origem. Nele se aliam a simplicidade e a utilidade, e não exige profundidade de saber para compreendê-lo e executá-lo. Todos podem sentir que lhes é possível ter parte em promover a preciosa obra de salvação. Todo homem, mulher e jovem podem tornar-se tesoureiros do Senhor, e agentes em atender às exigências sobre o tesouro. Diz o apóstolo: “Cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade”. 1 Coríntios 16:2. CI 280.5
Grandes objetivos se conseguem com este sistema. Se todos o aceitassem, cada um se tornaria vigilante e fiel tesoureiro de Deus; e não haveria falta de recursos com que levar avante a grande obra de anunciar a última mensagem de advertência ao mundo. O tesouro estará provido se todos adotarem esse sistema, e os contribuintes não ficarão mais pobres. A cada depósito feito, tornar-se-ão mais ligados à causa da verdade presente. Eles estarão entesourando “para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna”. 1 Timóteo 6:19. CI 280.6
À medida que os obreiros perseverantes, sistemáticos, virem que a tendência de seus beneficentes esforços é nutrir o amor para com Deus e seus semelhantes, e que seus esforços pessoais estão a estender-lhes a esfera de utilidade, compreenderão que é grande bênção ser cooperadores de Cristo. A igreja cristã, de modo geral, está se negando às reivindicações de Deus quanto a darem ofertas do que possuem para sustentar a luta contra as trevas morais que vão inundando o mundo. A obra de Deus nunca poderá progredir como deve enquanto os seguidores de Cristo não se tornarem obreiros ativos e zelosos. — Testimonies for the Church 3:381, 388, 389. CI 281.1
O privilégio de atuar em parceria com Deus — Deus não depende dos homens para a manutenção de Sua causa. Poderia haver mandado recursos diretamente do Céu para suprir Seu tesouro, caso assim houvesse Sua providência achado melhor para o homem. Poderia ter idealizado meios pelos quais houvessem sido enviados anjos para anunciar a verdade ao mundo sem o agente humano. Poderia haver escrito a verdade nos céus, e deixar que isso declarasse ao mundo os mandamentos em caracteres vivos. Deus não depende da prata ou ouro de homem algum. Diz Ele: “Meu é todo o animal da selva e as alimárias sobre milhares de montanhas.” “Se Eu tivesse fome, não to diria, pois Meu é o mundo e a sua plenitude”. Salmos 50:10, 12. Seja qual for a necessidade de nossa participação no progresso da causa de Deus, isso foi propositadamente arranjado por Ele para nosso bem. Honrou-nos tornando-nos coobreiros Seus. Determinou que houvesse necessidade da cooperação dos homens, para que sua liberalidade seja mantida em exercício. [...] CI 281.2
A lei moral ordenava a observância do sábado, que não era um fardo senão quando aquela lei era transgredida e eles incorriam nas penas trazidas pela transgressão. O sistema do dízimo não era uma carga para os que não se apartavam desse plano. O sistema ordenado aos hebreus não foi rejeitado ou afrouxado por Aquele que lhe deu origem. Em vez de haver perdido agora seu vigor, deve ser mais plenamente cumprido e expandido, pois a salvação em Cristo unicamente deve ser apresentada em maior plenitude na era cristã. [...] CI 281.3
O evangelho, estendendo-se e ampliando-se, exigia maiores providências para manter a luta depois da morte de Cristo, o que tornou a lei de dar ofertas necessidade mais urgente do que sob o governo hebraico. Agora Deus requer não menores, mas maiores, dádivas do que em qualquer outro período da história do mundo. O princípio estabelecido por Cristo é que as dádivas e ofertas sejam proporcionais à luz e às bênçãos fruídas. Ele disse: “A qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá”. Lucas 12:48. — Testimonies for the Church 3:390-392. CI 281.4
Uma torrente de luz resplandece da Palavra de Deus, e devemos reconhecer as oportunidades negligenciadas. Quando todos formos fiéis na devolução a Deus dos Seus dízimos e ofertas, o caminho se abrirá para que o mundo ouça a mensagem para este tempo. Se o coração do povo de Deus estiver cheio de amor a Cristo; se cada membro da igreja estiver cabalmente imbuído do espírito de abnegação; se todos manifestarem fervor intenso, não faltarão recursos para as missões. Nossos recursos serão multiplicados; mil portas de utilidade se abrirão, e seremos convidados a por elas entrar. Caso houvesse sido executado o propósito divino de transmitir ao mundo a mensagem da misericórdia, Cristo já teria vindo à Terra e os santos teriam recebido as boas-vindas na cidade de Deus. — Testimonies for the Church 6:449, 450. CI 282.1
Deus pede a décima parte — O sistema do dízimo remonta a um tempo além dos dias de Moisés. Requeria-se que os homens oferecessem dádivas a Deus com intuitos religiosos antes mesmo que um sistema definido fosse dado a Moisés — já desde os dias de Adão. Cumprindo o que Deus deles requeria, deviam manifestar em ofertas a apreciação das misericórdias e bênçãos a eles concedidas. Isto continuou através de sucessivas gerações, e foi observado por Abraão, que deu dízimos a Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo. O mesmo princípio existia nos dias de Jó. Jacó, quando errante e exilado, destituído de bens, deitou-se à noite em Betel, solitário e tendo por travesseiro uma pedra, e prometeu ao Senhor: “De tudo quanto me deres, certamente Te darei o dízimo”. Gênesis 28:22. Deus não obriga os homens a dar. Tudo quanto derem deve ser voluntário. Não quer ter o Seu tesouro cheio de ofertas dadas de má vontade. [...] CI 282.2
Quanto à importância exigida, Deus especificou um décimo da renda. Isto fica com a consciência e boa vontade dos homens, cujo discernimento nesse sistema de dízimo deve ser livre. Embora isto dependa da consciência, foi estabelecido um plano bastante definido para todos. Não deve haver compulsão. CI 282.3
Na dispensação mosaica, Deus chamou homens que dessem a décima parte de toda a sua renda. Ele lhes confiou em depósito as coisas desta vida, talentos a serem desenvolvidos e devolvidos a Ele. Exigia um décimo, e isto Ele requer como o mínimo que os seres humanos Lhe devem devolver. Diz: Dou-lhes nove décimos, ao passo que exijo um décimo; este é Meu. Quando os homens o retêm, estão roubando a Deus. As ofertas pelo pecado, as ofertas pacíficas e as de gratidão também eram requeridas além do dízimo das rendas. CI 282.4
Tudo quanto é retido daquilo que Deus requer, a décima parte do rendimento, é registrado como roubo nos livros do Céu contra os que o retêm. Essas pessoas defraudam seu Criador; e ao ser-lhes apontado esse pecado de negligência, não basta que mudem de rumo e comecem a seguir daí em diante o reto princípio. Isto não alterará os algarismos registrados no Céu pela sonegação dos bens que lhes foram confiados para serem devolvidos Àquele que os emprestou. Exige-se arrependimento pelo trato infiel e a ingratidão para com Deus. [...] CI 282.5
Sempre que o povo de Deus, em qualquer período do mundo, seguiu voluntária e alegremente o plano dEle quanto à doação sistemática e às dádivas e ofertas, verificaram Sua permanente promessa de que todos os seus trabalhos seriam seguidos de prosperidade proporcional à obediência que dispensavam ao que deles requeria. Quando reconheciam os direitos de Deus e Lhe satisfaziam às reivindicações, honrando-O com seus recursos, seus celeiros enchiam-se com abundância. Mas, quando roubavam a Deus em dízimos e ofertas, era-lhes feito compreender que não O estavam roubando a Ele simplesmente, mas a si mesmos; pois Ele lhes limitava as bênçãos exatamente em proporção ao que eles limitavam as ofertas que Lhe faziam. — Testimonies for the Church 3:393-395. CI 283.1
O homem que fracassou nos negócios e está endividado, não deve servir-se da parte que pertence ao Senhor, a fim de liquidar seus compromissos. Deve considerar que nisso é provado e que, retendo a parte do Senhor para fins próprios, está roubando a Deus. É devedor a Deus de tudo quanto tem, mas se emprega para saldar dívidas contraídas com seus semelhantes, os fundos reservados do Senhor, torna-se um duplo devedor diante dEle. “Infidelidade para com Deus”, é o que se acha escrito junto ao seu nome nos livros do Céu. Por se haver apropriado dos recursos do Senhor para seu próprio interesse, tem lá uma conta para saldar com Deus. E a falta de princípios que mostrou ao apropriar-se indebitamente dos recursos do Senhor, há de revelar-se também noutros negócios que empreender. Mostrar-se-á em todos os assuntos relacionados com seus próprios negócios. O homem que rouba a Deus cultiva traços de caráter que o hão de excluir de ser admitido na família celestial. — Testimonies for the Church 6:391. CI 283.2
Deus avalia as dádivas pelo amor que inspira o sacrifício — Nas balanças do santuário, as dádivas dos pobres, impulsionadas pelo amor a Cristo, não são avaliadas segundo a importância doada, mas de acordo com o amor que inspira o sacrifício. As promessas de Jesus serão comprovadas pelo pobre liberal, que pouco tem para dar mas oferece esse pouco de boa vontade, tão certamente como o serão pelo rico que dá de sua abundância. O pobre faz de seu pouco um sacrifício que lhe custa realmente. Renuncia a algumas coisas de que na verdade necessita para o próprio conforto, ao passo que o abastado oferece de sua abundância, e não sente falta; não renuncia a nada de que realmente necessite. Há, portanto, na oferta do pobre uma santidade que não se encontra na do rico; pois este dá de sua fartura. A providência de Deus delineou todo o plano da doação sistemática para benefício do ser humano. Sua providência não cessa nunca. Caso os servos de Deus sigam as oportunidades de Sua providência, serão todos obreiros ativos. [...] CI 283.3
As ofertas das crianças podem ser aceitáveis e aprazíveis a Deus. Segundo o espírito que anima as dádivas, será o valor das mesmas. Os pobres, seguindo a orientação do apóstolo e pondo de parte semanalmente uma pequena soma, ajudam a encher o tesouro, e suas ofertas são inteiramente aceitáveis a Deus; pois eles fazem tão grandes sacrifícios e até maiores que seus irmãos mais ricos. O plano da doação sistemática demonstrar-se-á uma salvaguarda para toda família contra a tentação de gastar dinheiro em coisas desnecessárias; e demonstrar-se-á uma bênção especialmente aos ricos, preservando-os de condescender com extravagâncias. — Testimonies for the Church 3:398, 399, 412. CI 284.1
A recompensa da sincera liberalidade é a mais íntima comunhão do espírito e do coração com o Espírito Santo. — Testimonies for the Church 6:390. CI 284.2
Paulo estabelece uma regra para dar à causa de Deus, e diz-nos quais serão os resultados, tanto em relação a nós mesmos como a Deus. “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.” “E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará.” “E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra. [...] Ora, Aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para comer, também multiplicará a vossa sementeira, e aumentará os frutos da vossa justiça; para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus”. 2 Coríntios 9:7, 6, 8, 10, 11. — Testimonies for the Church 5:735. CI 284.3
A motivação adequada — Enquanto tiverem mente sã e bom juízo, devem os pais, com piedosa consideração e o auxílio dos devidos conselheiros que tenham experiência na verdade e conhecimento da vontade divina, dispor de suas propriedades. CI 284.4
Se tiverem filhos que estejam sendo afligidos ou lutando com a pobreza, e que farão cuidadoso uso dos recursos, devem eles ser tomados em consideração. Mas, se têm filhos descrentes que têm abundância dos bens deste mundo e que estejam servindo ao mundo, cometem um pecado contra o Mestre que os tornou Seus mordomos ao colocarem bens nas mãos deles meramente por serem seus filhos. Os reclamos de Deus não devem ser considerados levianamente. CI 284.5
E deve-se compreender claramente que o fato de os pais já terem feito seu testamento não os impede de dar recursos à causa de Deus enquanto vivem. E isso é o que devem fazer. Devem ter, aqui, a satisfação, e, na vida futura, a recompensa de disporem dos recursos excedentes enquanto viverem. Devem fazer sua parte no avanço da causa de Deus. Devem usar os bens que lhes foram emprestados pelo Mestre para levar avante a obra que deve ser feita em Sua vinha. [...] CI 284.6
Os que retém do tesouro de Deus, e acumulam os recursos para seus filhos, põem em risco o interesse espiritual dos mesmos. Colocam suas propriedades, que são pedra de tropeço para eles, no caminho dos filhos, de modo a que nela tropecem para perdição. Muitos estão cometendo grande erro com relação às coisas desta vida. Economizam, privando a si e aos outros do bem que poderiam desfrutar do devido uso dos recursos que Deus lhes emprestou, e tornam-se egoístas e avarentos. Negligenciam os interesses espirituais, e tornam-se anões no desenvolvimento religioso, tudo por amor de acumular riqueza que não podem usar. Deixam aos filhos esses bens e, nove vezes em dez, isso se torna ainda maior maldição aos herdeiros do que foi a eles próprios. Os filhos, confiados na propriedade dos pais, deixam freqüentemente de ser bem-sucedidos na vida presente, fracassando por completo no que respeita à vindoura. CI 285.1
O melhor legado que os pais podem deixar aos filhos é o conhecimento do trabalho útil e o exemplo de uma vida caracterizada pela desinteressada beneficência. Por uma vida assim, mostram eles o verdadeiro valor do dinheiro, que só deve ser apreciado pelo bem que pode realizar no suprir as próprias necessidades e as dos outros, e no promover o progresso da causa de Deus. — Testimonies for the Church 3:121, 399. CI 285.2
Não coloque o coração nas suas riquezas — O sistema especial de dízimos baseia-se em um princípio tão duradouro como a lei de Deus. Esse sistema foi uma bênção ao povo judeu, do contrário o Senhor não lho haveria dado. Assim será igualmente uma bênção aos que o observarem até ao fim do tempo. [...] CI 285.3
As igrejas mais sistemáticas e liberais em sustentar a causa de Deus são espiritualmente as mais prósperas. A verdadeira liberalidade no seguidor de Cristo identifica-lhe os interesses com os de seu Mestre. — Testimonies for the Church 3:404, 405. Caso os que têm recursos compreendessem que são responsáveis diante de Deus por todo dinheiro que gastam, suas supostas necessidades seriam muito menos. Se a consciência estivesse viva, testificaria de desnecessárias apropriações para satisfação do apetite, do orgulho, da vaidade e do amor dos entretenimentos, e mostraria o desperdício do dinheiro do Senhor, que devia ter sido dedicado à Sua causa. Os que desperdiçam os bens do Senhor hão de afinal dar contas de seu procedimento ao Mestre. CI 285.4
Se os professos cristãos empregassem menos de seus bens em adornar o corpo e em embelezar a própria morada e gastassem menos em luxos extravagantes e destruidores da saúde em sua mesa, muito maiores seriam as somas que poderiam colocar no tesouro de Deus. Imitariam assim a seu Redentor, que deixou o Céu, Suas riquezas, Sua glória, e por amor de nós tornou-Se pobre, a fim de podermos possuir as riquezas eternas. [...] CI 285.5
Muitos, porém, ao começarem a ajuntar riquezas terrenas, põem-se a calcular quando estarão de posse de determinada quantia. Na ansiedade de acumular fortunas para si, deixam de enriquecer-se para com Deus. A Sua beneficência não se mantém a par com o que acumulam. À medida que lhes cresce a paixão pelas riquezas, as afeições se vão após o seu tesouro. O aumento dos bens lhes robustece o ansioso desejo de mais, até que alguns consideram exigente e injusta a contribuição de um décimo para o Senhor. CI 285.6
Diz a Inspiração: “Se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração”. Salmos 62:10. Muitos têm dito: “Se eu fosse tão rico como Fulano, multiplicaria minhas ofertas ao tesouro de Deus. Não faria com minha riqueza senão promover a causa do Senhor.” Deus tem provado alguns destes dando-lhes riquezas; com elas, porém, a tentação se tornou mais forte, e a beneficência tornou-se-lhes incomparavelmente menor que nos dias de sua pobreza. A mente e o coração foram tomados do empolgante desejo de possuir maiores fortunas, e fizeram-se idólatras. — Testimonies for the Church 3:401, 403. CI 286.1
Um voto a Deus é sagrado — Cada um tem de decidir suas próprias contribuições, sendo deixado na liberdade de dar segundo se propôs em seu coração. Existem, porém, pessoas culpadas do mesmo pecado de Ananias e Safira, pensando que, se eles retêm uma parte daquilo que Deus lhes requer no sistema do dízimo, os irmãos nunca o saberão. Isso pensou o culpado casal cujo exemplo nos é dado como advertência. Nesse caso, Deus prova que Ele sonda o coração. Os motivos e desígnios do homem não se Lhe podem encobrir. Ele deixou perpétua advertência aos cristãos de todas as épocas a fim de estarem alerta contra o pecado a que o coração humano está sempre inclinado. [...] CI 286.2
Quando um compromisso verbal ou escrito foi tomado em presença de nossos irmãos, de dar determinada importância, eles são as testemunhas visíveis de um contrato feito entre nós e Deus. A promessa não foi feita ao homem, mas a Deus, e é como uma nota escrita dada a um semelhante. Nenhuma promissória legal é mais obrigatória para um cristão quanto ao pagamento do dinheiro, do que uma promessa feita ao Senhor. CI 286.3
As pessoas que assim se comprometem com seus semelhantes, geralmente não pensam em pedir liberação dos compromissos. Um voto feito a Deus, doador de todas as dádivas, é ainda de maior importância; então, por que havemos nós de buscar ser dispensados de nossos votos a Deus? Considerará o homem seu voto menos obrigatório pelo fato de ser feito ao Senhor? Por que esse voto não será levado a juízo nos tribunais de justiça, é ele menos válido? Há de um homem que professa estar salvo pelo sangue do infinito sacrifício de Jesus Cristo “roubar a Deus”? Não são seus votos e suas ações pesados nas balanças da justiça nas cortes celestiais? [...] CI 286.4
A igreja é responsável pelos compromissos de seus membros individuais. Uma vez que vejam que um irmão está negligenciando cumprir seus votos, devem trabalhar bondosa e claramente com ele. Caso o irmão não esteja em condições de pagar seu voto, e seja um membro digno e de coração voluntário, ajude-o então a igreja compassivamente. Assim poderão transpor a dificuldade, e receber eles próprios uma bênção. — Testimonies for the Church 4:469, 470, 476. CI 286.5
Ofertas de gratidão separadas para os pobres — Em cada igreja deveria ser estabelecido um tesouro para os pobres. Então cada membro apresente a Deus uma oferta de gratidão uma vez por semana ou uma vez por mês, conforme for mais conveniente. Essa oferta exprimirá nossa gratidão pelas dádivas da saúde, do alimento e do vestuário. E segundo Deus nos tenha abençoado com esses confortos, poremos de parte para os pobres, sofredores e aflitos. Desejo chamar a atenção de nossos irmãos especialmente para este ponto. Lembrem-se dos pobres. Renunciem a alguns dos supérfluos, sim, os próprios confortos, e ajudem àqueles que apenas conseguem o mais escasso alimento e vestuário. Fazendo isso por eles, vocês o estão fazendo por Jesus na pessoa de Seus santos. Ele identifica-Se com a humanidade sofredora. Não esperem até que estejam satisfeitas todas as suas necessidades imaginárias. Não confiem em seus sentimentos, dando quando estão inclinados a fazê-lo, e retendo quando não têm desejo. Dêem regularmente, [...] como desejariam ver escrito no registro celestial no dia de Deus. — Testimonies for the Church 5:150, 151. CI 287.1
Nossa propriedade e o sustento da obra de Deus — Aos que amam sinceramente a Deus e possuem meios, sou mandada dizer: Agora é o tempo para investir seus meios no sustento da obra do Senhor. Agora é o tempo de apoiar as mãos dos pastores em seus esforços abnegados para salvar os que estão perecendo no pecado. Ao encontrarem, nas cortes celestiais, as pessoas que ajudaram a salvar, então se sentirão gloriosamente recompensados. CI 287.2
Ninguém retenha suas moedinhas, e os que muito possuem, devem se regozijar por poder acumular no Céu um tesouro que jamais acabará. O dinheiro que recusarmos empregar na obra do Senhor, há de perecer. Sobre ele nenhum juro se acumulará no banco do Céu. [...] CI 287.3
O Senhor convida hoje os adventistas do sétimo dia de todas as partes para a Ele se consagrarem, e realizarem, segundo sua capacidade, o máximo que lhes for possível para auxiliar Sua obra. Por sua liberalidade ao fazer donativos e ofertas, deseja Ele que revelem apreço por Suas bênçãos e gratidão por Sua misericórdia. — Testimonies for the Church 9:131, 132. CI 287.4
O Senhor tem-me mostrado repetidamente que é contrário à Bíblia fazer qualquer provisão para o tempo de angústia. Vi que se os santos tivessem alimento acumulado por eles no campo no tempo de angústia, quando a espada, a fome e pestilência estão na Terra, seria tomado deles por mãos violentas e estranhos ceifariam os seus campos. Será para nós então tempo de confiar inteiramente em Deus, e Ele nos sustentará. Vi que nosso pão e nossa água serão certos nesse tempo, e que não teremos falta nem padeceremos fome, pois Deus é capaz de estender para nós uma mesa no deserto. Se necessário Ele enviaria corvos para alimentar-nos, como fez com Elias, ou faria chover maná do céu, como fez para os israelitas. CI 287.5
Casas e terras serão de nenhuma utilidade para os santos no tempo de angústia, pois terão de fugir diante de turbas enfurecidas, e nesse tempo suas posses não podem ser liberadas para o progresso da causa da verdade presente [...] Foi-me mostrado que é vontade de Deus que os santos se libertem de todo embaraço antes que venha o tempo de angústia, e façam um concerto com Deus mediante sacrifício. Se eles puserem sua propriedade no altar do sacrifício e ferventemente inquirirem de Deus quanto ao seu dever, Ele lhes ensinará sobre quando dispor dessas coisas. Então estarão livres no tempo de angústia, sem nenhum estorvo para sobrecarregá-los. — Primeiros Escritos, 56, 57. CI 288.1
Espírito de abnegação e sacrifício — O plano da salvação foi estabelecido pelo infinito sacrifício do Filho de Deus. A luz do evangelho que irradia da cruz de Cristo repreende o egoísmo, e anima a liberalidade e a beneficência. Não é para lamentar o haver crescentes pedidos. Em Sua providência, Deus está chamando Seu povo a sair da limitada esfera de ação em que vivem, a fim de entrarem em maiores empreendimentos. Ilimitado é o esforço requerido nesta época em que as trevas morais estão cobrindo o mundo. O mundanismo e a cobiça estão destruindo a vitalidade do povo de Deus. Cumpre-lhes compreender que é a misericórdia dEle que faz com que se multipliquem as solicitações de recursos. O anjo de Deus coloca os atos de beneficência ao lado da oração. Disse ele a Cornélio: “As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus”. Atos dos Apóstolos 10:4. — Testimonies for the Church 3:405. CI 288.2
Pratiquemos a economia em nossa casa. Muitos estão acariciando e adorando ídolos. Abandonemos os nossos ídolos. Renunciemos aos nossos prazeres egoístas. Rogo-lhes que não empreguem recursos no embelezamento das residências; porque é dinheiro de Deus, e Ele tornará a pedir esse dinheiro. Pais, por amor de Cristo não empreguem o dinheiro do Senhor na condescendência com as fantasias de seus filhos. Não os ensinem a procurar a moda e a ostentação, a fim de alcançarem influência no mundo. Será que isso vai ajudá-los a salvarem as almas por quem Cristo morreu? Não; suscitará inveja, ciúme e más suspeitas. Seus filhos serão induzidos a competir com a ostentação e extravagância do mundo, e a gastar o dinheiro do Senhor no que não é essencial para a saúde ou a felicidade. CI 288.3
Não ensinem seus filhos a pensar que seu amor a eles deve manifestar-se pela satisfação do seu orgulho, prodigalidade e amor à ostentação. Agora não é o tempo de inventar novas formas de gastar dinheiro. Empreguem suas faculdades inventivas para tratar de economizá-lo. Em vez de satisfazer a inclinação egoísta, gastando o dinheiro em coisas que destroem as faculdades do raciocínio, estudemos como praticar a abnegação, a fim de ter algo que inverter para desfraldar o estandarte da verdade nos novos campos. O intelecto é um talento; vamos usá-lo para descobrir como melhor empregar nossos recursos na salvação das almas. — Testimonies for the Church 6:450, 451. CI 288.4
Os que se negam a si mesmos a fim de beneficiar a outros, e se consagram com tudo quanto têm ao serviço de Cristo, experimentarão a felicidade que o egoísta procura em vão. Disse nosso Salvador: “Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser Meu discípulo”. Lucas 14:33. A caridade “não busca os seus interesses”. 1 Coríntios 13:5. Isto é o fruto daquele amor e beneficência desinteressados que caracterizavam a vida de Cristo. A lei de Deus em nosso coração subordinará os próprios interesses às considerações elevadas e eternas. — Testimonies for the Church 3:397. CI 289.1
Capítulo 48—Consejos sobre mayordomía
La generosidad es el espíritu del cielo. El abnegado amor de Cristo se reveló en la cruz. El dio todo lo que poseía y se dio a sí mismo para que el hombre pudiese salvarse. La cruz de Cristo es un llamamiento a la generosidad de todo discípulo del Salvador. El principio que proclama es de dar, dar siempre. Su realización por la benevolencia y las buenas obras es el verdadero fruto de la vida cristiana. El principio de la gente del mundo es: ganar, ganar siempre; y así se imagina alcanzar la felicidad, pero cuando este principio ha dado todos sus frutos, se ve que sólo engendra la miseria y la muerte. CPI 492.1
La luz del Evangelio que irradia de la cruz de Cristo condena el egoísmo y estimula la generosidad y la benevolencia. No debería ser causa de quejas el hecho de que se nos dirigen cada vez más invitaciones a dar. En su divina providencia Dios llama a su pueblo a salir de su esfera de acción limitada para emprender cosas mayores. Se nos exige un esfuerzo ilimitado en un tiempo como éste, cuando las tinieblas morales cubren el mundo. Muchos de los hijos de Dios están en peligro de dejarse prender en la trampa de la mundanalidad y avaricia. Deberían comprender que es la misericordia divina la que multiplica las solicitudes de recursos. Deben serles presentados blancos que despierten su benevolencia, o no podrán imitar el carácter del gran Modelo. CPI 492.2
Al dar a sus discípulos la orden de ir por “todo el mundo” y predicar “el evangelio a toda criatura”, Cristo asignó a los hombres una tarea: la de sembrar el conocimiento de su gracia. Pero mientras algunos salen al campo a predicar, otros le obedecen sosteniendo su obra en la tierra por medio de sus ofrendas. El ha puesto recursos en las manos de los hombres, para que sus dones fluyan por canales humanos al cumplir la obra que nos ha asignado en lo que se refiere a salvar a nuestros semejantes. Este es uno de los medios por los cuales Dios eleva al hombre. Es exactamente la obra que conviene a éste; porque despierta en su corazón las simpatías más profundas y le mueve a ejercitar las más altas facultades de la mente.1 CPI 493.1
Debidamente dirigida, la generosidad ejercita las energías mentales y morales de los hombres y los incita a una acción muy saludable para beneficiar a los necesitados y adelantar la causa de Dios.2 CPI 493.2
Toda oportunidad de ayudar a un hermano menesteroso o de ayudar a la causa de Dios en la difusión de la verdad, es una perla que podéis enviar delante de vosotros para depositarla en el banco del cielo en segura custodia.3 CPI 493.3
“De cada hombre que da voluntariamente”
El único medio que Dios ha dispuesto para hacer progresar su causa consiste en bendecir a los hombres con propiedades. Les da la luz del sol y la lluvia, hace florecer la vegetación, les da salud y capacidad de adquirir recursos. Todas nuestras bendiciones provienen de su mano bondadosa. En retribución, quiere él que los hombres y las mujeres manifiesten su gratitud devolviéndole una porción en diezmos y ofrendas, en ofrendas de agradecimiento y ofrendas voluntarias.4 CPI 493.4
La generosidad de los judíos en la construcción del tabernáculo y del templo ilustra un espíritu de dadivosidad que no ha sido igualado por los cristianos en ninguna ocasión ulterior. Los judíos acababan de ser libertados de su larga esclavitud en Egipto y erraban por el desierto; sin embargo, apenas fueron librados de los ejércitos de los egipcios que los perseguían en su apresurado viaje, llegó la palabra del Señor a Moisés, diciendo: “Di a los hijos de Israel que tomen para mí ofrenda; de todo varón que la diere de su voluntad, de corazón tomaréis mi ofrenda”. Éxodo 25:2. CPI 494.1
El pueblo tenía pocas riquezas, y ninguna halagüeña perspectiva de aumentarlas; pero tenía delante de sí un objeto: construir el tabernáculo para Dios. El Señor había hablado, y sus hijos debían obedecer su voz. No retuvieron nada. Todos dieron con mano voluntaria; no cierta cantidad de sus ingresos, sino gran parte de lo que poseían. La consagraron gozosa y cordialmente al Señor, y le agradaron al hacerlo. ¿No le pertenecía acaso todo? ¿No les había dado él todo lo que poseían? Si él lo pedía, ¿no era su deber devolver al Prestamista lo suyo? CPI 494.2
No hubo necesidad de rogarles. El pueblo trajo aún más de lo requerido, y se le dijo que cesara de traer sus ofrendas porque había ya más de lo que se podía usar. Igualmente, al construirse el templo, el pedido de recursos recibió cordial respuesta. La gente no dio de mala gana. Le regocijaba la perspectiva de que fuese construído un edificio para el culto de Dios, y dio más de lo suficiente para ese fin. CPI 494.3
¿Pueden los cristianos, que se precian de tener mayor luz que los hebreos, dar menos de lo que daban ellos? ¿Pueden los cristianos que viven cerca del tiempo del fin quedar satisfechos con sus ofrendas que no alcanzan ni a la mitad de la que eran las de los judíos?5 CPI 495.1
El Señor ha ordenado que la difusión de la luz y la verdad en la tierra dependan de los esfuerzos voluntarios y las ofrendas de aquellos que han participado de los dones celestiales. Son comparativamente pocos los llamados a viajar como ministros o como misioneros, pero multitudes han de cooperar con sus recursos en la difusión de la verdad. CPI 495.2
Bien, dice uno, siguen llegando los pedidos de dar para la causa. Estoy cansado de dar. ¿Es verdad? Entonces, permítame preguntarle: ¿Está usted cansado de recibir de la benéfica mano de Dios? Mientras él no cese de bendecirle, no cesará usted de estar bajo la obligación de devolverle la porción que exige. El le bendice a usted para que esté en situación de beneficiar a otros. Cuando usted esté cansado de recibir, entonces podrá decir: Estoy cansado de tantas invitaciones a dar. Dios reserva para sí una porción de todo lo que recibimos. Cuando se la devolvemos, bendice el resto, pero si la retenemos, tarde o temprano el conjunto resulta maldito. Primero viene el derecho de Dios; todo otro derecho es secundario.6 CPI 495.3
El diezmo es ordenado por Dios
Las ofrendas voluntarias y el diezmo constituyen la renta del Evangelio. Dios pide cierta porción de los recursos confiados al hombre: un diezmo.7 CPI 495.4
Todos deben recordar que lo que Dios exige de nosotros supera a cualquier otro derecho. El nos da abundantemente, y el contrato que él ha hecho con el hombre es que una décima parte de las posesiones de éste sea devuelta a Dios. El confía misericordiosamente sus tesoros a sus mayordomos, pero dice del diezmo: Es mío. En la proporción en que Dios ha dado su propiedad al hombre, el hombre debe devolverle un diezmo fiel de toda su substancia. Este arreglo preciso fue hecho por Jesucristo mismo.8 CPI 496.1
La verdad para este tiempo debe ser proclamada hasta en los rincones obscuros de la tierra, y esta obra puede empezar en nuestro propio país. Los que siguen a Cristo no deben vivir egoístamente; sino que, compenetrados del Espíritu de Cristo, deben obrar en armonía con él.9 CPI 496.2
La gran obra que Jesús anunció que había venido a hacer fue confiada a los que le siguen en la tierra. CPI 496.3
El ha dado a su pueblo un plan para obtener sumas suficientes con qué financiar sus empresas. El plan de Dios en el sistema del diezmo es hermoso por su sencillez e igualdad. Todos pueden practicarlo con fe y valor porque es de origen divino. En él se combinan la sencillez y la utilidad, y no requiere profundidad de conocimiento para comprenderlo y ejecutarlo. Todos pueden sentir que son capaces de hacer una parte para llevar a cabo la preciosa obra de salvación. Cada hombre, mujer y joven puede llegar a ser un tesorero del Señor, un agente para satisfacer las demandas de la tesorería. Dice el apóstol; “Cada uno de vosotros ponga aparte algo, según haya prosperado”. 1 Corintios 16:2. CPI 496.4
Por este sistema se alcanzan grandes objetos. Si todos lo aceptasen, cada uno sería un vigilante y fiel tesorero de Dios, y no faltarían recursos para llevar a cabo la gran obra de proclamar el último mensaje de amonestación al mundo. La tesorería estará llena si todos adoptan este sistema, y los contribuyentes no serán más pobres por ello. Mediante cada inversión hecha, llegarán a estar más vinculados a la causa de la verdad presente. Estarán “atesorando para sí buen fundamento para lo por venir”, a fin de “que echen mano de la vida eterna”. 1 Timoteo 6:19. CPI 497.1
Al ver los que trabajan con perseverancia y sistemáticamente que sus generosos empeños tienden a alimentar el amor a Dios y a sus semejantes, y que sus esfuerzos personales extienden su esfera de utilidad, comprenderán que reporta una gran bendición el colaborar con Cristo. La iglesia cristiana por lo general no reconoce el derecho de Dios de exigirle que dé ofrendas de las cosas que posee, para sostener la guerra contra las tinieblas morales que inundan al mundo. Nunca podrá la causa de Dios progresar como debiera hacerlo antes que los seguidores de Cristo trabajen activa y celosamente.10 CPI 497.2
El privilegio de ser colaborador con Dios
Dios no depende del hombre para sostener su causa. Podría haber enviado medios directamente del cielo para suplir su tesorería, si en su providencia lo hubiese considerado mejor para el hombre. Podría haber formulado planes para que los ángeles hubiesen sido enviados a publicar la verdad al mundo sin intervención de los hombres. Podría haber escrito las verdades en el firmamento y haber dejado que éste declarase al mundo sus requerimientos en caracteres vivos. Dios no depende del oro o la plata de hombre alguno. Dice: “Porque mía es toda bestia del bosque, y los millares de animales en los collados”. “Si yo tuviese hambre, no te lo diría a ti; porque mío es el mundo y su plenitud”. Salmos 50:10, 12. Cualquier necesidad de que intervengamos en el adelantamiento de la causa de Dios, ha sido ordenada a propósito para nuestro bien. El nos ha honrado haciéndonos colaboradores suyos. Ordenó que fuese necesaria la cooperación de los hombres a fin de que pudiesen practicar la generosidad. CPI 497.3
La ley moral ordenaba la observancia del sábado, que no era una carga excepto cuando esa ley era transgredida y los hombres se veían sujetos a las penalidades que entrañaba su violación. Igualmente, el sistema del diezmo no era una carga para aquellos que no se apartaban del plan. El sistema ordenado a los hebreos no ha sido abrogado ni reducido su vigor por Aquel que lo ideó. En vez de carecer de fuerza ahora, tiene que practicarse más plena y extensamente, puesto que la salvación por Cristo debe ser proclamada con mayor plenitud en la era cristiana. CPI 498.1
El Evangelio, para extenderse y ampliarse, requería mayores provisiones para sostener la guerra después de la muerte de Cristo, y esto hizo que la ley de dar ofrendas fuese una necesidad más apremiante que bajo el gobierno hebreo. Dios no requiere menos ahora, sino mayores dones que en cualquier otro período de la historia del mundo. El principio trazado por Cristo es que los dones y ofrendas deben ser proporcionales a la luz y bendiciones que se han disfrutado. El dijo: “Porque a todo aquel a quien se haya dado mucho, mucho se le demandará”. Lucas 12:48.11 CPI 498.2
Un raudal de luz resplandece de la Palabra de Dios y debemos despertarnos para reconocer las oportunidades descuidadas. Cuando todos sean fieles en lo que respecta a devolver a Dios lo suyo en diezmos y ofrendas, se abrirá el camino para que el mundo oiga el mensaje para este tiempo. Si el corazón de los hijos de Dios estuviese lleno de amor por Cristo; si cada miembro de la iglesia estuviese cabalmente dominado por un espíritu de abnegación; si todos manifestasen profundo fervor, no faltarían fondos para las misiones. Nuestros recursos se multiplicarían, y se nos ofrecerían mil oportunidades de ser útiles. Si el propósito de Dios de dar al mundo el mensaje de misericordia hubiese sido llevado a cabo por su pueblo, Cristo habría venido ya a la tierra, y los santos habrían recibido su bienvenida en la ciudad de Dios.12 CPI 499.1
Dios pide una décima parte de las ganancias que nos da
El sistema del diezmo se remonta hasta más allá del tiempo de Moisés. Ya en los días de Adán se requería de los hombres que ofreciesen a Dios donativos de índole religiosa, es decir, antes que el sistema fuese dado a Moisés en forma definida. Al cumplir lo requerido por Dios, debían manifestar, mediante sus ofrendas, aprecio por las misericordias y las bendiciones de Dios para con ellos. Esto continuó durante las generaciones sucesivas y fue practicado por Abrahán, quien dio diezmos a Melquisedec, sacerdote del Altísimo. El principio existía en los días de Job. Mientras Jacob estaba en Betel, peregrino, desterrado y sin dinero, se acostó una noche, solitario y abandonado, teniendo una piedra por almohada, y allí prometió al Señor: “De todo lo que me dieres, el diezmo apartaré para ti”. Génesis 28:22. Dios no obliga a los hombres a dar. Todo lo que ellos dan debe ser voluntario. El no quiere que afluyan a su tesorería ofrendas que no se presenten con buena voluntad. CPI 499.2
En cuanto a la cantidad requerida, Dios ha especificado que sea la décima parte de los ingresos. Esto queda a cargo de la conciencia y generosidad de los hombres, cuyo juicio debe ejercerse libremente en este asunto del diezmo. Y aunque queda librado a la conciencia, se ha trazado un plan bastante definido para todos. No se requiere compulsión alguna. CPI 500.1
En la dispensación mosaica, Dios pedía de los hombres que diesen la décima parte de todas sus ganancias. Les confiaba las cosas de esta vida, como talentos que debían devolver perfeccionados. Ha requerido la décima parte, y la exige como lo mínimo que le debemos devolver. Dice: Os doy las nueve décimas, y os pido una; es mía. Cuando los hombres retienen el diezmo roban a Dios. Además del diezmo, se requerían ofrendas por el pecado, ofrendas pacíficas y de agradecimiento a Dios. CPI 500.2
Todo lo que se retiene de lo que Dios pide, o sea el diezmo, queda registrado en los libros del cielo como un robo hecho a él. Los que lo cometen defraudan a su Creador, y cuando se les presenta este pecado de negligencia, no es suficiente que cambien su conducta y empiecen desde entonces a obrar según el debido principio. Esto no corregirá las cifras escritas en los registros celestiales por su desfalco de la propiedad que se les ha confiado para que la devuelvan al Prestamista. Deben arrepentirse de su infidelidad para con Dios y de su vil ingratitud. CPI 500.3
Cuandoquiera que los hijos de Dios, en cualquier época de la historia del mundo, ejecutaron alegre y voluntariamente el plan de la benevolencia sistemática y de los dones y ofrendas, han visto cumplirse la permanente promesa de que la prosperidad acompañaría todas sus labores en la misma proporción en que le obedeciesen. Siempre que reconocieron los derechos de Dios y cumplieron con sus requerimientos, honrándole con su substancia, sus alfolíes rebosaron; pero cuando robaron a Dios en los diezmos y las ofrendas, tuvieron que darse cuenta de que no sólo le estaban robando a él, sino que se defraudaban a sí mismos; porque él limitaba las bendiciones que les concedía en la proporción en que ellos limitaban las ofrendas que le llevaban.13 CPI 501.1
El hombre que sufrió desgracias y se endeudó, no debe tomar la parte del Señor para cancelar sus deudas con sus semejantes. Debe considerar que se lo está probando en este asunto y que al usar para sí la parte del Señor roba al Dador. Es deudor a Dios por todo lo que tiene, pero llega a ser doblemente deudor cuando emplea el fondo del Señor para pagar lo que debe a seres humanos. Frente a su nombre se escriben en los libros del cielo las palabras: “Infidelidad a Dios”. Tiene que arreglar una cuenta con Dios por haberse apropiado de los recursos del Señor para su propia conveniencia. Y en su manejo de otros asuntos manifestará la misma falta de principios que reveló al apropiarse indebidamente de los recursos de Dios. Ello se verá en todo lo relacionado con sus propios negocios. El hombre que roba a Dios cultiva rasgos de carácter que le impedirán ser admitido en la familia de Dios en el cielo.14 CPI 501.2
Dios evalúa los dones por el amor que motiva el sacrificio
En las balanzas del santuario, los donativos de los pobres, presentados por amor a Cristo, no se estiman según la cantidad dada, sino según el amor que motiva el sacrificio. Las promesas de Jesús llegarán a ser tan ciertamente una realidad para el pobre generoso, que tiene poco que ofrecer, pero lo da con liberalidad, como para el pudiente que da de su abundancia. El pobre hace un sacrificio de lo poco que posee y lo siente en realidad. Se niega alguna de las cosas que necesita para su comodidad, mientras que el rico da de su abundancia y no siente ninguna necesidad, no se niega nada de lo que realmente le hace falta. Por lo tanto, la ofrenda del pobre tiene un carácter sagrado que no se encuentra en la ofrenda del rico, porque éste da de su abundancia. La providencia de Dios organizó todo el plan de la benevolencia sistemática para beneficio del hombre. Su providencia nunca se paraliza, Si los siervos de Dios entran por las puertas que él les abre, todos trabajarán activamente.15 CPI 502.1
Las ofrendas de los niños pueden ser aceptables y gratas a Dios. De acuerdo con el espíritu que impulsa a los donativos será el valor de la ofrenda. Los pobres, al seguir la regla del apóstol de apartar una pequeña suma cada semana, ayudan a llenar la tesorería, y sus dones son completamente aceptables para Dios; porque ellos hacen sacrificios tan grandes, y aun más grandes que sus hermanos ricos. El plan de la benevolencia sistemática guardará a toda familia contra las tentaciones de gastar recursos en cosas inútiles; y beneficiará especialmente a los ricos al evitar que cometan despilfarros.16 CPI 502.2
La recompensa de la generosidad expresada con toda el alma consiste en que la mente y el corazón son puestos en comunión más íntima con el Espíritu.17 CPI 503.1
Pablo traza una regla para dar a la causa de Dios, y nos dice cuál será el resultado tanto para nosotros como para Dios. “Cada uno dé como propuso en su corazón: no con tristeza, ni por necesidad, porque Dios ama al dador alegre”. “Pero esto digo: El que siembra escasamente, también segará escasamente; y el que siembra generosamente, generosamente también segará”. “Y poderoso es Dios para hacer que abunde en vosotros toda gracia, a fin de que, teniendo siempre en todas las cosas lo suficiente, abundéis para toda buena obra. Y el que da semilla al que siembra, y pan al que come, proveerá y multiplicará vuestra sementera, y aumentará los frutos de vuestra justicia, para que estéis enriquecidos en todo para toda liberalidad, la cual produce por medio de nosotros acción de gracias a Dios”. 2 Corintios 9:6-11.18 CPI 503.2
La disposición apropiada de los bienes
Cuando los padres aún gozan de facultades mentales y de un buen juicio, con oración y consideración, y con la ayuda de los consejeros debidos con experiencia en la verdad y un conocimiento de la voluntad divina, deberían disponer de sus bienes. CPI 503.3
Si tienen hijos afligidos o que luchan con la pobreza, y que harán un uso juicioso de los recursos, éstos deberían ser tomados en cuenta. Pero si tienen hijos que no son creyentes y que poseen abundancia de las cosas de este mundo, y que sirven al mundo, cometen un pecado contra el Maestro que los ha hecho mayordomos suyos si colocan recursos en las manos de éstos nada más que porque son sus hijos. Los derechos de Dios no deben considerarse livianamente. CPI 504.1
Y debería comprenderse claramente que no porque los padres hayan hecho su testamento esto debe privarlos de dar recursos a la causa de Dios mientras viven. Deberían hacerlo. Deberían tener la satisfacción aquí, y la recompensa en el más allá, de disponer mientras viven de los recursos que tienen en exceso. Deberían hacer su parte para promover la causa de Dios. Deberían utilizar los recursos que su Maestro les ha prestado para llevar a cabo la obra que necesita hacerse en su viña.19 CPI 504.2
Los que retienen lo que pertenece a la tesorería de Dios, y acumulan sus recursos para sus hijos, ponen en peligro el interés espiritual de estos últimos. Ponen su propiedad, que es una piedra de tropiezo para ellos, en el camino de sus hijos, para que también tropiecen con ella para perdición. Muchos cometen una gran equivocación respecto de las cosas de esta vida. Economizan, privándose a sí mismos y a otros del bien que podrían recibir por el uso correcto de los medios que Dios les ha prestado, y se tornan egoístas y avarientos. Descuidan sus intereses espirituales, y su desarrollo religioso se atrofia; todo por el afán de acumular riquezas que no pueden usar. Dejan su propiedad a sus hijos, y en nueve casos de cada diez es para sus herederos una maldición aun mayor de lo que ha sido para ellos. Los hijos, confiados en las propiedades de sus padres, con frecuencia no alcanzan a tener éxito en esta vida, y generalmente fracasan completamente en lo que respecta a obtener la vida venidera. CPI 504.3
El mejor legado que los padres pueden dejar a sus hijos es un conocimiento del trabajo útil y el ejemplo de una vida caracterizada por la benevolencia desinteresada. Por una vida tal demuestran el verdadero valor del dinero, que debe ser apreciado únicamente por el bien que realizará al aliviar las necesidades propias y ajenas y al adelantar la causa de Dios.20 CPI 505.1
“Si aumentan las riquezas, no pongáis el corazón en ellas”
El sistema especial del diezmo se fundaba en un principio que es tan duradero como la ley de Dios. Este sistema del diezmo era una bendición para los judíos; de lo contrario, Dios no se lo hubiera dado. Así también será una bendición para los que lo practiquen hasta el fin del tiempo. CPI 505.2
Aquellas iglesias que son más sistemáticas y generosas en sostener la causa de Dios, son las más prósperas espiritualmente. La verdadera generosidad del que sigue a Cristo identifica su interés con el Maestro.21 CPI 505.3
Si los que tienen recursos se dieran cuenta de que son responsables delante de Dios de cada peso que gastan, sus supuestas necesidades serían mucho menores. Si la conciencia estuviese despierta, testificaría contra los inútiles gastos para satisfacer el apetito, el orgullo, la vanidad, el amor a las diversiones, y reprocharía el despilfarro del dinero del Señor que debiera haberse dedicado a su causa. Pronto los que malgastan los bienes de su Señor tendrán que darle cuenta de su conducta. CPI 505.4
Si los que profesan ser cristianos usasen menos de su fortuna para adornar su cuerpo y hermosear sus propias casas, y en sus mesas hubiese menos lujos extravagantes y malsanos, podrían colocar sumas mucho mayores en la tesorería del Señor. Imitarían así a su Redentor, quien dejó el cielo, sus riquezas y su gloria, y por amor de nosotros se hizo pobre, a fin de que pudiésemos tener las riquezas eternas. CPI 506.1
Pero son muchos los que, al comenzar a juntar riquezas materiales, calculan cuánto tardarán en poseer cierta suma. En su afán de acumular una fortuna, dejan de enriquecerse para con Dios. Su generosidad no se mantiene a la par con lo que reúnen. A medida que aumenta su pasión por las riquezas, sus afectos se entrelazan con su tesoro. El aumento de su propiedad fortalece el intenso deseo de tener más, hasta que algunos consideran que el dar al Señor el diezmo es una contribución severa e injusta. La inspiración ha declarado: “Si se aumentan las riquezas, no pongáis el corazón en ellas”. Salmos 62:10. Muchos han dicho: “Si yo fuese tan rico como Fulano, multiplicaría mis donativos para la causa de Dios. No haría otra cosa con mi riqueza sino emplearla para el adelantamiento de la causa de Dios”. Dios ha probado a algunos de éstos dándoles riquezas, pero con éstas las tentaciones se hicieron más intensas, y su generosidad fue mucho menor que en los días de su pobreza. Un ambicioso deseo de mayores riquezas absorbió su mente y corazón, y cometieron idolatría.22 CPI 506.2
Una promesa hecha a Dios es obligatoria y sagrada
Cada uno ha de ser su propio asesor, y se le deja dar según se propone en su corazón. Pero hay algunos que son culpables del mismo pecado que cometieron Ananías y Safira, pues piensan que si retienen una porción de lo que Dios pide en el sistema del diezmo, los hermanos no lo sabrán nunca. Así pensaba la pareja culpable cuyo ejemplo se nos da como advertencia. En este caso Dios demostró que escudriña el corazón. No pueden ocultársele los motivos y propósitos del hombre. Dejó a los cristianos de todas las épocas una amonestación perpetua a precaverse del pecado al cual los corazones humanos están continuamente inclinados. CPI 507.1
Cuando se ha hecho, en presencia de nuestros hermanos, la promesa verbal o escrita de dar cierta cantidad, ellos son los testigos visibles de un contrato formalizado entre nosotros y Dios. La promesa no se hace al hombre, sino a Dios, y es como un pagaré dado a un vecino. Ninguna obligación legal tiene más fuerza para el cristiano en cuanto al desembolso de dinero, que una promesa hecha a Dios. CPI 507.2
Las personas que hacen tales promesas a sus semejantes, no piensan generalmente en pedir que se los libre de sus compromisos. Un voto hecho a Dios, el Dador de todos los favores, es de importancia aún mayor; por lo tanto, ¿por qué habríamos de quedar libres de nuestros votos a Dios? ¿Considerará el hombre su promesa como de menos fuerza porque ha sido hecha a Dios? Por el hecho de que su voto no será llevado a los tribunales, ¿es menos válido? ¿Habrá de robar a Dios un hombre que profesa ser salvado por la sangre del infinito sacrificio de Jesucristo? ¿No resultan sus votos y sus actos pesados en las balanzas de justicia de los ángeles celestiales? CPI 507.3
Una iglesia es responsable de las promesas hechas por sus miembros individualmente. Si ve que algún hermano descuida el cumplimiento de sus votos, debe trabajar con él bondadosa pero abiertamente. Si está en circunstancias tales que le resulta imposible pagarlo, si es un miembro digno, de corazón voluntario, entonces ayúdele compasivamente la iglesia. Así pueden sus miembros salvar la dificultad y recibir ellos mismos una bendición.23 CPI 508.1
Ofrendas de agradecimiento que deben ser puestas aparte para los pobres
En toda iglesia debe establecerse un fondo para los pobres. Luego cada miembro presentará una ofrenda de agradecimiento a Dios cada semana o cada mes, según resulte más conveniente. Esta ofrenda expresará nuestra gratitud por los dones de la salud, el alimento y las ropas cómodas. Y en la medida en que Dios nos bendijo con estas comodidades, apartaremos recursos para los pobres, los dolientes y los angustiados. Quisiera llamar especialmente la atención de los hermanos a este punto. Recordemos a los pobres. Privémonos de algunos de nuestros lujos; sí, aun de comodidades, y ayudemos a aquellos que pueden obtener solamente la más escasa alimentación e indumentaria. Al obrar en su favor, obramos para Jesús en la persona de sus santos. El se identifica con la humanidad doliente. No aguardemos hasta que hayan sido satisfechas todas nuestras necesidades imaginarias. No confiemos en nuestros sentimientos para dar cuando nos sintamos dispuestos a ello, y retener cuando no nos inclinemos a dar. Demos regularmente, sea diez, veinte, o cincuenta centavos por semana, según lo que quisiéramos ver anotado en el registro celestial en el día de Dios.24 CPI 508.2
Nuestras posesiones y el apoyo de la obra de Dios
Estoy encargada de decir a los que aman a Dios sinceramente y que tienen recursos propios: Ahora es el tiempo cuando debéis invertir vuestros bienes en el sostén de la obra de Dios. Ahora es el tiempo de sostener a los predicadores en sus esfuerzos desinteresados para salvar las almas que perecen. ¿No tendréis una gloriosa recompensa cuando, en los atrios celestiales, os encontréis con las almas que habréis contribuido a salvar? CPI 509.1
Nadie guarde sus blancas; y regocíjense los que tienen mucho porque pueden hacerse en el cielo un tesoro que nunca faltará. El dinero que rehusamos colocar en la obra del Señor, perecerá y no producirá ningún interés en el banco del cielo. CPI 509.2
El Señor llama hoy a los adventistas del séptimo día, en todo lugar, para que se consagren enteramente a él, haciendo todo lo que esté a su alcance para su obra, según las circunstancias en que se encuentren. El desea verles mostrar, por medio de dones y ofrendas generosas, cuánto aprecian sus bendiciones y cuánta gratitud sienten por su misericordia.25 CPI 509.3
El Señor me ha mostrado repetidas veces que sería contrario a la Biblia el hacer cualquier provisión para nuestras necesidades temporales durante el tiempo de angustia. Vi que si los santos guardaran alimentos almacenados o en el campo en el tiempo de angustia, cuando hubiese en la tierra guerra, hambre y pestilencia, manos violentas se los arrebatarían y extraños segarían sus campos. Será entonces tiempo en que habremos de confiar por completo en Dios, y él nos sostendrá. Vi que nuestro pan y nuestras aguas nos estarán asegurados en aquel tiempo, y no sufriremos escasez ni hambre, porque Dios puede preparar mesa para nosotros en el desierto. Si fuese necesario, mandaría cuervos para que nos alimentasen, como alimentó a Elías, o haría bajar maná del cielo, como lo hizo en favor de los israelitas. CPI 509.4
En el tiempo de angustia, de nada les valdrán a los santos las casas ni las tierras, porque entonces tendrán que huir delante de turbas enfurecidas, y en aquel entonces no podrán deshacerse de sus bienes para hacer progresar la causa de la verdad presente. Me fue mostrado que la voluntad de Dios es que, antes que venga el tiempo de angustia, los santos se libren de cuanto los estorbe y hagan pacto con Dios por medio de sacrificio. Si ponen sus propiedades sobre el altar y preguntan fervorosamente a Dios cuál es su deber, les enseñará cuándo habrán de deshacerse de aquellas cosas. Entonces estarán libres en el tiempo de angustia y no habrá trabas que los detengan.26 CPI 510.1
El espíritu de abnegación y sacrificio
El plan de salvación fue basado en el infinito sacrificio del Hijo de Dios. La luz del Evangelio, que irradia de la cruz de Cristo, reprende el egoísmo y estimula la generosidad. No es de lamentar que aumenten los pedidos de recursos. En su providencia, Dios invita a su pueblo a que salga de su limitada esfera de acción para emprender mayores cosas. En este tiempo, en que las tinieblas morales están cubriendo al mundo, se necesitan esfuerzos ilimitados. La mundanalidad y la avaricia están royendo las vísceras de los hijos de Dios. Deben comprender que su misericordia es la que multiplica las demandas de recursos. El ángel de Dios coloca los actos generosos al lado de la oración. Le dijo a Cornelio: “Tus oraciones y tus limosnas han subido para memoria delante de Dios”. Hechos 10:4.27 CPI 510.2
Practicad la economía en vuestros hogares. Muchos están albergando y adorando ídolos. Apartad vuestros ídolos. Renunciad a vuestros placeres egoístas. Os ruego que no absorbáis los recursos en el embellecimiento de vuestras casas, porque es el dinero de Dios y pedirá que se lo devolváis. Padres, por amor de Cristo, no empleéis el dinero del Señor para satisfacer las fantasías de vuestros hijos. No les enseñéis a seguir la moda ni a practicar ostentación para ganar influencia en el mundo. ¿Podría esto inclinarlos a salvar las almas por las cuales Cristo murió? No; sólo crearía envidias, celos y malas sospechas. Vuestros hijos se verían inducidos a competir con la ostentación y extravagancia del mundo y a gastar el dinero del Señor en aquello que no es esencial para la salud o la felicidad. CPI 511.1
No enseñéis a vuestros hijos a pensar que vuestro amor hacia ellos debe expresarse satisfaciendo su orgullo, prodigalidad y amor a la ostentación. No es ahora el momento de inventar maneras de consumir el dinero. Dedicad vuestras facultades inventivas a tratar de economizarlo. En vez de satisfacer la inclinación egoísta gastando dinero en cosas que destruyen las facultades del raciocinio, procurad estudiosamente practicar la abnegación para tener algo que invertir en la tarea de enarbolar el estandarte de la verdad en los campos nuevos. El intelecto es un talento; usadlo para estudiar cómo emplear mejor vuestros recursos para la salvación de las almas.28 CPI 511.2
Los que se niegan a sí mismos para hacer bien a otros y se consagren con todo lo que tienen al servicio de Cristo, experimentarán la felicidad que en vano busca el egoísta. Dice nuestro Salvador: “Cualquiera de vosotros que no renuncia a todo lo que posee, no puede ser mi discípulo”. Lucas 14:33. La caridad “no busca lo suyo”. 1 Corintios 13:5. Es el fruto de aquel amor desinteresado y de aquella benevolencia que caracterizaron la vida de Cristo. Si la ley de Dios está en nuestro corazón, subordinará nuestros intereses personales a las consideraciones elevadas y eternas.29 CPI 512.1