Conselhos para a Igreja
Capítulo 37 — Educação cristã
Aproximamo-nos rapidamente da crise final da história do mundo, e é de importância que compreendamos deverem as vantagens educacionais oferecidas por nossas escolas ser diferentes das que oferecem as escolas do mundo. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 56. CI 206.1
Nossas idéias acerca da educação têm sido demasiadamente acanhadas. Há a necessidade de um objetivo mais amplo e mais elevado. A verdadeira educação significa mais do que avançar em certo curso de estudos. É muito mais do que a preparação para a vida presente. Visa o ser todo, e todo o período da existência possível ao homem. É o desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, intelectuais e espirituais. Prepara o estudante para a satisfação do serviço neste mundo, e para aquela alegria mais elevada por um mais dilatado serviço no mundo vindouro. [...] CI 206.2
No mais alto sentido, a obra da educação e da redenção são uma; pois, na educação, como na redenção, “ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo”. 1 Coríntios 3:11. — Educação, 13, 30. CI 206.3
Fazer com que o homem volte à harmonia com Deus, de maneira a elevar e enobrecer sua natureza moral a fim de que ele de novo possa refletir a imagem do Criador, é o grande propósito de toda a educação e disciplina da vida. Tão importante era essa obra que o Salvador deixou os palácios celestiais e veio em pessoa à Terra para ensinar aos homens como obter a habilitação para a vida mais elevada. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 49. CI 206.4
É tão fácil deixar-se levar pelos planos, métodos e costumes à maneira do mundo, sem dar mais atenção ao tempo em que vivemos, ou à grande obra a ser realizada, do que o fez o povo do tempo de Noé! Há constante perigo de que nossos educadores sigam os passos dos judeus, conformando-se com os costumes, as práticas e tradições não provindas de Deus. Com tenacidade e firmeza se apegam alguns aos velhos hábitos e ao amor por vários estudos não essenciais, como se sua salvação dependesse dessas coisas. Assim procedendo, desviam-se da obra especial de Deus, e dão aos alunos uma instrução deficiente e errada. — Testimonies for the Church 6:150. CI 206.5
Deve haver homens e mulheres habilitados a trabalhar nas igrejas e a preparar nossos jovens para ramos especiais de serviço, a fim de que almas sejam levadas a ver a Jesus. As escolas estabelecidas por nós devem ter em vista este objetivo e não imitar o sistema das escolas denominacionais estabelecidas por outras igrejas ou o sistema de seminários e colégios do mundo. Devem ter um sistema muito mais elevado, em que não se origine ou não se favoreça nenhum aspecto de incredulidade. Aos estudantes deve-se ensinar o cristianismo prático, e a Bíblia deve ser considerada o livro mais elevado e importante. — Fundamentos da Educação Cristã, 231. CI 206.6
A responsabilidade da igreja — Durante a noite, eu participava de um grande grupo, em que o espírito de todos os presentes estava sendo agitado com o assunto da educação. Muitos apresentavam objeções contra a mudança do tipo de educação, há tanto tempo praticado. Alguém, que tem sido nosso instrutor há muito tempo, falava ao povo. Dizia: “O assunto da educação deve interessar a todos os adventistas do sétimo dia”. — Testimonies for the Church 6:162. CI 207.1
A igreja tem uma obra especial a fazer no educar e preparar suas crianças a fim de que, freqüentando outras escolas ou em outros convívios, não venham a ser influenciadas pelos que têm hábitos corruptos. O mundo está cheio de iniqüidade e de desprezo pelas reivindicações de Deus. As cidades tornaram-se como Sodoma, e nossos filhos estão diariamente sendo expostos a muitos males. Os que freqüentam as escolas públicas associam-se muitas vezes com outros mais negligenciados que eles, crianças que, fora do tempo passado na sala de aulas, são deixadas a obter a educação de rua. O coração dos pequenos é facilmente impressionado; e a menos que seu ambiente seja da devida espécie, Satanás empregará essas crianças negligenciadas para influenciar as que são educadas com mais cuidado. Assim, antes que os pais observadores do sábado se dêem conta do mal que está sendo feito, são aprendidas as lições de depravação, e a alma de seus pequenos é corrompida. [...] CI 207.2
Muitas famílias que, com o intuito de educar seus filhos, se mudam para lugares onde se acham situadas nossas grandes escolas, fariam melhor serviço ao Mestre permanecendo onde estão. Devem animar a igreja de que são membros, a estabelecer uma escola em que as crianças dos arredores recebam uma educação cristã prática e bem equilibrada. Seria muitíssimo melhor para seus filhos, para eles próprios e para a causa de Deus, se eles permanecessem nas igrejas menores, onde seu auxílio é necessário, em vez de irem para as maiores onde, devido a não serem ali necessários, há constante tentação a cair em inatividade espiritual. CI 207.3
Onde quer que haja alguns observadores do sábado, os pais se devem unir para providenciar um lugar para uma escola em que suas crianças e jovens possam ser instruídos. Empreguem um professor cristão que, como consagrado missionário, eduque as crianças de tal maneira que os induza a se tornarem missionários. [...] — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 173, 174. CI 207.4
Achamo-nos sob solene e sagrado concerto com Deus para criar nossos filhos para Ele e não para o mundo; para ensinar-lhes que não dêem a mão ao mundo, mas amem e temam a Deus, e Lhe observem os mandamentos. Cumpre impressioná-los com o fato de serem criados à imagem de Seu Criador, e de Cristo ser o modelo segundo o qual devem ser talhados. É preciso que se faça mui zeloso estudo da educação que comunicará o conhecimento da salvação, e conformará a vida e o caráter com a semelhança divina. [...] CI 207.5
Para suprir a necessidade de obreiros, Deus deseja que sejam estabelecidos centros educativos em diferentes países, onde estudantes promissores possam ser educados nos ramos práticos do conhecimento e na verdade bíblica. Ao se empenharem essas pessoas no serviço, recomendarão a obra da verdade presente nos novos campos. CI 208.1
Além da educação dos que serão enviados de nossas associações mais antigas, como missionários, devem ser preparadas pessoas em todas as partes do mundo para trabalharem por seus próprios patrícios e vizinhos; e é melhor e mais seguro para essas, o quanto possível, receberem o seu preparo no próprio campo em que estão trabalhando. Raramente é preferível, tanto para o obreiro como para o avançamento da causa, que ele vá para terras distantes em busca de preparo. — Testimonies for the Church 6:127, 137. CI 208.2
Como igreja e como indivíduos, se queremos estar isentos de culpa no juízo, devemos fazer esforços mais liberais para o preparo de nossos jovens, para que possam estar mais aptos para os vários ramos da grande obra confiada às nossas mãos. Devemos formular planos sábios, a fim de que a mente engenhosa dos que têm talento possa fortalecer-se e disciplinar-se, e tornar-se polida da maneira mais excelente, para que a obra de Cristo não seja estorvada por falta de hábeis obreiros, que a façam com fervor e fidelidade. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 43. CI 208.3
O apoio moral de nossas instituições — Pais e mães devem cooperar com o professor, trabalhando zelosamente para a conversão de seus filhos. Esforcem-se para manter o interesse espiritual sempre vivo, e sempre robusto no lar, criando seus filhos na doutrina e admoestação do Senhor. Consagrem eles parte de cada dia ao estudo, e tornem-se alunos com seus filhos. Assim tornarão a hora educativa um prazer e um proveito, e se fortalecerá sua confiança nesse método de buscar a salvação dos próprios filhos. — Testimonies for the Church 6:199. CI 208.4
Alguns dos alunos voltam para casa murmurando e queixando-se, e os pais e os membros da igreja dão ouvidos às declarações exageradas, unilaterais. Bem fariam em considerar que a história tem dois lados; no entanto, permitem que essas informações truncadas criem uma barreira entre eles e o colégio. Começam então a manifestar temores, dúvidas e suspeitas quanto à maneira por que o colégio está sendo dirigido. Tal influência produz grande dano. As palavras de descontentamento propagam-se como uma doença contagiosa, e a impressão causada sobre o espírito de outros dificilmente se apagará. A história avoluma-se a cada repetição, chegando a gigantescas proporções, quando uma investigação revelaria o fato de que não houve falta da parte dos professores ou mestres. Estes cumpriram apenas seu dever em fazer vigorar os regulamentos da escola, o que se deve fazer, do contrário a escola ficará desmoralizada. [...] CI 208.5
Caso os pais se colocassem na posição dos professores, e vissem quão difícil é administrar e disciplinar uma escola de centenas de alunos de todas as séries e de todas as tendências mentais, talvez com reflexão, vissem os fatos de modo diferente. Devem considerar que alguns filhos nunca receberam disciplina em casa. Tendo sido sempre tratados complacentemente, sem nunca serem treinados na obediência, ser-lhes-ia grandemente proveitoso serem afastados dos pais excessivamente liberais e colocados sob regulamentos e exercícios tão rigorosos como os que regem os soldados num exército. A menos que se faça algo por esses filhos tão negligenciados por pais infiéis, eles jamais poderão ser aceitos por Jesus; a menos que sejam controlados por algum poder, virão a ser de nenhum préstimo nesta vida, e não terão parte na futura. — Testimonies for the Church 4:428, 429. CI 209.1
Muitos pais e mães erram por deixarem de apoiar os esforços do fiel professor. Os jovens e as crianças, com sua compreensão imperfeita e juízo não desenvolvido, nem sempre conseguem entender todos os planos e métodos do professor. No entanto, quando transmitem em casa informações sobre o que é dito e feito na escola, são elas debatidas pelos pais no círculo familiar, e o procedimento do professor é criticado sem restrição. Aqui os filhos aprendem lições que não são esquecidas com facilidade. Todas as vezes que estiverem sujeitos a restrições fora do comum ou tiverem de aplicar-se a penoso estudo, apelarão a seus pais imprudentes por simpatia e condescendência. Deste modo é incentivado um espírito de inquietação e descontentamento, a escola como um todo sofre em resultado da influência desmoralizadora, e o fardo do professor torna-se muito mais pesado. A maior perda, porém, é experimentada pelas vítimas desse desgoverno dos pais. Defeitos de caráter que o devido ensino teria corrigido, são deixados a fortalecer-se com os anos, para danificar e talvez destruir a utilidade de seu possuidor. — Fundamentos da Educação Cristã, 64, 65. CI 209.2
Dirigidos por Deus — O Senhor trabalha com todo professor consagrado; e é do interesse do próprio professor compreender isso. Os instrutores que estão sob a disciplina de Deus, recebem graça, verdade e luz pelo Espírito Santo, para comunicar às crianças. Estão sob a direção do maior Mestre que o mundo já conheceu, e quão impróprio lhes seria ter espírito descortês, voz áspera, cheia de irritação! Com isso perpetuariam nas crianças seus próprios defeitos. [...] CI 209.3
Deus Se comunicará com a alma pelo Seu Espírito. Enquanto estudais, orai: “Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da Tua lei”. Salmos 119:18. Quando o professor confiar em Deus, e orar, o Espírito de Cristo virá sobre ele, e por meio dele Deus atuará, pelo Seu Espírito Santo, na mente do estudante. O Espírito Santo enche a mente e o coração de esperança, coragem e de pensamentos da Bíblia, que serão comunicados ao estudante. As palavras de verdade crescerão em importância, assumindo uma extensão e plenitude de sentido, em que ele jamais sonhou. A beleza e virtude da Palavra de Deus têm influência transformadora sobre o espírito e o caráter; as centelhas do amor divino cairão na alma das crianças como uma inspiração. Podemos levar a Cristo centenas e milhares de crianças se trabalharmos por elas. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 171, 172. CI 209.4
Antes de o homem se tornar realmente sábio, cumpre-lhe avaliar sua dependência de Deus, e encher-se de Sua sabedoria. Ele é a fonte do poder intelectual, bem como do espiritual. Os maiores homens, que atingiram o que o mundo considera o máximo na ciência, não são para se comparar com o amado João ou o apóstolo Paulo. É quando se combinam a capacidade intelectual e a espiritual, que se atinge a mais alta norma de varonilidade. Os que assim fizerem, Deus aceitará como coobreiros Seus no preparo das mentes. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 66. CI 210.1
A obra mais importante de nossas instituições de educação no tempo atual é colocar perante o mundo um exemplo que honre a Deus. Santos anjos devem superintender a obra, mediante fatores humanos, e cada departamento deve trazer o cunho da excelência divina. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 57. CI 210.2
Qualificações de um professor — Consegui um homem forte para ocupar o cargo de diretor em vossa escola, homem cuja força física o favoreça na execução de um trabalho disciplinar completo; homem que se ache habilitado a educar os estudantes nos hábitos de ordem, asseio e diligência. Efetuai um trabalho completo no que quer que empreendais. Se sois fiéis no ensino dos ramos usuais, muitos de vossos estudantes poderão entrar diretamente para a obra como colportores e evangelistas. Não precisamos entender que todos os obreiros necessitem de educação superior. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 213, 214. CI 210.3
Ao escolher professores, usemos a máxima cautela, sabendo ser uma questão tão solene como a escolha de pessoas para o ministério. Essa escolha deve ser feita por homens sábios e aptos a discernirem o caráter. Pois para educar e moldar o espírito dos jovens e desempenharem-se com êxito das muitas atividades que deverão ser desenvolvidas pelo professor de nossas escolas de igreja, necessitam-se os melhores talentos que se possam conseguir. Não se deve pôr à testa dessas escolas qualquer pessoa de uma disposição de espírito inferior ou estreita. Não se ponham as crianças a cargo de jovens e inexperientes professores, destituídos de aptidões para dirigir, pois seus esforços tenderiam para a desorganização. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 174, 175. CI 210.4
Não se deve empregar um professor a menos que se tenha provas bem concretas de que ele ama a Deus e receia ofendê-Lo. Caso os professores sejam ensinados por Deus, se aprendem diariamente na escola de Cristo. labutarão segundo as normas de Cristo. Cativarão e atrairão com Ele; pois toda criança e todo jovem são preciosos. — Fundamentos da Educação Cristã, 260. CI 210.5
Os hábitos e princípios de um professor devem ser considerados ainda de maior importância que suas habilitações do ponto de vista da instrução. Se ele é um cristão sincero, sentirá a necessidade de manter interesse igual na educação física, mental, moral e espiritual de seus discípulos. A fim de exercer a devida influência, cumpre-lhe ter perfeito domínio sobre si mesmo, e o próprio coração possuído de abundância de amor para com os alunos — amor que se manifestará em sua expressão, nas palavras e nos atos. — Fundamentos da Educação Cristã, 19. CI 211.1
O professor deve sempre conduzir-se como um cristão cortês. Deve ter para com seus discípulos a atitude de amigo e conselheiro. Se todo o nosso povo — professores, pastores e membros leigos — cultivasse o espírito da cortesia cristã, encontraria muito mais facilmente acesso ao coração do povo; muitos mais seriam levados a examinar e receber a verdade. Quando todo professor esquecer o próprio eu, experimentando profundo interesse no êxito e prosperidade dos alunos, compreendendo que os mesmos são propriedade de Deus, e que ele tem de prestar contas de sua influência sobre a mente e o caráter deles, então teremos uma escola em que os anjos se deleitarão em demorar. [...] CI 211.2
Nossas escolas necessitam de professores de elevadas qualidades morais, dignos de confiança, sãos na fé e dotados de paciência e tato, pessoas que andem com Deus e se abstenham da própria aparência do mal. [...] CI 211.3
Confiar as crianças a professores orgulhosos e destituídos de amor, é mau. Um professor assim fará grande dano aos que estão em rápido desenvolvimento de caráter. Se os professores não forem submissos a Deus, se não tiverem amor pelas crianças que têm a seu cargo, ou se mostrarem parcialidade pelos que lhes agradam à fantasia e manifestarem indiferença pelos menos atrativos ou os que são desassossegados e nervosos, não devem ser empregados; pois o resultado de sua obra será perda de almas para Cristo. CI 211.4
Necessitam-se e em especial para as crianças, professores que sejam calmos e bondosos, que manifestem paciência e amor justamente por aqueles que disso mais necessitam. [...] CI 211.5
A não ser que o professor compreenda a necessidade de orar, e humilhe o coração perante Deus, perderá a própria essência da educação. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 93, 94, 175, 176, 231. CI 211.6
A importância dos requisitos físicos do professor não pode ser acentuada com demasia; pois quanto mais perfeita for a saúde, tanto mais perfeito será o trabalho. A mente não pode pensar com clareza e ser vigorosa no agir, quando as faculdades físicas sofrem em resultado de fraqueza ou doença. O coração é impressionado por meio da mente. Mas se devido à incapacidade física a mente perde o vigor, a comunicação com os mais elevados sentimentos e impulsos fica, proporcionalmente, impedida, e o professor é menos apto a discernir entre o direito e o errado. Quando se sofrem os resultados da má saúde, não é tarefa fácil ser paciente e animado, ou agir com integridade e justiça. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 177. CI 211.7
O lugar da Bíblia na educação — Como meio para o preparo intelectual, a Bíblia é mais eficaz do que qualquer outro livro, ou todos os outros livros reunidos. A grandeza de seus temas, a nobre simplicidade de suas declarações, a beleza de suas imagens, despertam e elevam os pensamentos como nada mais o faz. Nenhum outro estudo poderá transmitir tal poder mental como o faz o esforço para se compreenderem as verdades estupendas da revelação. A mente, elevada assim em contato com os pensamentos do Infinito, não poderá deixar de expandir-se e fortalecer-se. CI 212.1
Maior ainda é o poder da Bíblia no desenvolvimento da natureza espiritual. O homem, criado para a associação com Deus, apenas em tal associação poderia encontrar sua vida e desenvolvimento reais. Criado para encontrar em Deus suas mais altas alegrias, em nada mais poderá achar o que aquieta os anelos do coração e satisfaz a fome e sede da alma. Aquele que com espírito sincero e dócil estuda a Palavra de Deus, procurando compreender as suas verdades, será levado em contato com seu Autor; e, a menos que não o queira, não haverá limites às possibilidades para o seu desenvolvimento. — Educação, 124, 125. CI 212.2
Confiem-se à memória as passagens mais importantes da Escritura ligadas à lição, e isso não como uma tarefa, mas como um privilégio. Embora a princípio a memória seja deficiente, ganhará força pelo exercício, de modo que depois de algum tempo vos deleitareis em assim armazenar as palavras da verdade. E tal hábito se demonstrará um valiosíssimo auxílio no crescimento espiritual. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 137, 138. CI 212.3
Perigos da escolaridade precoce — Como os moradores do Éden aprendiam nas páginas da natureza, como Moisés discernia os traços da escrita de Deus nas planícies e montanhas da Arábia, e o menino Jesus nas colinas de Nazaré, assim poderão os filhos de hoje aprender acerca dEle. O invisível acha-se ilustrado pelo visível. [...] CI 212.4
Tanto quanto possível, seja a criança, desde os mais tenros anos, colocada onde esse maravilhoso manual possa abrir-se diante dela. — Educação, 100, 101. CI 212.5
Não envieis vossos pequeninos muito cedo para a escola. A mãe deve ser cuidadosa com a maneira em que confia a modelação da mente infantil a mãos alheias. Os pais devem ser os melhores mestres dos filhos até que eles atinjam a idade de oito ou dez anos. Sua sala de aula deveria ser o ar livre, entre as flores e os pássaros, e seu livro de estudo, o tesouro da natureza. Tão depressa como sua inteligência possa compreendê-lo, os pais devem abrir perante eles o grande livro divino da natureza. Essas lições, dadas em tal ambiente, não serão esquecidas com facilidade. — Fundamentos da Educação Cristã, 156, 157. CI 212.6
Não somente têm sido a saúde física e mental das crianças postas em perigo por serem enviadas à escola num período precoce demais, mas também elas perdem do ponto de vista moral. Tiveram oportunidades de se familiarizar com crianças de maneiras não cultivadas. Foram atiradas na companhia dos grosseiros e dos rudes, que mentem, praguejam, roubam e enganam, e que se deleitam em transmitir seu conhecimento do vício aos mais novos que eles. As crianças novas, deixadas a si mesmas, aprendem o mal mais depressa que o bem. Os maus hábitos se harmonizam mais com o coração natural, e as coisas que vêem e ouvem na infância e na meninice são-lhes profundamente impressas no espírito; e a má semente semeada em seu jovem coração criará raízes e se transformará em aguçados espinhos, para ferir o coração dos pais. — Orientação da Criança, 302. CI 213.1
O valor da educação prática — Agora, como nos dias de Israel, todo jovem precisa ser instruído nos deveres da vida prática. Cada um deve adquirir conhecimentos em algum ramo de trabalho manual que, em caso de necessidade, lhe possa proporcionar um meio de vida. Isso é essencial, não somente como salvaguarda contra as dificuldades da vida, mas em virtude de seu efeito sobre o desenvolvimento físico, mental e moral. [...] CI 213.2
Agora, como nos dias de Israel, todo jovem precisa ser instruído nos deveres da vida prática. Cada um deve adquirir conhecimentos em algum ramo de trabalho manual que, em caso de necessidade, lhe possa proporcionar um meio de vida. Isso é essencial, não somente como salvaguarda contra as dificuldades da vida, mas em virtude de seu efeito sobre o desenvolvimento físico, mental e moral. [...] CI 213.3
Para as moças estudantes há muitas ocupações que devem ser providas a fim de que possam ter uma educação vasta e prática. Cumpre ensinar-lhes a fazer vestidos, e a arte da horticultura. Devem cultivar flores e plantar morangos. Assim, ao mesmo tempo em que são educadas no trabalho útil, terão saudável exercício ao ar livre. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 307, 310, 312. CI 213.4
Cumpre que se dê ênfase à influência do espírito sobre o corpo, como à deste sobre aquele. A energia elétrica do cérebro, suscitada pela atividade mental, vivifica o organismo todo, e assim é de inestimável auxílio na resistência à doença. [...] CI 213.5
Há nas Escrituras uma verdade fisiológica, verdade esta que precisamos considerar: “O coração alegre serve de bom remédio”. Provérbios 17:22. — Educação, 197. CI 213.6
Para que as crianças e os jovens tenham saúde, alegria, vivacidade e bem desenvolvidos músculos e cérebro, convém que estejam muito ao ar livre, e tenham bem regulada ocupação e recreação. As crianças e os jovens mantidos na escola e presos aos livros não podem possuir sã constituição física. O exercício do cérebro no estudo, sem correspondente exercício físico, tem a tendência de atrair o sangue à cabeça, ficando desequilibrada a circulação sanguínea através do organismo. O cérebro fica com demasiado sangue, e os membros com bem pouco. Deve haver regras que limitem os estudos das crianças e jovens a certas horas, sendo depois uma porção do tempo dedicada ao trabalho físico. E se seus hábitos de comer, vestir e dormir estiverem em harmonia com as leis físicas, poderão educar-se sem sacrificar a saúde física e mental. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 83. CI 213.7
A dignidade do trabalho — A juventude deve ser levada a ver a verdadeira dignidade do trabalho. Mostrai-lhe que Deus é um obreiro constante. Todas as coisas na natureza fazem o trabalho que lhes foi designado. A atividade penetra por toda a criação, e a fim de que cumpramos a nossa missão devemos também ser ativos. — Educação, 214. CI 214.1
O trabalho físico associado ao esforço mental com o fim de ser útil, é uma disciplina na vida prática, dulcificada continuamente pela lembrança de que está habilitando e educando a mente e o corpo para executar melhor a obra que é desígnio de Deus que os homens realizem em diversos setores. — Fundamentos da Educação Cristã, 229. CI 214.2
Nenhum de nós deve envergonhar-se do trabalho, por menor e mais servil que pareça. O trabalho é enobrecedor. Todos quantos labutam com a cabeça ou com as mãos são homens e mulheres de trabalho. E todos estão cumprindo seu dever e honrando sua religião tanto quando lidam no tanque de lavar roupa ou na pia dos pratos, como quando vão às reuniões. Enquanto as mãos se encontram ocupadas nos serviços mais comuns, a mente pode ser elevada e enobrecida por pensamentos santos e puros. — Testimonies for the Church 4:590. CI 214.3
Uma grande razão por que o trabalho físico é menosprezado, é a maneira desleixada e precipitada como é muitas vezes realizado. É feito por necessidade e não porque haja sido escolhido. O trabalhador não o leva a sério, não conserva o respeito de si mesmo nem conquista o de outrem. O ensino manual deve corrigir este erro. Deve desenvolver hábitos de exatidão e perfeição. Os estudantes devem aprender o tato e o método em seus afazeres; aprender a economizar tempo, e a fazer cada movimento de maneira que seja aproveitado. Não somente lhes devem ser ensinados os melhores métodos, mas cumpre sejam inspirados pela ambição de sempre se aperfeiçoarem. Seja o seu alvo fazer o seu trabalho o mais perfeito que o cérebro e as mãos humanas possam conseguir. — Educação, 222. CI 214.4
É um pecado deixar que as crianças cresçam indolentes. Exercitem elas seus membros e músculos, mesmo que os cansem. Se não são ativados, como pode a fadiga fazer-lhes mais dano a eles do que a vós? Há uma evidente diferença entre cansaço e exaustão. As crianças necessitam mais freqüente mudança de atividade e intervalos de repouso que as pessoas adultas; mas mesmo quando ainda bem jovens, devem começar a aprender a trabalhar, e se sentirão felizes ao pensamento de que estão sendo úteis. Seu sono será mais tranqüilo após saudável atividade, e se sentirão refeitos para o próximo dia de trabalho. — O Lar Adventista, 289. CI 214.5
O cultivo da língua materna — Em todos os ramos da educação há objetivos a serem adquiridos, mais importantes do que os que se conseguem por mero conhecimento técnico. Na língua, por exemplo. Mais importante do que a aquisição de línguas estrangeiras, vivas ou mortas, é a habilidade de escrever e falar a língua materna com facilidade e precisão; mas nenhuma habilitação adquirida por meio do conhecimento das regras gramaticais pode comparar-se em importância com o estudo da língua de um ponto de vista mais elevado. Em grande parte se acha ligado a esse estudo o sucesso ou insucesso na vida. — Educação, 234. CI 215.1
Obras proibidas por Deus — Será desígnio do Senhor que falsos princípios, raciocínios estranhos e enganos de Satanás sejam postos perante o espírito dos jovens e das crianças? Serão sentimentos pagãos e infiéis apresentados a nossos estudantes como valiosos acréscimos a sua reserva de conhecimentos? As obras dos mais intelectuais dos céticos são o produto de um espírito prostituído ao serviço do adversário. Hão de os que se dizem reformadores, que buscam dirigir as crianças e os jovens no reto caminho, no trilho aberto para os remidos do Senhor, imaginar que Deus queria que eles apresentassem aos jovens para estudo aquilo que Lhe desfigurará o caráter, e O apresentará sob um falso aspecto? De modo nenhum! — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 25, 26. CI 215.2
Resultados da educação cristã — Como as crianças cantavam “Hosanas” no pátio do templo, e “Bendito o que vem em nome do Senhor” (Marcos 11:9), assim nestes últimos dias as vozes das crianças se erguerão para dar a última mensagem de advertência a um mundo agonizante. Quando os seres celestiais virem que os homens não mais têm permissão de apresentar a verdade, o Espírito de Deus virá sobre as crianças, e elas farão na proclamação da verdade um trabalho que os obreiros mais idosos não podem fazer, pois seus passos serão entravados. CI 215.3
Nossas escolas são ordenadas por Deus a fim de preparar as crianças para essa grande obra. Aí devem elas ser instruídas nas verdades especiais para este tempo, e na obra missionária prática. Devem alistar-se no exército de obreiros para ajudar o enfermo e o sofredor. As crianças podem tomar parte na obra médico-missionária e ajudar a levá-la avante em todos os seus aspectos. Suas contribuições poderão ser pequenas, mas ainda assim úteis, e mediante seus esforços muitas pessoas serão ganhas para a verdade. Por elas será proclamada a mensagem de Deus e Sua salvação a todas as nações. Que a igreja se preocupe, portanto, com os cordeirinhos do rebanho. Sejam as crianças educadas e preparadas para servirem a Deus, pois são a herança do Senhor. — Testimonies for the Church 6:202, 203. CI 215.4
Quando devidamente dirigidas, as escolas serão o meio de erguer o estandarte da verdade nos lugares em que funcionam; pois as crianças que receberem educação cristã, serão testemunhas de Cristo. Como Jesus, no templo, desvendou os mistérios que os sacerdotes e os príncipes não haviam podido penetrar, assim na história final da Terra, crianças que foram devidamente educadas hão de, em sua simplicidade, proferir palavras que surpreenderão os que agora falam em “educação refinada”. — Testimonies for the Church 6:202. CI 215.5
Foi-me mostrado que nosso colégio foi designado por Deus para realizar a grande obra de salvar almas. É somente quando postos sob o pleno controle do Espírito de Deus que os talentos de uma pessoa são considerados utilizáveis ao máximo. Os preceitos e princípios da religião são os primeiros passos na aquisição do conhecimento, e jazem no próprio fundamento da verdadeira educação. O conhecimento e a ciência precisam ser vitalizados pelo Espírito de Deus para servirem aos mais nobres propósitos. Só o cristão pode fazer o correto uso do conhecimento. A ciência, para ser plenamente apreciada, tem de ser considerada do ponto de vista religioso. O coração enobrecido pela graça de Deus pode compreender melhor o verdadeiro valor da educação. Os atributos de Deus, como vistos em Suas obras criadas, só podem ser apreciados quando temos conhecimento do Criador. Para conduzir a juventude à fonte da verdade, ao Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, o professor precisa não somente estar familiarizado com a teoria da verdade, mas ter também o conhecimento prático do caminho da santidade. Conhecimento é poder quando unido com a verdadeira piedade. — Testimonies for the Church 4:427. CI 216.1
O aluno deve apoiar sua escola Os alunos que professam amar a Deus e obedecer à verdade, devem possuir tal grau de domínio próprio e resistência de princípios religiosos que sejam habilitados a permanecer inabaláveis em meio das tentações, e a defenderem a Cristo no colégio, nas casas que se acham hospedados, ou onde quer que estejam. A religião não é para ser usada meramente como uma capa, na casa de Deus; antes, os princípios religiosos devem caracterizar toda a vida. CI 216.2
Os que bebem da fonte da vida, não manifestarão, à semelhança dos mundanos, ansioso desejo de variações e de prazer. Em sua conduta e caráter ver-se-ão o sossego, a paz e a felicidade que encontraram em Jesus mediante o depositar-Lhe aos pés, dia-a-dia, suas perplexidades e preocupações. Mostrarão que há contentamento e mesmo alegria no caminho da obediência e do dever. Esses exercerão sobre os colegas uma influência que se fará sentir na escola inteira. CI 216.3
Os que compõem esse fiel exército serão um refrigério e fortalecimento para os professores e dirigentes em seus esforços, contrariando toda espécie de infidelidade, de discórdia e negligência no que concerne a cooperar com os regulamentos. Sua influência será salvadora, e no grande dia de Deus suas obras não perecerão, mas segui-los-ão no mundo por vir; e a influência de sua vida aqui falará através dos séculos sem fim da eternidade. CI 216.4
Um jovem sincero, consciencioso, fiel na escola, é inestimável tesouro. Os anjos do Céu o contemplam com amor. O precioso Salvador o ama, e no livro do Céu serão registrados toda obra de justiça, cada tentação resistida, todo mal subjugado. Ele estará assim depositando um bom fundamento contra o tempo que há de vir, de modo a lançar mão da vida eterna. [...] CI 217.1
Da juventude cristã depende em grande medida a preservação e perpetuidade das instituições que Deus delineou como meio de fazer prosperar Sua obra. Esta solene responsabilidade repousa sobre a juventude de hoje que está entrando no palco da ação. Jamais houve um período em que tão importantes resultados dependessem de uma geração de homens; quão importante, pois, que a juventude esteja qualificada para a grande obra, de modo que Deus possa usá-la como instrumentos Seus. O Criador tem sobre eles reclamos que transcendem todos os outros. CI 217.2
Foi Deus quem lhes deu vida e cada uma das faculdades físicas e mentais que possuem. Concedeu-lhes habilidades para sábio aproveitamento, de modo que lhes pudesse confiar uma obra que seria tão duradoura quanto a eternidade. Em retribuição pelos Seus grandes dons Ele requer o devido cultivo e exercício das faculdades intelectuais e morais. Ele não lhes concedeu essas faculdades para mero entretenimento ou para serem abusivamente utilizadas contra Sua vontade e Seu propósito, mas para que pudessem usá-las no progresso do conhecimento da verdade e da santidade no mundo. Ele reclama sua gratidão, veneração e amor, em virtude de Sua continuada bondade e infinita misericórdia. Com razão Ele requer obediência a Suas leis e a todos os sábios regulamentos que protegem e guardam a juventude dos enganos de Satanás, e conduz os jovens no caminho da paz. CI 217.3
Se os jovens pudessem ver que na concordância com as leis e regulamentos de nossas instituições estão apenas fazendo aquilo que lhes melhorará a posição na sociedade, lhes elevará o caráter, enobrecerá sua mente e lhes aumentará a felicidade, não se rebelariam contra regras justas e saudáveis regulamentos, nem se empenhariam em criar suspeita e preconceito contra essas instituições. Nossos jovens devem ter um espírito de energia e fidelidade para fazer face ao que deles se requer, e isto será uma garantia de sucesso. O caráter incontrolado e indiferente de muitos jovens nesta idade do mundo é assustador. Muito da culpa cabe a seus pais no lar. Sem o temor de Deus ninguém pode ser verdadeiramente feliz. — Testimonies for the Church 4:432-435. CI 217.4
Capítulo 37—La educación cristiana
Nos estamos acercando rápidamente a la crisis final de la historia de este mundo, y es importante que comprendamos que las ventajas educativas ofrecidas por nuestras escuelas son diferentes de las ofrecidas por las escuelas del mundo.1 CPI 364.1
Nuestro concepto de la educación tiene un alcance demasiado estrecho y bajo. Es necesario que tenga una mayor amplitud y un fin más elevado. La verdadera educación significa más que la prosecución de un determinado curso de estudio. Significa más que una preparación para la vida actual. Abarca todo el ser, y todo el período de la existencia accesible al hombre. Es el desarrollo armonioso de las facultades físicas, mentales y espirituales. Prepara al estudiante para el gozo de servir en este mundo, y para un gozo superior proporcionado por un servicio más amplio en el mundo venidero.2 CPI 364.2
En el sentido más elevado, la obra de la educación y la de la redención son una, pues tanto en la educación como en la redención “nadie puede poner otro fundamento que el que está puesto, el cual es Jesucristo”.3 CPI 364.3
El gran propósito de toda la educación y disciplina de la vida es volver al hombre a la armonía con Dios; elevar y ennoblecer de tal manera su naturaleza moral, que pueda volver a reflejar la imagen de su Creador. Tan importante era esta obra, que el Salvador dejó los atrios celestiales, y vino en persona a esta tierra, para poder enseñar a los hombres cómo obtener la idoneidad para la vida superior.4 CPI 364.4
Es muy fácil dejarse llevar por planes, métodos y costumbres del mundo y no dedicar al tiempo en que vivimos o a la gran obra que debe hacerse más reflexión de la que dedicaron a su tiempo los contemporáneos de Noé. Existe el peligro constante de que nuestros educadores sigan el mismo camino que los judíos, amoldándose a costumbres, prácticas y tradiciones que Dios no dio. Con tenacidad y firmeza, algunos se adhieren a viejos hábitos y a una afición por diversos estudios que no son esenciales, como si su salvación dependiese de estas cosas. Al hacer esto se apartan de la obra especial de Dios y dan a los estudiantes una educación deficiente y errónea.5 CPI 365.1
Debería haber hombres y mujeres que estén calificados para trabajar en las iglesias y para adiestrar a nuestros jóvenes en ramos especiales de trabajo, a fin de que puedan llevar a las almas a contemplar a Jesús. Las escuelas establecidas por nosotros deberían tener en vista este objetivo y no interesarse por el sistema de las escuelas denominacionales establecidas por otras iglesias o por el sistema que siguen los colegios y seminarios del mundo. Deben ser de una categoría enteramente diferente, donde no se origine ni se sancione ninguna fase de infidelidad. Los estudiantes han de ser educados en el cristianismo práctico, y la Biblia debe ser considerada como el libro de texto supremo y más importante.6 CPI 365.2
La responsabilidad de la iglesia
En sueños de la noche me hallaba yo entre una gran compañía en la que el tema de la educación agitaba la mente de todos los presentes. Uno que desde hacía mucho tiempo había sido nuestro enseñador hablaba a los congregados. Decía: “El asunto de la educación debiera interesar a toda la organización adventista del séptimo día”.7 CPI 366.1
La iglesia tiene una obra especial que hacer en educar y preparar a sus niños para que, mientras asisten a la escuela o tienen cualquier otro trato, no sientan la influencia de los hábitos corruptos. El mundo está lleno de iniquidad y desprecio de los requerimientos de Dios. Las ciudades han llegado a ser como Sodoma, y nuestros hijos están diariamente expuestos a muchos males. Los que asisten a las escuelas públicas, se asocian a menudo con otros más descuidados que ellos, a quienes, fuera del tiempo que pasan en el aula de clases, se les deja obtener una educación callejera. Los corazones de los jóvenes se impresionan fácilmente; y a menos que los que los rodean sean de carácter correcto, Satanás empleará a los niños descuidados para influir en aquellos a quienes se educa más cuidadosamente. De esta manera, antes que los padres observadores del sábado sepan lo que está sucediendo, sus hijos habrán aprendido las lecciones de la depravación, y se habrán corrompido sus almas. CPI 366.2
Muchas familias que, con el fin de educar a sus hijos, se trasladan a lugares donde están establecidas nuestras escuelas mayores, prestarían mejor servicio al Maestro quedando donde están. Debieran animar a la iglesia de la cual son miembros a establecer una escuela primaria donde los niños de su seno podrían recibir una educación cristiana completa y práctica. Sería inmensamente mejor para sus hijos, para sí mismos y para la causa de Dios, que quedasen en las iglesias menores, donde es necesaria su ayuda, en vez de ir a las iglesias mayores donde, debido a que no se los necesita, están en la constante tentación de caer en la inactividad espiritual. CPI 366.3
Dondequiera que haya algunos observadores del sábado, los padres deben unirse para proveer un lugar apropiado para una escuela diurna donde sus niños y jóvenes puedan ser instruidos. Deben emplear un maestro cristiano que, como misionero consagrado, eduque a los niños de tal manera que los induzca a llegar a ser misioneros.8 CPI 367.1
Tenemos ante Dios la obligación solemne y sagrada de criar a nuestros niños para él y no para el mundo; de enseñarles a no hacer alianza con el mundo sino a amar y temer a Dios y a guardar sus mandamientos. Se les debe inculcar el pensamiento de que están formados a la imagen de su Creador y de que Cristo es el Modelo al cual deben adaptarse. Debe prestarse la más seria atención a la educación que impartirá un conocimiento de la salvación, y amoldará la vida y el carácter a la semejanza divina.9 CPI 367.2
Para suplir la falta de obreros, Dios desea que se establezcan en diferentes países centros educacionales donde los estudiantes promisorios puedan educarse en los ramos prácticos del conocimiento y en la verdad bíblica. A medida que estas personas se ocupen en el trabajo, irán dando carácter a la obra de la verdad presente en nuevos campos. CPI 367.3
Aparte de la educación de aquellos que han de ser enviados como misioneros desde nuestras asociaciones más antiguas, deben educarse personas de diferentes partes del mundo para trabajar por sus compatriotas y vecinos, y hasta donde sea posible, es mejor y más seguro para ellos obtener su educación en el campo donde tienen que trabajar. Rara vez resulta mejor para el obrero o para el progreso de la obra que vaya a tierras lejanas para educarse.10 CPI 368.1
Como iglesia, como individuos, si queremos estar sin culpa en el juicio, debemos hacer esfuerzos más generosos para la educación de nuestros jóvenes, a fin de que puedan estar mejor preparados para las diversas ramas de la gran obra confiada a nuestras manos. Debemos trazar planes sabios, para que las mentes ingeniosas de los que tienen talentos puedan ser fortalecidas y disciplinadas de la manera más refinada, a fin de que la obra de Cristo no sea impedida por falta de obreros hábiles, que harán su obra con fervor y fidelidad.11 CPI 368.2
Apoyo moral de nuestras instituciones
Los padres y las madres deben cooperar con el maestro, trabajando fervorosamente por la conversión de sus hijos. Procuren ellos mantener vivo y lozano el interés espiritual en el hogar y criar a sus hijos en la disciplina y amonestación del Señor. Consagren una parte de cada día al estudio, haciéndose estudiantes con sus hijos. De esta manera pueden convertir la hora educacional en momentos de sosiego y provecho, y aumentará su confianza en este método de buscar la salvación de sus hijos.12 CPI 368.3
Algunos de los alumnos regresan a casa murmurando y quejándose, y ciertos padres y miembros de la iglesia prestan oído atento a sus declaraciones exageradas y unilaterales. Sería bueno que considerasen que la historia tiene dos fases; pero en vez de hacerlo así, permiten que estos informes parciales levanten una valla entre ellos y el colegio. Empiezan luego a expresar temores, dudas y sospechas acerca de la manera en que se dirige el mismo. Una influencia tal ocasiona gran daño. Las palabras de descontento se difunden como una enfermedad contagiosa, y es difícil contrarrestar la impresión hecha en los espíritus. La historia se amplía con cada repetición, hasta que adquiere proporciones gigantescas, cuando la investigación revelaría el hecho de que no hubo culpa de parte de los maestros o profesores. Estaban cumpliendo simplemente su deber al poner en vigencia las reglas que deben practicarse en la escuela para que ésta no se desmoralice. CPI 369.1
Si los padres quisieran ponerse en la situación de los maestros y ver cuán difícil resulta necesariamente manejar y disciplinar una escuela de centenares de alumnos de todos los grados y diversas mentalidades, es posible que, al reflexionar, verían las cosas en forma diferente. Deberían considerar que algunos niños no han sido nunca disciplinados en sus hogares. A menos que se haga algo por estos hijos que han sido tan tristemente descuidados por padres infieles, nunca serán aceptados por Jesús; a menos que se llegue a ejercer cierto dominio sobre ellos, serán inútiles en esta vida y no tendrán parte en la venidera.13 CPI 369.2
Muchos padres y madres se equivocan al fallar en apoyar los esfuerzos de los maestros fieles. Los jóvenes y los niños, con su comprensión imperfecta y su discernimiento sin desarrollar, no siempre son capaces de entender todos los planes y métodos de los maestros. Sin embargo, cuando llevan a casa informes de lo que se dijo e hizo en la escuela, los padres los discuten en el círculo familiar, y se critica sin reservas el proceder del maestro. De esa forma los niños aprenden lecciones que no se olvidan fácilmente. Tan pronto como se los somete a restricciones a las que no están acostumbrados, o se les requiere que se apliquen diligentemente al estudio, apelan a sus imprudentes padres para obtener simpatía y complacencia. Así se fomenta un espíritu de inquietud y descontento; la escuela como un todo se perjudica por la influencia desmoralizadora, y la carga del maestro se vuelve mucho más pesada. Pero la pérdida más grande la sufren las víctimas de la mala administración de los padres. Los defectos de carácter que podrían haberse corregido con una instrucción correcta se fortalecen con el paso de los años, echando a perder y tal vez destruyendo la utilidad de su poseedor.14 CPI 370.1
Maestros dirigidos por Dios
El Señor obra por medio de todo maestro consagrado; y conviene a los intereses del maestro que así lo comprenda. Los instructores que están bajo la disciplina de Dios, reciben gracia, verdad y luz por el Espíritu Santo para comunicarlas a su vez a los niños. Están bajo el mayor Maestro que el mundo haya conocido, y cuán impropio sería que ellos tuviesen un espíritu cruel, una voz aguda, llena de irritación. Con esto perpetuarían sus propios defectos en los niños. CPI 370.2
Dios se comunicará con el alma por su propio Espíritu. Orad mientras estudiáis: “Abre mis ojos, y miraré las maravillas de tu ley”. Salmos 119:18. Cuando en oración el maestro confía en Dios, el Espíritu de Cristo descenderá sobre él, y por el Espíritu Santo Dios obrará mediante él sobre la mente del alumno. El Espíritu Santo llena la mente y el corazón de esperanza, valor e imágenes bíblicas, que serán comunicadas al alumno. Las palabras de verdad crecerán en importancia, y asumirán una anchura y plenitud de significado cual él nunca soñó. La belleza y virtud de la Palabra de Dios ejercen una influencia transformadora sobre la mente y el carácter: las chispas del amor celestial lloverán sobre el corazón de los niños como una inspiración. Podremos llevar centenares y miles de niños a Cristo si trabajamos por ellos.15 CPI 371.1
Antes que los hombres puedan ser verdaderamente sabios, deben comprender que dependen de Dios, y deben estar henchidos de su sabiduría. Dios es la fuente tanto del poder intelectual como del espiritual. Los mayores hombres, que han llegado a lo que el mundo considera como admirables alturas de la ciencia, no pueden compararse con el amado Juan o el apóstol Pablo. La más alta norma de virilidad se alcanza cuando se combina el poder intelectual con el espiritual. A los que hacen esto, Dios los aceptará como colaboradores consigo en la preparación de las mentes.16 CPI 371.2
La obra más importante de nuestras instituciones educativas en este tiempo consiste en presentar ante el mundo un ejemplo que honre a Dios. Los santos ángeles han de vigilar la obra por intermedio de agentes humanos, y todo departamento ha de llevar la marca de la excelencia divina.17 CPI 372.1
Calificaciones de un maestro de escuela
Conseguid un hombre fuerte para que se destaque como director de vuestra escuela, un hombre cuya fuerza física le sostenga en la ejecución de un trabajo cabal de disciplina; un hombre calificado para inculcar en los alumnos hábitos de orden, aseo y laboriosidad. Haced una obra cabal en todo lo que emprendáis. Si sois fieles en enseñar las materias comunes, muchos de vuestros alumnos podrán ir directamente a la obra como colportores y evangelistas. No necesitamos pensar que todos los obreros deben tener una educación avanzada.18 CPI 372.2
Al elegir maestros debemos aplicar toda precaución, sabiendo que es un asunto tan solemne como la elección de las personas para el ministerio. Hombres sabios que sepan discernir el carácter, deben hacer la selección; porque se necesita el mejor talento que se pueda obtener para educar y amoldar la mente de los jóvenes, y para llevar adelante con éxito los muchos ramos de trabajo que han de hacer los maestros en nuestras escuelas de iglesia. Ninguna persona de mente inferior o estrecha, debe ser encargada de una de estas escuelas. No pongáis sobre los niños a maestros jóvenes e inexpertos, que no tienen capacidad para manejarlos; porque sus esfuerzos tenderán a la desorganización.19 CPI 372.3
No debería emplearse a un maestro, a menos que tengáis evidencias por medio de pruebas, de que ama a Dios y teme ofenderlo. Si los maestros son enseñados por Dios, si aprenden sus lecciones diariamente en la escuela de Cristo, trabajarán en conformidad con Cristo. Prevalecerán y atraerán a Cristo, porque cada niño y cada joven es precioso.20 CPI 373.1
Los hábitos y principios de un maestro deben considerarse como de mayor importancia que su preparación literaria. A fin de ejercer la debida influencia, debe tener perfecto dominio de sí mismo y su propio corazón debe estar henchido de amor por sus alumnos, cosa que se revelará en su mirada, sus palabras y actos.21 CPI 373.2
El maestro debe conducirse siempre como un caballero cristiano. Debe asumir la actitud de amigo y consejero de sus alumnos. Si todo nuestro pueblo—maestros, ministros y miembros laicos—cultivase el espíritu de la cortesía cristiana, le sería más fácil hallar acceso a los corazones de la gente; muchos más serían inducidos a examinar y recibir la verdad. Cuando cada maestro se olvide de sí mismo, y sienta profundo interés por el éxito y la prosperidad de sus alumnos, comprendiendo que son propiedad de Dios, y que él deberá dar cuenta de su influencia sobre sus mentes y caracteres, entonces tendremos una escuela en la cual los ángeles se deleitarán en estar.22 CPI 373.3
Nuestras escuelas de iglesia necesitan maestros que tengan altas cualidades morales; personas en quienes se pueda confiar; que sean sanas en la fe; que tengan tacto y paciencia; que anden con Dios y se abstengan de toda apariencia de mal. CPI 373.4
Es malo poner a los niños bajo maestros orgullosos y desprovistos de amor. Un maestro así hará mucho daño a aquellos cuyo carácter se está desarrollando rápidamente. No se los debe emplear si no son sumisos a Dios, si no tienen amor hacia los niños sobre quienes presiden, si manifiestan parcialidad hacia los que agradan a su fantasía, y manifiestan indiferencia para los que son menos atrayentes, o hacia los que son inquietos y nerviosos, porque el resultado de su trabajo será una pérdida de almas para Cristo. CPI 374.1
Hacen falta, especialmente para los niños, maestros que sean apacibles y bondadosos, y que manifiesten tolerancia y amor hacia los que más lo necesitan.23 CPI 374.2
El maestro perderá la misma esencia de la educación, a menos que comprenda la necesidad de orar, y humille su corazón delante de Dios.24 CPI 374.3
No puede sobreestimarse la importancia de las cualidades físicas del maestro; porque cuanto más perfecta sea su salud, tanto más lo será su labor. La mente no puede pensar claramente ni actuar con firmeza cuando las facultades físicas están sufriendo los resultados de la debilidad o la enfermedad. El corazón se impresiona por la mente; pero si la mente pierde su vigor debido a la incapacidad física, queda obstruido el conducto que lleva a los motivos y sentimientos superiores; y el maestro está menos capacitado para discernir entre el bien y el mal. Cuando se sufren los resultados de una mala salud, no es asunto fácil ser paciente y alegre, o actuar con integridad y justicia.25 CPI 374.4
La Biblia en la educación cristiana
Como medio de educación intelectual, la Biblia es más eficaz que cualquier otro libro o que todos los demás libros juntos. La grandeza de sus temas, la elevada sencillez de sus expresiones, la belleza de sus figuras, avivan y elevan los pensamientos como ninguna otra cosa puede lograrlo. Ningún otro estudio puede impartir poder mental como el que imparte el esfuerzo que se realiza para abarcar las estupendas verdades de la revelación. La mente que en esa forma se pone en contacto con los pensamientos del Ser infinito no puede sino desarrollarse y fortalecerse. CPI 375.1
Mayor aún es el poder de la Biblia en el desarrollo de la naturaleza espiritual. El hombre, creado para vivir en comunión con Dios, puede encontrar su verdadera vida y su auténtico desarrollo únicamente en esa comunión. Creado para descubrir en Dios su mayor gozo, en ninguna otra cosa puede hallar lo que puede calmar los anhelos de su corazón, y satisfacer el hambre y la sed del alma. Aquel que con espíritu dócil y sincero estudia la Palabra de Dios para comprender sus verdades, se pondrá en contacto con su Autor, y, a menos que sea por propia decisión, no tienen límite las posibilidades de su desarrollo.26 CPI 375.2
Confíense a la memoria los pasajes más importantes de la Escritura, no como una imposición sino como un privilegio. Aunque al principio la memoria sea deficiente, adquirirá fuerza con el ejercicio, de manera que después de un tiempo os deleitaréis en atesorar las palabras de verdad. Y el hábito resultará de ayuda valiosa para el crecimiento espiritual.27 CPI 375.3
Peligros al enviar a la escuela a pequeñuelos
Así como los moradores del Edén aprendieron de las páginas de la naturaleza, así como Moisés percibió lo que Dios había escrito en los llanos y las montañas de Arabia, y el niño Jesús en los cerros de Nazaret, los niños de hoy día también pueden aprender del Creador. Lo visible ilustra lo invisible. CPI 376.1
Hasta donde sea posible, colóquese al niño, desde su más tierna edad, en situación tal que se abra ante él este maravilloso libro de texto.28 CPI 376.2
No mandéis a vuestros pequeñuelos demasiado pronto a la escuela. La madre debiera ser cuidadosa al confiar el modelado de la mente del niño a manos ajenas. Los padres tendrían que ser los mejores maestros de sus hijos hasta que éstos hayan llegado a la edad de ocho o diez años. Su sala de clase debiera ser el aire libre, entre las flores y los pájaros, y su libro de texto, el tesoro de la naturaleza. Tan pronto como sus inteligencias puedan comprenderlo, los padres debieran abrir ante ellos el gran libro divino de la naturaleza. Estas lecciones, dadas en tal ambiente, no se olvidarán prestamente.29 CPI 376.3
No sólo se ha puesto en peligro la salud física y mental al enviarlos a la escuela demasiado precozmente, sino que han perdido desde el punto de vista moral. Tuvieron la oportunidad de tratarse con niños incultos. Se asociaron con los que son ásperos y rudos, que mienten, blasfeman, roban y engañan, y que se deleitan en impartir su conocimiento del vicio a los que son menores que ellos. Si se deja a los niñitos librados a sus propias fuerzas, aprenden más fácilmente el mal que el bien. Los malos hábitos se avienen mejor con el corazón natural y las cosas que ven y oyen en su infancia y niñez se graban profundamente en su mente; y la mala semilla sembrada en su corazón joven se arraigará y se convertirá en aguzadas espinas que herirán el corazón de sus padres.30 CPI 376.4
Importancia de la instrucción en los deberes de la vida práctica
Ahora, como en los días de Israel, todo joven debe ser instruido en los deberes de la vida práctica. Cada uno debe adquirir cierto conocimiento de algún ramo manual por medio del cual, si fuera necesario, pudiera ganarse la vida. Esto es esencial, no sólo como una salvaguardia contra las vicisitudes de la vida, sino por su influencia sobre el desarrollo físico, mental y espiritual. CPI 377.1
Diversas industrias deben instalarse en nuestras escuelas. La instrucción industrial debe incluir la teneduría de libros, la carpintería y todo lo que abarca la agricultura. Deben hacerse preparativos para enseñarse los trabajos de herrería, pintura, zapatería, arte culinario, panadería, lavandería, zurcidos, dactilografía e imprenta. Debe dedicarse a este trabajo de adiestramiento toda facultad de que disponemos, para que los alumnos puedan salir bien preparados para los deberes de la vida práctica. CPI 377.2
En cuanto a las alumnas, son muchos los empleos que se les podría proveer para permitirles obtener una educación abarcante y práctica. Debe enseñárseles a hacer vestidos y a cuidar del jardín. Deben cultivar flores y plantar frutillas. Así, mientras se están educando en el trabajo práctico, obtendrán saludable ejercicio al aire libre.31 CPI 377.3
Se debería dar realce a la influencia que tiene la mente sobre el cuerpo, y éste sobre aquélla. La energía eléctrica del cerebro, aumentada por la actividad mental, vitaliza todo el organismo, y es de ayuda inapreciable para resistir la enfermedad. CPI 378.1
Hay en la Escritura una verdad relativa a la fisiología que necesitamos considerar: “El corazón alegre constituye buen remedio”. Proverbios 17:22.32 CPI 378.2
A fin de que los niños y los jóvenes tengan salud, alegría, vivacidad, y músculos y cerebros bien desarrollados, deben estar mucho al aire libre, tener trabajo y recreación bien regulados. Los niños y los jóvenes a quienes se los mantiene en la escuela, atados a los libros, no pueden tener sana constitución física. El ejercicio del cerebro en el estudio sin el correspondiente ejercicio físico, tiende a atraer la sangre al cerebro y desequilibra su circulación a través del organismo. El cerebro tiene demasiada sangre y ésta falta en las extremidades. Debe haber reglas para regir y limitar los estudios de los niños y los jóvenes a ciertas horas, y luego una parte de su tiempo tiene que dedicarse a la labor física. Si sus hábitos de comer, vestir y dormir están de acuerdo con la ley natural, pueden educarse sin sacrificar la salud física y mental.33 CPI 378.3
La dignidad del trabajo
Se debiera inducir a los jóvenes a apreciar la verdadera dignidad del trabajo. Muéstreseles que Dios obra constantemente. Todas las cosas de la naturaleza cumplen la tarea que se les ha asignado. Se ve actividad en toda la creación y, para cumplir nuestra misión, nosotros también debemos ser activos.34 CPI 378.4
El trabajo físico que se combina con el esfuerzo mental con el fin de ser útil, es una disciplina en la vida práctica, dulcificada siempre por el pensamiento de que está habilitando y educando la mente y el cuerpo para hacer mejor la obra que Dios se propuso que hiciesen los hombres en ramos diversos.35 CPI 379.1
Ninguno de nosotros debe avergonzarse de su trabajo, por humilde y servil que parezca, pues es ennoblecedor. Todos los que trabajan, ya sea con la mente o con las manos, cumplen con su deber y honran su religión, tanto mientras lavan la ropa o los platos como cuando van a la reunión. Mientras las manos se dedican al trabajo más común, la mente puede ser elevada y ennoblecida por pensamientos puros y santos.36 CPI 379.2
Una poderosa razón para menospreciar el trabajo físico es la forma descuidada e irreflexiva con que tan a menudo se lo realiza. Se lo hace por necesidad y no por gusto. El trabajador no pone su corazón en él; tampoco conserva su dignidad ni logra que los demás lo respeten. La educación manual debería corregir este error. Debería desarrollar hábitos de exactitud y prolijidad. Los alumnos deberían aprender a tener tacto y a ser sistemáticos; deberían aprender a economizar el tiempo y a sacar provecho de cada movimiento. No sólo se les debería enseñar los mejores métodos, sino que se les debería inspirar a los alumnos la ambición de mejorar constantemente. Su meta debería ser que fuera su trabajo tan perfecto como puedan lograrlo las manos y el cerebro humanos.37 CPI 379.3
Es un pecado dejar que los niños se críen en la ociosidad. Ejerciten sus miembros y músculos, aun cuando los canse. Si no se los recarga demasiado, ¿cómo puede el cansancio perjudicarle más que a vosotros? Hay mucha diferencia entre el cansancio y el agotamiento. Los niños necesitan cambiar de ocupación más a menudo que los adultos y tener con más frecuencia intervalos de descanso; pero aun en edad temprana, pueden comenzar a aprender a trabajar, y serán felices al pensar que se están haciendo útiles. El sueño les será dulce después de un trabajo saludable, y quedarán refrigerados para el siguiente día de trabajo.38 CPI 379.4
No debería ignorarse la lengua materna
En todo aspecto de la educación debe haber fines más importantes que los que se logran mediante el mero conocimiento técnico. Tómese, por ejemplo, el caso del lenguaje. Es de mayor importancia la capacidad de escribir y hablar la lengua propia con facilidad y exactitud, que aprender idiomas extranjeros, vivos o muertos. Pero ninguna educación lograda por medio del conocimiento de las reglas gramaticales puede compararse en importancia con el estudio del idioma desde un punto de vista superior. A este estudio están ligadas, en extenso grado, la felicidad o la desgracia de la vida.39 CPI 380.1
Las obras de los escépticos están prohibidas por Dios
¿Es propósito del Señor que los principios erróneos, los raciocinios falsos y los sofismas de Satanás se mantengan ante la atención de nuestros jóvenes y niños? ¿Deben presentarse los sentimientos paganos e incrédulos a nuestros alumnos como adiciones valiosas a su caudal de conocimientos? Las obras de los escépticos más intelectuales son obras de una mente prostituida al servicio del enemigo; y ¿deben los que sostienen ser reformadores, que procuran dirigir a los niños y los jóvenes en el camino recto, en la senda trazada para que anden en ella los redimidos del Señor, imaginarse que Dios desea que ellos presenten a la juventud para su estudio aquello que representará falsamente su carácter y lo pondrá en una luz falsa? ¡No lo permita Dios!40 CPI 380.2
Los resultados de una educación cristiana
Así como los niños cantaron en los atrios del templo “¡Hosanna! Bendito el que viene en el nombre del Señor”, en estos últimos días las voces infantiles se levantarán para dar el último mensaje de amonestación a un mundo que perece. Cuando los agentes celestiales vean que no se permite más a los hombres presentar la verdad, el Espíritu de Dios descenderá sobre los niños y ellos harán en la proclamación de la verdad una labor que los obreros de mayor edad no podrán hacer, por cuanto su camino se hallará cerrado. CPI 381.1
Nuestras escuelas de iglesia han sido instituidas por Dios para preparar a los niños para esta gran obra. En ellas han de ser educados los niños en las verdades especiales para este tiempo y en la obra misionera práctica. Ellos han de alistarse en el ejército de obreros para auxiliar a los enfermos y a los que sufren. Los niños pueden tomar parte en la obra médico-misionera y mediante sus jotas y tildes pueden contribuir a llevarla adelante. Sus aportes podrán ser pequeños, pero todo poquito ayuda, y por medio de sus esfuerzos muchas almas serán ganadas para la verdad. Por su intermedio se hará notorio el mensaje de Dios y su salud salvadora a todas las naciones. Por lo tanto, preocúpese la iglesia por los corderos del rebaño. Sean los niños educados y preparados para servir a Dios, pues ellos son la heredad del Señor. CPI 381.2
Debidamente dirigidas, las escuelas de iglesia serán los medios de levantar el estandarte de la verdad en los lugares donde se hallan establecidas; pues los niños que estén recibiendo una educación cristiana serán testigos de Cristo. Así como Jesús resolvió en el templo los misterios que sacerdotes y príncipes no habían discernido, en la obra final de esta tierra, los niños que hayan sido debidamente educados pronunciarán, en su sencillez, palabras que asombrarán a hombres que ahora hablan de “educación superior”.41 CPI 382.1
Se me mostró que nuestro colegio fue destinado por Dios a realizar la grande y buena obra de salvar almas. Sólo cuando se los coloca bajo el pleno dominio del Espíritu de Dios los talentos de un individuo son utilizados al máximo. Los preceptos y principios de la religión son los primeros pasos en la adquisición del conocimiento y constituyen la misma base de la verdadera educación. El conocimiento y la ciencia deben ser vivificados por el Espíritu de Dios a fin de servir los más nobles propósitos. Solamente el cristiano puede hacer el debido uso del conocimiento. La ciencia, para que pueda ser plenamente apreciada, debe ser considerada desde un punto de vista religioso. El corazón ennoblecido por la gracia de Dios puede comprender mejor el verdadero valor de la educación. Los atributos de Dios, que se observan en sus obras creadas, pueden ser apreciados únicamente conociendo al Creador. Los maestros no deben estar familiarizados sólo con la teoría de la verdad, sino que deben tener un conocimiento experimental del camino de la santidad a fin de conducir a los jóvenes a las fuentes de la verdad, al Cordero de Dios que quita el pecado del mundo. El conocimiento es poder únicamente cuando está unido con la verdadera piedad.42 CPI 382.2
Responsabilidad de los estudiantes para sostener su escuela
Los estudiantes que profesan amar a Dios y obedecer la verdad, deben poseer un grado de dominio propio y fuerza de principios religiosos que los habiliten para permanecer inconmovibles en medio de las tentaciones, y destacarse por Jesús en el colegio, en la casa de pensión, o dondequiera que estén. La religión no ha de ser llevada simplemente como un manto en la casa de Dios, sino que los principios religiosos deben caracterizar toda la vida. CPI 383.1
Los que están bebiendo de la fuente de la vida no manifestarán, como los mundanos, un anhelante deseo de variedad y placer. En su comportamiento y carácter se verá el descanso, la paz y la felicidad que han hallado en Cristo al deponer diariamente sus perplejidades y cargas a sus pies. Mostrarán que hay contentamiento y aun gozo en la senda del deber y la obediencia. Los tales ejercerán sobre sus condiscípulos una influencia que se hará sentir sobre toda la escuela. Los que componen ese fiel ejército refrigerarán y fortalecerán a los maestros y profesores en sus esfuerzos, procurando vencer toda especie de infidelidad, discordia y negligencia de los reglamentos. Su influencia será salvadora y sus obras no perecerán en el gran día de Dios, sino que los seguirán en el mundo futuro; y la influencia de su vida aquí se hará sentir a través de las incesantes edades de la eternidad. Un joven ferviente, concienzudo y fiel en la escuela es un tesoro inestimable. Los ángeles del cielo lo consideran con amor. Su precioso Salvador le ama, y en el libro mayor del cielo quedará registrada toda obra de justicia, toda tentación resistida, todo mal vencido. Así estará echando un buen fundamento para el tiempo venidero, para asirse de la vida eterna. CPI 383.2
De la juventud cristiana depende en gran medida la conservación y perpetuidad de las instituciones que Dios ha designado como medios de adelantar su obra. Esta seria responsabilidad descansa sobre la juventud que entra hoy en el escenario de acción. Nunca ha habido una época en que dependiesen resultados tan importantes de una generación de hombres. ¡Cuán importantes es, pues, que los jóvenes lleguen a estar capacitados para la gran obra, a fin de que Dios pueda usarlos como instrumentos suyos! Su Hacedor tiene sobre ellos derechos que superan a todos los demás. CPI 384.1
Dios es quien ha dado la vida y toda dote física y mental que los jóvenes poseen. Les ha conferido capacidad para que la aprovechen sabiamente, a fin de confiarles una obra que será tan duradera como la eternidad. En recompensa de sus grandes dones, él pide que ellos cultiven y ejerzan debidamente sus facultades intelectuales y morales. No les dio esas facultades para su diversión o para que abusasen de ellas obrando contra su voluntad y providencia, sino para que las empleasen en fomentar el conocimiento de la verdad y santidad en el mundo. El exige su gratitud, su veneración y amor, por su continua bondad e infinitas misericordias. El requiere con justicia que se obedezcan sus leyes y todos los sabios reglamentos que restringirán y guardarán a los jóvenes de los designios de Satanás y los conducirán por sendas de paz. Si los jóvenes pueden ver que al cumplir con las leyes y reglamentos de nuestras instituciones están haciendo algo que mejorará su posición en la sociedad, elevará su carácter, ennoblecerá su mente y aumentará su fidelidad, no se rebelarán contra las reglas justas y los requerimientos sanos, ni se dedicarán a crear sospechas y prejuicios contra estas instituciones. Nuestros jóvenes deben tener un espíritu de energía y fidelidad para hacer frente a las demandas que se les hacen, y les será una garantía de éxito. El carácter malo y temerario de muchos de los jóvenes de esta época del mundo es descorazonador. Mucha de la culpa incumbe a los padres en el hogar. Sin el temor de Dios nadie puede ser verdaderamente feliz.43 CPI 384.2