Conselhos para a Igreja

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Capítulo 29 — Recreação adequada

Os cristãos podem ter fontes de felicidade a sua disposição, podendo discernir com infalível exatidão quais sejam os prazeres lícitos e legítimos. Podem desfrutar daquelas recreações que não prejudiquem a mente ou rebaixem a alma, as que não tragam desapontamento nem deixem uma influência desoladora que venha mais tarde a destruir o respeito próprio ou a impedir o caminho da prestatividade. Se podem conservar consigo a Jesus e manter um espírito de oração estão perfeitamente a salvo. CI 163.1

Toda diversão em que vos puderdes empenhar pedindo sobre ela, com fé, a bênção de Deus, não será perigosa. Mas todo divertimento que vos torna inaptos para a oração particular, para a devoção no altar da oração, ou para tomar parte nas reuniões de oração, não é seguro, mas perigoso. CI 163.2

Somos daquela classe que crê ser nosso privilégio em cada dia de nossa vida glorificar a Deus na Terra; que não devemos viver neste mundo meramente para a nossa própria diversão, para meramente agradar-nos a nós mesmos. Aqui nos achamos para beneficiar a humanidade, e ser uma bênção para a sociedade; e se permitimos a mente soltar-se naquela corrente inferior em que giram os pensamentos dos que buscam simplesmente vaidade e extravagância, como podemos ser um benefício a nossa raça, a nossa geração? Como ser uma bênção à sociedade em volta de nós? Não podemos inocentemente condescender com qualquer diversão que nos inabilite ao mais fiel desempenho dos deveres usuais. [...] CI 163.3

Há muitas coisas que são boas em si mesmas, mas que pervertidas por Satanás, provam-se um laço para os desprevenidos. — O Lar Adventista, 513, 514. CI 163.4

Mas é necessário haver grande temperança nas diversões, bem como em qualquer outra ocupação. E o caráter desses entretenimentos deve ser cuidadosa e cabalmente considerado. Todo jovem deve perguntar-se a si mesmo: Que efeito terão essas diversões na saúde física, mental e moral? Ficará meu espírito tão absorvido que me esqueça de Deus? Deixarei de ter em mente a Sua glória? — O Lar Adventista, 512. CI 163.5

É privilégio e dever dos cristãos procurar refrigerar o espírito e revigorar o corpo mediante inocente recreação, com o intuito de empregar as energias físicas e mentais para a glória de Deus. Nossas recreações não devem ser cenas de insensata alegria, tomando a forma de uma insensatez. Podemos dirigi-las de maneira a beneficiar e elevar aqueles com quem nos associamos, habilitando-nos melhor, a nós e a eles, para atender com mais êxito aos deveres que sobre nós recaem como cristãos. [...] CI 163.6

O tempo despendido em exercícios físicos não é perdido. [...] O exercício proporcional de todos os órgãos e faculdades do corpo é essencial para o melhor trabalho de cada um. Quando o cérebro está constantemente sobrecarregado enquanto os outros órgãos da estrutura viva ficam inativos, há uma perda de força, tanto física como mental. O sistema físico é lesado em seu tono saudável, a mente perde seu frescor e vigor, e o resultado é uma agitação mórbida. [...] CI 164.1

Os que se acham empenhados em estudo, devem ter folga. A mente não deve estar continuamente submetida a uma intensa atividade, pois o delicado maquinismo mental vem a gastar-se. O corpo, da mesma maneira que a mente, precisa de exercício. — O Lar Adventista, 493-495. CI 164.2

Recreação que pode ser aproveitada tanto pelo rico quanto pelo pobre — Não se podem tornar os jovens tão quietos e sérios como as pessoas de idade; a criança tão sóbria como o pai. Conquanto as diversões pecaminosas sejam condenadas, como devem ser, provejam os pais, os professores ou pessoas delas encarregadas, no lugar das mesmas, prazeres inocentes, que não mancham nem corrompem a moral. Não reprimam os jovens a rígidas exigências e restrições que os induzam a sentir-se oprimidos, e a infringi-las, precipitando-se em caminhos de loucura e destruição. Com mão firme, bondosa e considerada, mantende as rédeas do governo, guiando e regendo-lhes o espírito e desígnios, não obstante com tanta brandura, tanta sabedoria e amor que eles reconheçam ainda terdes em vista seu máximo bem. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 335. CI 164.3

Há modalidades de recreação grandemente benéficas tanto para a mente como para o corpo. A mente esclarecida e perspicaz encontrará abundantes meios de entretenimentos e diversão nas fontes não só inocentes, mas instrutivas. A recreação ao ar livre e a contemplação das obras de Deus na natureza serão do mais elevado benefício. — Testimonies for the Church 4:653. CI 164.4

Nenhuma recreação apenas proveitosa a si mesmos se revelará uma bênção tão grande às crianças e jovens, como a que os faz úteis aos outros. Entusiastas e impressionáveis por natureza, são prontos a corresponder à sugestão. — Educação, 212. CI 164.5

Deus proveu para cada qual prazeres que podem ser desfrutados por pobres e ricos igualmente: o prazer que se encontra em cultivar a pureza de pensamentos e a ação abnegada, o prazer que provém de falar palavras de simpatia e praticar atos de bondade. Dos que executam esse serviço, irradia a luz de Cristo para iluminar vidas obscurecidas por muitas mágoas. — Testimonies for the Church 9:57. CI 164.6

Há quantidades de coisas necessárias e úteis para se fazer em nosso mundo que tornariam o exercício de entretenimento quase inteiramente desnecessário. Cérebro, ossos e músculos adquirirão solidez e força quando usados com propósito, em fazer o bem, em pensar com aplicação e imaginar planos que os levarão ao desenvolvimento das faculdades do intelecto e da força dos órgãos físicos, os quais levarão ao uso prático dos talentos dados por Deus com que poderão glorificá-Lo. — O Lar Adventista, 509. CI 164.7

Não condeno o simples exercício de brincar com uma bola; mas isto, mesmo em sua simplicidade, pode ser levado ao excesso. CI 165.1

Preocupam-me muito sempre os resultados quase inevitáveis que vêm na esteira dessa recreação. Eles levam a um gasto de meios que deviam ser aplicados em levar a luz da verdade às almas que estão perecendo sem Cristo. Divertimentos e gasto de meios para satisfação própria, que levam passo a passo à glorificação do eu, bem como o treinamento nesses jogos para obtenção de prazer produzem amor e paixão pelas coisas que não favorecem o aperfeiçoamento do caráter cristão. — O Lar Adventista, 499. CI 165.2

Amizades e hábitos corretos — Os jovens que são colocados noutro convívio, podem fazer dele uma bênção ou maldição. Podem edificar, abençoar e fortalecer uns aos outros, melhorando em conduta, disposição e conhecimento; ou ao permitir se tornarem descuidosos e infiéis, poderão apenas exercer influência desmoralizadora. CI 165.3

Jesus será o ajudador de todos que depositam a sua confiança nEle. Aqueles que estão ligados a Cristo têm felicidade à sua disposição. Seguem o caminho onde o seu Salvador conduz, por Sua causa crucificam o eu, com as afeições e concupiscências. Essas pessoas edificaram suas esperanças em Cristo, e as tempestades da Terra são impotentes para arrebatá-las do fundamento seguro. CI 165.4

Depende de vocês, jovens moços e moças, se tornarem pessoas de confiança, integridade e verdadeira utilidade. Devem estar prontos e resolutos para assumirem posição pelo que é correto, sob todas as circunstâncias. Não podemos levar nossos hábitos errados conosco para o Céu, e a menos que os vençamos aqui, ele nos fecharão a habitação dos justos. Os hábitos maus, quando encontram oposição, oferecem a mais vigorosa resistência; mas se a luta é mantida com energia e perseverança, eles podem ser vencidos. CI 165.5

A fim de formar hábitos corretos, devemos buscar a companhia de pessoas de moral íntegra e influência religiosa. — Testimonies for the Church 4:655. CI 165.6

Fosse a juventude persuadida a associar-se com os puros, os sensatos e amáveis, muito salutar seria o efeito. Caso se escolham companheiros que temam ao Senhor, a influência induzirá à verdade, ao dever, à santidade. Uma vida verdadeiramente cristã é uma força para o bem. Por outro lado, porém, os que se associam com homens e mulheres de moral duvidosa, ou de maus costumes e princípios, dentro em breve estarão andando nos mesmos caminhos. As tendências do coração natural são descendentes. Os que convivem com os céticos tornar-se-ão em breve céticos também; os que preferem a companhia dos vis, com certeza tornar-se-ão vis por sua vez. Andar no “conselho dos ímpios” é o primeiro passo para deter-se “no caminho dos pecadores” e sentar-se “na roda dos escarnecedores”. Salmos 1:1. CI 165.7

Ora, todos os que quiserem formar um caráter reto, escolham companheiros de uma séria e refletida disposição de espírito, e que tenham inclinação religiosa. Os que fizeram as contas, e desejam construir para a eternidade, devem pôr bom material nessa construção. Se aceitam vigas apodrecidas, se se contentam com as deficiências do caráter, o edifício está condenado à ruína. Cuidem todos na maneira por que edificam. A tempestade da tentação se abaterá sobre a casa, e a menos que ela esteja firme e fielmente construída, não resistirá à prova. CI 166.1

O bom nome é mais precioso do que o ouro. Há da parte dos jovens a tendência de se associarem com outros de espírito e moral inferiores. Que satisfação real pode uma pessoa jovem esperar da voluntária ligação com outras de baixa norma nas idéias, nos sentimentos e na conduta? Alguns têm gostos corrompidos e hábitos depravados, e todos quantos buscam tais companheiros seguir-lhes-ão o exemplo. — Testimonies for the Church 4:587, 588. CI 166.2

Talvez não vejais nenhum perigo real em dar o primeiro passo na frivolidade e na busca do prazer, e penseis que quando vos aprouver mudar de atitude, sereis capazes de proceder corretamente com tanta facilidade como antes de vos entregardes ao mal. Engano. Pela escolha de maus companheiros, muitos têm sido passo a passo desviados do caminho da virtude aos abismos da desobediência e do desregramento em que, outrora, haveriam julgado impossível imergir. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 224. CI 166.3

Não penseis que Deus deseja que nos abstenhamos de tudo que é para nossa felicidade aqui. Tudo que Ele requer de nós é que deixemos aquilo que não é para nosso bem. — O Lar Adventista, 502. CI 166.4

Repouso absoluto e divertimento — Os rapazes devem lembrar-se de que são responsáveis por todos os privilégios que têm fruído, pelo aproveitamento do tempo, e pelo devido emprego de suas aptidões. Talvez indaguem: “Não teremos nenhum divertimento ou recreação? Havemos de trabalhar, trabalhar, trabalhar sem variação?” — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 337. CI 166.5

Uma mudança no trabalho físico que severamente esteja sobrecarregando as forças pode ser muito necessária por algum tempo, a fim de que possam de novo empenhar-se no trabalho, aplicando o vigor com maior sucesso. Mas repouso total pode não ser necessário, nem mesmo ser seguido dos melhores resultados no que respeita à força física. Eles não necessitam, mesmo quando esgotados com uma determinada espécie de trabalho, desperdiçar seus preciosos momentos. Devem procurar fazer então alguma coisa não tão cansativa, mas que seja uma bênção a sua mãe e irmãs. Aliviando-lhes os cuidados por tomar sobre si os mais duros encargos que elas têm de levar, podem eles encontrar aquele divertimento que brota do princípio e que lhes proporcionará a verdadeira felicidade. Seu tempo não será despendido em futilidades ou em condescendência egoísta. Seu tempo pode ser sempre empregado com proveito, e eles podem ser refrigerados com a variação, e não obstante estar remindo o tempo, de maneira que cada momento produza bom resultado a alguém. — Testimonies for the Church 3:223. CI 166.6

Muitos afirmam que é necessário para a preservação da saúde física dedicar-se a entretenimento egoísta. É certo que se requer mudança para o melhor desenvolvimento do corpo, pois corpo e mente são refrigerados e revigorados pela variação; mas este objetivo não é alcançado pela participação de entretenimentos tolos, com negligência dos deveres diários que se requer os jovens realizem. — O Lar Adventista, 508. CI 167.1

Entre os mais perigosos lugares de diversões, acha-se o teatro. Em vez de ser uma escola de moralidade e virtude, como muitas vezes se pretende, é um verdadeiro foco de imoralidade. Hábitos viciosos e propensões pecaminosas são fortalecidos e confirmados por esses entretenimentos. Canções baixas, gestos, expressões e atitudes licenciosos depravam a imaginação e rebaixam a moralidade. Todo jovem que costuma assistir a essas exibições se corromperá em seus princípios. Não há em nosso país influência mais poderosa para envenenar a imaginação, destruir as impressões religiosas e tirar o gosto pelos prazeres tranqüilos e as realidades sóbrias da vida, do que as diversões teatrais. O amor a essas cenas aumenta a cada condescendência, assim como o desejo das bebidas alcoólicas se fortalece com seu uso. O único caminho seguro é abster-nos de ir ao teatro, ao circo e a qualquer outro lugar de diversão duvidosa. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 334, 335. CI 167.2

A dança de Davi em júbilo reverente, perante Deus, tem sido citada pelos amantes dos prazeres para justificarem as danças modernas da moda; mas não há base para tal argumento. Em nosso tempo a dança está associada com a extravagância e as orgias noturnas. A saúde e a moral são sacrificadas ao prazer. Para os que freqüentam os bailes, Deus não é objeto de meditação e reverência; sentir-se-ia estarem a oração e o cântico de louvor deslocados, na assembléia deles. Esta prova deve ser decisiva. Diversões que tendem a enfraquecer o amor pelas coisas sagradas e diminuir nossa alegria no serviço de Deus, não devem ser procuradas por cristãos. A música e dança, em jubiloso louvor a Deus, por ocasião da mudança da arca, não tinham a mais pálida semelhança com a dissipação da dança moderna. A primeira tendia à lembrança de Deus, e exaltava Seu santo nome. A última é um ardil de Satanás para fazer os homens se esquecerem de Deus e O desonrarem. — Patriarcas e Profetas, 707. CI 167.3

Os jovens geralmente se conduzem como se as preciosas horas da graça, enquanto a miséria se estende, fossem um grande feriado e eles tivessem sido postos no mundo meramente para entretenimento próprio, para fruir uma contínua sucessão de incitamento. Satanás tem feito esforços especiais para induzi-los a buscar a felicidade em diversões mundanas, e justificar-se procurando mostrar que esses divertimentos são inofensivos, inocentes, e mesmo importantes para a conservação da saúde. — Testimonies for the Church 1:501. CI 167.4

Muitos estão avidamente participando de prazeres mundanos, desmoralizantes, os quais a Palavra de Deus proíbe. Cortam assim sua ligação com Deus e se enfileiram entre os amantes dos prazeres do mundo. Os pecados que destruíram os antediluvianos e as cidades da planície prevalecem hoje — não meramente em terras pagãs, não apenas entre os populares professos do cristianismo, mas mesmo entre os que afirmam estar aguardando a vinda do Filho do homem. Se Deus lhe apresentasse esses pecados como aparecem a Sua vista, você se encheria de vergonha e terror. — Testimonies for the Church 5:218. CI 168.1

O desejo de agitação e aprazível entretenimento é uma tentação e uma cilada ao povo de Deus, e especialmente aos jovens. Satanás está continuamente arranjando engodos com que desviar a mente da solene obra de preparação para as cenas que se acham num próximo futuro. Por intermédio dos mundanos, entretém uma constante estimulação a fim de induzir os imprudentes a se unirem aos prazeres do mundo. Existem shows, conferências e uma ilimitada variedade de distrações destinadas a levar ao amor do mundo; e mediante esta união com ele a fé é enfraquecida. [...] CI 168.2

Deus não reconhece os caçadores de prazer como Seus seguidores. Unicamente os abnegados, os que vivem uma vida de sobriedade, humildade e santidade, são verdadeiros seguidores de Jesus. E esses não podem encontrar alegria nas frívolas e vazias conversações dos amantes do mundo. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 325, 328. CI 168.3

Se verdadeiramente pertenceis a Cristo, tereis oportunidades de testificar em Seu favor. Sereis convidados a ir a lugares de diversões, e esta será uma oportunidade que tereis de testificar de vosso Senhor. Se fordes leais a Cristo então, não procurareis encontrar desculpas para não aceitar o convite, mas clara e modestamente declarareis que sois filhos de Deus, e vossos princípios não vos permitiriam estar num lugar, mesmo ocasional, onde não podeis convidar a presença de vosso Senhor. — O Lar Adventista, 519. CI 168.4

Entre as associações dos seguidores de Cristo para recreação cristã e as reuniões para divertimento e prazeres mundanos se notará marcado contraste. Em vez de oração e menção de Cristo e de coisas sagradas, se ouvirão dos lábios dos mundanos risadas tolas e conversação frívola. Sua intenção é propiciar divertimento geral. Sua diversão começa com estultícia e termina em futilidade. — O Lar Adventista, 512. CI 168.5

Capítulo 29—La recreación

Los cristianos disponen de muchas fuentes de felicidad, y pueden decir con exactitud infalible qué placeres son lícitos y correctos. Pueden disfrutar de recreaciones que no disiparán el intelecto ni degradarán el alma. Tampoco desilusionarán ni dejarán una triste influencia ulterior que destruya el respeto propio o impida ser útil. Si pueden llevar a Jesús consigo y conservar un espíritu de oración, están perfectamente seguros. CPI 285.1

No será peligrosa cualquier diversión a la cual podáis dedicaros y pedir con fe la bendición de Dios. Pero cualquier diversión que os descalifique para la oración secreta, para la devoción ante el altar de oración, o para tomar parte en la reunión de oración, no sólo no es segura, sino peligrosa. CPI 285.2

Pertenecemos a la clase de los que creen que es su privilegio glorificar a Dios en la tierra cada día de su vida. Creemos que no vivimos en este mundo tan sólo para divertirnos y agradarnos a nosotros mismos. Estamos aquí para beneficiar a la humanidad y a la sociedad; pero si permitimos que nuestra mente vaya por el cauce bajo que sigue la de muchos que buscan solamente la vanidad y la insensatez, ¿cómo podremos beneficiar a nuestra especie y a nuestra generación? ¿Cómo podemos ser una bendición para la sociedad que nos rodea? No podemos participar inocentemente en cualquier diversión que nos incapacitaría para el desempeño más fiel de nuestros deberes comunes. CPI 285.3

Existen muchas cosas que son correctas en sí, pero que, pervertidas por Satanás, resultan en una trampa para los incautos. CPI 286.1

Hay una gran necesidad de temperancia en las diversiones, como en cualquier otra actividad. Su carácter debe ser considerado cuidadosa y cabalmente. Todo joven debe preguntarse: ¿Qué influencia tendrán estas diversiones sobre mi salud física, mental y moral? ¿Quedará mi alma tan infatuada que me olvide de Dios? ¿Dejaré de tener presente su gloria?1 CPI 286.2

Es privilegio y deber de los cristianos procurar refrigerar su espíritu y vigorizar su cuerpo mediante recreaciones inocentes, con el propósito de utilizar sus facultades físicas y mentales para la gloria de Dios. Nuestras recreaciones no deben consistir en escenas de alegría sin sentido ni rebajarse a la insensatez. Podemos dirigirlas de tal manera que beneficien y eleven a aquellos con quienes nos asociamos, y nos dejen a ellos y a nosotros mismos mejor preparados para cumplir con éxito los deberes que nos incumben como cristianos.2 CPI 286.3

El tiempo pasado en ejercicio físico no es perdido. Un ejercicio proporcionado de todos los órganos y facultades del cuerpo es esencial para el mejor trabajo de cada uno. Cuando el cerebro está constantemente recargado, en tanto que los demás órganos de la maquinaria viviente se hallan inactivos, hay una pérdida de fuerza física y mental. El sistema físico es despojado de su saludable tono, la mente pierde su frescura y vigor, y una excitabilidad morbosa es la consecuencia. CPI 286.4

Los que se dedican al estudio deben tener solaz. La mente no debe dedicarse constantemente a la reflexión detenida, porque se gastaría la delicada maquinaria mental. Tanto el cuerpo como la mente deben tener ejercicio.3 CPI 287.1

Recreación en la que pueden participar por igual los ricos y los pobres

No se puede hacer que los jóvenes sean tan calmosos y graves como los ancianos, el hijo tan serio como el padre. Aunque se condenan las diversiones pecaminosas, como en verdad debe hacerse, que los padres, maestros y tutores de los jóvenes provean en su lugar placeres inocentes, que no mancillen ni corrompan la moral. No sujetéis a los jóvenes bajo reglas y restricciones rígidas, que los induzcan a sentirse oprimidos, y a precipitarse en sendas de locura y destrucción. Con mano firme, bondadosa y considerada, sujetad las riendas del gobierno, guiando y vigilando sus mentes y propósitos, aunque de manera tan suave, sabia y amorosa, que ellos puedan darse cuenta de que tenéis presentes sus mejores intereses.4 CPI 287.2

Existen modos de recreación que son muy benéficos para la mente y el cuerpo. Un intelecto ilustrado y discernidor hallará abundantes medios de entretenimiento y diversión en fuentes que no sólo sean inocentes, sino también instructivas. La recreación al aire libre, la contemplación de las obras de Dios en la naturaleza, serán del más alto beneficio.5 CPI 287.3

Ninguna recreación que sea útil únicamente para ellos dará por resultado una bendición tan grande para los niños y jóvenes como la que los induzca a ser útiles a los demás.6 CPI 288.1

Dios ofrece a cada uno un gozo del que el rico como el pobre pueden participar por igual: el deleite que se siente al cultivar la pureza de pensamiento y el desinterés en la acción; el placer que se experimenta al pronunciar palabras de simpatía y realizar acciones amables. La luz de Cristo, que emana de aquellos que se consagran a un servicio tal, puede alegrar las vidas obscurecidas por muchos sufrimientos.7 CPI 288.2

En nuestro mundo hay bastantes cosas necesarias y útiles que hacer para que el ejercicio hecho por placer y diversión resulte casi completamente innecesario. El cerebro, los huesos y los músculos adquirirán fuerza y solidez al usarlos con un propósito, al dedicarlos a la reflexión útil y concentrada y a idear planes que desarrollen las facultades del intelecto y la fuerza de los órganos físicos. Así se dará uso práctico a los talentos otorgados por Dios, con los cuales se le puede glorificar.8 CPI 288.3

No condeno el ejercicio sencillo del juego de pelota; pero aun esto, con toda su sencillez, puede ser llevado a la exageración. CPI 288.4

Siempre temo el casi seguro resultado que sigue a estas diversiones. Provoca un desembolso de recursos que debieran dedicarse a comunicar la luz de la verdad a almas que están pereciendo lejos de Cristo. Las diversiones y el despilfarro de recursos para agradarse a sí mismo, que conducen paso a paso a la glorificación propia, y el adiestramiento en estos juegos por placer desarrollan una pasión por tales cosas, que no favorece el perfeccionamiento del carácter cristiano.9 CPI 288.5

Asociación y hábitos correctos

Los jóvenes que se asocian con otros jóvenes pueden hacer que su asociación sea una bendición o una maldición. Pueden edificarse, bendecirse y fortalecerse mutuamente, mejorando en comportamiento, en disposición, y en conocimiento; o pueden llegar a ser descuidados y desleales, ejerciendo sólo una influencia desmoralizadora. CPI 289.1

Jesús será el ayudador de todos los que depositan su confianza en él. Los que están conectados con Cristo tienen la felicidad a su disposición. Siguen en la senda donde los dirige el Salvador, crucificando por amor de Cristo el yo con sus inclinaciones y concupiscencias. Esas personas han edificado su esperanza sobre Cristo, y las tormentas de la tierra son impotentes para barrerlos de su fundamento seguro. CPI 289.2

Queda con vosotros, jóvenes y señoritas, el llegar a ser personas de confianza, de integridad y de real utilidad. Debéis estar dispuestos y resueltos a decidiros por lo correcto bajo cualquier circunstancia. No podemos llevar con nosotros al cielo nuestros malos hábitos, y a menos que los venzamos aquí, nos impedirán entrar en la morada de los justos. Cuando nos oponemos a los malos hábitos, ofrecerán la resistencia más vigorosa; pero si mantenemos la lucha con energía y perseverancia, pueden ser conquistados. CPI 289.3

Para formar hábitos correctos, debemos buscar la compañía de las personas que poseen una sólida influencia moral y religiosa.10 CPI 289.4

Si se pudiese persuadir a los jóvenes a asociarse con los puros, reflexivos y amables, el efecto sería muy saludable. Si eligen compañeros que temen al Señor, su influencia los conducirá a la verdad, al deber y a la santidad. Una vida verdaderamente cristiana es un poder para el bien. Pero, por otro lado, los que se asocian con hombres y mujeres de moral dudosa, de costumbres y principios malos, no tardarán en andar en la misma senda. El impulso de las tendencias del corazón natural es hacia abajo. El que se asocia con los escépticos no tardará en llegar a ser escéptico; el que elija la compañía de los viles, llegará seguramente a ser vil. El andar en el consejo de los impíos es el primer paso en la senda que conduce al camino de los pecadores y a sentarse con los escarnecedores. CPI 290.1

Aquellos que quieran adquirir un carácter íntegro deben elegir como asociados a quienes sean de inclinación seria, reflexiva y religiosa. Los que han contado el costo, y desean edificar para la eternidad, deben poner buen material en su edificación. Si aceptan maderas podridas, si se conforman con deficiencias de carácter, el edificio quedará condenado a la ruina. Presten todos atención a cómo edifican. La tempestad de la tentación lanzará sus embates contra el edificio, y a menos que éste se halle firme y fielmente construído, no resistirá la prueba. CPI 290.2

Un buen nombre es más precioso que el oro. Existe en los jóvenes la inclinación a asociarse con los que son de mentalidad y moral inferior. ¿Qué felicidad verdadera puede esperar una persona joven de una relación voluntaria con personas que tienen una norma baja de pensamientos, sentimientos y conducta? Hay personas de gustos envilecidos y costumbres depravadas, y todos los que elijan tales compañeros seguirán su ejemplo.11 CPI 290.3

Tal vez no veáis peligro real en dar el primer paso hacia la frivolidad y la búsqueda de placeres, y penséis que cuando deseéis cambiar vuestra conducta podréis hacer el bien tan fácilmente como antes de entregaros a hacer el mal. Pero esto es un error. Por la elección de malos compañeros, muchos han sido desviados paso a paso de la senda de la virtud a profundidades de desobediencia y disipación a las cuales consideraban una vez que les era imposible descender.12 CPI 291.1

No pensemos que Dios desea que renunciemos a cosa alguna que debamos conservar para ser felices aquí. Todo lo que él requiere que dejemos es aquello que al ser retenido no contribuirá a nuestro bien ni a nuestra felicidad.13 CPI 291.2

Descanso completo y diversiones personales

Los jóvenes deben recordar que son responsables de todos los privilegios de que han disfrutado, del aprovechamiento de su tiempo y del debido uso de sus capacidades. Pueden preguntar: “¿No tendremos diversión o recreación?” “¿Trabajaremos y trabajaremos y trabajaremos, sin ninguna variación?”14 CPI 291.3

Quizá convenga por un tiempo un cambio en la labor física que ha pesado severamente sobre sus fuerzas, a fin de que reanuden el trabajo haciendo esfuerzos que tengan más éxito. Pero es posible que no sea necesario un reposo absoluto, o que éste no vaya acompañado de los mejores resultados en lo que a su fuerza física concierne. CPI 291.4

No necesitan desperdiciar sus preciosos momentos aun cuando estén cansados de una clase de trabajo. Pueden buscar entonces algo que no sea tan agotador, pero que sea una bendición para su madre y sus hermanas. Al aligerar los cuidados de ellas tomando a su cargo los trabajos más rudos, pueden hallar esa distracción que brota de los principios y que les producirá verdadera felicidad, y no pasarán el tiempo en bagatelas o en placeres egoístas.15 CPI 292.1

Su tiempo puede ser empleado aún con provecho, y estarán reponiendo las fuerzas constantemente con la variación, y todavía estar redimiendo el tiempo de manera que puedan dar un buen informe de cada momento a alguna persona.16 CPI 292.2

Muchos aseveran que para conservar la salud física es necesario entregarse a diversiones egoístas. Es verdad que los cambios son necesarios para el mejor desarrollo del cuerpo, porque la variación refrigera y vigoriza la mente y el cuerpo; pero ella no se obtiene participando en diversiones insensatas ni descuidando los deberes diarios cuyo cumplimiento debe requerirse de los jóvenes.17 CPI 292.3

Entre los más peligrosos lugares de placer se cuenta el teatro. En vez de ser una escuela de moralidad y virtud, como se pretende a menudo, es el semillero de la inmoralidad. Estas diversiones fortalecen y confirman los hábitos viciosos y las propensiones pecaminosas. Los cantos viles, los ademanes y las expresiones y actitudes lascivas depravan la imaginación y degradan la moral. Todo joven que asista habitualmente a estos espectáculos, se corromperá en sus principios. No hay en nuestra tierra influencia más poderosa para envenenar la imaginación, destruir las impresiones religiosas, y embotar el gusto por los placeres tranquilos y las sobrias realidades de la vida, que las diversiones teatrales. El amor por estas escenas aumenta con cada asistencia, como el deseo de bebidas embriagantes se fortalece con su consumo. La única conducta segura consiste en huir del teatro, del circo y de otros lugares dudosos de diversión.18 CPI 292.4

El hecho de que, en su alegría reverente, David bailó delante de Dios ha sido citado por los amantes de los placeres para justificar los bailes modernos; pero este argumento no tiene fundamento. En nuestros días, el baile va asociado con insensateces y festines de medianoche. La salud y la moral se sacrifican en aras del placer. Los que frecuentan los salones de baile no hacen de Dios el objeto de su contemplación y reverencia. La oración o los cantos de alabanza serían considerados intempestivos en esas asambleas y reuniones. Esta prueba debiera ser decisiva. Los cristianos verdaderos no han de procurar las diversiones que tienden a debilitar el amor a las cosas sagradas y a aminorar nuestro gozo en el servicio de Dios. La música y la danza de alegre alabanza a Dios mientras se transportaba el arca no se asemejaban en nada a la disipación de los bailes modernos. Las primeras tenían por objeto recordar a Dios y ensalzar su santo nombre. Los segundos son un medio que Satanás usa para hacer que los hombres se olviden de Dios y lo deshonren.19 CPI 293.1

Los jóvenes se conducen generalmente como si las preciosas horas del tiempo de gracia, mientras perdura aún la misericordia, fuesen una gran fiesta y como si ellos estuviesen en este mundo simplemente para divertirse y ser halagados con un ciclo continuo de excitaciones. Satanás ha estado haciendo esfuerzos especiales para inducirlos a encontrar felicidad en las diversiones mundanales y a justificarse mediante esfuerzos por demostrar que esas diversiones son inofensivas, inocentes, y hasta importantes para la salud.20 CPI 293.2

Muchos están participando ávidamente en diversiones mundanales desmoralizadoras que la Palabra de Dios prohíbe. Cortan así su relación con Dios y se colocan en las filas de quienes aman los placeres del mundo. Los pecados que destruyeron a los antediluvianos y las ciudades de la llanura existen hoy, no sólo en tierras paganas ni únicamente entre los que profesan un cristianismo popular, sino también entre algunos de los que profesan esperar la venida del Hijo del hombre. Si Dios os presentase estos pecados como los ve, os llenaríais de vergüenza y terror.21 CPI 294.1

El deseo de excitación y agradable entretenimiento es una tentación y una trampa para el pueblo de Dios y especialmente para los jóvenes. Satanás está preparando constantemente seducciones que distraigan las mentes de la obra solemne de preparación para las escenas que están a punto de sobrevenir. Por medio de los agentes humanos, mantiene una excitación continua para inducir a los incautos a participar en los placeres mundanales. Hay espectáculos, conferencias y una variedad infinita de entretenimientos calculados para inducirlos a amar al mundo; y esta unión con el mundo debilita la fe. CPI 294.2

Dios no reconoce como seguidor suyo al que busca el placer. Únicamente los abnegados, los que viven con sobriedad, humildad y santidad, son verdaderos seguidores de Jesús. Y los tales no pueden disfrutar de la conversación frívola y vacía del que ama al mundo.22 CPI 294.3

Si usted pertenece realmente a Cristo, tendrá oportunidades de testificar por él. Será invitado a lugares de diversión, y tendrá ocasión de testificar por su Señor. Si es entonces fiel a Cristo, no tratará de formular excusas por no asistir, sino que con sencillez y modestia declarará que es hijo de Dios y que sus principios no le permiten estar siquiera una vez en el lugar al cual no podría invitar la presencia de su Señor.23 CPI 295.1

Un gran contraste se notará entre el trato social de los seguidores de Cristo en sus recreaciones cristianas y las reuniones de los mundanos para obtener placer y diversión. En vez de que se oigan oraciones y la mención de Cristo y de las cosas sagradas, se desprenden de los labios de los mundanos risas tontas y conversaciones triviales. Lo que procuran es una hilaridad ruidosa. Sus diversiones comienzan en la insensatez y acaban en la vanidad.24 CPI 295.2