Mente, Caráter e Personalidade 1

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(a) o positivo (Palavras de privilégio e conselho)

Jesus e o relacionamento familiar

Jesus não impunha o celibato a qualquer classe de homens. Ele veio não para destruir a sagrada relação matrimonial, mas para exaltá-la e restaurá-la a sua santidade original. Ele olha com prazer para a relação de família onde o amor sagrado e altruísta domina o equilíbrio. — Manuscrito 126, 1903; O Lar Adventista, 121. MCP1 220.4

[Cristo] ordenou que homens e mulheres se unissem em santo matrimônio, para constituir famílias cujos membros, coroados de honra, fossem reconhecidos como membros da família celestial. — A Ciência do Bom Viver, 356 (1905). MCP1 220.5

O matrimônio cumpre o propósito de Deus

Todos os que contraem matrimônio com santo propósito — o marido para conquistar as puras afeições do coração da esposa; a esposa para abrandar e aperfeiçoar o caráter do esposo e ser-lhe complemento — preenchem o propósito que Deus tem para eles. — Manuscrito 16, 1899; O Lar Adventista, 99. MCP1 220.6

O privilégio da relação matrimonial

Eles [os cristãos que casaram] devem devidamente considerar o resultado de cada um dos privilégios da relação matrimonial, e o santificado princípio deve ser a base de cada uma das ações. — Testimonies for the Church 2:380 (1870). MCP1 221.1

[Ela escreveu das] “fortificações que conservam sagrados a intimidade [privacy] e privilégios da relação familiar”. — Testimonies for the Church 2:90 (1868). MCP1 221.2

Ocasião em que as afeições podem ser liberadas

As afeições juvenis devem ser refreadas, até chegar o período em que a idade suficiente e a experiência tornarão honrosa e segura a sua manifestação. — An Appeal to Mothers Relative to the Great Cause of the Physical, Mental and Moral Ruin of Many of the Children of Our Time, 8 (1864); Mensagens aos Jovens, 452. MCP1 221.3

Perigo de levar a excesso o que é lícito

Não há em si mesmo nenhum pecado em comer e beber, ou em casar e dar-se em casamento. Era lícito casar nos tempos de Noé, e ainda o é igualmente hoje, se isso que é lícito for tratado apropriadamente e não levado a pecaminoso excesso. ... MCP1 221.4

Nos dias de Noé era o desordenado, excessivo amor daquilo que, em si, era legítimo, se usado apropriadamente, que tornou o matrimônio pecaminoso diante de Deus. Nesta idade do mundo há muitos a perderem a alma, tornando-se absorvidos pelo pensamento de casar-se, e pela relação matrimonial em si. ... MCP1 221.5

Deus pôs homens no mundo, e é seu privilégio comer, beber, negociar, casar e dar-se em casamento; mas só é seguro fazer essas coisas no temor de Deus. Devemos viver neste mundo em função do mundo eterno. — The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888. MCP1 221.6

O matrimônio não é licença para dar rédea solta a paixões concupiscentes

Bem poucos sentem ser um dever religioso governar as próprias paixões. Uniram-se em casamento ao objeto de sua escolha e portanto arrazoam que o casamento santifique a condescendência com as paixões baixas. Mesmo homens e mulheres que professam piedade dão rédea solta a suas paixões concupiscentes e não se dão conta de que Deus os tem como responsáveis pelo dispêndio de energia vital, o que lhes enfraquece o poder vital e enerva o organismo todo. MCP1 221.7

A aliança matrimonial cobre pecados das mais negras cores. Homens e mulheres que professam piedade, envilecem seu próprio corpo mediante a condescendência com as corruptas paixões, e assim se rebaixam mais que as criaturas irracionais. Abusam das faculdades que Deus lhes concedeu, para serem preservadas em santificação e honra. Saúde e vida são sacrificadas no altar da vil paixão. As mais elevadas e nobres faculdades são postas em sujeição às propensões animalescas. Os que assim pecam, não se apercebem do resultado de seu procedimento. — Testimonies for the Church 2:472 (1870); Testemunhos Selectos 1:267, 268. MCP1 222.1

O delicado equilíbrio entre amor e paixão concupiscente

Não é amor puro o que atua num homem para fazer da esposa um instrumento a serviço de seu apetite sensual. São as paixões animalescas que bradam por satisfação. MCP1 222.2

Quão poucos homens mostram seu amor na maneira especificada pelo apóstolo: “Como também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela, para que a [não poluísse, mas] santificasse, tendo-a purificado... para a apresentar a Si mesmo igreja gloriosa, sem mácula.” Efésios 5:25-27. Esta é, na relação matrimonial, a qualidade de amor que Deus reconhece como santa. MCP1 222.3

É o amor um princípio puro e santo, mas a paixão concupiscente não admite restrições nem que lhe ditem regras ou o controle da razão. É cega às conseqüências, e não raciocina da causa para o efeito. MCP1 222.4

Muitas mulheres sofrem grande debilidade e doenças crônicas porque as leis de seu ser foram desprezadas; pisadas a pés foram a leis da natureza. A energia nervosa do cérebro é esbanjada por homens e mulheres, sendo chamado à ação contrária à natureza, para satisfazer paixões vis; e este hediondo monstro — a paixão baixa e vil — assume o delicado nome de amor. — Testimonies for the Church 2:473, 474 (1870); Testemunhos Selectos 1:268, 269. MCP1 222.5

O amor em contraste com a paixão do coração humano natural

O amor... não é desarrazoado; não é cego. É puro e santo. Mas a paixão do coração natural é coisa totalmente diversa. Ao passo que o amor puro introduz a Deus em todos os seus planos, e está em perfeita harmonia com o Espírito de Deus, a paixão é obstinada, precipitada, desarrazoada, desafiadora de toda restrição, e torna o objeto de sua escolha um ídolo. Em toda a conduta de uma pessoa possuída de amor verdadeiro, manifestar-se-á a graça de Deus. — The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888; O Lar Adventista, 50. MCP1 223.1

Os ditames da razão devem controlar

Os que consideram a relação matrimonial como uma das sagradas ordenanças de Deus, guardada por Seu santo preceito, serão controlados pelos ditames da razão. — Healthful Living 2:48 (1865); Mensagens Escolhidas 2:440. MCP1 223.2

Manter as confidências dentro do sagrado círculo familiar

Em torno de cada família existe um círculo sagrado que deve ser mantido inviolável. Nenhuma outra pessoa tem o direito de entrar nesse círculo. Nem o marido nem a esposa permitam que outro partilhe das confidências que somente a eles pertencem. — A Ciência do Bom Viver, 361 (1905). MCP1 223.3