Beneficência Social
Capítulo 42 — A recompensa presente e eterna
O serviço traz recompensa — Embora a grande e final recompensa seja dada por ocasião da volta de Cristo, o serviço lealmente prestado para Deus traz recompensa mesmo nesta vida. — Testimonies for the Church 6:305, 306. BS 311.1
Levados a mais íntima relação com Jesus — Quando socorreis o pobre, simpatizais com o aflito e oprimido e amparais o órfão, entrais em relação mais íntima com Jesus. — Manual Adventista de Assistência Social, 9. BS 311.2
Prometida uma experiência mais rica — A prática dos princípios que Cristo ensinou por preceito e exemplo fará a experiência de cada um que O segue como a experiência de Cristo. — The Review and Herald, 15 de Janeiro de 1895. BS 311.3
Ao abrirdes a porta aos necessitados e sofredores de Cristo, estais acolhendo anjos invisíveis. Convidais a companhia de seres celestiais. Eles trazem uma sagrada atmosfera de alegria e paz. Vêm com louvores nos lábios, e uma nota correspondente se ouve no Céu. Todo ato de misericórdia promove música ali. — O Desejado de Todas as Nações, 639. BS 311.4
Total satisfação — Há uma fervente obra a ser feita por todas as mãos. Deixai que cada pulsação fale em favor do erguimento da humanidade. Há muitos que necessitam de ajuda. O coração daquele que vive não para satisfazer-se a si mesmo mas para ser uma bênção aos que poucas bênçãos possuem, fremirá de satisfação. Que cada pessoa ociosa desperte e enfrente as realidades da vida. Tomai a Palavra de Deus e examinai as suas páginas. Se sois obradores dessa Palavra, vossa vida será sem dúvida uma vívida realidade para vós mesmos, e verificareis que a recompensa é abundante. — Manuscrito 46, 1898. BS 311.5
Complexos problemas serão solvidos — Se buscardes o Senhor e vos converterdes cada dia; se, por vossa própria escolha espiritual, fordes livres e ditosos em Deus; se, com satisfeito consentimento do coração a Seu gracioso convite, vierdes e tomardes o jugo de Cristo — o jugo da obediência e do serviço — todas as vossas murmurações emudecerão, remover-se-ão todas as vossas dificuldades, todos os desconcertantes problemas que ora vos defrontam se resolverão. — O Maior Discurso de Cristo, 150. BS 312.1
Recompensados na moeda do reino — A regra áurea, implicitamente, ensina a mesma verdade doutrinada no Sermão da Montanha, de que “com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo”. Aquilo que fazemos aos outros, seja bem ou seja mal, terá, certamente, sua reação sobre nós, quer em bênção quer em maldição. Tudo quanto dermos, havemos de tornar a receber. As bênçãos terrestres que comunicamos a outros podem ser, e são-no com freqüência, retribuídas em bondade. O que damos, é-nos muitas vezes recompensado, em tempos de necessidade, quadruplicado, na moeda do reino. Além disto, porém, todas as dádivas são retribuídas, mesmo aqui, em uma mais plena absorção de Seu amor, o que é o resumo de toda glória celeste e seu tesouro. — Idem, 194. BS 312.2
Deus recompensará — No Céu um livro é escrito em relação aos que se interessam nas necessidades de seus semelhantes, um livro cujo registro será revelado naquele dia em que o homem será julgado segundo as obras nele escritas. Deus dará a paga a cada ato de injustiça feita aos pobres. Os que demonstram indiferença ou desconsideração pelos desafortunados não devem esperar receber as bênçãos dAquele que declarou: “Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes.” — Carta 140, 1908. BS 312.3
Toda boa obra registrada — Deus não Se esquece das boas obras, dos abnegados atos da igreja no passado. Tudo está registrado no alto. — Testimonies for the Church 5:611. BS 313.1
Cada fiel, abnegado cumprimento do dever, é notado pelos anjos e brilha no registro da vida. — Idem, 2:132. BS 313.2
Anjos são comissionados para ser nossos ajudadores. Eles estão cruzando entre o Céu e a Terra, levando para o alto o registro dos feitos dos filhos dos homens. — The Southern Watchman, 2 de Abril de 1903. BS 313.3
Imperecíveis registros do céu — Cada ato de amor, cada palavra de bondade, cada oração feita em benefício do sofredor e oprimido, é anotado perante o eterno trono e posto no imperecível registro celeste. — Testimonies for the Church 5:133. BS 313.4
Faria bem... lembrar o registro que é mantido no alto — o livro no qual não há omissões, nem erro, e pelo qual serão julgados. Ali cada oportunidade negligenciada para o serviço de Deus é registrada; e ali, igualmente, cada ato de fé e amor é mantido em eterna lembrança. — Profetas e Reis, 639. BS 313.5
Recompensa pela obra de beneficência — Os que hão de receber a mais abundante recompensa serão os que têm misturado com sua atividade e zelo, terna e graciosa piedade para com os pobres, os órfãos, os oprimidos, os aflitos. ... Há em torno de nós aqueles que têm um espírito manso e humilde, o Espírito de Cristo, que fazem muitas pequenas coisas para ajudar aos que os rodeiam, e sem nenhuma preocupação com isto; esses no final ficarão espantados de que Cristo tenha anotado a bondosa palavra dita ao descoroçoado, e tenha levado em conta a insignificante dádiva feita para aliviar os pobres, que custou ao doador alguma abnegação. — The Review and Herald, 3 de Julho de 1894. BS 313.6
Deus toma nota das palavras de bondade — Cada ato de justiça, misericórdia e benevolência produz melodia no Céu. O Pai contempla do Seu trono os que praticam esses atos de misericórdia, conta-os como o Seu mais precioso tesouro. “E eles serão Meus, diz o Senhor dos Exércitos; naquele dia que farei serão para Mim particular tesouro.” Cada ato de misericórdia feito aos necessitados, aos sofredores, é referido como feito a Jesus. — Testimonies for the Church 2:25. BS 314.1
Recompensados por pequenas coisas muitas vezes não notadas — No dia do julgamento os que foram fiéis em sua vida diária, que foram diligentes no discernir sua obra e fazê-la, não pensando em louvor ou proveito, ouvirão as palavras: “Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.” Cristo não os louva por suas eloqüentes orações, pelo poder intelectual que mostraram ou os liberais donativos que fizeram. É por haverem feito pequenas coisas muitas vezes não notadas que são recompensados. — The Youth's Instructor, 17 de Janeiro de 1901. BS 314.2
Quando, perante Deus, o caso de todos for passado em revista, não será feita a pergunta: Que professavam eles? mas: Que fizeram? Foram obradores da Palavra? Viveram para si próprios, ou praticaram obra de beneficência, mediante atos de bondade e amor, preferindo os demais a si próprios, e negando-se a si mesmos a fim de poderem abençoar outros? Se o relatório mostra haver sido essa a sua vida, e que seu caráter foi assinalado pela ternura, abnegação e beneficência, receberão a bendita certeza, e a bênção de Cristo: “Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.” — Testemunhos Selectos 3:404. BS 314.3
Correta motivação essencial — É o motivo que imprime cunho às nossas ações, assinalando-as com ignomínia ou elevado valor moral. Não são as grandes coisas que todos os olhos vêem e toda língua louva, que Deus reputa mais preciosas. Os pequenos deveres cumpridos com contentamento, as pequeninas dádivas que não fazem vista, e podem parecer destituídas de valor aos olhos humanos, ocupam muitas vezes diante de Deus o mais alto lugar. Um coração de fé e amor é mais precioso para Deus que os mais custosos dons. — O Desejado de Todas as Nações, 615. BS 315.1
Seremos julgados por nossos motivos — Essa revisão diária de nossos atos, a ver onde a consciência aprova ou condena, é necessária a todos quantos desejam atingir a perfeição no caráter cristão. Muitos atos que passam por boas obras, mesmo atos de generosidade, quando intimamente examinados, verificar-se-á haverem sido suscitados por motivos errôneos. BS 315.2
Muitos recebem aplausos por virtudes que não possuem. O Perscrutador dos corações pesa os motivos, e muitas vezes ações altamente louvadas por homens são por Ele registradas como partindo de egoísmo e baixa hipocrisia. Cada ato de nossa vida, seja excelente e digno de louvor ou merecedor de censura, é julgado pelo Perscrutador dos corações segundo os motivos que o determinaram. — Obreiros Evangélicos, 275. BS 315.3
Os dois remos — Se formos fiéis no cumprimento da parte que nos toca, cooperando com Ele, Deus operará por nosso intermédio [para executar] o Seu beneplácito. Mas Ele não poderá operar por nosso intermédio, se não fizermos nenhum esforço. Se temos de alcançar a vida eterna, precisamos trabalhar, e trabalhar fervorosamente. ... Não nos permitamos ser enganados pela asserção constantemente repetida: “Tudo o que tendes que fazer é crer.” Fé e obras são dois remos que precisam ser usados com igualdade, se esperamos progredir contra a corrente de incredulidade. “A fé sem as obras é morta em si mesma.” O cristão é um homem de pensamento e de ação. Sua fé fixa suas raízes firmemente em Cristo. Pela fé e boas obras ele mantém sua espiritualidade forte e saudável, e sua força espiritual cresce ao procurar ele praticar as obras de Deus. — The Review and Herald, 11 de Junho de 1901. BS 315.4
Nossas coroas podem ser brilhantes ou apagadas — Embora não tenhamos mérito em nós mesmos, na grande bondade e amor de Deus somos recompensados como se os méritos fossem nossos. Quando temos feito todo o bem que era possível fazer, somos ainda servos inúteis, pois fizemos apenas o que era nosso dever. O que temos realizado tem sido unicamente pela graça de Cristo, e nenhuma recompensa nós é devida da parte de Deus na base de nossos méritos. Mas pelo mérito de nosso Salvador, cada promessa que Deus faz será cumprida, e cada homem será recompensado segundo as obras. BS 316.1
A preciosa recompensa do futuro será proporcional à obra de fé e trabalho de amor na presente vida. “O que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará.” Devemos ser sobremodo gratos que agora, neste tempo de graça, mediante a infinita misericórdia de Deus, seja-nos permitido semear a semente para nossa colheita futura. Devemos considerar cuidadosamente sobre qual será a colheita. Se a coroa de nosso eterno gozo irá ser brilhante ou apagada depende de nosso próprio caminho. Podemos tornar certo nosso chamado e eleição, entrando assim na posse da rica herança, ou podemos defraudar a nós mesmo daquele mais excelente e eterno peso de glória. — Idem, 27 de Junho de 1893. BS 316.2
O encontro com os que foram salvos por nossos esforços — Quando os redimidos estiverem perante Deus, almas preciosas responderão ao serem chamados os seus nomes, e ali estarão em virtude de fiéis e pacientes esforços feitos em seu favor, ferventes convites e persuasões a que se refugiassem na fortaleza. Assim os que neste mundo têm sido cooperadores de Deus, receberão sua recompensa. — Testimonies for the Church 8:196, 197. BS 317.1
Os redimidos encontrarão e reconhecerão os que os dirigiram ao exaltado Salvador. Que bendita palestra terão com essas almas! “Eu era um pecador”, dirão, “sem Deus e sem esperança no mundo, e viestes a mim, e chamastes minha atenção para o precioso Salvador como minha única esperança.”... Outros expressarão sua gratidão aos que alimentaram os famintos e vestiram os nus. “Quando o desespero circundava minha alma em incredulidade, o Senhor vos enviou a mim”, dirão, “para dizer palavras de esperança e conforto. Deste-me alimentos para minhas necessidades físicas, e abristes-me a Palavra de Deus, despertando-me para as minhas necessidades espirituais. Tratastes-me como um irmão. Simpatizastes comigo em minhas tristezas e restaurastes minha amargurada e ferida alma, de maneira que pude segurar a mão de Cristo que estava estendida para salvar-me. Em minha ignorância ensinastes-me pacientemente que eu tinha um Pai no Céu que cuidava de mim.” — Idem, 6:311. BS 317.2
“Vinde, benditos de meu pai” — Quando as nações se reunirem diante dEle, não haverá senão duas classes, e seu destino eterno será determinado pelo que houverem feito ou negligenciado fazer por Ele na pessoa dos pobres e sofredores. Naquele dia Cristo não apresentará aos homens a grande obra que Ele fez em seu benefício, ao dar a própria vida pela redenção deles. Apresenta a fiel obra que fizeram por Ele. BS 318.1
Aos que põe à Sua direita, dirá: “Vinde benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-Me de comer; tive sede, e destes-Me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-Me; estava nu, e vestistes-Me; adoeci, e visitastes-Me; estive na prisão, e fostes ver-Me.” Mas aqueles a quem Cristo louva, não sabem que O tinham servido a Ele. À sua perplexa interrogação, responde: “Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes.” ... BS 318.2
Aqueles que Cristo louva no Juízo, talvez tenham conhecido pouco de teologia, mas nutriram Seus princípios. Mediante a influência do Divino Espírito, foram uma bênção para os que os cercavam. Mesmo entre os gentios existem pessoas que têm cultivado o espírito de bondade; antes de lhes haverem caído aos ouvidos as palavras de vida, acolheram com simpatia os missionários, servindo-os mesmo com perigo da própria vida. Há, entre os gentios, almas que servem a Deus ignorantemente, a quem a luz nunca foi levada por instrumentos humanos; todavia não perecerão. Conquanto ignorantes da lei escrita de Deus, ouviram Sua voz a falar-lhes por meio da Natureza, e fizeram aquilo que a lei requeria. Suas obras testificam que o Espírito Santo lhes tocou o coração, e são reconhecidos como filhos de Deus. BS 318.3
Quão surpreendidos e jubilosos ficarão os humildes dentre as nações, e dentre os pagãos, de ouvir dos lábios do Salvador: “Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes”! Quão alegre ficará o coração do Infinito Amor quando Seus seguidores erguerem para Ele o olhar, em surpresa e gozo ante Suas palavras de aprovação. — O Desejado de Todas as Nações, 637, 638. BS 319.1