Conselhos sobre Mordomia
Capítulo 52 — Evitando dívidas institucionais
Deus não quer que Sua obra esteja continuamente embaraçada com dívidas. Quando parece desejável aumentar os edifícios ou outras facilidades de uma instituição, cuidai para não irdes além dos recursos que tendes. É melhor adiardes os melhoramentos, até que a providência abra o caminho para que estes sejam feitos sem que tenhais de contrair pesadas dívidas e pagar juros. CM 160.1
Nosso povo tem feito das casas publicadoras um lugar de depósito, e tem sido, assim, habilitado a fornecer recursos para sustentar ramos da obra em diferentes campos, e ajudado a levar avante outros empreendimentos. Isso é bom. Não é demais o que se tem feito nesse sentido. O Senhor vê tudo isso. Mas, pela luz que Ele me deu, todo esforço deve ser feito para ficarmos livres de dívidas. CM 160.2
Na casa publicadora — A obra de publicação foi fundada com abnegação, e deve ser realizada sob princípios de estrita economia. A questão financeira poderá ser manobrada se, quando houver carência de meios, consentirem os obreiros na redução de seu salário. É esse o princípio que o Senhor me revelou dever ser levado às nossas instituições. Quando há escassez de meios, devemos estar dispostos a restringir nossas necessidades. CM 160.3
Dê-se o devido valor às publicações, e então estudem todos os que estão em nossas casas publicadoras como economizar de toda maneira possível, mesmo que haja, assim, consideráveis inconvenientes. Cuidai dos pequenos gastos. Estancai todo vazamento. São as pequenas perdas que se fazem sentir pesadamente, afinal. Reuni os fragmentos; nada se perca. Não desperdiceis os minutos em conversas; os minutos perdidos estragam as horas. Perseverante diligência, trabalhar com fé, sempre serão coroados de êxito. Pensam alguns rebaixar-lhe a dignidade cuidar de coisas pequenas. CM 160.4
Pensam ser isso indício de uma mente estreita, de espírito tacanho. Mas os pequenos vazamentos têm afundado muito navio. Coisa alguma que serviria para atender a necessidade de alguém deve-se permitir que se perca. A falta de economia certamente trará dívida às nossas instituições. Embora se receba muito dinheiro, ele se perderá nos pequenos desperdícios de cada ramo da obra. A economia não é avareza. CM 160.5
Todo homem ou mulher empregado na casa publicadora deve ser fiel sentinela, cuidando de que nada se perca. Devem todos precaver-se contra supostas necessidades que exigem dispêndio de meios. Alguns homens vivem melhor com quatrocentos dólares por ano, do que outros com oitocentos. O mesmo se dá com as nossas instituições; algumas pessoas podem dirigir com muito menos capital do que outras. Deus quer que todos os obreiros pratiquem a economia, e especialmente que sejam fiéis contabilistas. — Testimonies for the Church 7:206, 207. CM 161.1
Evitar despesas por meio de cuidadosa administração do sanatório — Precisam os que estão ligados às nossas instituições estudar como evitar despesas, para que as nossas instituições não se envolvam em dívidas. Deve-se mostrar sabedoria no que tange a compras. Deve-se fazer com que o dinheiro vá o mais longe possível. Com uma cuidadosa administração pode-se economizar muito dinheiro. CM 161.2
Não se devem fazer gastos a menos que possam estes ser garantidos pelos meios disponíveis. Há os que estão ligados às nossas instituições e que incorrem em dívidas que poderiam ser evitadas. Talvez se realize desnecessária despesa para embelezar o edifício. Freqüentemente é o dinheiro usado para satisfazer o gosto e a inclinação. CM 161.3
Todo obreiro deve ser um produtor — Esforce-se cada qual agora com ânimo e atividade por economizar em vez de gastar. Dizei aos que desejam consumir sem produzir: é meu dever economizar em todos os sentidos. Não posso incentivar a extravagância. Não posso deixar que os meios me escapem das mãos para comprar o que não é necessário. CM 161.4
Desde o maior até o menor, devem os obreiros de Deus aprender a economizar. Diga cada um a si mesmo: Devo refrear qualquer inclinação que em mim haja para gastar os recursos desnecessariamente. Sejam todos os que trabalham no serviço de Deus tanto produtores como consumidores. Vede a grandeza da obra, e restringi a inclinação anticristã de gastar dinheiro para a satisfação própria. Avaliai o custo daquilo que desejais comprar. CM 161.5
É esta uma excelente oportunidade de cada um ficar com seu quinhão e em seu lugar. Devem todos esforçar-se por produzir alguma coisa. Os que estão na obra de Deus devem sentir-se desejosos de ajudar onde quer que haja necessidade de auxílio. Devem tornar seus gastos os menores que for possível, pois aparecerão necessidades em que se precisará de cada dólar para levar avante a obra do Senhor. CM 161.6
O emprego de auxiliares, para o trabalho interno e o externo, é um assunto que exige cuidadosa consideração. Os dirigentes de nossas instituições precisam ser cuidadosos e prudentes. Não devem empregar grande número de funcionários, a menos que haja positiva necessidade. Nessa questão, freqüentemente se cometem erros. CM 161.7
Os empregados fazem parte da firma — Devem os funcionários de nossas instituições agir como se fossem parte da firma. Não devem pensar que apenas precisam trabalhar durante certo número de horas, cada dia. Em casos de emergência, em que há necessidade de auxílio extra, devem atender voluntária e alegremente. Devem ter profundo interesse pelo êxito da instituição em que trabalham. Assim, outros são incentivados a trabalhar interessada e conscienciosamente. CM 162.1
Cristo disse: “Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.” Devem todos os que desempenham uma parte qualquer em nossas instituições dar ouvidos a essa instrução. Cuide de que não haja desperdício das bênçãos espirituais e temporais que o Senhor provê. Devem os educadores aprender a fazer economia e ensiná-la aos auxiliares. E por preceito e pelo exemplo, devem os pais ensinar aos filhos a ciência de fazer com que uma quantia dure o máximo possível. Muitas famílias são pobres porque gastam o dinheiro logo que o recebem. CM 162.2
Deve quem ocupa a posição de cozinheiro num sanatório ser ensinado a manter o hábito da economia. Precisa reconhecer que nenhum alimento deve ser desperdiçado. CM 162.3
“Não sejais vagarosos no cuidado” — Diz-nos a palavra da inspiração: “Não sejais vagarosos no cuidado: sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor.” Todos os que estão ligados aos nossos sanatórios lancem-se ao trabalho com interesse e fervor. Se os auxiliares ainda não aprenderam a ciência de serem ligeiros, comecem imediatamente a se exercitar nesse sentido, ou consintam em que seu salário seja proporcional à quantidade de trabalho feito. Devem as enfermeiras e funcionários tornar-se cada dia mais eficientes, mais versados em todos os pormenores da sua profissão e mais serviçais. Podem ajudar-se individualmente a atingir uma norma cada vez mais elevada como a mão ajudadora do Senhor. Aqueles que são por natureza vagarosos exercitem-se dia a dia para poderem fazer seu trabalho com maior rapidez, e, ao mesmo tempo com todo cuidado. [...] CM 162.4
Os que recebem salário por seu trabalho devem empregar bem o tempo. Devem ser produtores tanto quanto consumidores. Ao obterem educação nesse sentido, tornar-se-ão cada vez mais habilitados a realizar com perfeição a obra que lhes foi designada. Estarão prontos para executar o trabalho em qualquer lugar. — Carta 87, 1901. CM 162.5
Economia na administração da escola — Devemos praticar a economia em todos os sentidos para conservar-nos flutuando, e não nos submergirmos nas dívidas; mas deve haver um aumento na taxa escolar. Isso me foi apresentado enquanto estava na Europa e desde então tem sido apresentado a vós e a nossas escolas. E o problema, “como se conservarem nossas escolas livres de dívidas?” sempre será um problema até que haja cálculos mais sábios. Cobrai um preço mais elevado pelas vantagens educacionais dos alunos e ponde na administração da cozinha pessoas que saibam poupar e economizar. Consiga-se o melhor talento, mesmo que se tenha de pagar bom e razoável salário. É essencial o total aproveitamento. Atendidas essas precauções, as dívidas não estarão sempre aumentando em vossas escolas. [...] CM 162.6
Os alunos devem cooperar — Alguns dirão: “Teremos menos alunos.” Pode ser; mas os que tiverdes valorizarão o tempo, e verão a necessidade de trabalho diligente para se qualificarem para os cargos que devem preencher. Se o Senhor for sempre colocado diante dos alunos como Aquele a quem devem procurar em busca de conselho, como fez Daniel, dEle receberão conhecimento e sabedoria. Tornar-se-ão todos, então, condutos de luz. Ponde a questão diante dos próprios estudantes. Perguntai quais deles porão em prática a abnegação e se sacrificarão para cancelar as dívidas já contraídas. Para alguns estudantes apenas há necessidade de um espírito voluntário. CM 163.1
Que Deus ajude os administradores de nossas escolas a nunca permitirem que as saídas excedam as entradas, mesmo que a escola tenha de ser fechada. Não tem havido aquele talento de que se necessita na administração financeira de nossas escolas. Essas coisas Deus requererá dos dirigentes. Todo hábito inútil e dispendioso deve ser posto de lado, toda condescendência desnecessária deve ser suprimida. Quando os princípios tão manifestamente indicados pela Palavra de Deus a todas as escolas, forem seguidos tão fervorosamente como deviam ser, não haverá acúmulo de dívidas. — Carta 137, 1898. CM 163.2
Protegendo as finanças da escola — O diretor de uma escola deve cuidar especialmente das finanças da instituição. Deve compreender os princípios básicos de contabilidade. Deve relatar cuidadosamente o emprego de todo o dinheiro que passe pelas suas mãos para o uso da escola. Não devem os fundos da escola ser retirados, mas se deve fazer todo esforço para aumentar a utilidade da escola. Aqueles a quem foi confiada a administração das finanças de nossas instituições educacionais não devem permitir nenhum descuido no dispêndio dos meios. Tudo o que se relacione com as finanças de nossas escolas deve ser perfeitamente correto. Os métodos de Deus devem ser estritamente seguidos, embora isso não esteja em harmonia com os métodos dos homens. [...] CM 163.3
Se fordes tentados a empregar o dinheiro que entra em nossas escolas de maneira que nenhum benefício especial lhes traga, vossa norma de princípios precisa ser cuidadosamente criticada, para que não chegue o tempo em que tenhais de ser criticado e achado em falta. Quem é o vosso guarda-livro? Quem é o vosso tesoureiro? Quem é o vosso gerente financeiro? São cuidadosos e competentes? Vede isto. É possível ser o dinheiro mal-empregado, sem que alguém entenda claramente como isso veio a acontecer; e é possível uma escola estar continuamente perdendo, devido a gastos nada sensatos. Podem as pessoas encarregadas sentir agudamente essa perda e ainda supor que fizeram o melhor que podiam. Mas por que permitem que as dívidas se acumulem? Verifiquem cada mês os responsáveis por uma escola a sua verdadeira situação financeira. — Manuscrito 65, 1906. CM 163.4
Evitar a dívida como quem evita a lepra — Deve-se exercer economia em tudo o que se relacione com a escola. Geralmente os que vêm para a escola saem de lares modestos, onde se acostumaram a comer alimento simples, sem muitas variedades de pratos. Estão acostumados a tomar ao meio-dia alimento simples e abundante. À noite, porém, seria melhor tomar apenas uma refeição simples. Deve-se ter em estrita consideração a economia, senão se incorrerá em pesadas dívidas. Conservai-vos dentro dos limites. Evitai contrair dívidas assim como evitaríeis a lepra. — Carta 60, 1896. CM 164.1