Conselhos sobre Mordomia

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Capítulo 49 — Trazendo descrédito à causa de Deus

A religião que professais, torna tanto vosso dever empregar o tempo durante os seis dias de trabalho, como ir à igreja no sábado. Não sois diligentes no serviço. Deixais passar horas, dias e mesmo semanas sem nada realizar. O melhor sermão que vos seria possível pregar ao mundo, seria mostrar decidida reforma em vossa vida, e prover às necessidades de vossa família. Diz o apóstolo: “Mas se alguém não tem cuidado dos seus, principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.” CM 152.1

Trazeis descrédito sobre a causa estabelecendo residência em um lugar, onde cedeis por algum tempo à indolência, e depois sois obrigados a incorrer em débito para prover à família. Esses vossos débitos honestos, nem sempre sois exatos em pagar, mas em vez disto, mudai-vos para outro lugar. Isto é defraudar o próximo. O mundo tem direito de esperar estrita integridade dos que professam ser cristãos bíblicos. Pela indiferença de um homem quanto a pagar suas justas dívidas, todo o nosso povo está em risco de ser considerado indigno de confiança. CM 152.2

“Tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós.” Isto se refere tanto aos que trabalham com suas mãos, como aos que têm dádivas a conceder. Deus vos deu forças e habilidade, mas não as tendes usado. Vossa energia é suficiente para sustentar abundantemente a família. Levantai-vos pela manhã, mesmo enquanto as estrelas ainda brilham, se necessário for. Planejai alguma coisa, e então realizai. Cumpri cada compromisso, a menos que sejais prostrados pela enfermidade. Privai-vos da comida e do sono de preferência a ser culpado de reter de outros aquilo que lhes é devido. — Testemunhos Seletos 2:46, 47; Testimonies for the Church 5:179, 180. CM 152.3

O que o oitavo mandamento requer — O oitavo mandamento condena o furto de homens e tráfico de escravos, e proíbe a guerra de conquista. Condena o furto e o roubo. Exige estrita integridade nos mínimos detalhes dos negócios da vida. Veda o engano no comércio, e requer o pagamento de débitos e salários justos. Declara que toda tentativa de obter-se vantagem pela ignorância, fraqueza ou infelicidade de outrem, é registrada como fraude nos livros do Céu. — Patriarcas e Profetas, 309. CM 152.4

Uma das armadilhas de Satanás — Todos devem praticar economia. Nenhum obreiro deve manejar seus negócios de modo a incorrer em dívidas. [...] Envolvendo-se voluntariamente em dívidas, ele se está emaranhando numa das redes preparadas por Satanás. — O Colportor Evangelista, 67. CM 153.1

Enfraquece a fé, leva ao desânimo — Prezado Irmão: CM 153.2

Sinto que estejais na situação em que estais, sob a pressão da dívida. Sei de um bom número que, como vós, estão perturbados e angustiados devido a sua condição financeira. [...] CM 153.3

O Senhor não Se agrada de vossa angústia. Quer conceder-vos a consolação de Seu Santo Espírito, para que sejais um homem livre, que permanece em Sua luz e em Seu amor. Tem Ele lições que deveis aprender, e quer que sejais ligeiro em aprendê-las. Não vos deveis permitir ficar embaraçado financeiramente, pois o fato de estardes com dívida enfraquece a vossa fé e vos leva ao desânimo, e até mesmo pensar nela vos deixa quase desatinado. Deveis reduzir vossas despesas e esforçar-vos por vencer essa deficiência de vosso caráter. Podeis e deveis fazer determinados esforços para pôr sob controle a disposição que tendes de gastar dinheiro além de vossa receita. — Carta 48, 1888. CM 153.4

Uma prática desmoralizadora — A prática de tomar dinheiro emprestado para atender a uma premente necessidade, e não tomar nenhuma providência para saldar a dívida, embora comum, é desmoralizadora. O Senhor quer que todos os que crêem na verdade se convertam dessas práticas de engano próprio. Devem eles antes escolher passar necessidade a cometer um ato desonesto. Ninguém pode recorrer à prevaricação ou desonestidade ao lidar com os bens do Senhor, e ficar sem culpa diante de Deus. Todos os que o fazem negam a Cristo nas ações, enquanto professam guardar e ensinar os mandamentos de Deus. Não mantêm os princípios de lei de Deus. Se os que vêem a verdade não mudarem o caráter, correspondendo à santificadora influência da verdade, serão um cheiro de morte para a morte. Eles deturparão a verdade, trar-lhe-ão descrédito e desonrarão a Cristo, que é a verdade. — Manuscrito 168, 1898. CM 153.5