Conselhos sobre Mordomia

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Capítulo 55 — Palavras de um conselheiro divino

Faz algum tempo, numa visão noturna, encontrei-me em reuniões de concílio. Nessas reuniões, foram pronunciadas palavras que mais tinham de humanas que de divinas. Considerava-se a obra médica em _____. Propunham-se planos que, a não ser que fossem modificados, entravariam a obra e em nada aliviariam a situação. Pediu-se à Associação Geral que se comprometesse a levantar uma quantia nada inferior a vinte mil dólares, ou que se tornasse responsável por essa quantia, para estabelecer um sanatório em _____. Por se haver o Pastor _____ recusado a conseguir colocar essa obrigação adicional sobre a Associação Geral, foi ele severamente censurado por alguns. Mas, nas condições existentes, achou ser-lhe proibido pelo Senhor lançar esse fardo sobre a Associação. Honro o critério do Pastor _____ quanto a essa questão. [...] CM 171.1

Mas, voltando à reunião do concílio: Mais uma vez Aquele que há muito vem sendo o nosso Conselheiro, estava presente para nos dar a palavra do Senhor. Disse Ele: “O Senhor não seria glorificado ao colocardes um jugo de dívidas sobre a Associação Geral. De maneira especial tem Ele operado para tirar da cerviz de Seu povo os cerceadores jugos do débito que por tanto tempo têm usado. Não deve a Associação Geral trilhar outra vez a mesma vereda por eles palmilhada.” [...] CM 171.2

Alguns ainda não aprenderam a lição que Cristo ensinou quanto à construção de uma torre. “Qual de vós”, inquiriu Ele, “querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.” Esse conselho tem sido desatendido. CM 171.3

Quando os homens que estão em posição de responsabilidade têm tanta pressa em estabelecer alguma nova instituição inoportuna, a exibição feita não somente é contra os interesses da causa do Senhor, mas contra o interesse dos homens que, na sabedoria humana, têm procurado avançar depressa demais. Deus não é glorificado pelos que tentam ir mais depressa do que Ele dirige. O resultado é perplexidade, embaraço e tristeza. Não quer o Senhor que Seus representantes repitam esses erros; pois o registro passado de tais movimentos não O glorifica. — Manuscrito 144, 1902. CM 171.4

Não permitir que os erros do passado se repitam — Tem-se apoderado da mente de alguns, uma espécie de frenesi, que os leva a fazer o que absorveria os recursos sem qualquer perspectiva de posterior produção de meios. Houvesse esse dinheiro sido usado na maneira que o Senhor desejava que fosse, obreiros ter-se-iam levantado e se preparado para fazer a obra que deve ser feita antes da vinda do Senhor. A malversação de meios revela a necessidade da advertência do Senhor, de que Sua obra não deve ser cerceada por projetos humanos, de que ela deve ser feita de maneira que fortaleça Sua causa. CM 172.1

Trabalhando com planos errados, homens têm colocado dívida sobre a causa. Não permitais que isso se repita. Cautelosamente ajam os que estão à testa do trabalho, recusando enterrar a causa de Deus em dívida. Ninguém se mova negligente e descuidadamente, pensando, sem conhecimento de causa, que tudo irá bem. — Testimonies for the Church 7:283, 284. CM 172.2

Resgatar as dívidas — Deus determina que aprendamos lições dos fracassos do passado. Não Lhe agrada que Suas instituições sejam sobrecarregadas com dívidas. Chegamos ao tempo em que devemos caracterizar a obra pela recusa de construir grandes e dispendiosos edifícios. CM 172.3

Não devemos copiar os erros do passado, envolvendo-nos cada vez mais em dívidas. Devemos antes esforçar-nos por acabar com as dívidas que ainda restam em nossas instituições. Nossas igrejas podem ajudar nessa questão, se o desejarem. Aqueles membros a quem o Senhor tem dado recursos, podem investir seu dinheiro na causa, sem juros, ou a uma baixa taxa, e podem com suas ofertas voluntárias ajudar a sustentar o trabalho. O Senhor vos pede que Lhe devolvais alegremente uma parte dos bens que Ele vos emprestou, tornando-vos, assim, os Seus distribuidores de benefícios. — The Review and Herald, 13 de Agosto de 1908. CM 172.4

Em tempo de reforma, virão os meios — Sempre que se busca ao Senhor e há confissão dos pecados, sempre que se verifica uma reforma necessária, revelar-se-á unido zelo e fervor na restituição do que foi retido. Manifestará o Senhor o Seu amor perdoador, e virão recursos para cancelar os débitos de nossas instituições. — Testimonies for the Church 8:89. CM 172.5