Temperança

64/65

Capítulo 2 — Uma palestra acerca da temperança — 1891

Satanás foi o primeiro rebelde no Universo, e sempre, desde sua expulsão do Céu, tem estado em busca de tornar todo membro da família humana apóstata de Deus, assim como ele próprio. Ele fez seus planos para arruinar o homem, e mediante ilícita satisfação do apetite, levou-o a transgredir os mandamentos de Deus. Tentou Adão e Eva a participarem do fruto proibido, efetuando-lhes assim a queda, e sua expulsão do Éden. Quantos dizem: “Se eu estivesse no lugar de Adão, nunca haveria transgredido numa prova tão simples.” Vós, que assim vos jactais, porém, tendes grande oportunidade de mostrar vossa força de propósitos, vossa fidelidade aos princípios sob prova. Prestais obediência a todo mandamento de Deus? Não vê Deus nenhum pecado em vossa vida? Te 273.2

Quem dera que a queda de Adão e Eva houvesse sido a única! Mas desde a perda do Éden até aos nossos dias, tem havido uma sucessão de quedas. Satanás planejou arruinar o homem desviando-o da lealdade aos mandamentos de Deus, e um de seus mais bem-sucedidos métodos é o de tentá-lo a satisfazer o apetite pervertido. Vemos por toda parte sinais da intemperança do homem. Em nossas cidades e vilas acha-se um bar em cada esquina, e vemos no semblante de seus freqüentadores a terrível obra de ruína e destruição. Por todo lado, busca Satanás seduzir os jovens para a vereda da perdição; e, se consegue uma vez levar-lhes os pés para esse caminho, incita-os avante em sua carreira descendente, levando-os de uma à outra dissipação, até que suas vítimas perdem a sensibilidade de consciência, não mais tendo diante dos olhos o temor de Deus. Exercem cada vez menos domínio próprio. Ficam habituados ao uso do vinho e do álcool, do fumo e do ópio, e vão de um a outro estágio de aviltamento. São escravos do apetite. O conselho que uma vez respeitavam, aprendem a desprezar. Tomam uma atitude jactanciosa, e gabam-se de liberdade quando se acham servos da corrupção. Têm por liberdade o serem escravos do apetite e da licenciosidade egoístas e baixos. Te 273.3

Prossegue o conflito — Grande conflito está em andamento no mundo. Satanás está decidido a ter sob sua sujeição a raça humana, mas Cristo pagou preço infinito para que o homem seja redimido do inimigo, e para que a imagem moral de Deus seja restaurada na raça caída. Instituindo o plano da salvação, tornou Deus manifesto que Ele avalia o homem em preço infinito; Satanás, porém, está buscando anular esse plano impedindo o homem de satisfazer as condições em que é proporcionada a salvação. Te 274.1

Quando Cristo começou Seu ministério, curvou-Se nas margens do Jordão, e dirigiu ao Céu uma petição em favor da raça humana. Ele fora batizado por João, e os céus se abriram, o Espírito de Deus, em forma de pomba, circundou-O, e ouviu-se do Céu uma voz que dizia: “Este é Meu Filho amado, em quem Me comprazo.” A oração de Cristo por um mundo perdido foi ouvida, e todos quantos nEle crêem são aceitos no Amado. Homens caídos podem, por meio de Cristo, encontrar acesso ao Pai, podem ter graça para habilitá-los a ser vencedores mediante os méritos do Salvador crucificado e ressuscitado. Te 274.2

A significação da vitória de Cristo — E pelo Espírito foi Jesus, depois de Seu batismo, levado ao deserto. Ele tomara sobre Si a humanidade, e Satanás gabava-se de que O havia de vencer, como vencera os homens fortes dos séculos passados, e assediou-O com as tentações que haviam causado a queda do homem. Era neste mundo que se deveria decidir o grande conflito entre Cristo e Satanás. Caso o tentador lograsse vencer Cristo num ponto sequer, o mundo teria de ser deixado a perecer. Satanás teria poder de ferir a cabeça do Filho de Deus; a semente da mulher, porém, devia ferir a cabeça da serpente: Cristo devia fazer malograr o príncipe das potestades das trevas. Por quarenta dias jejuou Cristo no deserto. Para que foi isto? Havia acaso qualquer coisa no caráter do Filho de Deus que demandasse tão grande humilhação e sofrimento? Não, Ele era inocente. Toda essa humilhação e acerba agonia foram sofridas por amor do homem caído, e jamais poderemos compreender o ofensivo caráter do pecado de satisfazer o apetite pervertido a não ser que compreendamos o sentido espiritual do longo jejum do Filho de Deus. Jamais poderemos compreender a força e servidão do apetite enquanto não discernirmos o caráter do conflito do Salvador no vencer a Satanás, colocando assim o homem em terreno vantajoso, onde, pelos méritos do sangue de Cristo, Ele pode ser capaz de resistir às potestades das trevas, vencendo em seu próprio benefício. Te 275.1

Depois do longo jejum, Cristo estava extenuado pela fome, e, em Sua fraqueza, Satanás acossou-O com as mais ferozes tentações. “E disse-Lhe o diabo: Se Tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão.” Satanás apresentou-se como mensageiro de Deus, alegando que Deus vira a voluntariedade do Salvador para colocar-Se na senda da abnegação, e não era exigido dEle sofrer mais humilhação e dor, mas que podia ser liberto do terrível conflito que se achava diante dEle como o Redentor do mundo. Tentou persuadi-Lo de que Deus tinha em vista apenas provar-Lhe a fidelidade, que agora Sua lealdade estava plenamente manifesta, e que estava na liberdade de usar Seu poder divino para satisfazer Suas necessidades. Cristo, porém, discerniu a tentação, e declarou: “Escrito está que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus.” Te 275.2

Quando tentado para ilícita satisfação do apetite, deveis lembrar o exemplo de Cristo, e permanecer firme, vencendo como Ele venceu. Deveis responder, dizendo: “Assim diz o Senhor”, e dessa maneira liquidar para sempre a questão com o príncipe das trevas. Se parlamentardes com a tentação, e usardes vossas próprias palavras, sentindo-vos suficientes, cheios de importância, sereis vencidos. As armas que Cristo usou foram as palavras de Deus: “Está escrito”; e se manejardes a espada do Espírito, também vós podereis sair vitoriosos pelos méritos de vosso Redentor. Te 276.1

Satanás mais bem-sucedido com o homem — As três tentações principais por que o homem é assediado, foram resistidas pelo Filho de Deus. Ele recusou ceder ao inimigo no ponto do apetite, da ambição, e do amor do mundo. Mas Satanás é mais bem-sucedido quando assalta o coração humano. Induzindo os homens a ceder a suas tentações, pode obter domínio sobre eles. E por nenhuma espécie de tentações consegue ele maior êxito do que mediante as dirigidas contra o apetite. Caso ele possa reger o apetite, regerá o homem todo. Te 276.2

Há unicamente dois poderes que dominam a mente dos homens — o poder de Deus e o de Satanás. Cristo é o Criador e Redentor do homem; Satanás é seu inimigo e seu destruidor. Aquele que se entregou a Deus edificar-se-á para a glória de Deus, no corpo, na alma e no espírito. O que se entregou ao controle de Satanás derriba-se a si mesmo. Muito homem vende a razão por um copo de bebida alcoólica, e torna-se uma ameaça a sua família, sua vizinhança e seu país. Seus filhos escondem-se quando ele volta para casa, e sua desalentada esposa teme encontrar-se com ele, pois sua saudação a ela são golpes cruéis. Gasta o dinheiro em bebida forte, enquanto os filhos e a esposa sofrem necessidades. Te 276.3

Satanás leva as vítimas do apetite a atos de violência. O bebedor de álcool é homem de paixões vigorosas e facilmente excitáveis, e qualquer desculpa trivial é tornada causa de rixa; e quando sob a influência da paixão, o bêbado não poupará seu melhor amigo. Quantas vezes ouvimos falar de homicídio e atos de violência, e verificamos que a origem principal é o hábito da bebida! Te 277.1

Bebidas brandas — Há pessoas que professam ser defensoras da temperança, e que ainda condescendem com o uso do vinho e da sidra, alegando que esses estimulantes são inofensivos, e mesmo salutares. É assim que muitos dão o primeiro passo na vereda da embriaguez. Produz-se tão verdadeiramente a intoxicação pelo vinho e a sidra, como pelas bebidas mais fortes, e essa é a pior qualidade de embriaguez. As paixões são mais perversas; a transformação de caráter é maior, mais determinada e obstinada. Alguns copos de sidra ou de vinho podem despertar o gosto das bebidas mais fortes, e em muitos casos os que se tornaram bêbados inveterados lançaram assim a base do hábito de beber. Te 277.2

Não é absolutamente seguro, para as pessoas que herdaram a sede dos estimulantes, terem vinho e sidra em casa; pois Satanás os está continuamente solicitando a satisfazer seu desejo. Caso elas cedam à tentação, não saberão onde parar; a sede reclama satisfação, e é atendida para ruína delas. O cérebro fica obscurecido, a razão deixa de manter as rédeas, e deixa-as à mercê da concupiscência. Avoluma-se a licenciosidade, e vícios de toda casta são praticados em resultado da condescendência com a sede de vinho e de sidra. Impossível é à pessoa que ama esses estimulantes e se habitua a usá-los, crescer em graça. Ela se torna grosseira e sensual; as paixões animais regem as faculdades superiores da mente, e a virtude não mais é cultivada. Te 277.3

O beber moderado é a escola em que os homens se educam para a carreira de ébrio. Tão grandemente Satanás conduz para longe da fortaleza da temperança, tão insidiosamente exercem o vinho e a sidra sua influência no gosto, que entram na senda da embriaguez sem o suspeitar. É cultivado o gosto pelos estimulantes; desorganiza-se o sistema nervoso; Satanás mantém a mente numa febre de desassossego; e a pobre vítima, imaginando-se perfeitamente segura, vai mais e mais adiante, até que se rompem todas as barreiras, sendo sacrificados todos os princípios. São minadas as mais fortes resoluções, e os interesses eternos são demasiado fracos para conter o aviltado apetite sob o controle da razão. Alguns nunca ficam realmente embriagados, mas encontram-se sempre sob a influência dos intoxicantes brandos. Estão febris, instáveis de mente, não propriamente delirantes, mas positivamente desequilibrados; pois as mais nobres faculdades da mente são pervertidas. Te 278.1

Também o fumo — Também os que usam o fumo estão enfraquecendo suas faculdades físicas e mentais. O uso do fumo não tem fundamento na natureza. Esta rebela-se contra esse narcótico, e quando o que o usa a princípio procura forçar esse hábito fora do natural em seu organismo, trava-se renhido conflito. O estômago, e em verdade todo o organismo, revoltam-se contra a abominável ação, mas o malfeitor persevera até que a natureza desiste da luta, e o homem se torna escravo do fumo. Te 278.2

Fosse a salvação oferecida ao homem em termos tão duros de suportar, Deus seria considerado como um senhor inclemente. Satanás é um senhor desapiedado, e requer que seus súditos sofram provas rigorosas, e se tornem escravos da paixão e do apetite; Deus, ao contrário, é coerente em todas as Suas reivindicações, e pede de Seus filhos apenas aquilo que agirá em favor de sua felicidade presente e eterna. Te 278.3

“Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás.” Este é o mandamento de Deus, e todavia quantos, mesmo dos que professam ser Seus servos, são devotos do fumo, e dele fazem um ídolo! Quando os homens deviam estar ao ar livre, com hálito puro, louvando a Deus por Seus benefícios, estão poluindo a atmosfera com a fumaça do cachimbo ou do cigarro. Precisam passar pela prova do fumo a fim de estimular os pobres nervos relaxados como preparo para os deveres do dia; pois se não tivessem seu fumo, ficariam irritados e incapazes para controlar os pensamentos. Te 278.4

Ele não tivera seu fumo — Como ilustração da incapacidade dos fumantes para dominar seus sentidos quando sem esse estímulo, relatarei uma ocorrência que me veio ao conhecimento. Um senhor idoso que foi outrora meu vizinho, era um grande fumante; certa manhã, porém, não fumara como de costume, ao entrar eu em sua casa para apanhar um livro que lhe emprestara. Em vez de ir buscar o livro que eu pedia, ele me entregou um freio. Em vão procurei fazê-lo compreender o que eu queria; tive de ir-me embora sem o livro. No dia seguinte, fui outra vez, e fiz o mesmo pedido, e ele imediatamente me passou o livro. Perguntei-lhe então por que não me entregara o livro na véspera. Ele disse: “Como, a senhora esteve aqui ontem? Não me lembro. Ah, já sei qual foi a dificuldade — eu não fumara!” Eis o efeito causado em sua mente quando ele estava sem o estimulante. Seu médico lhe dissera que devia deixar de usá-lo, do contrário, não poderia viver. Ele o abandonou, mas toda a sua vida daí em diante sofreu o constante anseio do costumado estímulo; tinha de travar contínua batalha. Te 279.1

Quando já contava noventa anos, foi visto um dia a procurar alguma coisa. Ao perguntarem-lhe que queria, respondeu: “Eu estava procurando meu fumo.” Sofria sem ele, e todavia haveria sido a morte para ele, continuar a usá-lo. Te 279.2

Um meio de livramento — Deus requer que Seus filhos se mantenham livres de hábitos tão fora do natural, tão desastrosos. Quando o homem se acha ligado a essas cadeias, porém, não há nenhum meio de escape? Sim, o Senhor Jesus morreu a fim de que, mediante os méritos de Sua vida e morte, possam os homens ser vencedores. Ele também é capaz de salvar perfeitamente aos que por Ele se chegam a Deus. Veio à Terra de modo a poder aliar o poder divino com o esforço humano, e pela cooperação com Cristo, pondo a vontade de lado de Deus, o escravo pode ficar livre, e ser herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo. Te 279.3

Sensibilidades morais embotadas pelo vinho — Nos dias de Israel, quando foi instituído o serviço do santuário, o Senhor instruiu de que só fogo sagrado devia ser empregado para queimar o incenso. O fogo sagrado fora ateado pelo próprio Deus, e o suave aroma representava as orações do povo ao ascenderem perante Deus. Nadabe e Abiú eram sacerdotes do santuário, e se bem que não fosse lícito usar fogo comum, esses sacerdotes, ao irem à presença de Deus, tiveram a presunção de acender seu incenso com fogo não consagrado. Os sacerdotes haviam estado a condescender com o uso do vinho, e suas sensibilidades morais foram embotadas; não discerniram o caráter de suas ações, nem avaliaram o que seriam as terríveis conseqüências de seu pecado. Um fogo acendeu-se do santo dos santos, e consumiu-os. Te 280.1

Depois da destruição de Nadabe e Abiú, o Senhor falou a Arão, dizendo: “Vinho nem bebida forte tu e teus filhos contigo não bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações; e para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo; e para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o Senhor lhes tem falado pela mão de Moisés.” Os sacerdotes e juízes de Israel deviam ser homens de estrita temperança, para que sua mente fosse clara para discriminar entre o direito e o erro, para que possuíssem firmeza de princípios, e sabedoria para administrar juízo e mostrar misericórdia. Te 280.2

Se os homens fossem estritamente temperantes — Que aperfeiçoamento haveria em nossa própria terra se essas ordens fossem cumpridas, se homens em posições sagradas e judiciais vivessem por toda palavra que sai da boca de Deus! Não sabe o Senhor, que fez o homem, o que é melhor para ele, o que é mais conducente a seus interesses espirituais e eternos? Deus trabalha para o máximo bem de Suas criaturas. Se os homens fossem estritamente temperantes, não teríamos a décima parte das mortes que temos, e os sofrimentos físicos e mentais seriam grandemente diminuídos. Haveria incomparavelmente menos acidentes em terra e mar. É porque o homem quer fazer o que lhe apraz em vez de se submeter aos mandos de Deus, que há tanto mal no mundo. Te 280.3

Deus nos deu leis pelas quais viver, mas hoje, como nos dias de Noé, a imaginação do coração do homem é má e só má continuamente; os homens andam segundo os desejos e invenções de seu coração, cavando assim a própria ruína. Deus quereria que os homens permanecessem na varonilidade que lhes foi dada por Ele, livres da servidão dos apetites. Te 281.1

Como podem os homens confiar nas decisões de jurados habituados ao uso de bebidas alcoólicas e do fumo? Se eles são chamados a decidir num importante caso quando privados de seus estimulantes habituais, não podem exercer a mente de maneira sã; não se encontram em condições de fazer julgamento inteligente; e de que valeria sua decisão? Te 281.2

Os homens que ocupam posições de responsabilidade devem ser homens de temperança e integridade, e especialmente devem aqueles a quem são confiadas funções judiciais, ser homens de hábitos sóbrios, para que possam fazer justiça, sem que sua parcialidade seja prejudicada por suborno ou preconceito. Quão vastamente diversa, porém, é a condição de nossos negócios judiciais e governamentais daquela que seria possível ser mediante a obediência aos mandamentos de Deus! Bebidas, fumo, baixa moral, levam os homens a tratar traiçoeiramente com seu semelhante. Te 281.3

Tentação de todo lado — Há de todo lado tentações para nossos rapazes, bem como para os amadurecidos. Tanto na América como na Europa, os lugares de vício e destruição são tornados atrativos por exibições e música, para que pés incautos sejam levados à armadilha. Tudo quanto é possível se faz no intuito de seduzir os jovens para esses lugares. Que se fará para salvar nossa juventude? Cristo fez imenso sacrifício, tornou-Se pobre para que, mediante Sua pobreza enriquecêssemos e tivéssemos a vida que corre paralela à vida de Deus, e havemos nós de não fazer nenhum sacrifício para salvar aqueles que se estão arruinando ao redor de nós? Que estamos nós fazendo pela causa da temperança, para salvar hoje a nossos jovens? Quem se encontra ao lado de Cristo, como cooperador de Deus? Te 281.4

Pais, estais vós ensinando vossos filhos a vencer? Estais buscando rechaçar a onda de mal que ameaça avassalar nossa terra? Mães, estais fazendo vossa obra como educadoras? Estais ensinando a vossos filhos, em sua infância, hábitos de domínio próprio e de temperança? Não espereis até que a paixão os segure em suas férreas ligaduras, mas levai-os a Deus agora, ensinai-lhes que Jesus os ama, que o Céu tem direitos sobre eles. Ponde, na mocidade, suas mãos nas mãos de Cristo, para que Ele os possa guiar para cima. Mães, despertai para vossas responsabilidades morais, e trabalhai por vossos filhos como quem tem de por eles dar contas. Cumpre-nos fazer alguma coisa para deter a onda do mal, para que as crianças e os jovens não sejam arrebatados para a perdição. Precisamos ser vencedores, e ensinar nossos filhos a vencer. Te 282.1

Cristo venceu em nosso favor — No deserto da tentação, passou Cristo pelo terreno em que Adão caiu. Iniciou Sua obra onde começou a ruína, e no ponto do apetite venceu Ele o poder do maligno em nosso favor. Satanás deixou o campo como inimigo vencido, e ninguém é escusado de entrar na batalha ao lado do Senhor, pois não há razão por que o homem não seja vencedor se confiar em Cristo. “A quem vencer lhe concederei que se assente comigo no Meu trono; assim como Eu venci, e Me assentei com Meu Pai no Seu trono.” Te 282.2

Pelos méritos de Cristo devemos ser purificados, refinados, redimidos, sendo-nos dado um lugar com Ele em Seu trono. Poderia a um homem ser conferida maior honra que esta? Poderíamos nós aspirar coisa maior? Se formos vencedores, declara Cristo: “De maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de Meu Pai e diante dos Seus anjos.” — The Signs of the Times, 22/29 de Junho e 6 de Julho de 1891. Te 283.1