Temperança

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Apêndice A — Ellen G. White, obreira pró-temperança

Comissionada a falar sobre a temperança — Eu devia também falar acerca da temperança, como indicada mensageira do Senhor. Tenho sido chamada a muitos lugares para falar quanto à temperança perante grandes assembléias. Fui por muitos anos conhecida como oradora sobre a temperança. — Manuscrito 140, 1905. Te 259.1

Regozijo-me porque tenho tido o privilégio de dar meu testemunho quanto a esse assunto perante compactas assembléias em muitos países. Falei muitas vezes acerca desse assunto a grandes congregações em nossas reuniões campais. — Carta 78, 1911. Te 259.2

O plano de apresentação — Deixamos a trilha batida do conferencista popular, e traçamos a origem da predominante intemperança até ao lar, à mesa da família, e à satisfação do apetite da criança. Alimentos estimulantes suscitam o desejo de estimulantes mais fortes ainda. O menino cujo gosto é assim viciado, e a quem não é ensinado o domínio de si mesmo, será o ébrio ou o escravo do fumo de amanhã. O assunto foi abordado sobre esta base ampla; e indicado o dever dos pais no exercitarem seus filhos nos retos pontos de vista da vida e suas responsabilidades, e no colocarem o fundamento para seu correto caráter cristão. Para ser bem-sucedida, a grande obra da reforma de temperança, precisa começar em casa. — The Review and Herald, 23 de Agosto de 1877. Te 259.3

Grande reunião pró-temperança em Kokomo, Indiana — O redator do Kokomo Dispatch achava-se no local, no sábado. Posteriormente ele publicara notícias de que devíamos falar ao povo acerca de temperança cristã no recinto do acampamento, no domingo à tarde. ... Três trens de excursão despejaram sua carga viva no local. O povo aqui é muito entusiasta com respeito à questão da temperança. Às 2:30 da tarde, falamos a umas oito mil pessoas, relativamente à temperança, encarando-a do ponto de vista moral e cristão. Fomos abençoados com notável clareza e fluência, e eu fui ouvida com a máxima atenção por parte do grande auditório. — The Review and Herald, 23 de Agosto de 1877. Te 259.4

Apresentação da temperança em Salém, Oregon — Domingo, 23 de Junho [1873], falei na igreja metodista de Salém [Oregon] sobre a temperança. A assistência foi extraordinariamente boa, e senti-me à vontade no apresentar este assunto favorito para mim. Fui solicitada a falar outra vez no mesmo lugar no domingo seguinte à reunião campal, mas fui impedida em virtude de encontrar-me afônica. Na seguinte terça-feira à noite, entretanto, falei novamente nessa igreja. Muitos convites me foram estendidos para falar sobre a temperança em várias cidades e vilas de Oregon, mas meu estado de saúde impediu-me de satisfazer essas solicitações. Te 260.1

[Em princípios de Agosto de 1878] paramos em Boulder City [Colorado] e contemplamos com prazer nossa tenda de reuniões, onde o Pastor Cornell estava realizando uma série de conferências. ... A tenda fora tomada emprestada para reuniões de temperança e, por especial convite, falei a um recinto cheio de atentos ouvintes. Se bem que fatigada pela viagem, o Senhor ajudou-me a apresentar com êxito perante o povo a necessidade de observar estrita temperança em tudo. — Testimonies for the Church 4:290-297. Te 260.2

Unicamente a eternidade revelará o que tem sido realizado por esta espécie de ministério — quantas almas, enfermas de dúvida, e cansadas de mundanismo e de inquietação, têm sido levadas ao Grande Médico que almeja salvar perfeitamente todos quantos forem a Ele! Cristo é um Salvador ressuscitado, e há cura debaixo de Suas asas. — Testimonies for the Church 6:111. Te 260.3

Unir-nos com outros para ajudar os semelhantes — Falei, na noite que se seguiu ao sábado, no Washingtonian Hall.* ... Aí falei novamente no domingo à tarde, sobre a questão da temperança, a uma boa congregação, que escutou com o mais profundo interesse. Tive facilidade e poder ao apresentar Jesus, que tomou sobre Si mesmo as enfermidades e levou os pesares e dores da humanidade, e venceu em nosso favor. ... Te 261.1

Ao fim da reunião, foi-me concedida uma apresentação ao presidente do Washingtonian Home. Ele me agradeceu em nome da família e dos amigos pelo prazer de ouvir as observações feitas. Fui cordialmente convidada a visitá-los quando passasse outra vez por Chicago, e eu lhe disse que me consideraria privilegiada em fazê-lo. Sentia-me grata de que tivera oportunidade de apresentar a temperança do ponto de vista cristão perante os moradores desse lar para ébrios, onde eles são assistidos no sentido de vencer o forte hábito que está ligando a tantos em quase desesperada escravidão. Fui informada de que entre os que são obrigados a buscar sua amigável ajuda, acham-se advogados, médicos e mesmo ministros. — The Review and Herald, 10 de Fevereiro de 1885. Te 261.2

Respostas animadoras — Falo muito decididamente nesse assunto [temperança], e ele exerce notável influência em outros espíritos. Com freqüência é dado o testemunho: “Não tenho usado nenhum fumo, nem vinho ou qualquer narcótico estimulante desde aquele discurso que a senhora fez sobre a temperança.” Agora, dizem eles: “Preciso prover-me de esclarecidos princípios de ação; pois quero que os outros conheçam os benefícios que recebi. Esta reforma envolve grandes conseqüências para mim e todos com quem me ponho em contato. Escolherei a melhor parte, trabalhar com Cristo sobre assentados princípios e objetivos, para ganhar a coroa da vida como vencedor.” — Carta 96, 1899. Te 261.3

Demo-nos, em nossas reuniões públicas na Austrália, a cuidados especiais para apresentar claramente os princípios fundamentais da reforma pró-temperança. Em geral, quando eu falava ao povo aos domingos, meu tema era saúde e temperança. Durante algumas das reuniões campais, eram diariamente dadas instruções nesse assunto. Em vários lugares o interesse despertado quanto a nossa atitude no que respeita ao uso de estimulantes e narcóticos levou os amigos da temperança a assistirem a nossas reuniões e aprenderem mais das várias doutrinas de nossa fé. — Manuscrito 79, 1907. Te 262.1

Contatos com as obreiras da U.T.M.C. em Melbourne — O Dr. M. G. Kellogg veio a minha tenda a ver se eu queria ter uma entrevista com a presidente e a secretária da U.T.M.C. Convidamo-las a nossa tenda, e tivemos muito aprazível palestra. A presidente é estrita vegetariana, não havendo provado carne há quatro anos. Apresenta um semblante sereno que honra seus hábitos abstêmios. A secretária é uma jovem senhora. São ambas inteligentes. Manifestam profundo interesse em tudo quanto têm ouvido. Pediram que eu falasse no belo salão em que realizam suas reuniões, e pediram ao irmão Starr para escrever para sua revista de temperança. Te 262.2

A presidente exprimiu veemente desejo de que nos harmonizemos na obra pró-temperança. “Podem estar certos”, disseram elas, “de que entraremos por toda porta que se abra para nós para que façamos brilhar a nossa luz para outros.” Elas pareciam grandemente satisfeitas ao verem e ouvirem e se convencerem de que os frutos do Espírito são possuídos e revelados por este povo. Dei a cada uma delas um exemplar de Christian Temperance, a uma o Conflito dos Séculos e à outra Patriarcas e Profetas.Manuscrito 2, 1894. Te 262.3

Prosseguindo com a educação sobre temperança — O capitão Press e sua esposa, a presidente da U.T.M.C. de Victoria, achavam-se presentes. A Sra. Press visitara-me em minha tenda na reunião campal, e mostrou pressa de que eu falasse em sua sociedade. Após o discurso, no domingo, ela foi ter comigo e, segurando-me a mão, disse: “Agradeço-lhe por aquele discurso. Vejo muitos pontos novos, que fizeram duradoura impressão em meu espírito. Nunca perderei a força desses pontos.” Te 262.4

Fui apresentada a seu marido, homem de mui nobre aspecto. Ele é piloto, e ocupa importante posição. O irmão Starr e esposa almoçaram com eles, e formaram agradável relação. A Sra. Press, em nome da U.T.M.C., fez calorosa solicitação de instruções acerca da cozinha saudável. Combinamos ter uma escola de culinária em Melbourne, na sala anexa ao salão da U.T.M.C. Devem ser dadas quatro aulas, uma por semana, a começar da quinta-feira próxima. Em cada lição deve ser ensinado o preparo de oito pratos. Suscitou-se grande entusiasmo acerca desse assunto. A Sra. Press é vegetariana, não havendo provado carne há quatro anos. Te 263.1

Bem, nossas reuniões em Williamstown são freqüentadas pela melhor classe. O Sr. Press e a esposa assistiram a algumas das reuniões no acampamento, e dizem que a Bíblia é agora um novo livro para eles. Reconhecem que ela se acha plena de verdades preciosas, que constituem um banquete para a alma. — Manuscrito 6, 1894. Te 263.2

Mantendo as relações — A Sra. Press, presidente da U.T.M.C. de Victoria, e a Sra. Kirk, secretária, sua irmã e duas senhoras idosas, com a sobrinha da Sra. Press, jantaram conosco. Conhecemos a Sra. Press e a Sra. Kirk em Melbourne; elas têm estado agora assistindo a uma convenção de temperança em Sydney. Tivemos aprazível entrevista, e agora elas partiram em seu carro a ver a região, enquanto reinicio meu trabalho de escrever. Tenho esperança de que essas irmãs sejam trazidas ao conhecimento da verdade. Almejamos ver os que são inteligentes convertidos, e colocando-se ao lado da reivindicação da verdade. — Manuscrito 30, 1893. Te 263.3

Reuniões de temperança ao ar livre em Nova Zelândia — Alguns dos ouvintes ficaram muito entusiasmados quanto ao assunto. O prefeito, o chefe de polícia, e vários outros, disseram que havia sido com vantagem o melhor discurso sobre temperança que já haviam ouvido. Declaramo-lo um “sucesso”, e resolvemos fazer reunião semelhante na tarde do domingo seguinte. Se bem que o céu estivesse nublado e ameaçasse chuva, fomos favorecidos, e tive mais ouvintes que no domingo anterior. Houve grande número de jovens que escutavam como estupefatos. Alguns estavam tão solenes como o sepulcro. Foi um tempo especial. Houvera dois dias de corridas de cavalo, e uma exposição de gado. Isto excitara a tal ponto o povo, que receei não termos bom auditório. A exposição agropecuária havia sido falada por semanas, fazendo-se preparativos para ela. Bem, esta foi minha oportunidade de falar àqueles a quem eu não teria tido ensejo de me dirigir, não houvesse sido uma ocasião assim especial. Te 264.1

Um jovem de cerca de dezessete anos, chorou como criança enquanto li um artigo acerca da maneira por que um jovem da mesma idade fora seduzido para entrar em um bar, e tomara seu primeiro copo de bebida alcoólica, tendo esta o efeito que sempre produz — enlouqueceu-lhe o cérebro. Depois de tomar essa bebida o jovem não se lembrava de nada quanto ao que ocorreu. Surgira uma contenda nesse bar, e encontrou-se na mão do moço uma faca que tirara a vida de uma criatura humana, sendo-lhe imputado o crime de homicídio, e ele foi condenado a cinco anos de prisão. Era um artigo comovente, e trouxe lágrimas a muitos olhos, tanto de velhos como de novos. — Carta 68, 1893. Te 264.2

Presa a atenção pela singular maneira de apresentar — Meu assunto era temperança, tratado do ponto de vista cristão — a queda de Adão, a promessa no Éden, a vinda de Cristo a nosso mundo, Seu batismo, Sua tentação no deserto e Sua vitória. E tudo isso para dar ao homem outra oportunidade de prova, tornando-lhe possível vencer em seu próprio benefício, para seu próprio proveito, mediante os méritos de Jesus Cristo. Cristo veio trazer ao homem poder moral a fim de que seja vitorioso em vencer as tentações sobre o apetite, e quebrar a cadeia da servidão de hábitos e condescendência com o apetite pervertido, e avançar na força moral de um homem, e o registro celeste dá-lhe em seus livros o crédito de um homem à vista de Deus. Te 264.3

Isso era tão diverso de qualquer coisa que eles já haviam ouvido sobre a temperança, que foram mantidos como suspensos. — Manuscrito 55, 1893. Te 265.1

Uso eficaz da escritura e do canto — Falei à tarde acerca da temperança, tomando como texto o primeiro capítulo de Daniel. Todos ouviram atentos, parecendo surpreendidos de ouvir a temperança apresentada pela Bíblia. Depois de deter-me na integridade e firmeza dos cativos hebreus, pedi ao coro que cantasse “Meu irmão, intenta ser como Daniel, com resolução lutar, vencer o mal cruel”. As inspiradoras notas deste hino soavam vindas dos cantores no coro, os quais eram acompanhados pela congregação. Retomei então minha palestra, e sei que antes de eu haver terminado, muitos dos presentes possuíam melhor compreensão do significado da temperança cristã. O Senhor deu-me facilidade e Sua bênção, e soleníssima impressão foi deixada em muitos espíritos. — Carta 42, 1900. Te 265.2

Satisfazendo a uma solicitação da U.T.M.C. — Durante uma série de reuniões efetuadas em fins de 1899, em Maitland, Nova Gales do Sul, fui solicitada pela presidente da filial da U.T.M.C. em Maitland a falar-lhes uma noite. Ela disse que teriam muito prazer em me ouvir, ainda que eu falasse apenas por uns dez minutos. Perguntei se os dez minutos que me propunham falar era todo o tempo permitido, porque às vezes o Espírito do Senhor vinha sobre mim, e eu tinha mais que um discurso de dez minutos a apresentar. “Oh!”, disse ela, “seu povo me disse que a senhora não falava à noite, e eu especifiquei dez minutos como o tempo, julgando que não conseguiria que a senhora viesse, se indicasse mais. Quanto mais tempo a senhora puder falar-nos, tanto mais gratas lhe seremos.” Te 265.3

Perguntei à Sra. Winter, a presidente, se ela tinha por costume ler um trecho da Escritura no início da reunião. Ela disse que sim. Pedi então o privilégio de orar, que me foi de boa vontade concedido. Falei-lhes com espontaneidade durante uma hora. Algumas das mulheres ali presentes naquela noite assistiram posteriormente às reuniões na tenda. — Manuscrito 79, 1907. Te 266.1