Temperança

51/65

Capítulo 5 — O senso das obrigações morais

Guiados por princípios morais e religiosos — Devemos agir por pontos de vista morais e religiosos. Cumpre-nos ser temperantes em tudo, pois diante de nós estão uma coroa incorruptível e um tesouro celestial. — Testimonies for the Church 2:374. Te 213.1

Devemos, como seguidores de Cristo, agir por princípio no comer e no beber. — Redemption; or the Temptation of Christ in The Wilderness, 60. Te 213.2

O caso de Daniel nos mostra que, pelos princípios religiosos, podem os jovens triunfar sobre a concupiscência da carne e permanecer fiéis aos reclamos divinos, mesmo que isto lhes custe grande sacrifício. — Testimonies for the Church 4:570. Te 213.3

Não há direito moral para agirdes como vos apraz — Não tenho eu direito de fazer o que me apraz com meu corpo? — Não, não tendes nenhum direito moral, porque estais violando as leis da vida e da saúde que vos foram dadas por Deus. Sois propriedade do Senhor, Seus pela criação e Seus pela redenção. “Amarás a teu próximo como a ti mesmo.” A lei do respeito a si próprio e à propriedade do Senhor é aqui apresentada. E isto levará a respeitar as obrigações a que cada ser humano está sujeito a fim de conservar o maquinismo vivo, que é tão tremenda e maravilhosamente feito. — Manuscrito 49, 1897. Te 213.4

Sentir a santidade da lei natural — Toda lei que rege o organismo humano deve ser estritamente considerada; pois é tão verdadeiramente uma lei de Deus como o é a palavra das Sagradas Escrituras; e todo desvio voluntário da obediência a essa lei é tão certamente pecado como a transgressão da lei moral. Toda a natureza exprime a lei de Deus, mas em nossa estrutura física o Senhor escreveu Sua lei com o próprio dedo sobre cada nervo que freme, cada fibra viva, e sobre todo órgão do corpo. Sofremos perda e derrota, se sairmos do trilho da natureza, traçado pelo próprio Deus, para um caminho de nossa própria invenção. Te 213.5

Precisamos lutar segundo à lei, se quisermos alcançar a dádiva da vida eterna. A senda é suficientemente larga, e todos quantos correrem poderão ganhar o prêmio. Caso criemos apetites fora do natural, e com eles condescendermos em qualquer medida, violamos as leis da natureza, e o resultado serão condições físicas, mentais e morais enfraquecidas. Ficamos então inaptos para aquele esforço perseverante, enérgico e esperançoso que poderíamos haver feito, houvéssemos sido fiéis às leis da natureza. Se prejudicarmos um único órgão do corpo, roubamos a Deus o serviço que poderíamos prestar-Lhe. “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” — The Review and Herald, 18 de Outubro de 1881. Te 214.1

Constante senso de responsabilidade — Os que possuem constante e viva percepção de que se acham nessa relação para com Deus não porão no estômago comida que agrade ao apetite mas prejudica os órgãos digestivos. Não arruinarão a propriedade de Deus por satisfação de impróprios hábitos no comer, beber ou vestir. Terão grande cuidado com o maquinismo humano, compreendendo que assim devem fazer a fim de trabalharem em colaboração com Deus. Ele quer que eles tenham saúde, sejam felizes e úteis. Mas para que assim possam ser, precisam pôr a vontade ao lado da Sua. — Carta 166, 1903. Te 214.2

Guardados pelo baluarte da independência moral — Mediante zeloso e perseverante esforço, podem os pais, com espírito isento das influências dos costumes da vida corrente, construir em torno dos filhos um baluarte moral que os protegerá das misérias e crimes ocasionados pela intemperança. Os filhos não devem ser deixados a crescer à vontade, desenvolvendo sem razão traços que deviam ter sido cortados pela raiz; mas devem ser disciplinados com cuidado, e educados para tomarem posição ao lado do direito, da reforma e da abstinência. Em toda crise eles terão assim independência moral para enfrentar a tempestade da oposição que certamente há de assediar, os que se colocarem na defesa da verdadeira reforma. — Pacific Health Journal, Maio de 1890. Te 214.3

Levai em fé vossos filhos a Deus, e buscai impressionar-lhes a mente susceptível com o senso de suas obrigações para com seu Pai celeste. Isto exigirá mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali. — The Review and Herald, 6 de Novembro de 1883. Te 215.1

Ensinar é um privilégio e uma bênção — Sejam os alunos impressionados com o conceito de que o corpo é um templo em que Deus deseja habitar; que deve ser conservado puro, como habitação de pensamentos elevados e nobres. Vendo eles pelo estudo da fisiologia que na verdade são formados “de um modo terrível e tão maravilhoso” (Salmos 139:14), ser-lhes-á inspirada reverência. Em vez de desmerecer a obra de Deus, terão o desejo de fazer tudo o que lhes é possível a fim de cumprir o plano glorioso do Criador. E assim virão a considerar a obediência as leis de saúde, não como uma questão de sacrifício ou negação de si mesmos, mas, como realmente é, privilégio e bênção inestimáveis. — Educação, 201. Te 215.2

Uma grande vitória se encarada do ponto de vista moral — Se pudermos despertar as sensibilidades morais de nosso povo quanto à temperança, obter-se-á uma grande vitória. Cumpre ensinar e praticar temperança em todas as coisas desta vida. — The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1907. Te 215.3

Cada um tem de responder perante Deus individualmente — A obediência às leis da vida precisa tornar-se questão de dever pessoal. Temos de responder a Deus por nossos hábitos e práticas. A questão por que devemos responder não é: Que diz o mundo? mas: Como hei de eu, professando ser cristão, tratar a habitação que me foi dada por Deus? Trabalharei eu para meu mais elevado bem temporal e espiritual, tratando meu corpo como um templo para habitação do Espírito Santo, ou sacrificar-me-ei às idéias e práticas do mundo? — Manuscrito 86, 1897. Te 215.4

Mais que vencedores — Caso os cristãos conservem seu corpo em sujeição e ponham todos os seus apetites e paixões sob o domínio da consciência esclarecida, sentindo ser seu dever para com Deus e para com os semelhantes obedecer às leis que regem a saúde e a vida, terão a bênção do vigor físico e mental. Possuirão força moral para empenhar-se na luta contra Satanás; e em nome dAquele que venceu o apetite em seu favor, serão mais que vencedores para seu próprio bem. — The Review and Herald, 21 de Novembro de 1882. Te 216.1