Temperança

50/65

Capítulo 4 — Diversão e substitutos inocentes

Influência da ociosidade, falta de objetivo, más companhias — A fim de atingirmos à raiz da intemperança, devemos ir mais fundo do que o uso do álcool e do fumo. A preguiça, a falta de um objetivo ou as más companhias, podem ser a causa predisponente. — Educação, 202. Te 209.2

A influência de um lar atrativo — Tornai vosso lar o mais atrativo que vos for possível. Afastai as cortinas e deixai entrar o médico celeste que é a luz solar. Necessitais em vosso lar de paz e quietação. Quereis que vossos filhos tenham um belo caráter. Tornai o lar tão atrativo que eles não queiram ir para o bar. — Manuscrito 27, 1893. Te 209.3

O poder cativador de um lar atrativo — Quantos pais lamentam não poder conservar os filhos em casa, não terem eles amor pelo lar! Já muito cedo eles experimentam o desejo da companhia dos estranhos; e assim que têm idade suficiente, rompem com o que se lhes afigura servidão e restrições irrazoáveis, e nem darão ouvidos às orações de sua mãe, nem aos conselhos do pai. Uma investigação revelaria em geral que o pecado jaz à porta dos pais. Não tornaram o lar aquilo que deveria ser — atrativo, agradável, radiante com o fulgor de palavras bondosas, olhares de simpatia e verdadeiro amor. Te 209.4

O segredo de salvar vossos filhos está em fazerdes vosso lar aprazível e atrativo. A condescendência da parte dos pais não ligará os filhos a Deus nem ao lar; uma influência firme e piedosa no educar devidamente o espírito, porém, salvaria da ruína muitos filhos. — The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1884. Te 210.1

Seja o lar um lugar onde existam a alegria, a cortesia e o amor. ... Se a vida no lar for aquela que deve ser, os hábitos aí formados serão uma forte defesa contra os assaltos da tentação quando o jovem deixar a proteção do lar para enfrentar o mundo. — Conselhos Sobre Saúde, 100. Te 210.2

Lares campestres e trabalho útil — Uma das mais seguras salvaguardas para a juventude, é a ocupação útil. Houvessem eles sido exercitados em hábitos de laboriosidade, de modo que todas as suas horas fossem utilmente empregadas, e não teriam tempo para se queixar de sua sorte ou ficar fazendo castelos no ar. Estariam em menor perigo de formar hábitos viciosos e de ter más companhias. Ensine-se à juventude desde a infância que não há excelência sem grande trabalho. ... Te 210.3

Todo jovem deve fazer o máximo com seus talentos, mediante o melhor aproveitamento de suas oportunidades. Aquele que assim fizer, poderá atingir quase a qualquer altura em consecuções morais e intelectuais. Ele deve, porém, possuir espírito valoroso e resoluto. Necessitará fechar os ouvidos à voz do prazer; precisa muitas vezes recusar às solicitações dos jovens companheiros. Tem de estar continuamente em guarda, para que não se desvie de seu propósito. Te 210.4

Muitos pais se mudam de sua morada no campo para a cidade, considerando-a mais desejável localização, ou mais proveitosa. Com essa mudança, no entanto, expõem seus filhos a muitas e grandes tentações. Os rapazes não têm emprego, e obtêm uma educação de rua, vão de um passo a outro na depravação, e perdem todo interesse em tudo quanto é bom, puro e santo. Quão melhor haveria sido os pais ficarem com sua família no campo, onde as influências são mais favoráveis para o vigor físico e mental!... Te 210.5

Pela negligência dos pais, a juventude em nossas cidades está corrompendo seus caminhos e poluindo a alma diante de Deus. Isto será sempre o fruto da ociosidade. Os asilos de pobres, as prisões e as forcas contam a dolorosa história dos negligenciados deveres dos pais. — The Review and Herald, 13 de Setembro de 1881. Te 211.1

Substituir por prazeres inocentes os divertimentos pecaminosos — A juventude não se pode tornar tão séria e quieta como a idade mais avançada, a criança, como um sóbrio senhor. Se bem que as diversões pecaminosas sejam condenadas, como devem ser, providenciem os pais, os professores e tutores da juventude, em lugar delas, prazeres inocentes, que não manchem nem corrompam a moral. Não ligueis os jovens a rígidas regras e restrições que os levem a sentir-se oprimidos e a perderem o controle, precipitando-se em caminhos de loucura e destruição. Com mão firme, bondosa e considerada, segurai as rédeas do governo, guiando e controlando-lhes o espírito e os desígnios, todavia tão branda, tão sábia e amorosamente, que eles reconheçam ainda que tendes em vista o que lhes é melhor. — The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1884. Te 211.2

Providenciar feriados interessantes — Temos buscado zelosamente tornar os feriados o quanto possível interessantes para jovens e crianças. ... Nosso objetivo tem sido conservá-los afastados de cenas de diversões entre incrédulos. Te 211.3

Tenho pensado que, enquanto restringimos nossas crianças dos prazeres mundanos, que têm a tendência de corromper e desencaminhar, devemos prover-lhes recreações inocentes, conduzi-los por trilhos aprazíveis em que não haja perigo. Nenhum filho de Deus precisa ter uma vida triste e lamentosa. Os mandamentos divinos, as divinas promessas mostram que é assim. Os caminhos da sabedoria “são caminhos de delícias, e todas as suas veredas paz”. Os prazeres mundanos são absorventes, e por seu momentâneo gozo sacrificam muitos a amizade do Céu, com a paz, o amor e a alegria que ela proporciona. Esses preferidos objetos de deleite em breve se tornam enfadonhos, não mais satisfazem. Te 211.4

As atrações da vida cristã — Precisamos fazer tudo ao nosso alcance para ganhar almas mediante as atrações da vida cristã. Nosso Deus é amante do belo. Ele poderia haver revestido a Terra de marrom e cinza, e as árvores com roupagem de luto em vez de sua folhagem de vivo verdor; Ele, porém, queria Seus filhos felizes. Toda folha, todo botão a entreabrir-se e toda flor que desabrocha, é um sinal de Seu terno amor; e nós devemos almejar apresentar aos outros o maravilhoso amor por Ele expresso nas obras que criou. Te 212.1

Deus desejaria que toda família e toda igreja exercesse um poder atrativo que afastasse seus filhos dos sedutores prazeres do mundo, e do convívio com aqueles cuja influência tenderia a corromper. Estudai a maneira de conquistar os jovens para Jesus. Impressionai-lhes a mente com a misericórdia e a bondade de Deus em permitir-lhes, a eles, pecadores como sejam, fruírem as vantagens, a glória e a honra de serem filhos e filhas do Altíssimo. Que estupendo pensamento, que condescendência inominável, que pasmoso amor, serem homens finitos aliados ao Onipotente! “Deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no Seu nome.” Te 212.2

“Amados, agora somos filhos de Deus.” Pode acaso qualquer honra mundana ser igual a isto? Te 212.3

Representemos a vida cristã como ela em realidade é; tornemos alegre, convidativo e interessante o caminho. Podemos fazê-lo, se quisermos. Podemos encher a mente de vívidos quadros das coisas espirituais e eternas, e assim fazendo, ajudar a torná-las reais a outras mentes. A fé vê Jesus como Mediador, à destra de Deus. A fé contempla as mansões que Ele foi preparar para os que O amam. A fé vê as vestes e a coroa, tudo preparado para os vencedores. A fé ouve os hinos dos remidos, e traz próximo as glórias eternas. Precisamos achegar-nos bem a Jesus em obediência de amor, caso queiramos ver o Rei em Sua beleza. — The Review and Herald, 29 de Janeiro de 1884. Te 212.4