Liderança Cristã
Trabalho em equipe
A cada homem um tipo especial de serviço — Em 1903, escrevi ao presidente de uma Associação: “Por meio de um agente, Cristo Jesus, Deus misteriosamente uniu todos os homens entre si. A cada homem deu Ele algum ramo especial de serviço e devemos ser rápidos em compreender que nos devemos precaver contra abandonar o trabalho que nos foi confiado para interferir com outros agentes humanos que estão fazendo um trabalho que não é precisamente o mesmo que o nosso. A nenhum homem foi designada a obra de interferir no trabalho de um de seus coobreiros, procurando tomá-lo em suas mãos ele mesmo; pois o manusearia de tal maneira que o estragaria. Deus dá a um, trabalho diferente do que dá a outro.” — Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 494. LC 72.1
Respeito mútuo — Cada um deve prostrar-se em seu grupo e em seu lugar, fazendo seu trabalho. Cada indivíduo entre vocês deve, perante Deus, realizar um trabalho para estes últimos dias que é importante, sagrado e majestoso. Todos devem levar o peso de sua responsabilidade. O Senhor está preparando cada um para fazer seu trabalho designado, e cada um deve ser respeitado e honrado como um irmão escolhido de Deus e precioso à Sua vista. Não se deve escolher um só homem e delegar-lhe todos os planos e métodos, enquanto outros são deixados de lado. Se isto ocorrer, erros serão cometidos; passos errados serão tomados. Isso redundará em mais malefícios do que benefícios. Nenhum de vocês precisa temer que o outro ocupe o posto mais elevado. Todos devem ser tratados sem parcialidade e hipocrisia. LC 72.2
Não se deve atribuir o mesmo tipo de trabalho a cada obreiro; e, por essa razão, vocês devem aconselhar-se mutuamente na liberdade e confiança que devem existir entre os obreiros do Senhor. Todos precisam ter menos confiança em si mesmos e muito mais confiança nAquele que é poderoso em aconselhar, que conhece o fim desde o princípio. LC 72.3
Quando se respeitam mutuamente, vocês respeitam a Jesus Cristo. Não devem mostrar preferências, pois o Senhor não mostra preferência para com Seus escolhidos. Ele disse: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de Meu Pai vos tenho dado a conhecer.” João 15:15. Esta é a confiança que o Senhor deseja que nutram mutuamente. A menos que pratiquem isso mais do que têm feito em sua experiência passada, não andarão nem trabalharão sob ditames do Espírito de Deus. O Senhor deseja que se unam em ternos laços de companheirismo. Como obreiros do Senhor devem apresentar seus planos uns aos outros. Esses planos devem ser cuidadosamente analisados com oração, pois o Senhor deixará aqueles que assim não agem tropeçarem em sua suposta sabedoria e grandeza superior. ... LC 73.1
Ninguém deve supor que sua sabedoria não seja passível de erros. Deus deseja que o maior cultive esta humildade que o tornará servo de todos, se o dever assim o exige. Entretanto, ao amar-se como irmãos e pensar como um só ser, um só coração, uma só vida, devem individualmente apoiar-se inteiramente em Deus. Ele será seu amparo. Ele não Se agrada quando dependem uns dos outros para buscar luz, orientação e sabedoria. O Senhor deve ser nossa sabedoria. Individualmente devemos reconhecer que Ele é nossa santificação e redenção. A ele devemos olhar e nEle devemos confiar. Ele será para nós um socorro presente em todo tempo de necessidade. LC 73.2
Quaisquer que sejam os nossos deveres nos diferentes aspectos da obra, lembremo-nos de que o Senhor é o General que tudo comanda. Vocês não devem afastar-se dEle para fazer da carne a sua força. Estão demasiadamente inclinados em medir-se e comparar-se entre si, valorizando a importância do seu trabalho. Não lhes ocorre que suas comparações podem estar muito aquém da realidade? Não é a posição nem a categoria que o Senhor valoriza. Ele procura ver o quanto do Espírito do Mestre vocês cultivam e quanto da semelhança de Cristo revelam em seu trabalho. — Carta 49, 1897, (Setembro de 1897, aos irmãos Daniells, Colcord, Faulkhead, Palmer, Salisbury). LC 73.3
Planejar unidos em conselhos — Como irmãos colocados onde devem estar, mais ou menos ligados, vocês devem planejar em união em seus conselhos, em suas associações, em espírito e em todo o seu trabalho. Ninguém dentre vocês deve ser o conselheiro de todos. — Carta 49, 1897, (Setembro de 1897, aos Obreiros em Nossas Instituições). LC 74.1
Nenhum homem deve controlar — Ao dar conselho para o avançamento da obra, homem nenhum sozinho deve ser um poder dominante, uma voz por todos. Os métodos e planos que forem propostos devem ser considerados com cuidado, de modo que todos os irmãos possam pesar os méritos relativos e resolver que métodos e planos devam ser seguidos. Ao estudar os campos para os quais nos pareça que o dever nos chama, convém tomar em conta as dificuldades que ali serão encontradas. — Testemunhos Seletos 3:198, 199. LC 74.2
Responsabilidades divididas — O serviço de Deus não é delegado à opinião e julgamento de um homem, mas é dividido entre aqueles que estão dispostos a trabalhar com interesse e sacrifício próprio. Assim todos, de acordo com a habilidade e capacidade que Deus tem lhes dado, assumem as responsabilidades que são por Ele designadas. LC 74.3
Os importantes interesses de uma grande nação foram confiados a homens cujos talentos os habilitavam a assumir tais responsabilidades. Alguns foram escolhidos para dirigir negócios, outros foram chamados para cuidar de assuntos espirituais ligados à adoração a Deus. Todo o serviço religioso e cada ramo de negócio devia levar a assinatura do Céu. “Santidade ao Senhor” devia ser o lema dos obreiros em cada departamento. Considerou-se como essencial que todas as coisas fossem conduzidas com regularidade, propriedade, fidelidade e presteza. — Manuscrito 81, 1900, p. 6, (Diário, o Reino de Salomão). LC 74.4
Mente alguma é capaz de administrar uma Associação — Ao ser escolhido um obreiro para a presidência de uma Associação, a função em si não lhe confere capacidade que antes não possuísse. LC 74.5
Um alto cargo não confere ao caráter as virtudes cristãs. Quem imagina poder por si só traçar os planos para todos os ramos da obra, demonstra grande falta de sabedoria. Mente humana alguma é capaz de assumir as numerosas e variadas responsabilidades de uma Associação que conta com milhares de membros e abarca muitos ramos de atividade. LC 74.6
Foi-me, porém, mostrado um perigo ainda maior: é o conceito difundido entre os nossos obreiros de que os pregadores e outros empregados na causa devam deixar para alguns chefes o cuidado de determinar-lhes as responsabilidades. A inteligência e o discernimento de um homem não devem ser considerados suficientes para dirigir e modelar uma Associação. LC 75.1
Tanto o indivíduo como a igreja têm cada qual as suas responsabilidades. A cada homem deu Deus algum talento ou talentos para serem usados e aperfeiçoados. Ao fazer uso desses talentos, sua capacidade para servir aumentará. — Testemunhos Seletos 3:424. LC 75.2
Evitem o desejo de tornar-se grandes líderes — São os que aceitam as advertências e avisos que lhes são dados que andarão em caminhos seguros. Não ceda o homem ao ardente desejo de se tornar um grande líder, ou a desejar independentemente idear e estabelecer planos tanto para si mesmo como para a obra de Deus. É fácil para o inimigo trabalhar por intermédio de alguém que, tendo ele mesmo necessidade de conselho a cada passo, empreende a tutela de almas sem ter aprendido a humildade de Cristo. Tais pessoas necessitam do conselho dAquele que diz: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos.” Mateus 11:28. LC 75.3
Precisam nossos pastores e líderes reconhecer a necessidade de buscar o conselho de seus irmãos que há muito estão no trabalho, e que alcançaram profunda experiência nos caminhos do Senhor. A disposição de alguns de se fecharem dentro de si mesmos e de se julgarem competentes para planejar e executar, segundo seu próprio discernimento e preferências, leva-os a posições difíceis. Tal maneira independente de trabalhar não é correta, e não deve ser seguida. Devem os pastores e professores de nossas Associações trabalhar unidos com seus irmãos experientes, solicitando-lhes o conselho e dando atenção aos seus avisos. — Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 501, 502. LC 75.4