O Sábado e o Domingo nos Primeiros Três Séculos: o Testemunho Completo dos Pais da Igreja

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Testemunho de Teófilo de Antioquia

Esse pai tornou-se bispo de Antioquia em 168 d.C., e morreu em 181 d.C. Os escritores que defendem o primeiro dia o apresentam dizendo: “Tanto o costume quanto a razão nos desafiam a honrar o dia do Senhor, observando que foi nesse dia que nosso Senhor Jesus ressuscitou dos mortos”. Esses escritores, no entanto, não fazem referência ao lugar específico, na obra de Teófilo, onde essa citação é encontrada. Eu examinei cuidadosamente cada um dos parágrafos de todos os escritos restantes desse pai, e fiz isso várias vezes, sem encontrar qualquer declaração desse tipo. Portanto, me sinto compelido a declarar que nada semelhante ao que foi citado acima, pode ser encontrado nos escritos de Teófilo. E além disso, o termo “dia do Senhor” não é utilizado por esse escritor, e nem sequer ele menciona o primeiro dia da semana, exceto ao citar Gênesis 1, em um único caso! Mas, embora não faça nenhuma menção da festa do domingo, ele faz a seguinte referência ao sábado em suas observações acerca da criação do mundo: SDS 59.1

Além disso, [eles falaram] acerca do sétimo dia, que todos os homens reconhecem; mas a maioria não sabe que, o que entre os judeus é chamado de “sábado”, é traduzido para o grego como “sétimo” (hebdonos), nome que é adotado por todas as nações, embora não saibam por que é assim chamado. — Teófilo para Autólico, livro 2, cap. 12. SDS 59.2

Embora Teófilo esteja equivocado ao dizer que a palavra hebraica “sábado” é traduzida para o grego como “sétimo”, sua declaração indica que ele defendia a origem do sábado como sendo desde de quando Deus santificou o sétimo dia. Essas são as palavras das Escrituras, como apesentadas por ele, com base nas quais ele escreveu o texto citado acima: SDS 60.1

“E Deus terminou no sexto dia a obra que fizera, e descansou no sétimo dia de toda a Sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.” — Livro 2, cap. 11. SDS 60.2

No décimo capítulo desse livro, ele compara aqueles que “guardam a lei e os mandamentos de Deus” às estrelas fixas, enquanto as “estrelas errantes” são “um tipo dos homens que se afastaram de Deus, abandonando Sua lei e Seus mandamentos”. Sobre a lei em si, ele fala o seguinte: SDS 60.3

Aprendemos uma santa lei; mas temos como legislador, Alguém que é verdadeiramente Deus, o qual nos ensina a agir com justiça, a ser piedosos e a fazer o bem. SDS 60.4

Depois de citar todos os mandamentos, exceto o terceiro e o quarto, ele diz: SDS 60.5

“Sobre essa grande e maravilhosa lei que visa a toda justiça, as DEZ CABEÇAS, nós já as mencionamos. — Livro 3, cap. 9. SDS 60.6

Ele faz da guarda da lei e dos mandamentos a condição para ter parte na ressurreição para a vida eterna: SDS 60.7

Pois Deus nos concedeu uma lei e santos mandamentos, e todo aquele que os guarda pode ser salvo, e, alcançando a ressurreição, pode herdar a incorrupção. — Livro 2, cap. 27. SDS 60.8

Todavia, alega-se que esse homem que apresenta um testemunho tão nobre a favor dos mandamentos e da lei, e que não diz nenhuma palavra acerca da festa do domingo, teria falado explicitamente em favor desse suposto sábado cristão! SDS 60.9