O Sábado e o Domingo nos Primeiros Três Séculos: o Testemunho Completo dos Pais da Igreja

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Testemunho do Herege Bardesanes

Bardesanes, o sírio, floresceu por volta de 180 d.C. Ele pertencia à seita gnóstica dos Valentianos, e ao abandoná-los, “concebeu seus próprios erros”. Em sua obra Book of the Laws of Countries [Livro das Leis dos Países], ele responde aos pontos de vista dos astrólogos que afirmam que as estrelas governam as ações dos homens. Ele mostra a tolice disso, enumerando as peculiaridades de diferentes raças e seitas. Ao fazer isso, ele fala do rigor com o qual os judeus guardavam o sábado. Sobre a nova seita chamada cristianismo, a qual “Cristo, em Seu advento, plantou em todos os países”, ele diz o seguinte: SDS 57.2

Em um dia, o primeiro da semana, nos reunimos, e nos dias das leituras nos abstemos de [tomar] sustento. SDS 57.3

Isso mostra que os gnósticos usavam o domingo como o dia designado para as reuniões religiosas. Se ele reconhecia outros além dos gnósticos, ou cristãos, não podemos afirmar. No entanto, não encontramos nenhuma alusão ao domingo como um dia de abstinência do trabalho, exceto, o tempo necessário para as suas reuniões. Além disso, não podemos determinar o que significa os seus dias de jejum mencionados. Também é digno de nota que esse escritor, que certamente fala do domingo, e isso tão tarde quanto 180 d.C., não o chama de dia do Senhor, nem lhe atribui qualquer título sagrado, mas fala dele como “primeiro dia da semana”. Até 180 d.C., nenhum escritor conhecido por falar do domingo, chama-o de dia do Senhor. SDS 57.4