Ministério Para As Cidades

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Capítulo.7 - Métodos De Ensino E Colheita

Os membros da igreja devem ser instruídos a trabalhar pelos outros - É dever daqueles que se apresentam como líderes e mestres do povo instruir os membros da igreja quanto ao trabalho em atividades missionárias, e então ver em ação a grande obra de ampla proclamação desta mensagem que deve despertar toda cidade não alcançada, antes que venha a crise, quando, mediante a operação de agentes satânicos, as portas agora abertas para a mensagem do terceiro anjo serão fechadas. Deus requer que demos a mensagem da verdade presente a cada cidade, e que não limitemos nosso empenho a alguns poucos lugares. Onde quer que se encontre uma abertura para a verdade, que para lá se designem homens capazes de apresentar seus ensinos com poder e convicção que alcancem os corações (Manuscrito 61, 1909; MR10, p. 215, 216). MPC 72.1

Os membros da igreja devem aprender a partilhar a verdade com outros - A preciosa, salvadora verdade tem sido repetida vez após vez aos membros de nossas igrejas, enquanto justamente nas cidades em que as igrejas são organizadas há pessoas perecendo por falta do conhecimento que os membros dessas igrejas poderiam partilhar. Raramente se vê uma campanha acirrada de ataque. Se os cristãos se encontrassem totalmente despertos, atentos às oportunidades de difundir a luz, encontrariam bastante trabalho para fazer. O fervor, a sobriedade, a revelação do senso de solene responsabilidade que repousa sobre os seguidores de Cristo, contariam fortemente a favor da verdade. Os cristãos que sacrificam o próprio eu causarão uma impressão sobre seus vizinhos ao viver uma vida de piedade prática. Trabalharão sinceramente no serviço do Mestre, proclamando as virtudes dAquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. Obedecerão à instrução de Cristo: “Brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Todo membro da igreja deve aprender a comunicar luz aos que se assentam nas trevas. Que cada um se interesse pelas pessoas “como quem deve prestar contas” (RH, 11 de junho de 1895). MPC 72.2

Proclamando A Verdade Bíblica

Começar apresentando o evangelho do modo mais claro possível - Há uma sagrada, solene obra a ser feita em levantar o estandarte entre aqueles que ainda precisam ouvir o primeiro convite para o banquete do evangelho. Cada tipo de trabalho deve vir em sua ordem. Devemos erguer a voz e proclamar a mensagem pelos caminhos, e reunir todos aqueles que quiserem vir à ceia das bodas do Cordeiro. Estamos fazendo isso. Estamos realizando nossas reuniões campais em cidades gran-des e pequenas, onde a mensagem da verdade presente não foi ouvida. De início, não proclamamos a essas pessoas temas doutrinários dos quais elas não têm compreensão. A primeira coisa e a mais importante é sensibilizar e subjugar o coração, apresentando-lhe nosso Senhor Jesus Cristo como o portador de pecados, o Salvador perdoador de pecados, tornando o evangelho o mais claro possível (Carta 4, 1899). MPC 73.1

Revelar as verdades da Palavra de Deus aos que se dispõem a ouvir - Há, em nossas vilas e cidades, pessoas que vivem na ignorância das verdades da Palavra de Deus; muitas estão perecendo no pecado. Algumas, por curiosidade, vêm às nossas igrejas. Que todo sermão pregado seja uma revelação das grandes verdades aplicáveis a este tempo. Ergam o véu dos mistérios da redenção perante os alunos na escola e as congregações que se ajuntam para ouvir a Palavra. Esse é o conhecimento que os educados e ignorantes necessitam. A educação superior será encontrada no estudo do mistério da piedade. As grandes verdades da Palavra de Deus, uma vez assimiladas pela fé, aceitas e postas em prática na vida, darão em resultado uma educação de mais elevada ordem (CPPE, p. 398 [1913]). MPC 73.2

A verdade bíblica deve ser proclamada com simplicidade, para que todos a compreendam - O Senhor está falando a Seu povo neste tempo, dizendo: Busquem entrar nas cidades, e proclamem a verdade em simplicidade e fé. O Espírito Santo operará por meio dos esforços de vocês, para impressionar os corações. Não introduzam doutrina estranha alguma em sua mensagem, mas proclamem as palavras simples do evangelho de Cristo, as quais jovens e idosos podem entender. Os indoutos bem como os estudados devem compreender as verdades da mensagem do terceiro anjo, e precisam ser ensinados em simplicidade. Se vocês querem se aproximar do povo de modo aceitável, humilhem o coração diante de Deus e aprendam Seus caminhos (RH, 18 de janeiro de 1912; MS, p. 299). MPC 73.3

Expor a verdade bíblica à medida que for compreendida - Certa noite, antes de uma reunião importante, tive a impressão, enquanto dormia, de que me achava em reunião com os irmãos, escutando Alguém que falava com autoridade. Disse Ele: “Assistirão a esta reunião muitas pessoas sinceras que desconhecem as verdades que serão apresentadas. Elas ouvirão e ficarão interessadas porque Cristo as está atraindo; a consciência lhes diz que o que ouvem é verdade, pois tem a Bíblia por base. É importante ter o máximo cuidado ao tratar com essas pessoas. [...] Não insistam em apresentar logo no início ao povo os aspectos mais questionáveis de nossa fé, a fim de que não fechem os ouvidos daqueles a quem essas coisas vêm como nova revelação.” MPC 74.1

Sejam-lhes apresentadas as porções da verdade que conseguem aprender e valorizar; embora possa parecer estranho e chocante, muitos reconhecerão, com alegria, que nova luz se derramou sobre a Palavra de Deus. Ao passo que, se a verdade fosse apresentada em tanta quantidade que a não pudessem receber, alguns iriam embora para nunca mais voltar. Mais ainda, apresentariam mal a verdade e, ao explicar o que fora dito, iriam distorcer de tal forma as Escrituras que confundiriam o raciocínio dos outros. Precisamos aproveitar as circunstâncias agora. Apresentem a verdade tal como é em Jesus. Não deve haver espírito combativo ou de polêmica na defesa da verdade (Manuscrito 44, 1894; Special Testimonies to Ministers and Workers, Série A, n° 3, p. 13, 14). MPC 74.2

Tópicos Para Pregação

Muitos sabem apenas aquilo que seus ministros lhes dizem — O povo nada sabe da verdade. Nada sabe sobre as razões de nossa fé. As pessoas acreditam naquilo que os pastores de suas igrejas lhes dizem. Não deve, então, haver um esforço para que saibam qual é a verdade para este tempo? O que pode ser feito nessas cidades, sem dinheiro, para dar início ao trabalho? Se vocês veem continuamente lugares nos quais julgam poder usar favoravelmente os recursos, devem esses países ser deixados com a terra sem ser arada e semeada? Ficará o Senhor satisfeito com esse tipo de negligência? (Carta 9a, 1893 (MR11, p. 7). MPC 74.3

Pregar os sinais da breve volta de Jesus - Sentimos ter chegado o tempo para que se façam decididos esforços em nossas cidades. Leiam o vigésimo primeiro capítulo de Lucas. Essa é a mensagem que devemos levar. É a mais solene mensagem para este tempo (Carta 160, 1906). MPC 74.4

Dar ênfase ao sábado do sétimo dia - Muitas regiões há para as quais deviam ter sido destinados recursos para uma campanha intensa em cidades grandes e pequenas, com reuniões em tendas e a edificação de igrejas como monumentos da verdade e da justiça. Cada golpe do martelo deve falar de Deus e Seu santo sábado. Isso se deve evidenciar em todo o nosso trabalho de modo distinto e marcante, como testemunho de que o sétimo dia é o sinal, o selo de Deus (Carta 45, 1900; MR9, p. 88). MPC 74.5

Evangelismo Público Nas Grandes Cidades

Alugar salões e outros lugares próprios para reuniões públicas — Em lugares em que a verdade não é conhecida, irmãos aptos para a obra podem alugar uma sala, ou outro lugar apropriado, reunindo ali todos que vierem. Instruam, então, o povo na verdade. Não é necessário pregar, mas tomar a Bíblia e deixar que Deus fale diretamente por Sua Palavra. Se houver apenas um pequeno número de presentes, podem ler um “Assim diz o Senhor”, sem grande aparato ou agitação; ler simplesmente, e expor a singela verdade evangélica, cantar e orar com eles (RH, 29 de setembro de 1891). MPC 75.1

Os esforços evangelísticos devem incluir o subsequente acompanhamento - Em nossos esforços por alcançar as pessoas, existe o perigo de adotarmos métodos que não produzam os melhores resultados. Podem ser seguidos planos que pareçam despertar muito interesse por algum tempo, mas o efeito mostra que o trabalho não é permanente. O uso do carroção do evangelho 1 pode produzir algum bem mas, na maioria dos casos, os resultados posteriores serão decepcionantes. As pessoas serão atraídas pela música e ouvirão os pronunciamentos e apelos feitos. Mas os obreiros passam rapidamente de um lugar para outro, e não há tempo para que as pessoas se estabeleçam na fé. As impressões causadas logo se apagam. Semeou-se pouca semente que brote e produza fruto. Quando a temporada se encerra, haverá uns poucos feixes a serem ceifados. [...] MPC 75.2

Em muitos lugares, é praticamente impossível ter acesso a alguma casa de culto. O preconceito, a inveja, o ciúme são tão fortes, que muitas vezes não encontramos um lugar no qual falar ao povo a palavra da vida. Se puderem ser realizadas reuniões campais em diferentes lugares, aqueles que desejam ouvir terão essa oportunidade. Pessoas famintas pelo pão da vida serão alimentadas. MPC 75.3

Em lugar de haver gigantescas reuniões campais em poucas localidades, mais bem se produziria realizando pequenas reuniões em muitos lugares. Que essas sejam feitas em cidades grandes e pequenas, onde a mensagem da verdade presente não foi apresentada. [...] MPC 75.4

Essas devem ser seguidas por reuniões em tendas e estudos bíblicos. Obreiros experientes, com seus auxiliares, devem permanecer no campo em busca de todos os interessados. Devem trabalhar como se estivessem procurando a ovelha perdida. Muitos que vêm à reunião campal somente para ouvir ou ver alguma coisa nova serão impressionados pela verdade, e alguns decidirão obedecer. [...] MPC 76.1

Nessas reuniões, não devemos, de início, apresentar assuntos doutrinários, dos quais os ouvintes não têm compreensão. Prendam a atenção das pessoas ao apresentar a verdade como ela é em Jesus. A primeira e mais importante coisa é sensibilizar e subjugar o coração pela apresentação de nosso Senhor Jesus Cristo como o Salvador que perdoa pecados. Mantenham perante o povo a cruz do Calvário. O que causou a morte de Cristo? A transgressão da lei. Mostrem que Cristo morreu para dar aos seres humanos a oportunidade de se tornarem súditos leais do Seu reino. MPC 76.2

Que a verdade seja apresentada, não em discursos longos e elaborados, mas em palestras breves, objetivas. Instruam, instruam com respeito a um serviço completo, feito do fundo do coração. Consagração plena, muita oração, intenso fervor hão de causar impressão, pois anjos de Deus estarão presentes para tocar o coração dos que ouvem. MPC 76.3

Que haja cânticos e música instrumental. Instrumentos musicais foram usados em cultos religiosos nos tempos antigos. Os adoradores louvavam a Deus com harpa e címbalos, e a música deve ter seu lugar em nossos cultos. Contribuirá para aumentar o interesse (Manuscrito 3, 1899; GCDB, 2 de março de 1899, p. 128). MPC 76.4

Reuniões ao ar livre eficientes em alguns lugares - As cidades devem ser mais trabalhadas. Há lugares em que o povo pode ser mais facilmente alcançado por meio de reuniões ao ar livre. Muitos há que podem fazer essa espécie de trabalho, mas precisam se revestir de toda a armadura da justiça. Somos cuidadosos demais em nossa obra, no entanto, a propriedade e o bom senso são necessários (Manuscrito 139, 1898; An Appeal for Missions [panfleto 004], p. 15). MPC 76.5

Oradores Das Reuniões Realizadas Em Tendas Nas Cidades

Devem ser usados os melhores oradores em reuniões campais nas cidades - 2Todos devemos estar bem alerta quanto ao fato de que, ao abrir-se o caminho, podemos adiantar a obra nas grandes cidades. Estamos muito atrasados em seguir as instruções para entrar nessas cidades e construir monumentos para Deus. Passo a passo devemos levar pessoas à plena luz da verdade. Devemos continuar trabalhando até que se organize uma igreja, e seja edificada uma humilde casa de culto. [...] Há muito trabalho para ser feito em diversas cidades. Obreiros devem partir para nossas grandes cidades e realizar reuniões campais. Nessas reuniões, os melhores talentos devem ser empregados, para que a verdade possa ser proclamada com poder. Devem participar pessoas com diversos dons. Uma única pessoa não possui todos os dons indispensáveis para o trabalho. Para tornar uma reunião religiosa bem-sucedida, são necessários vários obreiros. Ninguém deve monopolizar sozinho todo trabalho importante (RH, 30 de setembro de 1902). MPC 76.6

Os oradores devem ter cuidado com suas palavras - Devem-se realizar reuniões campais em nossas cidades grandes. E se os oradores forem cuidadosos em tudo quanto disserem, serão alcançados corações ao ser a verdade proclamada no poder do Espírito. O amor de Cristo recebido no coração banirá o amor do erro. O amor e a benevolência manifestos na vida de Cristo devem se manifestar na vida dos que trabalham para Ele. A dedicada, infatigável atividade que Lhe assinalou a existência deve distinguir a vida deles. O caráter do cristão deve ser uma reprodução do caráter de Cristo. [...] MPC 77.1

Esse tipo de trabalho não deve ser considerado separado e distinto de outras áreas do trabalho das reuniões campais. Cada aspecto da obra de Deus está intimamente relacionado com os outros. E, embora as diferentes áreas sejam distintas, devem elas avançar em perfeita harmonia. [...] MPC 77.2

Todos os que puderem, doem-se à obra longamente negligenciada em nossas cidades, uma obra que tem sido considerada e pela qual, depois, se passa de largo, assim como o homem ferido foi deixado de lado pelo sacerdote e o levita. Assumam o trabalho nas cidades de forma séria, inteligente e abnegada (PUR, 23 de outubro de 1902). MPC 77.3

Evitar Exibição Extravagante

Dispensar grandiosos aparatos - Desejo realmente falar. Não é plano de Deus que, em algum momento, Sua igreja programe fazer uma grande exibição em nossas cidades, por algum motivo. O Senhor Se de-sagrada e é desonrado quando os recursos que nos confiou são usados nessas exibições. Foi permitido que se me apresentasse a recente exibição, e fui informada de que o dinheiro usado dessa forma devia ter sido usado para aliviar a situação de alguns que emprestaram recursos às nossas instituições e agora precisam desses recursos. Alguns há que emprestaram suas posses em boa-fé, mas que, embora tendo solicitado e apelado por seu dinheiro, não conseguiram reavê-lo. Os recursos que são empréstimos de nosso povo devem ser devolvidos, quando solicitados (Manuscrito 162, 1905; MR10, p. 230). MPC 77.4

A oração e o Espírito Santo obterão mais resultado que aparato exterior - Os que fazem a obra do Senhor nas cidades têm que dedicar esforço concentrado, perseverante e devotado em favor da educação do povo. Embora devam trabalhar fervorosamente para despertar e conservar o interesse dos ouvintes, têm de, ao mesmo tempo, precaver-se contra qualquer coisa que se aproxime do sensacionalismo. Nesta época de extravagância e ostentação, em que as pessoas julgam necessário aparentar o que não são para conseguir êxito, os escolhidos mensageiros de Deus devem mostrar o erro de gastar meios desnecessariamente para causar efeito. Ao trabalhar com simplicidade, humildade e gentil dignidade, evitando tudo que seja de natureza teatral, sua obra fará duradoura impressão para o bem. MPC 78.1

Realmente há necessidade de gastar dinheiro, sabiamente, para anunciar as reuniões, e prosseguir com a obra sobre bases sólidas. Contudo, logo ficará claro que a força de cada obreiro reside, não nessas manifestações exteriores, mas na verdadeira confiança em Deus, na oração fervorosa, pedindo auxílio, e na obediência à Sua Palavra. Muito mais oração, muito maior semelhança com Cristo, muito mais conformidade com a vontade de Deus, devem ser introduzidas na obra do Senhor. Demonstrações exteriores e extravagante gasto de recursos não realizarão a obra que deve ser feita. MPC 78.2

A obra de Deus tem que ser levada avante com poder. Precisamos do batismo do Espírito Santo. Precisamos compreender que Deus acrescentará às fileiras de Seu povo pessoas de habilidade e influência que hão de desempenhar sua parte em advertir o mundo. Nem todos no mundo são transgressores e pecaminosos. Deus tem muitos milhares que não dobraram os joelhos a Baal. Há nas igrejas caídas homens e mulheres tementes a Deus. Se assim não fosse, não seríamos incumbidos de pro-clamar a mensagem: “Caiu! Caiu a grande Babilônia. [...] Sai dela, povo Meu” (Ap 18:2, 4). Muitos dos sinceros de coração estão suspirando por um sopro de vida do Céu. Eles reconhecerão o evangelho quando lhes for apresentado na beleza e simplicidade com que é colocado na Palavra de Deus (T9, p. 109-111 [1909]). MPC 78.3

Exibição extravagante é contrária à vontade de Deus - Deus tem observado a grande exibição feita por alguns que trabalham em Nova York, mas Ele não concorda com essa forma de pregar o evangelho. A solene mensagem se mistura com grande quantidade de palha, causando sobre as mentes uma impressão que não se harmoniza com nossa obra. As boas-novas da graça redentora devem ser levadas a todo lugar; a advertência deve ser dada ao mundo, mas devemos praticar economia se somos movidos pelo espírito de que Cristo nos deu um exemplo em Seu serviço vitalício. Ele não gostaria que uma manifestação como essa representasse a reforma da saúde em lugar algum. [...] MPC 78.4

Toda grande ostentação que tem sido feita na obra médico-missionária, ou em edifícios, ou no vestuário ou em qualquer tipo de adorno, é contrária à vontade de Deus. Nossa obra deve ser cuidadosamente examinada, e deve estar em harmonia com o plano de nosso Salvador. Ele poderia ter exércitos de anjos para demonstrar Seu caráter nobre e verdadeiro, mas colocou tudo isso de lado e veio ao nosso mundo revestido de humanidade, para sofrer com a humanidade todas as tentações a que o ser humano é submetido. [...] MPC 79.1

Deus conclama os adventistas do sétimo dia a revelarem ao mundo que nos estamos preparando para aquelas mansões que Cristo foi preparar para os que purificarem o coração pela obediência à verdade tal como ela é em Jesus. Que toda pessoa que venha a Cristo negue a si mesma, EH tome sua cruz e O siga. Assim diz o grande Mestre (Carta 309, 1905; RH, 6 de agosto de 1914). MPC 79.2

Evangelismo Pessoal

O testemunho pessoal é mais eficiente que a pregação em público - Sendo sociáveis e aproximando-se do povo [que desejamos alcançar], vocês poderão mudar-lhe a direção dos pensamentos muito mais facilmente do que pelos mais bem feitos discursos. A apresentação de Cristo em família, no lar e em pequenas reuniões em casas particulares é, muitas vezes, mais bem-sucedida em atrair pessoas para Jesus do que sermões feitos ao ar livre, às multidões dispersas, ou mesmo em salões e igrejas (RH, 8 de dezembro de 1885). MPC 79.3

A pregação é reforçada pelo esforço de casa em casa - As cidades devem ser trabalhadas, não se lhes deve meramente pregar; é preciso que se faça trabalho de casa em casa. Depois de ser dada a advertência, de a verdade haver sido apresentada pelas Escrituras, muitas pessoas ficarão convencidas. É preciso, então, grande cuidado. O instrumento humano não pode fazer a obra do Espírito Santo; somos apenas os canais mediante os quais o Senhor trabalha. Muitas vezes um espírito de presunção se infiltra, caso o nível de sucesso acompanhe os esforços do obreiro. Não deve haver, porém, nenhuma exaltação do eu, coisa alguma a ele deve ser atribuída; a obra é do Senhor, e a Seu precioso nome deve ser dada toda a glória. Que o próprio eu se esconda em Jesus (RH, 14 de outubro de 1902). MPC 79.4

Trabalho Em Favor Dos Vizinhos

Começar na própria vizinhança - O Senhor me apresentou a obra que deve ser feita em nossas cidades. Os cristãos nessas cidades podem trabalhar por Deus na vizinhança de seus lares. Devem trabalhar calmamente e com humildade, levando consigo, aonde quer que forem, a atmosfera do Céu. Se deixarem de lado o próprio eu, apontando sempre para Cristo, então o poder de sua influência será sentido (RH, 12 de agosto de 1902). MPC 80.1

Os cristãos que moram nas cidades devem testemunhar aos outros - Dirijo-me a cristãos que vivem em nossas grandes cidades: Deus fez de vocês depositários da Verdade, não para que a retenham, mas para que a comuniquem a outros. Vocês devem fazer visitas de casa em casa, como fiéis administradores da graça de Cristo. Enquanto trabalham, delineiam e planejam, novos métodos se lhes apresentarão à mente a todo momento, e pelo uso aumentarão as capacidades de seu intelecto. O cumprimento indiferente, negligente, do dever representa um dano à pessoa pela qual Cristo morreu. Se quisermos encontrar as pérolas perdidas nos detritos das cidades, precisamos sair, prontos para fazer o trabalho que o Mestre de nós requer. Alguns podem trabalhar silenciosamente, despertando interesses, enquanto outros falam em salões. É verdade que Satanás conspirará de toda maneira possível para entorpecer os sentidos, cegar os olhos e fechar os ouvidos das pessoas contra a verdade; no entanto, saiam a trabalhar. Trabalhem de casa em casa, sem negligenciar os pobres, que geralmente são passados por alto. Cristo disse: “Ele Me ungiu para pregar o evangelho aos pobres”, e nós devemos ir e fazer o mesmo (RH, 11 de junho de 1895). MPC 80.2

Conversar com amigos - Devemos sentir ser nosso especial dever trabalhar pelos que se encontram em nossa vizinhança. Pensem como podem melhor socorrer os que não têm interesse algum nas coisas religiosas. Ao visitarem seus amigos e vizinhos, mostrem interesse em seu bem-estar espiritual, assim como em seu bem-estar temporal. Falem-lhes de Cristo como um Salvador que perdoa o pecado. Convidem seus vizinhos para a casa de vocês e leiam partes da preciosa Bíblia e de livros que lhes explicam as verdades. Convidem-nos a se unir a vocês em cânticos e orações. Nessas pequenas reuniões, o próprio Cristo estará presente, segundo prometeu, e os corações serão tocados pela Sua graça. MPC 80.3

Os membros da igreja devem se educar em fazer essa obra. Ela é exatamente tão essencial como salvar as pessoas que vivem em trevas nos países estrangeiros. Enquanto alguns se preocupam com pessoas distantes, muitos dos que se acham na própria pátria sentem responsabilidade pelos que se encontram ao redor, trabalhando com igual empenho pela salvação deles (CBV, p. 152, 153 [1905]). MPC 81.1

Alcançar as pessoas onde elas estão - Alcançar o povo onde quer que esteja e seja qual for sua posição ou estado, e auxiliá-lo por todos os modos possíveis - esse é o verdadeiro ministério. Mediante esses esforços, vocês podem conquistar corações e abrir uma porta de acesso a pessoas que estão perecendo. [...] MPC 81.2

De pouca utilidade é procurar reformar outros atacando o que podemos considerar maus hábitos. Esse tipo de atitude geralmente é muito mais prejudicial do que benéfico. Em Sua conversa com a samaritana, em lugar de desmerecer o poço de Jacó, Cristo apresentou algo melhor. [...] Isso é uma ilustração do modo pelo qual devemos trabalhar. Temos de oferecer às pessoas algo melhor do que elas possuem, a própria paz de Cristo, que excede todo o entendimento (CBV, p. 156, 157). MPC 81.3

Todos Devem Ser Alcançados

A família humana inteira é a nossa congregação - O amor que se manifestou na vida e no caráter de Cristo não é nenhuma afeição restrita, egoísta. Vocês devem ser motivados por Seu amor a pregar o evangelho em regiões fora de sua esfera, e não a gabar-se do trabalho que outro fez e lhe deixou ao alcance. “Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor. Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, e sim aquele a quem o Senhor louva” (2Co 10:17). A obra que está sempre diante do ministro de Cristo é pregar o evangelho, aos que estão perto e “nas terras de além”. Isso envolve o sacrifício próprio e torna necessário carregar a cruz. Esse tipo de trabalho, que nos levará continuamente a ser fiéis missionários na terra natal e a avançar para novos campos, deve progredir mais e mais, ao nos aproximarmos do término da história ter-restre. O evangelho não se deve restringir a algum tempo ou confinar-se a algum lugar. O mundo é o campo do ministro do evangelho, e a família humana inteira é sua congregação. Quando ele termina de apresentar um sermão, sua obra está apenas iniciando, pois a palavra da vida deve ser apresentada de casa em casa. A verdade deve ser levada de cidade a cidade, de rua em rua, de família a família. Todo método pelo qual se obtenha acesso aos lares das pessoas deve ser testado, pois o mensageiro precisa conhecer as pessoas. A verdade deve ser levada de província em província, de reino a reino. Os caminhos e atalhos precisam ser totalmente respigados, e a mensagem deve se espalhar de um continente a outro, até que a Terra toda seja abrangida pelo evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. MPC 81.4

Ministros e missionários devem sempre ter em vista as “terras de além”. O Salvador disse de Seu povo: “Vós sois a luz do mundo” (Mt 5:14). A verdade deve ser proclamada; a luz deve brilhar com raios claros e constantes. Abnegação, sacrifício próprio e seriedade devem ser postos em ação; é necessário que a luz brilhe até que preciosas pessoas sejam trazidas e assumam sua posição ao lado do Senhor. Então, o obreiro deve avançar para as “terras de além”, onde pessoas sejam reunidas e a preciosa luz brilhe em meio às trevas morais que envolvem o povo. Assim deve a verdade ser pregada até que seja iluminada, enobrecida e ampliada na mente daqueles que se assentam nas trevas como se estivessem envolvidos por uma mortalha. Todo obreiro deve permanecer no posto do dever, não só para pregar, mas para se aproximar das pessoas, conhecê-las em seus lares como Jesus fazia, trabalhando abnegadamen-te, com dedicação, até que a obra esteja bem encaminhada. Quando um grupo se forma para levar a luz à comunidade, serão vistas oportunidades que convidam os obreiros às “terras de além”. Os obreiros de Deus estarão sempre avançando, sempre dependendo da guia do Espírito Santo (Bible Echo, 21 de maio de 1894). MPC 82.1

Toda pessoa necessitada é meu próximo - Onde quer que haja necessidade e sofrimento humanos, há campo para a obra missionária. Há muitos indivíduos nada promissores ao nosso redor, os quais, com hábitos nocivos, sacrificam a força de sua masculinidade dada por Deus. Vamos nós desprezá-los? Não; o Senhor Jesus os comprou a um preço infinito, derramando até mesmo o sangue do Seu coração. Vocês, que professam ser filhos de Deus, são cristãos na plena acepção do termo ou, em sua prática de vida, são apenas falsos, dissimuladores? Perguntam, como fez Caim: “Acaso, sou eu tutor de meu irmão?” (Gn 4:9). Dirá o Senhor a algum de nós o que disse a Caim: “Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama da terra a Mim” (v. 10)? Falharemos em executar a obra que Deus nos deu, e não buscaremos salvar o que está perdido? Há muitos que perguntam, como o doutor da lei: “Quem é o meu próximo?” (Lc 10:29). A resposta nos é dada por meio das circunstâncias que tiveram lugar perto de Jericó, quando o sacerdote e o levita passaram de largo, deixando o pobre e ferido estrangeiro para ser cuidado pelo bom samaritano. Todo aquele que está sofrendo necessidade é nosso próximo. Cada errante filho e filha de Adão que foi iludido por Satanás e escravizado por hábitos errôneos que debilitam a masculinidade ou a feminilidade dada por Deus, é meu próximo (RH, 12 de novembro de 1895). MPC 82.2

O mundo todo deve ser evangelizado para Deus - Acordei muito aflita. Adormeci novamente, e pareceu-me estar numa grande reunião. Uma pessoa de autoridade falava à congregação, e perante ela se achava um mapa do mundo todo. Disse que o mapa retratava a vinha do Senhor, que tem de ser cultivada. Quando a luz do Céu incidisse sobre qualquer pessoa, ela deveria refleti-la sobre as demais. Luzes deveriam ser acesas em muitos lugares, e nessas luzes outras ainda deveriam ser acesas. MPC 83.1

Foram repetidas as palavras: “Vós sois o sal da Terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo: não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus” (Mt 5:13-16). MPC 83.2

Vi raios de luz provindo de cidades e vilas, dos lugares altos e baixos da Terra. A Palavra de Deus era obedecida e, como resultado, se achavam em cada cidade e vila monumentos Seus. Sua verdade era proclamada através de todo o mundo (T9, p. 28, 29 [1909]). MPC 83.3

A luz do Sol da Justiça deve se estender aos necessitados - Há para ser feita por nossas igrejas uma obra da qual poucos têm alguma ideia. “Tive fome”, diz Cristo, “e Me destes de comer; tive sede, e Me destes de beber; era estrangeiro, e Me hospedastes; estava nu, e Me vestistes; enfermo, e Me visitastes; preso, e fostes ver-Me” (Mt 25:35, 36). Temos que dar de nossos recursos para sustentar os obreiros no campo da seara e nos alegrarmos pelos feixes colhidos. Embora isso esteja certo, há uma obra, ainda intocada, que deve ser feita. A missão de Cristo era curar os enfermos, encorajar os desesperançados, levantar o desalentado. Essa obra de restauração deve ser promovida entre os necessitados sofredores da humanidade. Deus pede não apenas nossa benevolência, mas nossa fisionomia alegre, nossas palavras de esperança, nosso aperto de mão. Aliviem alguns dos aflitos de Deus. Alguns estão enfermos, e a esperança os abandonou. Devolvam-lhes a alegria. Há pessoas que perderam a coragem; falem com elas; orem por elas. Há os que necessitam do pão da vida. Leiam para eles a Palavra de Deus. Há uma enfermidade do coração que nenhum bálsamo pode alcançar, nenhum remédio curar. Orem por esses e levem-nos a Jesus. E em todo o seu trabalho esteja Cristo presente para fazer impressões no coração humano. Essa é o tipo de obra médico-missionária a ser feita. Trazer o brilho do Sol da Justiça ao quarto dos enfermos e sofredores. Ensinar os moradores de lares pobres a cozinhar. “Como pastor, apascentará o Seu rebanho” (Is 40:11) com alimento físico e espiritual (Manuscrito 105, 1898; CME, p. 22, 23). MPC 83.4

O bem-estar de todos está entrelaçado - Não deve haver monopólio do que, em certa medida, pertence a todos, altos e baixos, ricos e pobres, instruídos e ignorantes. Nem um raio de luz deve ser desprezado, nem impedido, nem um clarão não reconhecido, ou mesmo aceito com relutância. Façam todos sua parte pela verdade e a justiça. Os interesses das diferentes classes da sociedade se acham indissoluvelmente unidos. Estamos todos entrelaçados na grande teia da humanidade, e não podemos, sem prejuízo, retirar nossa compaixão uns pelos outros. É impossível manter na igreja uma saudável influência, quando não existe o interesse e a solidariedade em comum (OE, p. 331 [1915]). MPC 84.1