A Ciência Do Bom Viver, A

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Famílias Missionárias

Necessitam-se famílias missionárias que se estabeleçam em lugares incultos. Que agricultores, financistas, construtores e os que são hábeis em várias artes e ofícios vão para os campos negligenciados para melhorar a terra, estabelecer indústrias, preparar lares modestos para si mesmos e ajudar a seus vizinhos. CBV 194.3

Os lugares rústicos da natureza, os sítios selvagens, Deus tem tornado atrativos com a presença de coisas belas entre as não aprazíveis. Tal é a obra que somos chamados a fazer. Os próprios desertos da Terra, cujo aspecto parece destituído de atração, podem-se tornar como o jardim de Deus. CBV 194.4

“E naquele dia, os surdos ouvirão as palavras do livro,
E, dentre a escuridão e dentre as trevas, as verão os olhos dos cegos.
E os mansos terão regozijo no Senhor;
E os necessitados entre os homens se alegrarão no Santo de Israel”
CBV 194.5

(Is 29:18, 19).

Dando instruções em atividades práticas, podemos muitas vezes ajudar os pobres da maneira mais eficaz. Em regra, os que não foram exercitados no trabalho não têm hábitos de laboriosidade, perseverança, economia e abnegação. Não sabem se dirigir. Freqüentemente, por falta de cuidado e são discernimento, há desperdícios que lhes manteriam a família com decência e conforto, fossem cuidadosa e economicamente empregados. “Abundância de mantimento há na lavoura do pobre, mas alguns há que se consomem por falta de juízo” (Pv 13:23). CBV 194.6

Podemos dar aos pobres, e prejudicá-los, ensinando-os a depender de outros. Tais dádivas animam o egoísmo e a inutilidade. Conduzem muitas vezes à ociosidade, ao desperdício e à intemperança. Homem algum que seja capaz de ganhar sua subsistência tem o direito de depender dos outros. O provérbio “O mundo me deve a manutenção” encerra a essência da mentira, da fraude e do roubo. O mundo não deve a subsistência a nenhum homem capaz de trabalhar e ganhar a vida por si mesmo. CBV 195.1

A verdadeira caridade ajuda os homens a se ajudarem a si mesmos. Se alguém vem à nossa porta e pede alimento, não o devemos mandar embora com fome; sua pobreza pode ser o resultado de um infortúnio. Mas a verdadeira beneficência significa mais que simples dádivas. Importa num real interesse no bem-estar dos outros. Cumpre-nos buscar compreender as necessidades dos pobres e dos aflitos, e conceder-lhes o auxílio que mais benefício lhes proporcione. Dedicar pensamentos e tempo e esforço pessoal, custa muitíssimo mais que dar meramente dinheiro. Mas é a verdadeira caridade. CBV 195.2

Os que são ensinados a ganhar o que recebem aprenderão mais prontamente a empregá-lo bem. E, aprendendo a depender de si próprios, estão adquirindo aquilo que não somente os tornará independentes, mas os habilitará a ajudar a outros. Ensinai a importância dos deveres da vida aos que estão desperdiçando suas oportunidades. Mostrai-lhes que a religião da Bíblia nunca torna os homens ociosos. Cristo sempre incentivou ao trabalho. “Por que estais ociosos todo o dia?” (Mt 20:6), disse aos indolentes. “Convém que Eu faça as obras... enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (Jo 9:4). CBV 195.3

É o privilégio de todos dar ao mundo, em sua vida de família, em seus costumes e práticas e ordem, um testemunho do que o evangelho pode fazer pelos que lhe obedecem. Cristo veio ao mundo para dar-nos um exemplo daquilo que nos podemos tornar. Espera que Seus seguidores sejam modelos de correção em todas as relações da vida. Deseja que o toque divino se manifeste nas coisas exteriores. CBV 196.1

Nosso lar e os arredores devem ser uma lição prática, ensinando processos de aperfeiçoamento, de maneira que a atividade, o asseio, o bom gosto e o refinamento tomem o lugar da ociosidade, da falta de limpeza, da desordem e do que é grosseiro. Por nossa vida e exemplo, podemos ajudar outros a distinguir o que é repulsivo em seu caráter e ambiente, e com cortesia cristã podemos animar o aperfeiçoamento. Ao manifestarmos interesse neles, encontraremos oportunidade de lhes ensinar a empregar melhor suas energias. CBV 196.2