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Boas obras, fruto da fé

A fé genuína se manifestará em boas obras, pois boas obras são frutos da fé. Ao operar Deus no coração, e entregar o homem sua vontade a Deus, e com Ele cooperar, ele manifesta na vida aquilo que Deus operou em seu íntimo pelo Espírito Santo, e há harmonia entre o propósito do coração e a prática da vida. Todo pecado deve ser renunciado como a coisa odiosa que crucificou o Senhor da vida e da glória, e o crente tem de ter uma experiência progressiva, fazendo continuamente as obras de Cristo. É pela contínua entrega da vontade, pela obediência contínua, que se retém a bênção da justificação. ME1 397.1

Os que são justificados pela fé devem ter no coração o desejo de andar nos caminhos do Senhor. É uma prova de não estar o homem justificado pela fé, não corresponderem suas obras a sua profissão. Diz Tiago: “Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada.” Tiago 2:22. ME1 397.2

A fé que não produz boas obras não justifica a alma. “Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.” Tiago 2:24. “Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.” Romanos 4:3. ME1 397.3

A imputação da justiça de Cristo vem mediante a fé justificadora, e é a justificação pela qual Paulo se bate tão fervorosamente: Diz ele: “Por isso nenhuma carne será justificada diante dEle pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas; isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença. Porque todos pecaram, e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no Seu sangue, para demonstrar a Sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus. ... Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.” Romanos 3:20-31. ME1 397.4

Graça é favor imerecido, e o crente é justificado sem qualquer mérito seu próprio, sem nenhum direito a alegar a Deus. É ele justificado pela redenção que há em Cristo Jesus, que está nas cortes do Céu como substituto e penhor do pecador. Mas, conquanto seja justificado por virtude dos méritos de Cristo, não é ele livre para praticar a injustiça. A fé opera por amor e purifica a alma. A fé desabrocha e floresce e traz uma colheita de fruto precioso. Onde há fé, aparecem as boas obras. Os doentes são visitados, cuidados os pobres, não se negligenciam os órfãos e as viúvas, são vestidos os desnudos, alimentados os pobres. Cristo andou fazendo o bem, e quando homens a Ele se unem, amam os filhos de Deus, e a mansidão e a verdade lhes guiam os passos. A expressão do semblante revela sua experiência, e os homens os conhecem como os que estiveram com Jesus e dEle aprenderam. Cristo e o crente tornam-se um, e Sua formosura de caráter se revela naqueles que se acham vitalmente ligados com a Fonte de poder e amor. Cristo é o grande depositário da justificadora justiça e da graça santificante. ME1 398.1

Todos a Ele podem ir e receber Sua plenitude. Diz Ele: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.” Mateus 11:28. Então, por que não lançar de lado toda a incredulidade e atentar para as palavras de Jesus? Quereis descanso; anelais a paz. Dizei, então, de coração: “Senhor Jesus, eu venho, porque Tu me fizeste este convite.” Crede nEle, com fé inabalável, e Ele vos salvará. Tendes olhado para Jesus, que é autor e consumador de vossa fé? Tendes contemplado Aquele que é pleno de verdade e graça? Aceitastes a paz que só Cristo pode dar? Se não, rendei-vos então a Ele, e pela Sua graça buscai um caráter que seja nobre e elevado. Buscai um espírito constante, resoluto, alegre. Alimentai-vos de Cristo, que é o pão da vida, e manifestareis a Sua amabilidade de caráter e espírito. ME1 398.2