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Cristo como o segundo Adão

Em que contraste Se acha o segundo Adão, ao adentrar o sombrio deserto para, sozinho, lutar com Satanás! Desde a queda o gênero humano estivera a decrescer em tamanho e força física, baixando mais e mais na escala do valor moral, até ao período do advento de Cristo à Terra. E para elevar o homem caído, precisava Cristo alcançá-lo onde se achava. Assumiu natureza humana e arcou com as fraquezas e degenerescência da raça. Ele, que não conhecia pecado, tornou-Se pecado por nós. Humilhou-Se até às mais baixas profundezas da miséria humana, a fim de que pudesse estar habilitado a alcançar o homem e tirá-lo da degradação na qual o pecado o lançara. ME1 268.2

“Convinha que Aquele, para quem são todas as coisas, e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o Príncipe da salvação deles.” Hebreus 2:10. ME1 268.3

“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém Um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” Hebreus 4:15. ME1 268.4

Satanás estivera em guerra contra o governo de Deus, desde quando se rebelara, no princípio. Seu êxito ao tentar Adão e Eva no Éden e introduzir no mundo o pecado, tornara ousado esse arquiinimigo e ele se jactara orgulhosamente perante os anjos celestes de que, quando Cristo aparecesse, assumindo a natureza humana, seria mais fraco do que ele, e O levaria de vencida pelo seu poder. Exultou com o pensamento de que Adão e Eva, no Éden, não puderam resistir a suas insinuações, quando ele apelou para o apetite. Os habitantes do mundo antigo venceu ele da mesma forma, por meio da condescendência com o apetite concupiscente e paixões corruptas. Pela satisfação do apetite vencera os israelitas. Jactava-se de que o próprio Filho de Deus, que esteve com Moisés e Josué, não resistira ao seu poder, não conseguindo levar até Canaã o favorecido povo de Sua escolha; pois quase todos os que saíram do Egito, morreram no deserto. Também o manso Moisés, tentara ele a atribuir a si a glória reivindicada por Deus. Davi e Salomão, que tinham sido especialmente favorecidos por Deus, induzira ele a incorrer no desagrado divino, mediante a condescendência com o apetite e a paixão. E jactava-se de que teria ainda êxito em desfazer o propósito divino da salvação do homem por Jesus Cristo. ME1 268.5

No deserto da tentação Cristo ficou sem alimento por quarenta dias. Moisés, em ocasiões especiais, estivera o mesmo período sem alimento. Não sentira, porém, o tormento da fome. Não fora tentado nem molestado por um inimigo vil e poderoso, como o foi o Filho de Deus. Fora erguido acima do humano, sustido especialmente pela glória de Deus, a qual o envolvia. ME1 269.1