Testemunhos para a Igreja 4
Capítulo 31 — Honestidade nos negócios
Irmão G:
Em minha última visão seu caso me foi mostrado. Vi que você ama a verdade que professa, mas não é santificado por ela. As suas afeições têm sido divididas entre o serviço de Deus e o de Mamom. Essa divisão de afeições permanece como uma barreira no seu caminho para atrapalhá-lo de ser um missionário para Deus. Enquanto professamente serve à causa de Deus, o interesse próprio tem arruinado seu trabalho e grandemente prejudicado a sua influência. Deus não pôde atuar com você, porque seu coração não estava correto para com Ele. T4 350.1
No que se refere a palavras, você tem estado profundamente interessado na verdade; mas quando deve mostrar sua fé pelas obras, tem havido uma grande falta. Não tem representado corretamente nossa fé. Prejudicou a causa de Deus por seu manifestado amor ao lucro; e seu apego aos negócios e hábito de contender não têm sido para o seu bem, nem para a saúde espiritual daqueles com quem você entra em contato. É um homem esperto nos negócios, e muitas vezes se excede. Tem tato peculiar para conseguir o melhor preço, atento aos próprios interesses em vez dos de outros. Se um homem se enganasse, e você levasse a vantagem, você deixaria as coisas assim. Isso não é seguir a regra áurea, que é fazer aos outros como desejaria que lhe fizessem. T4 350.2
Enquanto empenhado em trabalho missionário, você tem ao mesmo tempo manifestado sua intrigante propensão para comprar e vender. Isso se constitui má combinação. Você deve ser uma coisa ou outra. “Se o Senhor é Deus, segui-O; e, se Baal, segui-o.” 1 Reis 18:21. “Escolhei hoje a quem sirvais.” Josué 24:15. Deus não aceitará os seus esforços no trabalho missionário e de folhetos enquanto você estiver maquinando tirar vantagem. Está em perigo de considerar o ganho como religiosidade. O tentador lhe apresentará seduções lisonjeiras, para fasciná-lo e induzi-lo a manifestar um espírito de intriga que destruirá sua religiosidade. T4 350.3
O mundo, os anjos e os homens o vêem como um homem astuto que procura o próprio interesse e assegura vantagens para si mesmo sem considerar cuidadosa e conscienciosamente os interesses daqueles com quem trata. Em sua vida de negócios há uma inclinação para desonestidade que macula a alma e atrofia a experiência religiosa e o crescimento em graça. Você está espreitando com aguda visão de negócios, pela melhor chance de assegurar uma transação vantajosa. Essa propensão maquinadora se tornou sua segunda natureza; e você não vê nem compreende o mal de incentivar isso. T4 351.1
Os negócios em que se empenha justa e honestamente, beneficiando a outros bem como a si mesmo, estariam corretos no que se referem a negociar de maneira honrosa; o Senhor, porém, aceitaria seu serviço e usaria suas faculdades, suas agudas percepções, em assegurar a salvação de almas, caso você tivesse sido santificado pela verdade. A cobiça dos olhos no amor ao lucro tem guerreado contra o Espírito. Os hábitos e cultura de anos deixaram a sua impressão deformadora sobre seu caráter, e o têm desqualificado para a obra de Deus. Você tem um constante e ansioso desejo de negociar. Se santificado para o serviço de Deus, isso o tornaria um obreiro zeloso e perseverante para o Mestre; mas mal usado como tem sido, coloca em perigo a sua própria alma, e outros também estão em perigo de se perderem através de sua influência. T4 351.2
Às vezes a razão e a consciência protestam, e você se sente repreendido por causa de sua conduta; sua alma anseia a santidade e a segurança do Céu; a agitação do mundo lhe parece repulsiva, você a coloca de parte e acaricia o Espírito de Deus. Mas depois, suas propensões mundanas novamente se introduzem e dominam tudo. Você certamente tem que confrontar os assaltos de Satanás; e deve preparar-se para eles, resistindo firmemente a sua inclinação. T4 351.3
Enquanto o apóstolo Paulo estava cercado pelos muros da prisão, impregnados pela umidade, ele próprio sofrendo enfermidades, desejou muito ver Timóteo, seu filho no evangelho, e deixar-lhe sua última exortação antes da morte. Não tinha esperança de ser solto de seu cativeiro, até que sua vida se extinguisse. O ímpio coração de Nero era totalmente satânico, e com uma palavra ou aceno dele, a vida do apóstolo poderia ser eliminada. Paulo solicitou a presença imediata de Timóteo, embora temesse que ele não viesse suficientemente cedo para receber o último testemunho de seus lábios. Ele, portanto, repetiu as palavras que falaria a Timóteo a um de seus colaboradores, que teve permissão de ser o seu companheiro nas algemas. Esse fiel assistente escreveu a última exortação de Paulo, uma pequena porção da qual citamos aqui: T4 352.1
“Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão. Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.” 1 Timóteo 6:9-12. “Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; que façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna.” 1 Timóteo 6:17-19. “E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente.” 2 Timóteo 2:2-5. Um homem pode ser avarento e ainda desculpar-se dizendo que está trabalhando pela causa de Deus; mas não obtém recompensa, pois Deus não deseja dinheiro obtido por manipulação ou qualquer semelhança de desonestidade. T4 352.2
Paulo ainda solicita a Timóteo: “Procura vir ter comigo depressa. Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica.” 2 Timóteo 4:9, 10. Essas palavras ditadas por Paulo pouco antes de sua morte, foram registradas por Lucas para nosso proveito e advertência. T4 353.1
Ensinando a Seus discípulos, Cristo disse: “Eu sou a videira verdadeira, e Meu Pai é o lavrador. Toda vara em Mim, que não dá fruto, a tira; e limpa [poda] toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.” João 15:1, 2. Aquele que está unido a Cristo, participando da seiva e nutrição da videira, fará as obras de Cristo. O amor de Cristo precisa estar nele, do contrário não pode estar na Videira. Amor supremo para com Deus, e amor ao semelhante como a si mesmo, eis a base da religião verdadeira. T4 353.2
De todo aquele que Lhe professa o nome, Cristo indaga: “Amas-Me?” João 21:15. Se você ama a Jesus, amará as almas por quem Ele morreu. Talvez um homem não apresente o exterior mais agradável, talvez seja deficiente em muitos respeitos; se, porém, sua reputação é a de uma pessoa reta e honesta, granjeará a confiança dos outros. O amor da verdade, a dependência e confiança que os homens podem nele depositar, removerão ou subjugarão os traços indesejáveis de seu caráter. A fidedignidade em sua posição e vocação, a boa vontade de negar-se com a fidelidade de levar benefício a outros, trará paz de espírito e o favor de Deus. T4 353.3
Os que andarem estritamente nas pegadas de seu abnegado Redentor, refletirão em sua mente a mente de Cristo. A pureza e o amor de Jesus irradiar-lhes-ão da vida diária e do caráter, ao mesmo tempo que seus caminhos serão guiados pela mansidão e a verdade. Toda a vara frutífera é podada, para que produza mais fruto. Mesmo varas frutíferas podem exibir demasiada folhagem, e parecer o que realmente não são. Talvez os discípulos de Cristo estejam efetuando alguma obra para o Mestre, não fazendo todavia metade do que poderiam produzir. Ele os poda, então, porque o mundanismo, a condescendência consigo mesmos e o orgulho estão brotando em sua vida. O lavrador corta o excesso de gavinhas das videiras, pois estão a pegar o lixo da terra, e as torna assim mais frutíferas. Essas causas de embaraço precisam ser removidas, e os brotos defeituosos cortados, a fim de dar espaço aos saudáveis raios do Sol da Justiça. T4 354.1
Por meio de Cristo, designou Deus que o homem caído passasse por outra prova. Muitos compreendem mal o objetivo para que foram criados. Foi para beneficiarem a humanidade e glorificarem a Deus, de preferência a exaltarem e glorificarem a si mesmos. O Senhor está continuamente podando a Seu povo, cortando os ramos profusos e espalhados, para que eles dêem fruto para Sua glória, em vez de produzirem unicamente folhas. Ele nos poda por meio de tristezas, desapontamentos e aflições, para que os rebentos dos fortes e perversos traços de caráter enfraqueçam, e os traços bons tenham ocasião de se desenvolver. Os ídolos precisam ser abandonados, a consciência tornada mais sensível, mais espirituais as meditações do coração, e todo o caráter tornado simétrico. Os que desejam realmente glorificar a Deus, serão gratos pela revelação de todo ídolo e todo pecado, de modo que vejam esses males e os afastem de si; o coração dividido, porém, pleiteará por condescendência em vez de renúncia. T4 354.2
O ramo aparentemente seco, ligando-se à videira viva, torna-se parte dela. Fibra por fibra e veia por veia adere ele à videira até que tire sua vida e nutrição do tronco. O enxerto brota, floresce e dá fruto. A alma, morta em ofensas e pecados, precisa experimentar idêntico processo a fim de reconciliar-se com Deus, e tornar-se participante da vida e alegria de Cristo. Como o enxerto recebe vida quando ligado à videira, assim o pecador participa da natureza divina quando em união com Cristo. O homem finito é ligado com o infinito Deus. Quando unidos assim, as palavras de Cristo permanecem em nós, e não somos atuados por sentimentos intermitentes, mas por um princípio vivo e permanente. As palavras de Cristo precisam ser meditadas, nutridas e entesouradas no coração. Não devem ser repetidas como papagaio, sem que encontrem lugar na memória, nem exerçam influência sobre o coração e a vida. T4 354.3
Como a vara precisa permanecer na videira para receber a seiva vital que a faz florescer, assim os que amam a Deus e guardam Suas palavras precisam permanecer em Seu amor. Sem Cristo, não nos é possível vencer um só pecado, ou resistir à menor tentação. Muitos necessitam do Espírito de Cristo e de Seu poder para iluminar-lhes o entendimento, da mesma maneira que o cego Bartimeu precisava de sua vista natural. “Como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim.” João 15:4. Todos quantos estiverem realmente em Cristo experimentarão os benefícios dessa união. O Pai os aceita no Amado, e eles se tornam objeto de Sua solicitude e terno e amoroso cuidado. Essa ligação com Cristo resultará na purificação do coração, e em uma vida prudente e um caráter irrepreensível. O fruto dado pela árvore cristã é “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio”. Gálatas 5:22, 23. T4 355.1
Meu irmão, você precisa de íntima comunhão com Deus. Você tem traços de caráter pelos quais é responsável. Suas forças têm sido usadas de maneira errada. Deus não pode aprovar sua conduta. O seu padrão é o dos mundanos, não aquele que Cristo nos deu em Sua vida. Você tem olhado através dos olhos do mundo, e discernido com o não santificado entendimento deles. Sua alma precisa ser purificada da poluidora influência do mundo. Repetidamente você tem se desviado da integridade estrita para aquela da qual se convenceu era ganho, mas que na realidade foi perda. Todo o ato de manipulação nos negócios reduzirá sua recompensa no Céu, caso alcance esse lar. Todo homem receberá a recompensa segundo suas obras. T4 355.2
Você não tem tempo a perder, mas deve fazer esforços diligentes para vencer os marcantes traços de caráter, que, se tolerados, lhe fecharão as portas da glória. Você não pode perder o Céu. Deve agora fazer decidida mudança em palavras e atos, para vencer seu espírito avarento, e fazer volver seus pensamentos ao conduto da santificada verdade. Em resumo, você precisa ser transformado. Então Deus aceitará os seus trabalhos em Sua causa. Deve ser um homem de firme veracidade que o amor ao ganho não seduzirá, e nenhuma tentação o dominará. O Senhor requer de todos os que professam o Seu nome uma estrita adesão à verdade. Isso será como o sal que não perdeu o seu sabor, como uma luz em meio às trevas morais e enganos do mundo. T4 356.1
“Vós sois a luz do mundo” (Mateus 5:14), diz Cristo. Aqueles que estão verdadeiramente unidos com Deus, por refletir a luz do Céu, exercerão um poder salvador na igreja e também no mundo; pois o perfume de boas obras e atos verdadeiros os tornaram de boa reputação mesmo entre os que não são de nossa fé. Os que temem a Deus respeitarão e honrarão tal caráter; e mesmo os inimigos de nossa fé, ao verem o espírito e vida de Cristo revelados em sua obras diárias, glorificarão a Deus, a fonte de sua força e honra. T4 356.2
Você, meu irmão, devia ter-se convertido sinceramente à verdade anos atrás e se dedicado inteiramente à obra de Deus. Anos preciosos, que podiam ter sido ricos em experiência nas coisas de Deus e em trabalhos práticos em Sua causa, foram perdidos. Conquanto agora deva ser capaz de ensinar a outros, falhou em alcançar o pleno conhecimento da verdade por si mesmo. Deve ter agora um conhecimento experimental da verdade, e estar qualificado para levar a mensagem de advertência ao mundo. Os seus serviços quase se perderam para a causa de Deus porque a sua mente tem estado dividida; esteve planejando e maquinando, comprando e vendendo, servindo às mesas. T4 356.3
O bolor do mundo tem obscurecido sua percepção e pervertido seu intelecto, de modo que os seus fracos esforços não têm sido ofertas aceitáveis a Deus. Caso tivesse se separado de suas propensões especulativas e trabalhado na direção oposta, seria agora enriquecido com o conhecimento divino, e um ganhador em coisas espirituais de modo geral, enquanto tem estado perdendo poder espiritual e atrofiando sua experiência religiosa. T4 357.1
Ter associação com o Pai e Seu filho Jesus Cristo é ser enobrecido e elevado, e participar de alegrias indizíveis e plenas de glória. O alimento, o vestuário, a posição social e as riquezas, tudo pode ter o seu valor; mas ter ligação com Deus e ser participante de Sua natureza divina é de inestimável valor. Nossa vida deve estar escondida com Cristo em Deus; embora ainda não se tenha manifestado “o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos”. 1 João 3:2. A principesca dignidade do caráter cristão brilhará como o Sol e os raios de luz da face de Cristo se refletirão nos que se têm purificado a si mesmos como Ele é puro. O privilégio de tornar-se filhos de Deus é adquirido por baixo preço, mesmo que este preço fosse o sacrifício de tudo que possuímos, mesmo a própria vida. T4 357.2
Meu prezado irmão, você deve decidir ser um homem segundo o coração de Deus. O que outros podem aventurar-se a fazer ou dizer que não esteja estritamente de acordo com o padrão cristão, não lhe deve servir de desculpas. Você deve apresentar-se perante o Juiz de toda a Terra, não para responder por outro, mas por si mesmo. Temos uma responsabilidade individual, e nenhum defeito de caráter do ser humano será o menor pretexto para nossa culpa; pois Cristo nos tem dado em Seu caráter um exemplo perfeito, uma vida imaculada. T4 357.3
Os ataques mais persistentes do inimigo das almas são empreendidos contra a verdade que professamos; e qualquer desvio do direito reflete desonra sobre ela. Nosso principal perigo é ter a mente desviada de Cristo. O nome de Jesus tem poder para afastar as tentações de Satanás e erguer para nós um baluarte contra ele. À medida que a alma repousa com confiança inabalável na virtude e poder da expiação, permanecerá firme como uma rocha ao princípio, e todos os poderes de Satanás e seus anjos não podem desviá-la de sua integridade. A verdade como é em Jesus se constitui uma muralha de fogo ao redor da alma que a Ele se apega. As tentações serão despejadas sobre nós; pois por elas devemos ser provados durante nosso tempo de graça na Terra. Esta é a prova de Deus, uma revelação de nosso próprio coração. Não há pecado em ser tentado; mas o pecado ocorre quando se cai em tentação. T4 357.4
Se suas habilidades e talentos tivessem sido exercitados em salvar almas e em semear a verdade àqueles que estão em trevas na mesma proporção que têm sido para obter ganho e aumentar seus bens terrestres, você teria muitas estrelas na coroa para seu regozijo no reino de glória. Há somente poucos que são tão fiéis no serviço de Deus quanto são em servir aos próprios interesses temporais. Um propósito resoluto seguramente alcançará o fim desejado. Muitos não acham que é essencial serem tão criteriosos, aptos e íntegros na obra de Deus quanto nos próprios negócios temporais. A mente e o coração daqueles que professam crer na verdade devem ser elevados, refinados, enobrecidos e espirituais. A obra de educar a mente para esta grande e importante questão é terrivelmente negligenciada. A obra de Deus é realizada negligente e indolentemente e de forma muito relapsa, porque muitas vezes é deixada ao capricho do sentimento em vez de princípio e propósito santos. T4 358.1
Há a maior necessidade de que homens e mulheres que têm conhecimento da vontade de Deus aprendam a se tornar obreiros bem-sucedidos em Sua causa. Devem ser pessoas corteses, de entendimento, não com o verniz exterior e o afetado sorriso dos mundanos, mas com aquele refinamento e genuína cortesia que caracterizam o Céu, e que todo cristão possuirá se for participante da natureza divina. A falta de verdadeira dignidade e refinamento cristãos nas fileiras dos observadores do sábado depõe contra nós como um povo, tornando sem sabor a verdade que professamos. A obra de educar o espírito e as maneiras pode ser levada à perfeição. Se os que professam a verdade não aproveitam agora seus privilégios e oportunidades para crescer até à plena estatura de homens e mulheres em Cristo Jesus, não honrarão a causa da verdade, nem a Cristo. T4 358.2
Se você, meu irmão, tivesse estudado as Santas Escrituras tão fielmente como tem procurado obter ganho, seria agora um homem hábil na Palavra de Deus, e apto para ensinar outros. Por sua própria culpa você não está qualificado para ensinar a verdade a outros. Não tem estado cultivando aquele conjunto de faculdades que o tornarão um obreiro espiritual, inteligente e bem-sucedido para seu Mestre. Tais traços de caráter como avidez e perspicácia em negócios mundanos têm sido tão exercitados que sua mente se desenvolveu amplamente no sentido de comprar e vender, e obter maior vantagem nas transações. Em vez de granjear a confiança de seus irmãos, irmãs e amigos como um homem que possui verdadeira nobreza de caráter, elevando-se acima de toda pequenez e avareza, você faz com que o temam. Sua fé religiosa tem sido usada para garantir a confiança de seus irmãos a fim de que possa fazer seus astutos negócios e obter lucro. Isso tem sido realizado tão freqüentemente pelo irmão, que se tornou uma segunda natureza e você não percebe como sua conduta se apresenta a outros. A verdadeira santidade deve caracterizar toda a sua vida e conduta, se deseja neutralizar a influência que tem exercido para afastar de Cristo e da verdade. T4 359.1
Seu relacionamento com seus semelhantes e com Deus requer uma mudança em sua vida. No sermão da montanha, a ordem do Redentor do mundo foi: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.” Mateus 7:12. Essas palavras nos são do mais elevado valor, uma regra áurea que nos foi dada pela qual medir nossa conduta. Essa é a verdadeira regra de honestidade. Essas palavras abrangem muito. Requerem que tratemos nossos semelhantes como gostaríamos que nos tratassem, caso estivéssemos nas circunstâncias deles. T4 359.2
Plano, Texas
24 de Novembro de 1878