Evangelismo

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A apresentação das normas cristãs e dos princípios de saúde*

A apresentação da reforma de saúde — Nossa obra deve ser prática. Temos que lembrar que o homem tem corpo bem como alma para salvar. Nossa obra inclui muito mais do que apresentar-nos perante as pessoas para sermonear-lhes. Em nossa obra temos que atender as enfermidades físicas daqueles com quem somos postos em contato. Temos que apresentar os princípios da reforma de saúde, impressionando nossos ouvintes com o pensamento de que têm uma parte que fazer para manterem-se sãos. Ev 260.4

Deve o corpo ser mantido em estado saudável a fim de a alma estar sã. O estado do corpo afeta o da alma. Quem quiser ter força física e espiritual, deve educar o apetite na direção devida. Deve ser cuidadoso de não embaraçar a alma com a sobrecarga das faculdades físicas ou espirituais. O apego fiel aos princípios corretos no comer, no beber e no vestir é um dever que Deus impôs aos seres humanos. Ev 261.1

Quer o Senhor que obedeçamos às leis da saúde e da vida. Considera-nos Ele a cada um de nós responsável pelo devido cuidado do corpo, a fim de ser mantido com saúde. — Carta 123, 1903. Ev 261.2

Uma parte da última mensagem — Os princípios da reforma de saúde encontram-se na Palavra de Deus. O evangelho da saúde deve estar firmemente associado com o ministério da Palavra. É desígnio do Senhor que a influência restauradora da reforma de saúde seja parte do último grande esforço para proclamar a mensagem do evangelho. — Medicina e Salvação, 259. Ev 261.3

Como um povo, foi-nos dada a obra de tornar conhecidos os princípios da reforma de saúde. Alguns há que pensam que a questão do regime alimentar não seja de importância suficiente para ser incluída em seu trabalho evangélico. Mas esses cometem um grande erro. A Palavra de Deus declara: “Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.” 1 Coríntios 10:31. O assunto da temperança, em todas as suas modalidades, tem lugar importante na obra da salvação. — Obreiros Evangélicos, 347 (1909). Ev 261.4

Plenamente fundados na reforma de saúde — Os que vivem nos últimos dias da história da Terra precisam estar firmemente fundados nos princípios da reforma de saúde... Ev 262.1

Homens e mulheres doentios precisam tornar-se reformadores da saúde. Deus cooperará com Seus filhos na preservação de sua saúde, se comerem com cuidado, evitando sobrecarregar desnecessariamente o estômago. Misericordiosamente tornou Ele o caminho da Natureza perfeitamente seguro, amplo bastante para todos quantos nele quiserem andar. Deu-nos para sustento os produtos da terra, nutrientes e saudáveis. ... Ev 262.2

Muitos têm causado ao organismo muito dano pela desconsideração às leis da vida, e talvez nunca se reabilitem dos efeitos de sua negligência; mas ainda há tempo para arrependerem-se e converterem-se. Buscou o homem ser mais sábio do que Deus. Tornou-se lei para si próprio. Deus nos convida a dar atenção aos Seus reclamos, a não mais desonrá-Lo atrofiando as capacidades físicas, mentais e espirituais. — Carta 135, 1902. Ev 262.3

A reforma de saúde, progressiva e prática — O Senhor deseja que nossos pastores, médicos e membros da igreja sejam cautelosos em não insistir com os que são ignorantes quanto à nossa fé para fazerem repentinas mudanças no regime, levando assim os homens a uma prova antecipada. Mantende os princípios da reforma de saúde, e deixai que o Senhor guie os sinceros de coração. Eles ouvirão, e crerão. Nem o Senhor requer que Seus mensageiros apresentem as belas verdades do viver saudável de maneira que prejudiquem os espíritos. Ninguém ponha pedras de tropeço diante dos pés dos que estão andando nas escuras veredas da ignorância. Mesmo em elogiar uma coisa boa, não sejais demasiado entusiastas, a fim de não desviardes do caminho os ouvintes. Apresentai os princípios da temperança em sua maneira mais atrativa. Ev 262.4

Não devemos agir presunçosamente. Os obreiros que entram em campo novo, para estabelecer igrejas, não devem criar dificuldades tentando salientar a questão do regime. Devem ser cuidadosos de não apertar demasiado com a questão, pois se poderia assim pôr impedimento no caminho de outros. Não deveis tanger o povo; conduzi-o. Ev 263.1

Aonde quer que a verdade seja levada, dever-se-iam dar instruções quanto à maneira de preparar alimento saudável. Deus deseja que, em todos os lugares o povo seja ensinado por mestres hábeis, a utilizar sabiamente os produtos que eles podem cultivar ou obter facilmente na região em que vivem. Tanto os pobres como os que se acham em melhores circunstâncias, podem ser ensinados a viver saudavelmente. — Obreiros Evangélicos, 233 (1915). Ev 263.2

Mantende-a à frente — A obra da reforma de saúde é o meio empregado pelo Senhor para diminuir o sofrimento de nosso mundo, e para purificar Sua igreja. Ensinai ao povo que eles podem desempenhar o papel da mão ajudadora de Deus, mediante sua cooperação com o Obreiro-Mestre na restauração da saúde física e espiritual. Esta obra traz o selo divino, e há de abrir portas para a entrada de outras verdades preciosas. Há lugar para trabalharem todos quantos efetuarem esta obra inteligentemente. Ev 263.3

Conservai na frente a obra da reforma de saúde — é a mensagem que sou instruída a apresentar. Mostrai tão claramente o seu valor que se venha a sentir uma vasta necessidade dela. A abstinência de todo alimento e bebida prejudiciais é o fruto da verdadeira religião. Aquele que está perfeitamente convertido abandonará todo hábito e apetite prejudiciais. Pela abstinência total vencerá o desejo das condescendências que destroem a saúde. Ev 263.4

Sou instruída a dizer aos educadores da reforma de saúde: Ide avante! O mundo precisa de cada partícula da influência que podeis exercer para afastar a onda de desgraça moral. Que os que ensinam a terceira mensagem angélica fiquem fiéis a sua bandeira. — Testimonies for the Church 9:112, 113 (1909). Ev 264.1

Abstinência total do álcool e do fumo — Têm os homens e as mulheres muitos hábitos que são contrários aos princípios bíblicos. As vítimas das bebidas alcoólicas e do fumo estão corrompidas no corpo, alma e espírito. Tais pessoas não devem ser recebidas na igreja sem que provem estar verdadeiramente convertidas, e sintam a necessidade da fé que opera por amor e purifica a alma. A verdade divina purifica o verdadeiro crente. Quem está plenamente convertido abandonará todo hábito e apetite envilecedor. Por meio da abstinência total vencerá seu desejo das condescendências destruidoras da saúde. — Carta 49, 1902. Ev 264.2

A conversão, segredo da vitória — A primeira e mais importante das coisas é enternecer e subjugar a alma com a apresentação de nosso Senhor Jesus Cristo como Salvador que toma sobre Si os pecados e os perdoa, e esclarecer o máximo possível o evangelho. Ev 264.3

Ao operar entre nós o Espírito Santo, como certamente o fez nas reuniões campais de _____, almas que não estão preparadas para o aparecimento de Cristo, são convencidas. Muitas das pessoas que assistem às nossas reuniões e se convertem, durante muitos anos não freqüentaram reuniões de igreja nenhuma. A simplicidade da verdade lhes atinge o coração. Toca todas as classes. Os viciados do fumo sacrificam o seu ídolo, e o alcoólatra, o seu álcool. Não poderiam eles fazer isso se, pela fé, não se houvessem apossado das promessas divinas do perdão de seus pecados. Não compensa um esforço resoluto para salvar essas almas? — Carta 4, 1899. Ev 264.4

Iniciai a reforma pelo alicerce — O alcoolismo estimula as mais vis corrupções e fortalece as mais satânicas propensões. ... Ao enfrentarmos essas coisas e vermos as conseqüências terríveis da bebida, não faremos tudo quanto esteja ao nosso alcance a fim de cerrar fileiras no auxílio a Deus para o combate a esse grande mal? O alcoolismo tem por alicerce os maus hábitos na alimentação. Os que crêem a verdade presente devem recusar-se a beber chá ou café, porque despertam o desejo de estimulantes mais fortes. Devem recusar-se a comer carne porque esta também desperta o desejo de bebidas fortes. Os alimentos sãos, preparados com gosto e perícia, devem constituir agora o nosso regime alimentar. Ev 265.1

Os que não são reformadores de saúde tratam-se de maneira injusta e insensata. Pela complacência com o apetite infligem-se danos terríveis. Pensarão alguns que a questão do regime alimentar não é suficientemente importante para ser incluída na religião. Mas esses cometem grande erro. Declara a Palavra de Deus: “Quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.” O tema da temperança, em todos os seus aspectos, tem um lugar importante na elaboração de nossa salvação. Por motivo dos maus hábitos de comer, está o mundo tornando-se mais e mais imoral. — Carta 49, 1902. Ev 265.2

Trabalho pessoal em prol dos intemperantes — Não consiste a atividade missionária meramente em pregar. Inclui trabalho pessoal em favor dos que têm abusado de sua saúde e posto a si mesmos onde não têm fortaleza moral para dominar seus apetites e paixões. Deve-se trabalhar em prol dessas almas tanto quanto pelas mais favorecidas. Nosso mundo está repleto de sofredores. Ev 265.3

Deus escreveu Sua lei em cada nervo e músculo, em toda fibra e função do corpo humano. A complacência com o apetite antinatural, quer seja chá, café, fumo ou álcool, é intemperança e está em guerra com as leis da vida e da saúde. O uso desses artigos proibidos cria no organismo um estado de coisas que o Criador nunca Se propôs que nele houvesse. Essa complacência em qualquer dos membros da família humana, é pecado. ... O uso de alimento que não produz bom sangue, é procedimento contrário às leis de nosso organismo físico, e constitui violação da lei de Deus. A causa produz o efeito. Sofrimento, enfermidade e morte, são a penalidade certa da complacência. — Carta 123, 1899. Ev 265.4

A busca de prazeres — Multidões buscam em vão a felicidade nas diversões mundanas. Anseiam por alguma coisa que não têm. Gastam o dinheiro naquilo, que não é pão, e o produto do seu trabalho naquilo que não pode satisfazer. A alma faminta e sedenta continuará com fome e sede enquanto participe desses prazeres que não satisfazem. Oxalá cada uma dessas pessoas desse ouvidos à voz de Jesus: “Se alguém tem sede, venha a Mim e beba.” Quem beber da água da vida não mais terá sede de diversões frívolas, excitantes. Cristo, a fonte da vida, é a fonte de paz e felicidade. Ev 266.1

Deus concede aos homens vários talentos e dons, não para que fiquem inativos, não para que se entretenham em diversões ou satisfação egoísta, mas, capacitando os homens para fazer trabalho missionário diligente e abnegado, sejam uma bênção para outros. — The Youth's Instructor, 6 de Novembro de 1902. Ev 266.2

Espetáculos e teatros — A paixão dominante de Satanás é perverter o intelecto e levar os homens a desejar ardentemente freqüentar espetáculos e exibições teatrais. A experiência e o caráter de quantos se empenham nesta obra estará em conformidade com o alimento fornecido à mente. Ev 266.3

O Senhor deu prova de Seu amor ao mundo. Não houve falsidade, nem teatralidade no que fez. Fez uma oferta viva, capaz de sofrer humilhação, desconsideração, vergonha, acusação. Isto o fez Cristo para poder salvar os caídos. Enquanto os seres humanos imaginavam meios e modos de destruí-Lo, o Filho do Infinito Deus veio a nosso mundo para dar um exemplo da grande obra a ser feita para redimir e salvar o homem. Hoje, porém, os orgulhosos e desobedientes esforçam-se para merecer de seus semelhantes um grande nome e honra, usando para divertirem-se os dons concedidos por Deus. — Manuscrito 42, 1898. Ev 267.1

Atividade em prol dos amantes de prazeres — Em vez de menosprezar o poço de Jacó, Cristo apresentou algo infinitamente melhor. ... Ofereceu à mulher algo melhor do que qualquer coisa que ela possuísse; a água viva, o gozo e a esperança do evangelho de Seu reino. Ev 267.2

Esta é uma ilustração da maneira em que temos que agir. Pouco nos adiantará o irmos aos amantes de prazeres, freqüentadores de teatros, ou de corridas de cavalos, bebedores e jogadores e reprovar-lhes duramente os pecados. Isto não fará bem nenhum. Devemos oferecer-lhes alguma coisa melhor do que a que têm, a própria paz de Cristo que sobrepuja todo entendimento. ... Ev 267.3

Essas pobres almas estão empenhadas na busca descontrolada dos prazeres e riquezas terrenos. Não sabem de coisa alguma mais desejável. Mas os jogos, teatros e corridas não satisfazem a alma. Os seres humanos não foram criados para ser satisfeitos dessa maneira, para gastar o dinheiro no que não é pão. Mostrai-lhes que infinitamente superior aos gozos e prazeres efêmeros do mundo é a magnificência imperecível do Céu. Tratai de convencê-los da liberdade, esperança, repouso e paz que há no evangelho. “Aquele que beber da água que Eu lhe der, nunca terá sede”, declarou Cristo. — Manuscrito 12, 1901. Ev 267.4

Instruções quanto ao vestuário e às diversões — Devem os princípios da vida cristã ser esclarecidos para os novos conversos à verdade. Homens e mulheres que sejam cristãos fiéis, devem manifestar profundo interesse em levar as almas convencidas à compreensão correta da justificação em Cristo Jesus. Se qualquer delas houver permitido que se lhe torne supremo na vida o desejo de diversões ou o amor do vestuário, de forma que qualquer porção de sua mente, alma e energia seja devotada às complacências egoístas, devem os crentes fiéis cuidar dessas almas como quem delas deverá prestar contas. Não deverão negligenciar as exatas, ternas e amorosas instruções tão essenciais para os novos conversos, a fim de que não haja trabalho tíbio. — Manuscrito 56, 1900. Ev 268.1

A instrução aos novos conversos quanto à idolatria do vestuário — Um ponto sobre que cumpre instruir os que abraçam a fé é o vestuário — assunto que deve ser cuidadosamente considerado da parte dos recém-conversos. Revelam vaidade no tocante à roupa? Acariciam o orgulho de coração? A idolatria praticada em matéria de vestuário é enfermidade moral; não deve ser introduzida na nova vida. Na maioria dos casos a submissão às reivindicações do evangelho requer uma mudança decisiva em matéria de vestuário. Ev 268.2

Cumpre não haver nenhum desleixo. Por amor de Cristo, cujas testemunhas somos, devemos apresentar exteriormente o melhor dos aspectos. No serviço do tabernáculo, Deus especificou cada detalhe no tocante ao vestuário dos que deviam oficiar perante Ele. Com isto nos ensinou que tem Suas preferências também quanto à roupa dos que O servem. Prescrições minuciosas foram por Ele dadas em relação à roupa de Arão, por ser esta simbólica. Do mesmo modo as roupas dos seguidores de Cristo devem ser simbólicas, pois que lhes compete representar a Cristo em tudo. O nosso exterior deve caracterizar-se a todos os respeitos pelo asseio, modéstia e pureza. O que, porém, a Palavra de Deus não aprova são as mudanças no vestuário pelo mero amor da moda — a fim de nos conformarmos com o mundo. Os cristãos não devem enfeitar o corpo com vestidos custosos e adornos preciosos. Ev 268.3

As Palavras das Escrituras Sagradas, referentes a vestidos, devem ser bem meditadas. Importa compreender o que seja agradável ao Senhor até em matéria de vestuário. Todos os que sinceramente buscam a graça de Cristo, hão de atender a essas preciosas instruções da Palavra divinamente inspirada. O próprio feitio da roupa há de comprovar a veracidade do evangelho. Ev 269.1

Todos os que estudam a vida de Cristo e praticam os Seus ensinos se hão de tornar semelhantes a Ele. Sua influência será idêntica à Sua, revelando santidade de caráter. Palmilhando a vereda humilde da obediência, pela submissão à vontade de Deus, exercerão uma influência que atestará o progresso de Sua obra e a saudável pureza da mesma. Nessas almas perfeitamente convertidas, o mundo terá um testemunho do poder santificador da verdade sobre o caráter humano. — Testemunhos Selectos 2:393, 394 (1900). Ev 269.2

Em harmonia com nossa fé — A abnegação no vestir faz parte de nosso dever cristão. Trajar-se com simplicidade, e abster-se de ostentação de jóias e ornamentos de toda espécie, está em harmonia com nossa fé. Somos nós do número dos que vêem a loucura dos mundanos em condescender com a extravagância do vestuário, bem como com o amor das diversões? Se assim é, cumpre-nos ser daquela classe que foge a tudo quanto sanciona esse espírito que se apodera da mente e coração dos que vivem apenas para este mundo, e que não pensam nem cuidam no que respeita ao mundo vindouro. — Idem, 1:350 (1875). Ev 269.3

Em conformidade com Cristo ou com o mundo — Uma irmã que passara algumas semanas em uma de nossas instituições em _____, disse que ficou muito desapontada com o que vira e ouvira ali. ... Antes de aceitar a verdade, seguira as modas do mundo na sua maneira de trajar-se, e usara jóias de valor e outros ornamentos; mas ao decidir obedecer à Palavra de Deus, notou que seus ensinos exigiam dela o abandono de todo adorno extravagante e supérfluo. Foi ensinada que os adventistas do sétimo dia não usam jóias, ouro, prata ou pedras preciosas, e não seguem, no vestuário, as modas mundanas. Ao ver entre os que professam a fé um tão grande afastamento da simplicidade bíblica, sentiu-se perplexa. Não possuíam eles a mesma Bíblia que ela estivera estudando, e com a qual ela se empenhara por conformar a vida? Fora a sua experiência passada um mero fanatismo? Interpretara mal as palavras do apóstolo: “A amizade do mundo é inimizade contra Deus. Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”? Ev 270.1

A Sra. D, que exerce uma função na instituição, estava certo dia de visita no quarto da irmã _____, quando esta tirou de sua mala um colar e corrente de ouro, e disse que queria vender essa jóia e entregar o produto à tesouraria do Senhor. Disse a outra: “Por que o vende? Eu o usaria, se fosse meu.” “Ora!”, respondeu a irmã _____, “quando eu aceitei a verdade, foi-me ensinado que devemos abandonar todas estas coisas. Sem dúvida elas são contrárias aos ensinos da Palavra de Deus.” E citou a sua compreensão das palavras dos apóstolos Paulo e Pedro, sobre esse ponto: “Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.” “O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestidos; mas o homem encoberto no coração; no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto.” Ev 270.2

Como resposta, a senhora mostrou um anel de ouro que tinha no dedo, que lhe fora presenteado por um incrédulo, e disse pensar que nenhum mal haveria em usar tais ornamentos. “Não somos tão estritos como antes”, disse. “Nosso povo tem sido escrupuloso demais no tocante ao assunto do vestuário. As senhoras desta instituição usam relógios de ouro e correntes de ouro, e vestem-se como as outras pessoas. Não é bom procedimento o ser singular quanto ao nosso vestuário; pois não podemos exercer muita influência.” Ev 271.1

Perguntamos: Está isso em conformidade com os ensinos de Cristo? Temos nós de seguir a Palavra de Deus, ou os costumes do mundo? Nossa irmã decidiu que o mais seguro era seguir a norma bíblica. Gostarão a irmã D e outras que procedem de maneira idêntica, de enfrentar o resultado de sua influência, naquele dia em que todo homem receberá segundo as suas obras? Ev 271.2

A Palavra de Deus é clara. Seus ensinos não podem ser confundidos. Obedecer-lhe-emos, tal como Ele no-la deu, ou buscaremos desviar-nos o máximo possível e não obstante ser salvos? Oxalá todos quantos estão vinculados às nossas instituições recebam a luz divina e sigam-na, habilitando-se, assim, para transmitir luz aos que andam em trevas. Ev 271.3

A conformidade com o mundo é um pecado que está minando a espiritualidade de nosso povo, e seriamente prejudicando a sua utilidade. Inútil é proclamar ao mundo a mensagem de advertência, enquanto a negamos nas realizações da vida diária. — The Review and Herald, 28 de Março de 1882. Ev 271.4

Uma obra do coração — Muitos há que intentam corrigir a vida dos demais atacando o que consideram ser hábitos errôneos. Vão ter com quem pensam estar em erro e lhes apontam os defeitos. Dizem eles: “Você não se veste como convém.” Buscam arrancar os ornamentos ou tudo quanto parece ofensivo, mas não tratam de firmar a mente na verdade. Os que buscam corrigir outras pessoas, deveriam apresentar os atrativos de Jesus. Deveriam falar de Seu amor e misericórdia, apresentar o Seu exemplo e sacrifício, revelar o Seu espírito, e não precisarão sequer tocar no tema do vestuário. Não há necessidade de fazer do assunto do vestuário o ponto principal de vossa religião. Algo mais valioso há de que falar. Falai de Cristo, e quando o coração estiver convertido, tudo que não está em harmonia com a Palavra de Deus cairá. Arrancar as folhas de uma árvore viva equivale a trabalhar em vão. As folhas reaparecerão. O machado precisa ser posto à raiz da árvore, e então as folhas cairão para não mais volver. Ev 272.1

A fim de ensinar aos homens e mulheres a insignificância das coisas terrestres, deveis encaminhá-los à fonte viva e levá-los a abeberarem-se de Cristo, até que o seu coração esteja repleto do amor de Deus, e Cristo seja neles uma fonte de água que salta para a vida eterna. — The Signs of the Times, 1 de Julho de 1889. Ev 272.2

Limpai a fonte e puras serão as águas. Se reto for o coração, corretas hão de ser vossas palavras, vosso vestuário, vossas ações. — Testemunhos Selectos 1:51 (1857). Ev 272.3

A simplicidade do vestuário — Aproximamo-nos do fim da história deste mundo. Um testemunho claro e direto é agora necessário, tal como é apresentado na Palavra de Deus, atinente à simplicidade do vestuário. Deve esta ser a nossa preocupação. Tarde demais é agora, porém, para nos entusiasmarmos e fazer deste assunto uma prova. O vestuário de nossos irmãos deve ser confeccionado com maior simplicidade. ... Nenhum modelo definido me foi dado como regra exata para orientar a todos no vestuário. ... Ev 272.4

Nossas irmãs devem vestir-se com roupa modesta. Devem vestir-se com simplicidade. Vossos chapéus e vestidos não precisam dos ornamentos adicionais neles postos. Deveis vestir-vos com roupa modesta, com pudor e sobriedade. Dai ao mundo uma ilustração fiel do adorno íntimo da graça de Deus. Vistam-se as nossas irmãs com simplicidade, como muitas o fazem, tendo vestidos de boa fazenda, duráveis, modestos, apropriados para a sua idade, e não lhes preocupe a mente o problema do vestuário. — Manuscrito 97, 1908. Ev 273.1