Evangelismo

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As ordenanças

As duas colunas monumentais — As ordenanças do batismo e da ceia do Senhor são duas colunas monumentais, estando uma dentro e outra fora da igreja. Sobre estas ordenanças Cristo inscreveu o nome do verdadeiro Deus. — Manuscrito 27, 1900. Ev 273.2

A ceia do Senhor como monumento comemorativo permanente — Os símbolos da casa do Senhor são simples e facilmente compreensíveis, e as verdades por eles representadas são-nos da mais profunda significação. Ao estabelecer o rito sacramental para substituir a Páscoa, Cristo deixou para a igreja um memorial de Seu grande sacrifício em prol do homem. “Fazei isto”, disse Ele, “em memória de Mim.” Era esse o ponto de transição entre duas dispensações e suas duas grandes festas. Uma iria terminar para sempre; a outra, que Ele acabava de estabelecer, iria substituí-la, e continuar através dos séculos como o memorial de Sua morte. — The Review and Herald, 22 de Junho de 1897. Ev 273.3

A lavagem dos pés, mais do que um ritual — Não participamos das ordenanças da casa do Senhor meramente como um ritual. ... Ev 274.1

Ele instituiu esta cerimônia para que nos fale constantemente aos sentidos do amor de Deus manifestado em nosso favor. ... Esta cerimônia não pode ser repetida sem que um pensamento se ligue a outro. Assim, uma série de pensamentos suscita lembranças de bênçãos, de bondades e de favores recebidos de amigos e irmãos, que desapareceram da memória. O Espírito Santo, com Seu poder estimulante e vivificante, apresenta a ingratidão e falta de amor que brotaram da odiosa raiz da amargura. Elo após elo na cadeia da memória é fortalecido. O Espírito de Deus atua na mente humana. Os defeitos do caráter, a negligência dos deveres, a ingratidão para com Deus, são trazidos à memória, e os pensamentos são levados cativos à obediência de Cristo. — The Review and Herald, 7 de Junho de 1898. Ev 274.2

Preparo do coração — Nos dias primitivos do movimento do advento, quando éramos poucos em número, a celebração das ordenanças tornava-se uma ocasião das mais proveitosas. Na sexta-feira anterior, todo membro da igreja buscava remover tudo quanto contribuísse para separá-lo de seus irmãos e de Deus. Examinavam o coração rigorosamente; faziam-se orações fervorosas pela divina revelação de pecados ocultos; e faziam-se confissões de deslizes no comércio, de palavras imprudentes proferidas com precipitação, de pecados acariciados. O Senhor Se manifestava e éramos grandemente fortalecidos e animados. — Manuscrito 102, 1904. Ev 274.3

O propósito da ordenança do rito — A reconciliação mútua dos irmãos é a obra para que foi estabelecido o rito do lava-pés. Pelo exemplo de nosso Senhor e Mestre esta cerimônia de humilhação foi convertida numa ordenança sagrada. Quando quer que celebrada, Cristo está presente por meio de Seu Santo Espírito. Esse Espírito é que produz convicção nos corações. Ev 275.1

Ao celebrar Cristo este rito com Seus discípulos, a convicção apoderou-se de todos, menos de Judas. Assim também a convicção se apoderará de nós, ao falar-nos Cristo ao coração. As fontes da alma serão abertas. A mente será avigorada e, entrando em atividade e vida, destruirá toda barreira que haja causado desunião e afastamento. Os pecados que hajam sido cometidos aparecerão com mais notoriedade que nunca dantes; pois o Espírito Santo no-los trará à lembrança. As palavras de Cristo: “Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes”, serão revestidas de nova virtude. — The Review and Herald, 4 de Novembro de 1902. Ev 275.2

A prova do coração — Este rito do lava-pés foi convertido em rito religioso. ... Foi posto como alguma coisa para provar e verificar a lealdade dos filhos de Deus. Quando o Israel moderno observa o rito sacramental, esta cerimônia deverá preceder a participação nos emblemas da morte do Senhor. Ev 275.3

Este rito foi dado para proveito dos discípulos de Cristo. E Cristo pretendia dizer justamente o que disse ao proferirem os Seus lábios as palavras: “Eu vos dei o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais vós também. ... Se sabeis estas coisas bem-aventurados sois se as fizerdes.” Ele Se propôs com isto provar o verdadeiro estado do coração e da mente dos que nele participavam. — Manuscrito 8, 1897. Ev 275.4

Para todo tempo e país — Em lugar da festa nacional que o povo judaico havia observado, instituiu Ele um culto comemorativo, o rito do lava-pés e a ceia sacramental, para serem observados através de todos os tempos por Seus seguidores em todos os países. Devem estes sempre repetir o ato de Cristo, a fim de que todos vejam que o verdadeiro serviço requer ministério abnegado. — The Signs of the Times, 16 de Maio de 1900. Ev 275.5

Para ser comemorado freqüentemente — Neste último ato de Cristo, participando com Seus discípulos do pão e do vinho, Ele Se hipotecou como Redentor deles por meio de um novo concerto, em que estava escrito e selado que a todos quantos receberem a Cristo pela fé, serão conferidas todas as bênçãos que o Céu pode prover, tanto nesta vida quanto na futura vida imortal. Ev 276.1

Este instrumento de concerto teria que ser ratificado pelo próprio sangue de Cristo, que as antigas ofertas sacrificais tinham por finalidade manter na lembrança de Seu povo escolhido. Cristo tencionava que essa ceia fosse comemorada frequentemente, a fim de trazer-nos à lembrança o Seu sacrifício de dar a Sua vida pela remissão dos pecados de todos quantos nEle crêem e O recebem. Esse rito não deve ser exclusivo, como muitos querem fazê-lo. Cada pessoa deve dele participar publicamente, e com isso dizer: “Aceito a Cristo como meu Salvador pessoal. Ele deu por mim a Sua vida, para eu ser salvo da morte.” — The Review and Herald, 22 de Junho de 1897. Ev 276.2

Experiência: procedimento fiel com um pastor interessado — Na manhã de sábado, em que a igreja de _____ celebrava as ordenanças, o irmão _____ estava presente. Ele foi convidado a participar do rito do lava-pés, mas disse que preferia testemunhá-lo. Perguntou se era obrigatória a participação nesse rito antes de a pessoa participar da comunhão, e nossos irmãos lhe asseguraram não ser obrigatório, e que ele seria bem-vindo à mesa do Senhor. Esse sábado foi um dia preciosíssimo para essa alma; disse ele que nunca havia tido em sua vida dia mais feliz. Ev 276.3

Depois quis falar-me, e tivemos uma palestra agradável. Sua conversa foi muito interessante e passamos momentos preciosos orando juntos. Creio que ele é um servo de Deus. Dei-lhe os meus livros O Grande Conflito, Patriarcas e Profetas e Caminho a Cristo. Aparentava estar muito satisfeito, disse que queria possuir todo o esclarecimento que lhe fosse possível obter para enfrentar os oponentes de nossa crença. Foi batizado antes de voltar para casa, e voltará para apresentar a verdade à sua própria congregação. — Manuscrito 4, 1893. Ev 277.1

Não seja a comunhão exclusiva — O exemplo de Cristo proíbe a exclusão da ceia do Senhor. Verdade é que o pecado aberto exclui o culpado. Isto ensina plenamente o Espírito Santo. Além disso, porém, ninguém deve julgar. Deus não deixou aos homens dizer quem se apresentará nessas ocasiões. Pois quem pode ler o coração? Quem é capaz de distinguir o joio do trigo? — O Desejado de Todas as Nações, 656 (1898). Ev 277.2

Podem chegar a relacionar-se convosco pessoas que não estejam de coração unidas à verdade e à santidade, mas queiram participar desses ritos. Não as impeçais. — Manuscrito 47, 1897. Ev 277.3

Com reverência — Todas as coisas relacionadas com este rito devem sugerir um preparo tão perfeito quanto possível. Toda ordenança da igreja deve ser inspiradora. Não devem elas ser tornadas comuns ou vulgares, nem postas no mesmo nível das coisas comuns. ... Nossas igrejas precisam ser instruídas para manifestar mais elevado respeito e reverência para com as coisas sagradas do culto a Deus. — Manuscrito 76, 1900. Ev 277.4

Esta cerimônia não deve ser realizada negligentemente, mas com fervor, e mantendo-se presente o seu propósito e objetivo. — Manuscrito 8, 1897. Ev 278.1

Uma reunião abençoada — O dia de hoje foi-me um período preciosíssimo de refrigério para a alma. O pequeno grupo daqui está organizado em igreja e vim ter com eles para celebrar as ordenanças. Preguei com base em João 13, e preciosas idéias me ocorreram à mente no tocante à cerimônia da humildade. ... Muito há nesse rito simples que não é visto nem apreciado. Fui abençoada com participar dos símbolos do corpo partido e do sangue derramado de nosso precioso Salvador, que Se fez pecado por nós, para que por Ele fôssemos feitos justiça de Deus. Ele tomou sobre Si os nossos pecados. Ev 278.2

A reunião de hoje foi uma ocasião muito solene para todos os presentes. A reunião de testemunhos foi excelente. Todos quantos foram chamados por nome, atenderam de bom grado. Sei que o Senhor Jesus esteve em nosso meio, e todo o Céu ficou satisfeito ao seguirmos o exemplo de Cristo. Nessas ocasiões o Senhor Se manifesta de maneira especial para assim enternecer e subjugar a alma, para expelir o egoísmo, impregnar com o Espírito Santo, e levar amor e graça e paz aos corações contritos. Ev 278.3

Ao terminar a reunião, e termos voltado para as nossas tendas nas matas, branda, suave e santa influência invadiu-nos o coração. Minha alma se encheu de doce paz. — Manuscrito 14, 1895. Ev 278.4