Conselhos sobre Saúde

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Curando os leprosos

“E entrando numa certa aldeia, saíram-Lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe. E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós. E Ele, vendo-os, disse-lhes: Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz; e caiu aos Seus pés, com o rosto em terra, dando-Lhe graças; e este era samaritano. E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro? e disse-lhe: Levanta-te, vai; a tua fé te salvou.” Lucas 17:12-19. CSa 348.1

Aqui está uma lição para todos nós. Os leprosos estavam tão corrompidos pela doença que foram segregados da sociedade para não contaminarem os outros. Seus limites haviam sido prescritos pelas autoridades. Jesus aproximou-Se dos limites de sua visão, e em seu grande sofrimento, clamaram Àquele que, somente, tinha poder para aliviá-los. Jesus lhes manda se apresentarem aos sacerdotes. Eles têm fé para começar a caminhada, crentes no poder de Cristo para curá-los. Quando vão andando pelo caminho, notam que a terrível doença os deixou. Apenas um, entretanto, tem sentimentos de gratidão; um apenas reconhece a sua penhorada dívida a Cristo por essa grande obra feita em seu favor. Este volta louvando a Deus, e, na maior das humilhações, prostra-se aos pés de Cristo, reconhecendo agradecido a obra realizada em seu favor. E aquele homem era estrangeiro; os outros nove eram judeus. CSa 348.2

Em atenção a este único homem, que haveria de fazer uso correto da bênção da saúde, Jesus curou a todos os dez. Os outros prosseguiram sem reconhecer a obra feita, e sem manifestar nenhum grato reconhecimento a Jesus por haver feito a obra. CSa 349.1

Assim os médicos do Instituto da Saúde terão os seus esforços reconhecidos. Mas, se em seu esforço para auxiliar a humanidade sofredora, um em vinte faz uso correto dos benefícios recebidos e aprecia seu empenho em favor dele, devem os médicos sentir-se recompensados e satisfeitos. Se uma em cada dez vidas é salva, e uma alma em uma centena é salva no reino de Deus, todos os que estão relacionados com o Instituto devem sentir-se grandemente recompensados por todos os seus esforços. Seu cuidado e ansiedade não será de todo em vão. Se o Rei da glória, a Majestade do Céu, trabalhou pela humanidade sofredora, e tão poucos Lhe apreciaram a divina ajuda, devem os médicos e auxiliares do Instituto envergonhar-se de se queixarem se seus fracos esforços não forem apreciados por todos e parecerem baldados para alguns. ... CSa 349.2

Tratar com homens e mulheres cuja mente, bem como corpo, se acham enfermos, é uma preciosa tarefa. É necessário grande sabedoria por parte dos médicos do Instituto a fim de curarem o corpo através da mente. Poucos, porém, compreendem o poder que exerce a mente sobre o corpo. Grande parte das doenças que afligem a humanidade têm a sua origem na mente, e podem ser curadas apenas pela restauração da mente à saúde. Há um número muito mais elevado do que imaginamos que está sofrendo das faculdades mentais. O coração enfermo torna muitos dispépticos, pois a angústia mental exerce uma paralisadora influência sobre os órgãos digestivos. CSa 349.3

A fim de alcançar esta classe de pacientes, deve o médico ter discernimento, paciência, bondade e amor. O coração abatido, doente, a desalentada mente, necessitam de meigo cuidado, e é por meio de terna simpatia que esta espécie de mentes pode ser curada. Devem os médicos conquistar-lhes primeiro a confiança, e em seguida levá-los ao Médico todo-poderoso para curar. Se sua mente puder ser dirigida para o Portador de Fardos e tiverem fé que Ele demonstrará interesse por eles, certa será a cura de seu corpo e mente enfermos. CSa 349.4