Conselhos sobre o Regime Alimentar
Capítulo 19 — Sobremesas
Parte 1 — Açúcar
525. Açúcar não é bom para o estômago. Causa fermentação, e isto obscurece o cérebro e ocasiona mau humor. — Manuscrito 93, 1901. CRA 327.1
526. De ordinário se usa demasiado açúcar no alimento. Bolos, pudins, pastelarias, geléias, doces, são causa ativa de má digestão. Especialmente nocivos são os cremes e pudins em que o leite, ovos e açúcar são os principais elementos. Deve-se evitar o uso abundante de leite e açúcar juntos. — A Ciência do Bom Viver, 302 (1905). CRA 327.2
[Ver leite e açúcar — 533 e 536]
[Usar pouco em conservas de frutas — 476]
[Um pouco de açúcar permitido — 550]
527. O açúcar abarrota o organismo. Entrava o trabalho da máquina viva. CRA 327.3
Houve um caso na comarca de Montcalm, Michigan, ao qual me referirei. Tratava-se de um nobre homem. Tinha um metro e oitenta de altura e era de belo aspecto. Fui chamada a visitá-lo, quando se achava doente. Já havia conversado com ele, acerca de sua maneira de viver. “Não me agrada o aspecto de seus olhos”, disse-lhe eu. Ele usava grande quantidade de açúcar. Perguntei-lhe porque fazia isso. Disse que abandonara o uso da carne e não conhecia melhor substituto do que o açúcar. Seu alimento não o satisfazia, simplesmente porque a esposa não sabia cozinhar. CRA 327.4
Alguns de vós mandais vossas filhas, já quase adultas, para a escola, a fim de aprenderem as ciências antes de saberem cozinhar, quando isto devia ser considerado de primeira importância. Aí estava uma mulher que não sabia cozinhar; não aprendera a preparar alimento saudável. A esposa e mãe era deficiente neste importante ramo de educação; e em resultado, visto como o alimento mal cozido não era suficiente para satisfazer às demandas do organismo, era ingerido açúcar imoderadamente, o que provocava um estado doentio de todo o organismo. A vida daquele homem era sacrificada desnecessariamente à má cozinha. CRA 327.5
Quando fui visitar esse doente, procurei explicar-lhes tão bem como pude, como deviam fazer, e logo ele começou, aos poucos, a melhorar. Mas imprudentemente usou suas forças quando não podia ainda, e comeu pequena porção de alimento de qualidade imprópria, e de novo baqueou. Desta vez não houve remédio para ele. Seu organismo assemelhava-se a uma viva massa de corrupção. Morreu vítima da má cozinha. Procurou fazer o açúcar substituir o alimento apropriado, e tão-somente piorou a situação. CRA 328.1
Sento-me com freqüência à mesa de irmãos e irmãs, e vejo que eles usam grande quantidade de leite e açúcar. Isto sobrecarrega o organismo, irrita os órgãos digestivos, e afeta o cérebro. Tudo quanto embaraça o ativo funcionamento do maquinismo vivo, afeta muito diretamente o cérebro. E segundo a luz que me foi dada, o açúcar, quando usado abundantemente, é mais prejudicial que a carne. Estas mudanças devem ser feitas com prudência, e o assunto deve ser tratado de maneira calculada a não desgostar e suscitar preconceito às pessoas a quem queremos ensinar e ajudar. — Testemunhos Selectos 1:190 (1870); Testimonies for the Church 2:369, 370. CRA 328.2
[Pães doces e bolachas — 410, 507 e 508]
528. Não devemos ser dominados para pôr na boca alimento que produza uma condição mórbida, por mais que dele gostemos. Por quê? — Porque somos propriedade de Deus. Tendes uma coroa a conquistar, um Céu a ganhar, um inferno a evitar. Então, por amor de Cristo, eu vos pergunto: Quereis ter diante de vós a luz brilhando em raios límpidos e distintos, e desviar-vos-eis dela então, dizendo: “Eu gosto disto, e gosto daquilo”? Deus concita cada um de vós a começar a planejar, a cooperar com Ele em Seu grande cuidado e amor, para elevar, enobrecer e santificar toda a alma, e corpo e espírito, a fim de sermos coobreiros de Deus. ... CRA 328.3
É melhor deixar em paz os doces. Deixai em paz aquelas sobremesas doces que são colocadas sobre a mesa. Não necessitais delas. Precisais de uma mente clara para pensar segundo a vontade de Deus. — The Review and Herald, 7 de Janeiro de 1902. CRA 328.4
[Ver Parte III — torta, bolo, pastelarias e pudins]
[Balas e bombons não convém dar às crianças — 346]
Venda de guloseimas no acampamento
529. Tive anos atrás um testemunho de reprovação para os gerentes em nossas reuniões campais, que levavam ao acampamento e vendiam a nosso povo queijo e outros artigos nocivos, e apresentavam doces à venda quando eu estava trabalhando para instruir os jovens e os adultos a porem o dinheiro que haviam gasto em bombons na caixa missionária, ensinando assim a seus filhos a abnegação. — Carta 25a, 1889. CRA 329.1
530. Tem-me sido comunicada luz quanto aos alimentos providos em nossas reuniões campais. São por vezes trazidos ao acampamento artigos que não se harmonizam com os princípios da reforma de saúde. CRA 329.2
Se havemos de andar na luz a nós dada por Deus, precisamos educar nosso povo, velhos e novos, a dispensar aquelas comidas que são ingeridas apenas por condescendência com o apetite. Nossos filhos devem ser ensinados a renunciarem às coisas desnecessárias como doces, chicletes, sorvetes e outras gulodices, para que possam pôr o dinheiro poupado por sua abnegação na caixa da renúncia, das quais deve haver uma em todo lar. Por essa maneira grandes e pequenas quantias seriam economizadas para a causa de Deus. CRA 329.3
Não poucos entre os nossos, necessitam instrução acerca dos princípios da reforma de saúde. Há várias preparações inventadas por fabricantes de alimentos saudáveis, e recomendadas como perfeitamente inofensivas; tenho, porém, testemunho diverso a apresentar a esse respeito. Elas não são verdadeiramente saudáveis, e seu uso não deve ser estimulado. Precisamos apegar-nos mais estritamente a um regime simples de frutas, nozes, cereais e verduras. CRA 329.4
Não sejam trazidos para nosso acampamento comidas e artigos de confeitaria em contradição com a luz comunicada a nosso povo quanto à reforma de saúde. Não expliquemos paliativamente a tentação de condescender com o apetite, dizendo que o dinheiro recebido da venda dessas coisas será empregado para as despesas com uma boa obra. Toda tentação dessa espécie com a condescendência egoísta deve ser firmemente resistida. Não nos persuadamos a nós mesmos a fazer o que é sem proveito para o indivíduo sob pretexto de advir daí um bem. Aprendamos individualmente o que significa renunciar e ainda ser saudáveis e ativos missionários. — Manuscrito 87, 1908. CRA 329.5
Açúcar no regime de Ellen G. White
531. Tudo é simples, todavia saudável porque não é reunido ao acaso. Não temos açúcar em nossa mesa. Nossa compota, em que confiamos, são maçãs assadas ou estufadas, adoçadas segundo a exigência antes de serem postas à mesa. — Carta 5, 1870. CRA 330.1
532. Temos usado sempre um pouco de leite e algum açúcar. Isto nunca reprovamos, seja em nossos escritos, seja em nossa pregação. Cremos que o gado se tornará tão doente que essas coisas ainda virão a ser rejeitadas, mas o tempo ainda não chegou para abolirmos inteiramente açúcar e leite em nossa mesa. — Carta 1, 1873. CRA 330.2