Conselhos para a Igreja
Capítulo 57 — Relações com as autoridades
O apóstolo esboça com clareza a atitude que deveriam os crentes sustentar em relação às autoridades civis: “Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; quer aos governadores, como por Ele enviados para castigo dos malfeitores e para louvor dos que fazem o bem. Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos; como livres e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus. Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei”. 1 Pedro 2:13-17. — Atos dos Apóstolos, 522. CI 322.1
Temos homens que são colocados sobre nós como governadores, e leis para nos regerem. Não fosse por essas leis, e as condições do mundo seriam piores do que são agora. Algumas dessas leis são boas, outras más. Estas têm aumentado, e seremos ainda levados a situações apertadas. Mas Deus susterá o Seu povo para ser firme e viver à altura dos princípios de Sua Palavra. [...] CI 322.2
Vi que o nosso dever em cada caso é obedecer às leis de nossa pátria, a menos que se oponham às que Deus proferiu com voz audível do Monte Sinai, e depois, com o próprio dedo, gravou em pedra. “Porei as Minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; e Eu lhes serei por Deus, e eles Me serão por povo”. Hebreus 8:10. Quem tem a lei de Deus escrita no coração, obedecerá mais a Deus do que aos homens, e preferirá desobedecer a todos os homens a desviar-se um mínimo que seja dos mandamentos de Deus. O povo de Deus, ensinado pela inspiração da verdade, e guiado por uma consciência pura a viver segundo toda Palavra de Deus, terá a Sua lei, escrita no coração, como única autoridade que reconhece ou consente em obedecer. Supremas são a sabedoria e a autoridade da lei divina. — Testimonies for the Church 1:201, 361. CI 322.3
O governo sob que Jesus viveu era corrupto e opressivo; clamavam de todo lado os abusos — extorsões, intolerância e abusiva crueldade. Não obstante, o Salvador não tentou nenhuma reforma civil. Não atacou nenhum abuso nacional, nem condenou os inimigos da nação. Não interferiu com a autoridade nem com a administração dos que se achavam no poder. Aquele que foi o nosso exemplo, conservou-Se afastado dos governos terrestres. Não porque fosse indiferente às misérias do homem, mas porque o remédio não residia em medidas meramente humanas e externas. Para ser eficiente, a cura deve atingir o próprio homem, individualmente, e regenerar o coração. — O Desejado de Todas as Nações, 509. CI 322.4
Por mais de uma vez Cristo foi solicitado a decidir questões políticas e jurídicas; mas recusava-Se a interferir em assuntos temporais. [...] Ele ocupava no mundo o lugar de Cabeça do grande reino espiritual para cujo estabelecimento aqui viera — o reino da justiça. Seus ensinos tornaram claros os princípios enobrecedores e santificadores que regem Seu reino. Mostrou que a justiça, misericórdia e amor são as forças dominantes no reino de Jeová. — Testimonies for the Church 9:218. CI 323.1
Os espias foram ter com Ele e, com aparente sinceridade, como desejando conhecer seu dever, disseram: “Mestre, nós sabemos que falas e ensinas bem e retamente, e que não consideras a aparência da pessoa, mas ensinas com verdade o caminho de Deus. É-nos lícito dar tributo a César ou não?” Lucas 20:21, 22. [...] CI 323.2
A resposta de Cristo não foi uma evasiva, mas uma réplica sincera. Segurando a moeda romana sobre que se achavam inscritos o nome e a imagem de César, declarou que, uma vez que estavam vivendo sob a proteção do poder romano, deviam prestar àquele poder o apoio que lhes exigia, enquanto isso não estivesse em oposição a um mais elevado dever. [...] CI 323.3
Ao ouvirem os fariseus a resposta de Cristo, “maravilharam-se e, deixando-O, se retiraram”. Mateus 22:22. Ele lhes censurara a hipocrisia e presunção e, assim fazendo, expressara um grande princípio, princípio que define claramente os limites do dever do homem para com o governo civil, e seu dever para com Deus. — O Desejado de Todas as Nações, 601-603. CI 323.4
Prestar juramento — Vi que alguns dos filhos de Deus têm cometido um erro no que respeita a prestar juramento, e Satanás se tem aproveitado disto para os oprimir, e deles tirar o dinheiro de seu Senhor. Vi que as palavras de nosso Senhor: “de maneira nenhuma jureis”, não se referem ao juramento judicial. “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disto é de procedência maligna”. Mateus 5:34, 37. Isto se refere a conversações comuns. Alguns exageram em sua linguagem. Outros juram pela própria vida; outros, pela sua cabeça — tão certo como eles viverem; tão certo como terem cabeça. Uns tomam o Céu e a Terra como testemunhas de que tais coisas são assim. Outros ainda esperam que Deus lhes tire a existência se o que estão dizendo não é verdade. É contra esta espécie de juramento comum que Jesus adverte Seus discípulos. [...] CI 323.5
Vi que o Senhor tem ainda que ver com as leis do país. Enquanto Jesus está no santuário, o refreador Espírito de Deus é sentido por governantes e pelo povo. Mas Satanás domina em grande parte a massa do mundo, e não fossem as leis do país, experimentaríamos muito sofrimento. Foi-me mostrado que, quando é realmente necessário, e eles são chamados a testemunharem de modo legal, não é violação da Palavra de Deus que Seus filhos tomem solenemente a Deus para testemunhar de que o que dizem é verdade, e coisa alguma senão a verdade. [...] CI 323.6
Vi que, se existe na Terra alguém que possa coerentemente testemunhar sob juramento, esse é o cristão. Ele vive à luz do semblante de Deus. Ele se fortalece em Sua força. E quando questões de importância têm de ser resolvidas por lei, ninguém pode apelar para Deus com tanta justiça como o cristão. Ordenou-me o anjo que notasse que o próprio Deus jura por Si mesmo. Gênesis 22:16; Hebreus 6:13, 17. — Testimonies for the Church 1:201-203. CI 324.1
Questões políticas — Os que ensinam a Bíblia em nossas igrejas e escolas, não se acham na liberdade de se unir aos que manifestam seus preconceitos a favor ou contra homens e medidas políticos, pois assim fazendo, incitam o espírito dos outros, levando cada um a defender suas idéias favoritas. Existem, entre os que professam crer na verdade presente, alguns que serão assim incitados a exprimir seus sentimentos e suas preferências políticas, de maneira que se introduzirá na igreja a divisão. CI 324.2
O Senhor quer que Seu povo enterre as questões políticas. Sobre esses assuntos, o silêncio é eloqüência. Cristo convida Seus seguidores a chegarem à unidade nos puros princípios evangélicos que são positivamente revelados na Palavra de Deus. Não podemos, com segurança, votar por partidos políticos; pois não sabemos em quem votamos. Não podemos, com segurança, tomar parte em nenhum plano político. [...] CI 324.3
Os que são genuinamente cristãos são ramos da Videira verdadeira, e darão o mesmo fruto que ela. Agirão em harmonia, em comunhão cristã. Não usarão distintivos políticos, mas os de Cristo. CI 324.4
Que devemos então fazer? — Deixai os assuntos políticos em paz. [...] CI 324.5
Há uma grande vinha a ser cultivada; mas, conquanto os cristãos tenham de trabalhar entre os incrédulos, não se devem parecer com os mundanos. Não devem gastar seu tempo a falar de política e agir em favor dela; pois assim fazendo, dão oportunidade ao inimigo de penetrar e causar desinteligências e discórdias. [...] CI 324.6
Os filhos de Deus têm de se separar da política [...] Não tomeis parte em lutas políticas. Separai-vos do mundo, refreai-vos quanto a introduzir na igreja ou escola idéias que hão de levar a contendas e perturbações. As dissensões são o veneno moral introduzido no organismo pelos seres humanos egoístas. — Obreiros Evangélicos, 391, 392, 395. CI 324.7
O perigo das declarações precipitadas — Ensinemos o povo a conformar-se em todas as coisas com as leis de seu Estado, quando assim podem fazer sem entrar em conflito com a lei de Deus. — Testimonies for the Church 9:238. CI 324.8
Alguns de nossos irmãos têm escrito e dito muitas coisas que são interpretadas como contrárias ao Governo e à lei. Está errado expor-nos dessa maneira a um mal-entendido geral. Não é procedimento sábio criticar continuamente os atos dos governantes. A nós não nos compete atacar indivíduos nem instituições. Devemos exercer grande cuidado para não sermos tomados por oponentes das autoridades civis. Certo é que a nossa luta é intensiva, mas as nossas armas devem ser as contidas num simples “Assim diz o Senhor”. Nossa ocupação consiste em preparar um povo para estar de pé no grande dia de Deus. Não devemos desviar-nos para procedimentos que provoquem polêmica, ou suscitem oposição nos que não são da nossa fé. [...] CI 325.1
Tempo virá em que expressões descuidadas de caráter denunciante, displicentemente proferidas ou escritas pelos nossos irmãos, hão de ser usadas pelos nossos inimigos para nos condenarem. Não serão usadas simplesmente para condenar os que as proferiram, mas atribuídas a toda a comunidade adventista. Nossos acusadores dirão que em tal e tal dia um dos nossos homens responsáveis falou assim e assim contra a administração das leis desse governo. Muitos ficarão pasmos ao ver quantas coisas foram conservadas e lembradas, as quais servirão de prova para os argumentos dos nossos adversários. Muitos se surpreenderão de como foi atribuído às suas palavras um significado diferente do que era a sua intenção. Sejam nossos obreiros cuidadosos no falar, em todo tempo e sob quaisquer circunstâncias. Estejam todos precavidos para que, por meio de expressões imprudentes, não tragam sobre si um tempo de angústia antes da grande crise que provará os seres humanos. [...] CI 325.2
Devemos estar lembrados de que o mundo nos julgará pelo que aparentamos ser. Que os que buscam representar a Cristo exerçam o cuidado de não exibir traços incoerentes de caráter. Antes de assumirmos um lugar definido na linha de frente, certifiquemo-nos de que o Espírito Santo nos tenha sido concedido lá dos altos Céus. Quando isso acontecer, pregaremos uma mensagem definida, que será, porém, de espécie muito menos condenatória do que a de alguns; e os que crerem terão muito mais interesse na salvação de nossos oponentes. Deixemos inteiramente com Deus o assunto de condenar as autoridades e governos. Com humildade e amor, defendamos, como sentinelas fiéis, os princípios da verdade tal como é em Jesus. — Testimonies for the Church 6:394, 395, 397. CI 325.3
Leis dominicais — Poderes religiosos, supostamente aliados ao Céu, e declarando ter as características de um cordeiro, por seus atos mostrarão que têm coração de dragão, e são instigados e dominados por Satanás. Está chegando o tempo de o povo de Deus sentir a mão da perseguição. por santificar o sétimo dia. Satanás motivou a mudança do sábado na esperança de concretizar seu propósito, a derrota dos planos de Deus. Ele procura tornar os mandamentos de Deus menos importantes no mundo do que as leis humanas. O homem do pecado, que cuidou em mudar os tempos e a lei, e já oprimiu o povo de Deus, fará com que sejam promulgadas leis que imponham a observância do primeiro dia da semana. Mas o povo de Deus deve ficar firme a favor dEle. E o Senhor operará em Seu favor, mostrando claramente ser Ele o Deus dos deuses. [...] CI 325.4
A lei da observância do primeiro dia da semana é produto de um cristianismo apostatado. O domingo é filho do papado, entretanto exaltado pelo mundo cristão acima do sagrado dia de repouso de Deus. Em caso algum lhe deve o povo de Deus prestar homenagem. Mas desejo que compreendam que, se provocam oposição quando Deus deseja que a evitem, não estão cumprindo a Sua vontade. Desse modo despertam um preconceito tão implacável que será impossível proclamar a verdade. Não façamos, no domingo, demonstrações de desacato à lei. Se isso ocorrer num lugar, e formos humilhados, a mesma coisa poderá ocorrer noutro lugar. Podemos servir-nos do domingo para levar avante um trabalho que testifique de Cristo. Devemos fazer o melhor possível, trabalhando com toda a mansidão e humildade. — Testimonies for the Church 9:229, 230, 235. CI 326.1
Se dedicarmos o domingo à atividade missionária, o chicote será arrebatado das mãos dos fanáticos arbitrários, que se teriam deleitado em humilhar os adventistas do sétimo dia. Ao verem que nos domingos, nos empenhamos em visitar o povo e abrir perante eles as Escrituras, reconhecerão que lhes é inútil procurar impedir nossa obra fazendo leis dominicais. CI 326.2
O domingo pode ser empregado para desenvolver vários ramos de trabalho que muito farão em proveito do Senhor. Podem ser realizadas nesse dia reuniões ao ar livre ou em casas de família. Pode se fazer trabalho de casa em casa. Os que escrevem, podem consagrar esse dia para redigir seus artigos. Realizem-se cultos religiosos no domingo, sempre que possível. Tornem-se essas reuniões vivamente interessantes. Cantem-se verdadeiros hinos de reavivamento, e fale-se com firmeza e poder do amor de Cristo. Fale-se acerca da temperança e da religião genuína. Desse modo aprenderemos muito acerca de como trabalhar, e alcançaremos a muitos. CI 326.3
Dediquem os professores em nossas escolas o domingo a trabalhos missionários. Fui instruída de que seriam assim capazes de derrotar os propósitos do inimigo. Tomem os professores consigo os estudantes, para realizarem reuniões em favor dos que não conhecem a verdade. Desse modo realizarão muito mais do que conseguiriam de outra maneira. [...] CI 326.4
Tem que ser dada ao povo a verdade, a verdade direta, positiva. Mas essa verdade deve ser apresentada no espírito de Cristo. Devemos ser como ovelhas no meio de lobos. Os que não querem, por amor de Cristo, observar as advertências por Ele dadas, e não querem exercer paciência nem domínio próprio, perderão preciosas oportunidades de trabalhar para o Mestre. O Senhor não deu ao Seu povo a obra de fazer críticas contra os que estão transgredindo Sua lei. Em caso nenhum devemos fazer ataques às outras igrejas. [...] CI 326.5
Devemos fazer todo o possível para remover o preconceito existente no espírito de muitos contra nossa obra e contra o sábado. — Testimonies for the Church 9:232, 233, 236, 238. CI 327.1
Capítulo 57—Nuestras relaciones con las autoridades civiles y con las leyes
El apóstol delineó claramente cuál debía ser la actitud de los creyentes hacia las autoridades civiles: “Someteos a toda institución humana, ya sea al rey como superior, ya a los gobernadores, como por él enviados para castigo de los malhechores y alabanza de los que hacen bien. Porque esta es la voluntad de Dios: que haciendo bien, hagáis callar la ignorancia de los hombres insensatos; como libres, pero no como los que tienen la libertad como pretexto para hacer lo malo, sino como siervos de Dios. Honrad a todos. Amad a los hermanos. Temed a Dios. Honrad al rey”. 1 Pedro 2:13-17.1 CPI 571.1
Ciertos hombres han sido colocados sobre nosotros para gobernarnos, y hay leyes que rigen al pueblo. Si no fuera por estas leyes, la condición del mundo sería peor que la actual. Algunas de estas leyes son buenas y otras malas. Las últimas han estado aumentando, y aun hemos de vernos en dificultades. Pero Dios sostendrá a su pueblo para que se mantenga firme y viva de acuerdo con los principios de su Palabra.2 CPI 571.2
Vi que en cada caso es nuestro deber obedecer las leyes de nuestro país, a menos que estén en conflicto con la ley superior que Dios pronunció con voz audible desde el Sinaí, y que grabó luego en piedra con su propio dedo. “Daré mi ley en su mente, y la escribiré en su corazón; y yo seré a ellos por Dios, y ellos me serán por pueblo”. Jeremías 31:33. El que tiene la ley de Dios escrita en el corazón obedecerá a Dios antes que a los hombres, y desobedecerá a todos los hombres antes que desviarse en lo mínimo del mandamiento de Dios. Los hijos de Dios, enseñados por la inspiración de verdad e inducidos por una buena conciencia a vivir según toda Palabra de Dios, tendrán su ley escrita en el corazón como la única autoridad que puedan reconocer u obedecer. La sabiduría y la autoridad divina son supremas.3 CPI 572.1
El gobierno bajo el cual Jesús vivió era corrompido y opresivo; por todos lados había abusos clamorosos: extorsión, intolerancia y crueldad insultante. Sin embargo, el Salvador no intentó hacer reformas civiles, no atacó los abusos nacionales ni condenó a los enemigos nacionales. No intervino en la autoridad ni en la administración de los que estaban en el poder. El que era nuestro ejemplo se mantuvo alejado de los gobiernos terrenales. No porque fuese indiferente a los males de los hombres, sino porque el remedio no consistía en medidas simplemente humanas y externas. Para ser eficiente, la cura debía alcanzar a los hombres individualmente, y debía regenerar el corazón.4 CPI 572.2
Vez tras vez se le pidió a Cristo que decidiera cuestiones políticas y legales. Pero él rehusó interferir en los asuntos temporales. CPI 572.3
Cristo estuvo en nuestro mundo como la Cabeza del gran reino espiritual que vino a establecer en nuestro mundo el reino de justicia. Sus enseñanzas dieron evidencias de los principios ennoblecedores y santificadores que gobiernan su reino. Mostró que la justicia, la misericordia y el amor son los principios predominantes en el reino de Jehová.5 CPI 573.1
Los espías vinieron a él con aparente sinceridad, como deseosos de conocer su deber, y dijeron: “Maestro, sabemos que dices y enseñas rectamente, y que no haces acepción de personas, sino que enseñas el camino de Dios con verdad. ¿Nos es lícito dar tributo a César o no?” CPI 573.2
La respuesta de Cristo no era una evasiva, sino una cándida respuesta a la pregunta. Teniendo en su mano la moneda romana, sobre la cual estaban estampados el nombre y la imagen de César, declaró que ya que estaban viviendo bajo la protección del poder romano, debían dar a ese poder el apoyo que exigía mientras no estuviese en conflicto con un deber superior. CPI 573.3
Cuando los fariseos oyeron la respuesta de Cristo, “se maravillaron, y dejándole se fueron”. Había reprendido su hipocresía y presunción, y al hacerlo había expuesto un gran principio que define claramente los límites del deber que tiene el hombre para con el gobierno civil y su deber para con Dios.6 CPI 573.4
Los juramentos
Vi que algunos de los hijos de Dios han cometido un error con respecto a los juramentos, y Satanás se ha aprovechado de esto para oprimirlos y sacarles el dinero de su Señor. Vi que las palabras de nuestro Señor: “No juréis en ninguna manera”, no se aplican al juramento judicial. “Sea vuestro hablar: sí, sí; no, no; porque lo que es más de esto, de mal procede”. Mateo 5:34, 37. Esto se refiere a la conversación común. Algunos usan un lenguaje exagerado. Unos juran por su vida; otros por su cabeza, o declaran que están tan seguros de algo como de que viven, o de que tienen cabeza. Algunos toman el cielo y la tierra como testigo de que ciertas cosas son como ellos dicen. Algunos incitan a Dios a que les quite la vida si lo que dicen no es verdad. Contra esta clase de juramento común amonesta Jesús a sus discípulos. CPI 573.5
Vi que el Señor tiene algo que hacer todavía con las leyes de la tierra. Mientras Jesús está en el santuario, los gobernantes y el pueblo sienten la restricción del Espíritu de Dios. Pero Satanás domina en extenso grado las masas del mundo, y si no fuera por las leyes de la tierra, experimentaríamos mucho sufrimiento. Se me mostró que cuando es realmente necesario y se llama a los hijos de Dios a testificar en forma legal, ellos no violan la Palabra de Dios al invocarle solemnemente como testigo de que dicen la verdad y sólo la verdad. CPI 574.1
Vi que si hay en la tierra alguien que pueda testificar bajo juramento en forma consecuente, ese tal es el creyente. El vive a la luz del rostro de Dios. Se fortifica en su fortaleza. Y cuando la ley debe decidir asuntos de importancia, no hay quien pueda apelar con tanto acierto a Dios como el creyente. El ángel me ordenó notar que Dios jura por sí mismo.7 CPI 574.2
Excitación con respecto a la política
Los que enseñan la Biblia en nuestras iglesias y escuelas no tienen libertad de unirse para hacer públicos sus prejuicios en pro o en contra de hombres o medidas políticas, porque al hacerlo excitan la mente de otros, induciendo a cada uno a defender su teoría favorita. Hay entre los que profesan creer la verdad presente, algunos que se verán así incitados a expresar sus sentimientos y preferencias políticas, de manera que se produzca división en el seno de la iglesia. CPI 574.3
El Señor quiere que su pueblo entierre las cuestiones políticas. Acerca de estos temas, el silencio es elocuencia. Dios pide a sus seguidores que se unan en los puros principios del Evangelio que están claramente revelados en la Palabra de Dios. No podemos votar sin peligro por los partidos políticos; porque no sabemos para quiénes votamos. No podemos, sin riesgo, tomar parte en plan político alguno. CPI 575.1
Los que son verdaderamente cristianos serán sarmientos de la vid verdadera y llevarán el mismo fruto que la vid. Obrarán en armonía, en compañerismo cristiano. No llevarán distintivos políticos, sino el distintivo de Cristo. CPI 575.2
¿Qué hemos de hacer, pues? Dejar a un lado las cuestiones políticas. CPI 575.3
Hay una gran viña que cultivar; pero mientras los creyentes trabajen entre los incrédulos, no han de parecer mundanos. No han de pasar su tiempo hablando de política ni desempeñando parte en ella; porque al hacerlo darían al enemigo oportunidad de penetrar y causar divergencia y discordancia. CPI 575.4
Los hijos de Dios han de separarse de la política, de cualquier alianza con los incrédulos. No toméis parte en las luchas políticas. Separaos del mundo, y evitad de introducir en la iglesia o la escuela ideas que conducirán a contención y desorden. La disensión es el veneno moral introducido en el sistema por seres humanos egoístas.8 CPI 575.5
Peligro de hacer declaraciones incautas
Enseñemos a nuestro pueblo a conformar su conducta en todas las cosas a las leyes de su estado, siempre que puedan hacerlo sin oponerse a la ley de Dios.9 CPI 576.1
Algunos de nuestros hermanos han dicho y escrito muchas cosas que se interpretan como opuestas al gobierno y las leyes. Es un error exponernos así a una interpretación errónea. No es prudente censurar continuamente lo que están haciendo los gobernantes. Nuestra obra no consiste en atacar a los individuos o las instituciones. Debemos ejercer gran cuidado para no ser interpretados como opositores a las autoridades civiles. Es verdad que nuestra guerra es agresiva, pero nuestras armas deben basarse en un claro “Así dice Jehová”. Nuestra obra consiste en preparar un pueblo que subsista en el gran día de Dios. No debemos desviarnos y entrar en cosas que estimulen la controversia, ni despertar antagonismo en los que no son de nuestra fe. CPI 576.2
Llegará el momento en que las expresiones incautas de un carácter denunciador, que hayan sido pronunciadas o escritas negligentemente por nuestros hermanos, serán usadas por nuestros enemigos para condenarnos. Las emplearán no sólo para condenar a los que hicieron las declaraciones, sino que las cargarán a toda la organización adventista. Nuestros acusadores dirán que en tal día y tal día, uno de nuestros hombres de responsabilidad habló así y así contra la administración de las leyes de este gobierno. Muchos se quedarán asombrados al ver cómo fueron archivadas muchas cosas que darán pie a los argumentos de nuestros adversarios. Muchos se sorprenderán al oír como sus propias palabras se repiten exageradas, para darles un significado que no se proponían darles. Por lo tanto, ejerzan cuidado nuestros hermanos y hablen cautelosamente en todo momento y en toda circunstancia. Sean todos cautos, no sea que por expresiones temerarias provoquen un tiempo de aflicción antes de la gran crisis que ha de probar las almas de los hombres. CPI 576.3
Debemos recordar que el mundo nos juzgará por lo que aparentamos ser. Procuren no manifestar inconsecuencia de carácter los que quieren representar a Cristo. Antes de avanzar al frente, veamos que el Espíritu Santo haya sido derramado sobre nosotros. Cuando tal sea el caso, daremos un mensaje decidido, pero de un carácter mucho menos condenatorio que el que han estado dando algunos; y todos los creyentes serán mucho más fervientes en pro de la salvación de nuestros oponentes. Dejemos a Dios la responsabilidad de condenar a las autoridades y a los gobiernos. Con mansedumbre y amor, defendamos como centinelas fieles los principios de la verdad tal cual es en Jesús.10 CPI 577.1
Leyes dominicales
Mientras profesan estar aliados con el Cielo y pretendan tener carácter de cordero, los poderes religiosos mostrarán por sus hechos que tienen corazón de dragón y que son inspirados y dominados por Satanás. Se acerca el tiempo cuando el pueblo de Dios será perseguido porque santifica el séptimo día. Satanás hizo cambiar el día de reposo con la esperanza de derrotar los designios de Dios. Procura que los mandamientos de Dios tengan menos poder en el mundo que las leyes humanas. El hombre de pecado que pensó cambiar los tiempos y la ley, y que siempre oprimió al pueblo de Dios, hará promulgar leyes que obliguen a observar el primer día de la semana. Pero el pueblo de Dios debe permanecer firme por él. Y el Señor obrará en su favor, mostrando claramente que es Dios de dioses. CPI 577.2
La ley relativa a la observancia del primer día de la semana proviene de una cristiandad apóstata. El domingo es una hechura del papado, exaltada por el mundo cristiano por encima del santo día de reposo de Jehová. En ningún caso deben rendirle homenaje los hijos de Dios. Pero quiero que entiendan que no es hacer la voluntad de Dios desafiar la oposición, cuando él desea que la evitemos. Así crean prejuicios tan acérrimos que imposibilitan la proclamación de la verdad. No hagáis en domingo demostración alguna que desafíe las leyes. Si ello sucede en un lugar y sois humillados, la misma cosa sucederá en otra parte. Podemos emplear el domingo para realizar una obra que favorecerá el lado de Cristo. Hagamos lo mejor que podamos trabajando con toda humildad y mansedumbre.11 CPI 578.1
Consagrar el domingo al trabajo misionero es arrancar el látigo de las manos de los fanáticos arbitrarios, cuyo placer sería humillar a los adventistas del séptimo día. Cuando vean que dedicamos los domingos a visitar a la gente y explicarles las Escrituras, comprenderán que es inútil querer detener nuestra obra por medio de leyes dominicales. CPI 578.2
El domingo puede dedicarse a diversas actividades que lograrán mucho resultado para Dios. Pueden celebrarse reuniones al aire libre y en las casas particulares. Puede trabajarse de casa en casa. Los que escriben pueden, en aquel día, redactar artículos para los periódicos. Cuando sea posible se celebrarán reuniones religiosas, y se las hará intensamente interesantes. Hablad con fuerza y seguridad del amor del Salvador, y cantad verdaderos himnos de despertamiento religioso. Hablad de la temperancia y de la vida religiosa genuina. Aprenderéis así el arte de trabajar y alcanzaréis a muchas almas. CPI 579.1
Consagren los maestros de nuestras escuelas el domingo al trabajo misionero. Se me ha mostrado que así podrán desbaratar los planes del enemigo. Celebren los maestros, en compañía de sus alumnos, reuniones para aquellos que no conocen la verdad. Lograrán más así que de cualquier otro modo. CPI 579.2
Debe darse al mundo la verdad, una verdad clara, nítida, positiva. Pero debe ser presentada en el espíritu de Cristo. Debemos ser como ovejas en medio de lobos. Perderán preciosas ocasiones de trabajar por el Maestro los que no estén dispuestos, por el amor de Cristo, a conformarse a las reglas de prudencia que él nos recomendó, y a permanecer pacientes, dueños de sí mismos. El Señor no ha encargado a su pueblo que injurie a los que traspasan su ley. Nunca debe atacarse a las demás iglesias. CPI 579.3
Debemos hacer todo lo que podemos para eliminar el prejuicio que existe en muchas mentes contra nuestra obra y contra el día de reposo bíblico.12 CPI 580.1