Conselhos para a Igreja

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Capítulo 43 — A igreja na terra

Deus tem na Terra uma igreja que é Seu povo escolhido, que guarda os Seus mandamentos. Ele está guiando, não ramificações transviadas, não um aqui e outro ali, mas um povo. A verdade é um poder santificador; mas a igreja militante não é a igreja triunfante. Há joio entre o trigo. ‘Queres, pois, que vamos arrancá-lo?’ (Mateus 13:28) foi a pergunta do servo; mas o pai de família respondeu: ‘Não; para que, ao colher o joio não arranqueis também o trigo com ele’. Mateus 13:29. A rede do evangelho apanha não só peixes bons, mas também ruins, e só o Senhor sabe quem são os Seus. CI 244.1

É nosso dever individual andar humildemente com Deus. Não devemos buscar nenhuma mensagem estranha, nova. Não devemos pensar que os escolhidos de Deus, que procuram andar na luz, componham Babilônia. — Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 61. CI 244.2

Embora existam males na igreja, e tenham de existir até ao fim do mundo, a igreja destes últimos dias há de ser a luz do mundo poluído e desmoralizado pelo pecado. A igreja, débil e defeituosa, precisando ser repreendida, advertida e aconselhada, é o único objeto na Terra ao qual Cristo confere Sua suprema consideração. O mundo é uma oficina em que pela cooperação de agentes humanos e divinos, Jesus está, por Sua graça e divina misericórdia, fazendo experiências em corações humanos. [...] CI 244.3

Deus tem um povo distinto, uma igreja na Terra, inferior a nenhuma outra, mas a todas superior em seus recursos para ensinar a verdade, para vindicar a Lei de Deus. Tem Deus agentes divinamente designados — homens a quem Ele está guiando, que suportaram o calor e a fadiga do dia, que cooperam com os instrumentos celestiais para promoverem o reino de Cristo em nosso mundo. Unam-se todos a esses agentes escolhidos, e sejam afinal encontrados entre os que têm a paciência dos santos, guardam os mandamentos de Deus, e têm a fé de Jesus. — Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 49, 58. CI 244.4

A igreja na Terra unida com a do Céu — A igreja de Deus na Terra se une com a do Céu. Os crentes na Terra e os seres celestiais que não pecaram, constituem uma só igreja. Cada ser celestial toma interesse nos santos que na Terra se reúnem para adorar a Deus. Os testemunhos dos crentes são por eles ouvidos na corte celestial, e o louvor e ações de graças dos adoradores na Terra repetidos em seus cânticos divinos, repercutem no Céu seu louvor e alegria porque Cristo não morreu em vão pelos caídos filhos de Adão. E, ao passo que os anjos participam diretamente do manancial divino, os santos da Terra abeberam-se das correntes de águas puras que fluem do trono, das correntes de águas que alegram a cidade de Deus. CI 244.5

Que todos possam compreender quão perto estão a Terra e o Céu! Sem que disso se apercebam os filhos de Deus na Terra, anjos de luz se constituem os seus companheiros. Uma testemunha silenciosa atenta para cada pessoa, procurando atraí-La para Cristo. E a menos que o homem, para sua ruína eterna, resista ao Espírito Santo, enquanto houver esperança, será guardado por seres celestiais. Devemos ter sempre presente que, em cada assembléia de crentes na Terra, anjos de Deus lhes estão escutando os testemunhos, hinos e orações. Devemos lembrar que nossos louvores são completados pelos coros de anjos celestiais. CI 245.1

Portanto, ao reunir-nos sábado após sábado, cantemos louvores Àquele que nos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. Ao que nos amou e em Seu precioso sangue nos lavou dos pecados, dediquemos a adoração de nossa alma. Seja o amor de Cristo a preocupação dos que pregam a Palavra! Seja ela expressa em linguagem simples em cada hino de louvor! Sejam nossas orações ditadas pelo Espírito de Deus! Ao ser pregada a palavra da vida, testemunhemos de coração que a aceitamos como uma mensagem vinda de Deus. [...] CI 245.2

Deus ensina que devemos congregar-nos em Sua casa, a fim de cultivar as qualidades do amor perfeito. Com isso os habitantes da Terra serão habilitados para as moradas celestiais que Cristo foi preparar para os que O amam. Lá no santuário de Deus, reunir-se-ão, então, sábado após sábado e mês a mês para participarem dos mais sublimes cânticos de louvor e ação de graças, entoados em honra dAquele que está assentado no trono, e ao Cordeiro, eternamente. — Testimonies for the Church 6:366-368. CI 245.3

Autoridade concedida à igreja — Cristo dá poder à voz da igreja. “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu”. Mateus 18:18. Não há apoio para um homem levantar-se por iniciativa própria e defender as idéias que bem entender, sem considerar a posição da igreja. Deus concedeu o mais alto poder, abaixo do Céu. à Sua igreja. É a voz de Deus em Seu povo unido na qualidade de igreja que deve ser respeitada. — Testimonies for the Church 3:450, 451. CI 245.4

A Palavra de Deus não dá licença a que um homem ponha seu julgamento em oposição ao da igreja, nem lhe é permitido insistir em suas opiniões contrariamente às dela. Caso não houvesse disciplina e governo eclesiásticos, a igreja se esfacelaria; não poderia manter-se unida como um corpo. Sempre tem havido indivíduos de espírito independente, pretendendo estar certos e que Deus os havia ensinado, impressionado e guiado especialmente. Cada um tem uma teoria sua particular, idéias peculiarmente suas, e cada um pretende que essas idéias se acham em harmonia com a Palavra de Deus. Cada um tem diferente teoria e fé, e não obstante pretende cada um possuir luz especial de Deus. Essas pessoas separam-se da corporação, e constituem por si mesmas uma igreja à parte. Não podem estar todas certas, todavia pretendem todas ser guiadas pelo Senhor. [...] CI 245.5

Nosso Salvador acompanha Suas lições com a promessa de que, se dois ou três se unirem em pedir alguma coisa a Deus, isso lhes será feito. Cristo mostra aqui que deve haver união com outros, mesmo em nossos desejos por determinado objetivo. Grande importância é atribuída à oração feita em comum, à união de desígnios. Deus atende às orações dos indivíduos; nessa ocasião, porém, Jesus estava dando lições especiais e importantes, que deviam ser de particular influência na igreja que acabava de organizar na Terra. Deve haver acordo acerca das coisas que desejam, e pelas quais oram. Não simplesmente os pensamentos e esforços de uma só pessoa, sujeita a enganos; mas as petições devem constituir o veemente desejo de várias mentes concentradas em um ponto. — Testimonies for the Church 3:428, 429. CI 246.1

A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir, e sua missão é levar o evangelho ao mundo. Desde o princípio tem sido plano de Deus que através de Sua igreja seja refletida para o mundo Sua plenitude e suficiência. Aos membros da igreja, a quem Ele chamou das trevas para Sua maravilhosa luz, compete manifestar Sua glória. A igreja é a depositária das riquezas da graça de Cristo; e pela igreja será a seu tempo manifesta, mesmo aos “principados e potestades nos Céus” (Efésios 3:10), a final e ampla demonstração do amor de Deus. — Atos dos Apóstolos, 9. CI 246.2

Paul foi encaminhado à igreja para ser instruído — Muitos nutrem a idéia de que só a Cristo são responsáveis no que respeita à luz e à própria experiência, independentemente de Seus reconhecidos seguidores no mundo. Isto, porém, é condenado por Ele nos ensinos que nos dá, bem como nos exemplos e nos fatos que nos tem dado para nossa instrução. Aí estava Paulo, pessoa a quem Cristo devia preparar para importantíssima obra, que Lhe devia ser vaso escolhido, levado diretamente à presença de Cristo; todavia, Ele não lhe ensina as lições da verdade. Detém-lhe a carreira e infunde-lhe convicção; e quando ele pergunta: “Que queres que eu faça?” (Atos dos Apóstolos 9:6), o Salvador não lhe diz diretamente, mas põe-no em contato com Sua igreja. Eles lhe dirão o que lhe cumpre fazer. Jesus é o amigo dos pecadores, tem o coração sempre aberto, sempre sensível aos sofrimentos da humanidade; tem todo o poder, tanto no Céu como na Terra; respeita, no entanto, o meio que ordenou para esclarecimento e salvação dos homens. Encaminha Saulo à igreja, reconhecendo assim o poder de que a investiu como veículo de luz para o mundo. É o corpo organizado de Cristo na Terra, e importa que se Lhe respeitem as ordenanças. No caso de Saulo, Ananias representa Cristo, ao mesmo tempo que representa os pastores de Cristo na Terra, os quais são designados para agir em Seu lugar. — Testimonies for the Church 3:433. CI 246.3

São apresentados, na conversão de Paulo, importantes princípios que devemos conservar sempre em mente. O Redentor do mundo não aprova, em assuntos religiosos, idéias e práticas independentes por parte de Sua igreja organizada e reconhecida, onde Ele tem uma igreja. — Testimonies for the Church 3:432, 433. CI 247.1

O Filho de Deus identificou-Se com a função e a autoridade de Sua igreja organizada. Suas bênçãos deviam vir por meio dos instrumentos que ordenara, ligando assim os homens com os condutos que as deviam transmitir. O fato de Paulo ser estritamente consciencioso em sua obra de perseguir os santos não o inocenta quando o Espírito de Deus o impressiona com o conhecimento da cruel obra que fizera. Tem de tornar-se aluno dos discípulos. — Testimonies for the Church 3:432. CI 247.2

Todos os membros da igreja, se são filhos e filhas de Deus, terão de se submeter a um processo de disciplina, antes que possam constituir-se luzes neste mundo. Deus não fará condutos de luzes a pessoas que, estando em trevas, se contentam de nelas permanecer, sem fazer nenhum esforço especial para pôr-se em comunicação com a fonte da luz. Os que sentem as suas necessidades e se despertam para nelas meditar profundamente, oram e agem séria e perseverantemente, obterão auxílio de Deus. Há muito a desaprender no que respeita à própria pessoa, como também há muito a aprender. Velhos hábitos e costumes precisam ser renunciados e é somente mediante um esforço sério e persistente para corrigir esses erros, e a prática dos princípios da verdade, que, pela graça divina, a vitória pode ser obtida. — Testimonies for the Church 4:485, 486. CI 247.3

Conselho a alguém que espalhava o erro — Os que se põem a proclamar uma mensagem sob sua responsabilidade pessoal, e que, ao mesmo tempo que declaram ser ensinados e guiados por Deus, constituem sua obra especial derrubar aquilo que Deus durante anos tem estado a erguer, não estão cumprindo a vontade de Deus. Saiba-se que esses homens se encontram do lado do grande enganador. Não os creiais. — Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 51. CI 247.4

Como os que foram constituídos mordomos de haveres e habilidades, tendes empregado mal os bens do vosso Senhor, disseminando o erro. Todo o mundo está cheio de ódio contra os que proclamam a obrigatoriedade da lei de Deus, e a igreja que for leal a Jeová terá de empenhar-se num conflito mais que normal. “Não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. Efésios 6:12. Os que tiverem alguma compreensão do que significa esse conflito, não voltarão suas armas contra a igreja militante, mas com todas as suas forças, hão de lutar pelo povo de Deus, contra a confederação do mal. — Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 51. CI 247.5

Capítulo 43—La iglesia en la tierra

Dios tiene una iglesia en la tierra, que es su pueblo escogido, que guarda sus mandamientos. El está conduciendo, no ramas extraviadas, no uno aquí y otro allí, sino un pueblo. La verdad es un poder santificador; pero la iglesia militante no es la iglesia triunfante. Hay cizaña entre el trigo. “¿Quieres, pues que... la arranquemos?”, fue la pregunta del siervo; pero el señor contestó: “No, no sea que al arrancar la cizaña, arranquéis también con ella el trigo”. La red del Evangelio no prende sólo peces buenos, sino también malos, y solamente el Señor conoce a los suyos. CPI 432.1

Es nuestro deber individual andar humildemente con Dios. No hemos de buscar cualquier mensaje nuevo y extraño. No hemos de pensar que los escogidos de Dios, que están tratando de andar en la luz, constituyen Babilonia.1 CPI 432.2

Aunque existen males en la iglesia y los habrá hasta el fin del mundo, la iglesia ha de ser en estos postreros días luz para un mundo que está contaminado y corrompido por el pecado. La iglesia, debilitada y deficiente, que necesita ser reprendida, amonestada y aconsejada, es el único objeto de esta tierra al cual Cristo concede su consideración suprema. El mundo es un taller en el cual, por la cooperación de los agentes humanos y divinos, Jesús está haciendo experimentos por su gracia y misericordia divina en los corazones humanos.2 CPI 432.3

Dios tiene un pueblo distinto, una iglesia en la tierra, que no es inferior a otro alguno, sino superior a todos en su capacidad de enseñar la verdad y vindicar la ley de Dios. Dios tiene agentes designados divinamente, hombres a quienes está guiando, que han soportado el calor y la carga del día, que están cooperando con los instrumentos celestiales en hacer progresar el reino de Dios en nuestro mundo. Unanse todos con estos agentes escogidos, y sean hallados al fin entre aquellos que tienen la paciencia de los santos, que guardan los mandamientos de Dios y tienen la fe de Jesús.3 CPI 433.1

Unidos con la iglesia del cielo

La iglesia de Dios en la tierra es una con la iglesia de Dios en el cielo. Los creyentes de la tierra y los seres del cielo que nunca han caído constituyen una sola iglesia. Todo ser celestial está interesado en las asambleas de los santos que en la tierra se congregan para adorar a Dios. En el atrio interior del cielo escuchan el testimonio que dan los testigos de Cristo en el atrio exterior de la tierra, y las alabanzas de los adoradores de este mundo hallan su complemento en la antífona celestial, y el loor y el regocijo repercuten por todos los atrios celestiales porque Cristo no murió en vano por los caídos hijos de Adán. Mientras que los ángeles beben en el manantial principal, los santos de la tierra beben los raudales puros que fluyen del trono y alegran la ciudad de nuestro Dios. ¡Ojalá que todos pudiesen comprender cuán cerca está el cielo de la tierra! Aun cuando los hijos nacidos en la tierra no lo saben, tienen ángeles de luz por compañeros. Un testigo silencioso vela sobre toda alma, tratando de atraerla a Cristo. Mientras haya esperanza, hasta que los hombres resistan al Espíritu Santo para eterna ruina suya, son guardados por los seres celestiales. Recordemos todos que en cada asamblea de los santos realizada en la tierra, hay ángeles de Dios escuchando los testimonios, himnos y oraciones. Recordemos que nuestras alabanzas quedan suplidas por los coros de las huestes angélicas en lo alto. CPI 433.2

Por lo tanto, mientras nos reunimos sábado tras sábado, cantemos alabanzas a Aquel que nos llamó de las tinieblas a su luz admirable. “Al que nos amó, y nos lavó de nuestros pecados con su sangre”, rinda adoración el corazón. Sea el amor de Cristo el tema principal de lo que dice el predicador. Sea lo que se exprese con sencillo lenguaje en todo himno de alabanza. Dicte la inspiración del Espíritu de Dios nuestras oraciones. Mientras se pronuncie la palabra de vida, atestigüe nuestra sentida respuesta que hemos recibido el mensaje como mensaje del cielo. CPI 434.1

Dios enseña que debemos congregarnos en su casa para cultivar los atributos del amor perfecto. Esto preparará a los moradores de la tierra para las mansiones que Cristo ha ido a preparar para todos los que le aman. Allí se congregarán en el santuario de sábado en sábado, de luna nueva en luna nueva, para unir sus voces en los más sublimes acentos de alabanza y agradecimiento a Aquel que está sentado en el trono y al Cordero para siempre jamás.4 CPI 434.2

La autoridad conferida a la iglesia

Cristo da poder a la voz de la iglesia. “De cierto os digo que todo lo que atéis en la tierra, será atado en el cielo; y todo lo que desatéis en la tierra, será desatado en el cielo”. Mateo 18:18. No sanciona la actuación de un hombre que inicie algo por su propia responsabilidad individual, y abogue por las opiniones que elija sin tener en cuenta el juicio de la iglesia. Dios ha concedido a su iglesia el más alto poder debajo del cielo. Es la voz de Dios en su pueblo unido como iglesia lo que ha de ser respetado.5 CPI 435.1

La Palabra de Dios no da licencia a ningún hombre para oponer su juicio al de la iglesia, ni le permite insistir en sus opiniones contrarias a las de la misma. Si no hubiese disciplina ni gobierno de la iglesia, ésta se reduciría a fragmentos; no podría mantenerse unida como un cuerpo. Siempre hubo seres humanos de espíritu independiente, que aseveraron que estaban en lo correcto, que Dios los había instruido, impresionado y conducido en forma especial. Cada uno tiene una teoría propia, opiniones que le son peculiares, y cada uno sostiene que sus opiniones están de acuerdo con la Palabra de Dios. Cada cual sustenta diferente teoría y fe, aunque todos aseguran tener una luz especial de Dios. Apartan a los demás del cuerpo y cada uno es en sí mismo una iglesia separada. Todos no pueden estar en lo cierto, y sin embargo, se declaran conducidos por el Señor. CPI 435.2

Después de impartir sus instrucciones, nuestro Salvador promete que si dos o tres se unen para pedir algo a Dios, eso les será concedido. Cristo demuestra con esto que debe haber unión con los demás, aun para desear un objeto determinado. Se da gran importancia a la oración unánime, a la unión de propósito. Dios oye las oraciones de las personas; pero en esta ocasión Jesús daba lecciones sumamente importantes, que se relacionaban en especial con su iglesia recién organizada en la tierra. Debe haber acuerdo en las cosas que se desean y por las cuales se ora. No debía tratarse simplemente de los pensamientos y la actividad de una mente, expuesta a engaño; la petición debía reflejar el deseo ferviente de varias mentes concentradas en el mismo punto.6 CPI 435.3

La iglesia es el medio señalado por Dios para la salvación de los hombres. Fue organizada para servir, y su misión es la de anunciar el Evangelio al mundo. Desde el principio fue el plan de Dios que su iglesia reflejase al mundo su plenitud y suficiencia. Los miembros de la iglesia, los que han sido llamados de las tinieblas a su luz admirable, han de revelar su gloria. La iglesia es la depositaria de las riquezas de la gracia de Cristo; y mediante la iglesia se manifestará con el tiempo, aun a “los principados y potestades en los lugares celestiales” (Efesios 3:10), el despliegue final y pleno del amor de Dios.7 CPI 436.1

Pablo fue dirigido a la iglesia para recibir instrucción

Muchos tienen la idea de que sólo son responsables ante Cristo por su luz y experiencia, independientemente de sus seguidores reconocidos en el mundo. Pero esto Jesús lo condena en sus enseñanzas, en los ejemplos y en los hechos que dejó para nuestra instrucción. Allí estaba Pablo, un hombre a quien Dios iba a preparar para una obra muy importante, a saber, la de ser vaso escogido para él, llevado directamente a la presencia de Cristo; sin embargo, no le enseñó las lecciones de verdad. Le detuvo en su carrera y le convenció; y cuando él preguntó: “¿Qué quieres que haga?”, el Salvador no se lo dijo directamente, sino que lo puso en relación con su iglesia. Sus miembros le habían de decir lo que debía hacer. Jesús es el amigo del pecador; su corazón está siempre abierto; siempre se conmueve por la desgracia humana, él tiene toda potestad tanto en el cielo como en la tierra, pero respeta los medios que instituyó para iluminar y salvar a los hombres. Ordenó a Saulo que fuera a la iglesia, reconociendo así el poder con que la invistió como conducto de luz para el mundo. Ella es el cuerpo organizado de Cristo en la tierra, y es necesario respetar sus ordenanzas. En el caso de Saulo, Ananías representa a Cristo; también representa a los ministros de Cristo en la tierra, que han sido designados para actuar en lugar de Cristo. CPI 436.2

En la conversión de Pablo se nos presentan principios importantes que siempre debemos recordar. El Redentor del mundo no sanciona que en asuntos religiosos la experiencia y la acción sean independientes de su iglesia organizada y reconocida, donde tal existe.8 CPI 437.1

El Hijo de Dios se identificó con el cargo y la autoridad de su iglesia organizada. Sus bendiciones debían transmitirse por intermedio de los agentes a quienes había ordenado, vinculando así al hombre con el conducto por medio del cual llegan sus bendiciones. El hecho de que Pablo fuese estrictamente escrupuloso en su persecución de los santos, no le exime de culpa cuando el Espíritu Santo le revela la crueldad de su obra. Debe aprender de los discípulos.9 CPI 437.2

Todos los miembros de la iglesia, si son hijos e hijas de Dios, pasarán por un proceso de disciplina antes de poder ser luces en el mundo. Dios no convertirá a los hombres y las mujeres en conductos de luz, mientras estén en las tinieblas y se conformen con permanecer en ellas, sin hacer esfuerzos especiales para relacionarse con la Fuente de la luz. Los que sienten su propia necesidad y se inciten a sí mismos a la reflexión más profunda y a la oración y acción más fervientes y perseverantes, recibirán ayuda divina. Cada uno tiene mucho que desaprender respecto de sí mismo, y también mucho que aprender. Debe deshacerse de antiguas costumbres, y la victoria se puede obtener únicamente mediante empeñosas luchas para corregir estos errores y la plena recepción de la verdad para poner en práctica sus principios, por la gracia de Dios.10 CPI 438.1

Consejo a uno que diseminaba el error

Los que se ponen a proclamar un mensaje bajo su propia responsabilidad individual; los que, al par que aseveran ser enseñados y conducidos por Dios, se dedican especialmente a derribar lo que Dios ha estado edificando durante años, no están haciendo la voluntad de Dios. Sépase que estos hombres están de parte del gran engañador. No les creáis. CPI 438.2

Como quienes han sido designados como administradores de recursos y capacidades, habéis estado dando una aplicación errónea a los bienes de vuestro Señor al diseminar el error. El mundo entero está lleno de odio hacia los que proclaman que la ley de Dios está en vigencia, y la iglesia leal a Jehová debe sostener un conflicto no común. “Porque no tenemos lucha contra sangre y carne, sino contra principados, contra potestades, contra los gobernadores de las tinieblas de este siglo, contra huestes espirituales en las regiones celestiales”. Efesios 6:12. Los que en algún sentido se den cuenta de lo que significa esta guerra, no volverán sus armas contra la iglesia militante, sino que con todas sus facultades lucharán junto al pueblo de Dios contra la confederación del mal.11 CPI 439.1