Testemunhos Seletos 2

89/314

Tesouro no céu

Não é tempo agora de o povo de Deus estar fixando suas afeições ou entesourando neste mundo. Não vem muito distante o tempo em que, como os antigos discípulos, seremos forçados a buscar refúgio em lugares desolados e solitários. Como o cerco de Jerusalém pelos exércitos romanos era o sinal de fuga para os cristãos judeus, assim o arrogar-se nossa nação o poder no decreto que torna obrigatório o dia de repouso papal será uma advertência para nós. Será então tempo de deixar as grandes cidades, passo preparatório ao sair das menores para lares retirados em lugares solitários entre as montanhas. E agora, em vez de buscarmos dispendiosas moradas aqui, devemos estar-nos preparando para mudar-nos para um país melhor, isto é, o celestial. Em vez de gastar nosso dinheiro em nos comprazer a nós mesmos, cumpre-nos estudar a maneira de economizar. Cada talento emprestado por Deus deve ser empregado para glória Sua, em proclamar a advertência ao mundo. Deus tem uma obra para Seus obreiros fazerem nas cidades. Nossas missões precisam ser mantidas; outras novas precisam abrir-se. Para levar avante esta obra com êxito, não será preciso pequeno dispêndio. Necessitam-se casas de culto, onde o povo seja convidado a ouvir as verdades para este tempo. Justamente para esse desígnio confiou Deus capital a Seus mordomos. Não prendais vossos bens em empreendimentos mundanos, de modo que esta obra seja prejudicada. Ponde o dinheiro onde o possais manejar para o benefício da causa de Deus. Mandai vossos tesouros adiante de vós para o Céu. TS2 166.1

Os membros da igreja devem-se colocar individualmente a si com todos os seus bens no altar de Deus. Agora, como nunca dantes, aplica-se a admoestação do Salvador: “Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouros nos Céus que nunca se acabem, aonde não chega ladrão e a traça não rói. Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração.” Lucas 12:33, 34. Os que estão empregando seus recursos em grandes casas, em terra, em empreendimentos mundanos, estão, por suas ações, dizendo: “Deus não os pode ter; quero-os para mim mesmo.” Esses atam seu talento em um lenço, e escondem-no na terra. Há motivo para ficarem alarmados. Irmãos, Deus não vos confiou meios para ficarem ociosos, nem serem cobiçosamente retidos ou escondidos, mas para ser empregados no avançamento de Sua causa, para salvar as almas dos perdidos. Agora não é tempo para segurar o dinheiro do Senhor em vossos custosos edifícios e em grandes empreendimentos, ao passo que Sua obra fica prejudicada, deixada a mendigar para ir adiante, com o tesouro suprido pela metade. O Senhor não está nessa maneira de trabalhar. Lembrai-vos de que se aproxima rapidamente o dia em que se dirá: “Dá contas da tua mordomia.” Não podeis discernir os sinais dos tempos? TS2 166.2

Cada dia que passa nos leva mais perto do último e grande, importante dia. Achamo-nos um ano mais perto do juízo, mais perto da eternidade, do que estávamos no começo de 1884. Estamos também nos aproximando mais de Deus? Estamos vigiando em oração? Outro ano de nosso tempo de labor rolou para a eternidade. Dia a dia temos estado no convívio de homens e mulheres que se encaminham para o juízo. Cada dia pode ter sido a linha divisória de uma alma; alguém pode ter tomado a decisão que lhe determinará o destino futuro. Qual tem sido nossa influência sobre esses companheiros de viagem? Que esforços desenvolvemos a fim de levá-los a Cristo? TS2 167.1