Testemunhos Seletos 2

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Constante necessidade de auxílio

Seja qual for a posição que ocupemos na vida e o negócio em que estejamos empenhados, devemos ser sempre bastante humildes para reconhecer a necessidade que temos de assistência; devemos arrimar-nos aos ensinos da Palavra de Deus e reconhecer em todas as coisas a Sua providência, abrindo-Lhe com franqueza nossa alma em oração. Apoiai-vos, meus caros irmãos, no vosso próprio entendimento, para a carreira que escolhestes, e tereis decepção e dissabores. Confiai no Senhor com todo o vosso coração, e Ele guiará vossos passos com sabedoria, ficando salvaguardados vossos interesses tanto deste como do mundo por vir. Necessitais de luz e conhecimento. Podeis optar entre seguir o conselho de Deus e o de vosso próprio coração; entre andar ao clarão de vossa própria luz ou colher para vós luz divina do Sol da Justiça. TS2 137.1

Não deveis agir movidos por princípios terrenos. O maior risco que correm nossos homens de negócio e os que têm encargos de responsabilidade é que se deixem induzir a deixar Cristo para buscar algum auxílio fora dEle. Pedro não teria sido induzido a dar mostras de tanta fraqueza e desatino, se não tivesse procurado evitar pelo uso de expedientes a reprovação, zombaria, perseguição e opróbrio. Sua mais alta esperança centralizava-se em Cristo; quando, porém, O viu humilhado, a incredulidade insinuou-se em seu espírito e Pedro deixou-se orientar por ela. Caiu então sob o poder da tentação e, em vez de se provar fiel ao Mestre na hora da crise, acabou por negá-Lo pecaminosamente. TS2 137.2

Pelo interesse de ganhar dinheiro muitos se afastam de Deus, esquecendo-se de seus interesses eternos. Adotam o caminho do homem calculista e mundano; mas Deus não aprova isso; constitui uma ofensa a Ele. Os homens devem ser aptos a delinear e executar planos, mas todos os seus negócios devem ser efetuados de acordo com a grande lei moral de Deus. Em todos os atos da vida, tanto nos de maior como nos de menor importância, devem ser aplicados os princípios do amor de Deus, e do próximo. Cumpre que haja um espírito que se não contente em dizimar a hortelã, o endro e o cominho; mas que tome em consideração e ponha por obra a parte mais importante da lei, que é o juízo, a misericórdia e o amor de Deus; pois que o caráter individual de cada um que estiver relacionado com a obra deixará nela a sua impressão. TS2 137.3