Testemunhos Seletos 2

150/314

Capítulo 39 — A presença de Deus, uma realidade

Prezado irmão Q: Folgo de que o irmão esteja hoje em _____, e se honrar o seu legado, será o homem certo no certo lugar (the right man in the right place). Conserve fora de vista o próprio eu; não permita que ele se apresente, para manchar a obra, embora isso seja natural. Ande humildemente com Deus. Trabalhemos pelo Mestre com energia desinteressada, tendo presente uma intuição da constante presença de Deus. Pense em Moisés, na perseverança e paciência que lhe caracterizaram a vida. Paulo, em sua epístola aos hebreus, diz: “Ficou firme, como vendo o Invisível.” Hebreus 11:27. O caráter que Paulo assim imputa a Moisés não indica simples resistência passiva ao mal, mas perseverança no bem. Tinha sempre presente o Senhor, e o Senhor estava sempre à sua mão direita para o ajudar. TS2 267.1

Tinha Moisés uma profunda intuição da presença pessoal de Deus. Não só olhava através dos séculos, aguardando a manifestação de Cristo na carne, mas viu a Cristo de maneira especial acompanhando os filhos de Israel em todas as suas peregrinações. Deus lhe era real, sempre presente em seus pensamentos. Quando mal compreendido, quando chamado a enfrentar perigo e suportar insultos por amor de Cristo, sofreu-o sem vingança. Moisés cria em Deus como Aquele de quem ele necessitava, e que o ajudaria por causa de sua necessidade. Era-lhe Deus um auxílio presente. TS2 267.2

Grande parte da fé que presenciamos é meramente nominal; é rara a fé real, confiante e perseverante. Moisés realizou em sua própria experiência a promessa de que Deus há de ser um galardoador dos que O buscam diligentemente. Tinha ele respeito para com o galardão da recompensa. Aqui está outro ponto que desejamos estudar, acerca da fé: Deus* recompensará o homem de fé e obediência. Se essa fé for introduzida na experiência da vida, ela habilitará a quem quer que tema e ame a Deus, a suportar as provas. Moisés era cheio de confiança em Deus porque tinha uma fé que se apropriava das bênçãos. Ele precisava de auxílio, e por ele orou, apoderou-se dele pela fé, e entreteceu em sua experiência a crença de que Deus dele cuidava. Cria que Deus lhe regia a vida, particularmente. Viu e reconheceu a Deus em cada pormenor de sua vida e sentia estar sob o olhar dAquele que tudo via, que pesa os motivos, que prova o coração. Olhava a Deus e nEle confiava quanto à força para atravessar toda forma de tentação sem se corromper. ... Ele sabia que lhe fora designada uma obra especial, e desejava, quanto possível, tornar essa obra um êxito completo. Mas sabia que não poderia isso fazer sem o auxílio divino, pois tinha que tratar com um povo perverso. A presença de Deus era suficiente para conduzi-lo através das situações mais probantes em que um homem possa ser colocado. TS2 267.3