Testemunhos Seletos 2

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Homens de reputação ilibada

O padrão da moralidade não tem sido suficientemente exaltado entre o povo de Deus. Muitos dos que professam observar os mandamentos divinos, e se propõem defendê-los, os transgridem. As tentações se apresentam de tal forma que o tentado imagina descobrir uma justificativa para a transgressão. Os que entram para o campo missionário devem ser homens e mulheres que andam e falam com Deus. Os que ocupam o púlpito sagrado como ministros devem ser homens de uma reputação sem jaça; sua vida deve ser impoluta, superior a tudo que tenha visos de impureza. Não arrisqueis vossa reputação, aventurando-vos no caminho da tentação. TS2 239.1

Se uma mulher vos apertar com vagar a mão, retirai-a prontamente, salvando-a do pecado. Se ela vos manifestar uma afeição indébita, queixando-se de que seu marido a não ama nem simpatiza com ela, não tenteis suprir essa falta. A única maneira sábia e segura de agir em tal hipótese é guardar para vós a vossa simpatia. Tais casos são muito freqüentes. TS2 239.2

Apontai essas almas para Aquele que leva nossas aflições, e é o único Conselheiro sábio e verdadeiro. Se ela tiver escolhido a Cristo por seu companheiro, Ele lhe dará graça para suportar esse abandono sem murmuração; por outro lado cumpre-lhe fazer diligentemente tudo que lhe for possível para unir a si o marido, votando-lhe a mais estrita fidelidade, e provando-se também solícita em tornar o lar alegre e atrativo. Se todos os seus esforços forem baldados, deixando de ser apreciados, terá a simpatia e o apoio do Salvador. Ele a ajudará a levar a carga e a consolará nas decepções. Buscando entre os homens o que supra a falta que sente e que Cristo está sempre pronto a preencher, manifesta desconfiança nEle. Com sua murmuração peca contra Deus. Seria melhor que fizesse um exame de consciência, a ver se porventura não a está tentando algum pecado. A alma que deste modo busca a simpatia humana e aceita as atenções proibidas de quem quer que seja, não está limpa diante de Deus. TS2 239.3

A Bíblia apresenta muitas ilustrações frisantes da poderosa influência exercida pela mulher mal-intencionada. Quando Balaão foi chamado para amaldiçoar a Israel, isto não lhe foi permitido, porquanto o Senhor “não viu iniqüidade em Israel, nem contemplou maldade em Jacó”. Números 23:21. Mas Balaão, que já se havia rendido à tentação, se constituiu totalmente um instrumento de Satanás, e determinou conseguir indiretamente o que diretamente não lhe foi possível. Ideou imediatamente uma cilada que consistiu em seduzir os israelitas pelo encanto das formosas moabitas a transgredirem os mandamentos divinos. Deste modo neles seria achada iniqüidade, e a bênção divina lhes seria retirada. Suas forças seriam notavelmente reduzidas e os inimigos não teriam mais a temer o seu poder, porque a presença do Senhor não continuaria com os seus exércitos. TS2 240.1

Constitui isto um aviso para o povo de Deus nos últimos dias. Se ele seguir a inteira justiça e a santidade, guardando os mandamentos de Deus, Satanás e seus agentes não poderão vencê-lo. Toda oposição de seus mais ferrenhos inimigos será impotente para arrancar ou destruir a vinha que o Senhor plantou. Satanás compreende o que Balaão teve de aprender por uma triste experiência, a saber, que contra Jacó não há encantamento nem adivinhação possível enquanto a iniqüidade nele não tiver acolhida. Por tal motivo seu poder e influência se empregam constantemente no sentido de destruir a união do crente com Deus e macular a pureza de seu caráter. Suas ciladas são armadas de mil modos diferentes, a fim de debilitar a eficácia do crente para o bem. TS2 240.2