Testemunhos Seletos 1

3/332

Capítulo 1 — Fé em Deus

Quando em Battle Creek, Michigan, em 5 de Maio de 1855, vi que havia grande falta de fé por parte dos servos de Deus, bem como da igreja. Ficavam muito facilmente desanimados, eram demasiado inclinados a duvidar de Deus, muito dispostos a crer que tinham uma dura sorte e que Deus os abandonara. Vi que isto era cruel. Deus os amara a ponto de dar Seu bem-amado Filho para morrer por eles, e todo o Céu estava interessado na sua salvação; todavia, depois de tudo quanto por eles fora feito, era-lhes difícil crer e confiar em tão bondoso e benigno Pai. Ele disse que está mais disposto a dar o Espírito Santo àqueles que Lho pedirem, do que os pais terrestres o estão para fazer boas dádivas a seus filhos. Vi que os servos de Deus e a igreja desanimavam muito facilmente. Quando pediam ao Pai do Céu coisas que julgavam necessitar, e estas não vinham imediatamente, a fé lhes vacilava, fugia-lhes o ânimo, e deles se apoderava um sentimento de queixa. Isso, vi, desagradava a Deus. TS1 21.1

Todo santo que se aproximar de Deus com coração verdadeiro, dirigindo-Lhe com fé suas sinceras petições, verá suas orações atendidas. Vossa fé não deve largar as promessas de Deus, caso não vejais ou sintais a imediata resposta a vossas orações. Não temais confiar em Deus. Descansai em Sua firme promessa: “Pedi, e recebereis.” João 16:24. Deus é demasiado sábio para errar, e demasiado bom para negar qualquer coisa boa a Seus santos, que andam na retidão. O homem é falível, e embora suas orações sejam dirigidas ao alto por um coração sincero, nem sempre pede aquilo que lhe convém, ou que seja para a glória de Deus. Assim sendo, nosso sábio e bom Pai* ouve nossas orações e, por vezes, responderá imediatamente; dá-nos, porém, aquilo que é para nosso máximo bem e Sua própria glória. Deus nos dá bênçãos; caso nos fosse possível penetrar Seus planos, veríamos claramente que Ele sabe o que é melhor para nós, e que nossas orações são atendidas. Não nos é concedida coisa alguma que seja prejudicial, mas a bênção de que necessitamos, em lugar daquilo que pedimos e que não nos faria bem, mas mal. TS1 21.2

Vi que, se não recebermos resposta imediata a nossas orações, devemos ater-nos firmemente a nossa fé, não permitindo que penetre a desconfiança, pois isto nos separará de Deus. Se nossa fé vacilar, nada receberemos dele. Forte deve ser a confiança que temos em Deus; e quando mais dela necessitarmos, a bênção, qual chuveiro, cairá sobre nós. TS1 22.1

Quando os servos de Deus oram por Seu Espírito e Sua bênção, estes vêm por vezes imediatamente; mas nem sempre é concedida então. Em tais ocasiões, não desfaleçais. Apegue-se vossa fé com firmeza à promessa de que ela virá. Esteja vossa confiança plenamente em Deus, e muitas vezes essa bênção virá quando mais dela necessitardes, e recebereis inesperadamente auxílio de Deus ao estardes apresentando a verdade a incrédulos, e sereis habilitados a falar a palavra com clareza e poder. TS1 22.2

Isto me foi representado como crianças que pedem um favor a seus pais terrestres, que os amam. Pedem alguma coisa que os pais sabem que lhes fará mal; dão-lhes então aquilo que será para seu bem, em lugar daquilo que desejavam. Vi que toda oração elevada ao Céu com fé, por um coração sincero, será ouvida por Deus, e aquele que dirige a petição terá a bênção quando mais dela necessitar, e excedendo ela muitas vezes a suas expectativas. Não se perderá nem uma oração feita por um santo fiel se feita com fé, por um coração sincero. TS1 22.3