Testemunhos Seletos 1

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Os resultados da negligência paterna

Os pais não começam a tempo. A primeira manifestação de gênio não é submetida, e os filhos crescem obstinados, o que aumenta à medida que eles crescem, e se arraiga à proporção que eles se fortalecem. Certos filhos, ao terem mais idade, julgam ser coisa natural que façam a própria vontade, e que os pais se submetam aos seus desejos. Esperam que os pais os sirvam. Impacientam-se com as restrições, e quando têm idade suficiente para serem úteis aos pais, não assumem as responsabilidades que devem. Foram eximidos de responsabilidades, e crescem inúteis em casa e lá fora. Não têm capacidade de resistência. Os pais suportaram as responsabilidades, e toleraram que eles crescessem na ociosidade, sem hábitos de ordem, de laboriosidade ou de economia. Não lhes foram ensinados hábitos de abnegação, mas foram mimados e cercados de indulgência, satisfeitos seus apetites, e crescem com uma saúde débil. Suas maneiras e comportamento não são agradáveis. Sentem-se infelizes, e tornam infelizes os que os rodeiam. E enquanto os filhos são ainda crianças, enquanto necessitam ser disciplinados, é-lhes permitido saírem com outros e misturarem-se com os da mesma idade, e uns exercem uma influência corruptora sobre outros. TS1 77.1

A maldição de Deus pesará sobre os pais infiéis. Eles não somente estão plantando espinhos que os hão de ferir aqui, mas encontrarão a própria infidelidade quando se assentar o juízo. Muitos filhos se erguerão no juízo e condenarão os pais por não os haverem reprimido, e os acusarão de serem destruídos. A falsa compaixão e o amor cego dos pais, faz com que eles desculpem as faltas dos filhos, passando-as sem correção, e os filhos se perdem em conseqüência disto, e o sangue de sua alma recairá sobre os pais infiéis. TS1 77.2

Os filhos que são assim criados sem disciplina, têm tudo a aprender quando professam ser seguidores de Cristo. Toda a sua vida religiosa é afetada pela criação que tiveram na infância. Aparece o mesmo espírito obstinado; a mesma falta de abnegação, a mesma impaciência sob as reprovações, o mesmo amor-próprio e indisposição de buscar conselhos dos outros, ou de ser influenciado por juízo alheio, a mesma indolência, fuga das ocupações, falta de sentimento de responsabilidade. Tudo isto se vê em suas relações para com a igreja. É possível essas pessoas vencerem; mas quão renhida é a batalha! Quão rigoroso o conflito! Quão difícil é passar pelo curso da inteira disciplina que lhes é necessária para alcançarem a elevação do caráter cristão! Todavia, se eles vencerem afinal, é-lhes permitido ver, antes de serem trasladados, quão perto chegaram eles do precipício da destruição eterna, devido à falta de rigoroso preparo na mocidade, à falta de aprenderem a submissão na infância. TS1 78.1