Testemunhos para a Igreja 9

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Vigor mediante a obediência

Arcam com grande responsabilidade os que conhecem a verdade, para conseguir que todas as suas obras correspondam à sua fé, sua vida seja purificada e santificada, e eles preparados para a obra que tem de ser rapidamente feita nestes últimos dias. Não dispõem de tempo nem de forças para gastá-los com satisfazer o apetite. As seguintes palavras devem soar-nos aos ouvidos com impressiva gravidade: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor.” Atos dos Apóstolos 3:19. Muitos dentre nós têm espiritualidade deficiente, e, a menos que sejam totalmente convertidos, se perderão irremediavelmente. Queremos correr esse risco? T9 154.3

Orgulho e fraqueza de fé privam a muitos das ricas bênçãos de Deus. Muitos há que, se não se humilharem diante de Deus, hão de ficar surpreendidos e desapontados quando soar o clamor: “Aí vem o Esposo!” Mateus 25:6. Têm a teoria da verdade, falta-lhes, porém, o óleo nos vasos para as lâmpadas. Nossa fé no presente tempo não deve consistir em mero assentimento ou em simplesmente aceitar a teoria da terceira mensagem. Precisamos do óleo da graça de Cristo para alimentar as nossas lâmpadas, e fazer que a luz de nossa vida brilhe, indicando o caminho aos que estiverem em trevas. T9 155.1

Se quisermos fugir de uma experiência claudicante, cumpre-nos participar com diligência e sem demora da nossa própria salvação, e isso com temor e tremor. Muitos há que não dão prova categórica de sua fidelidade aos votos do batismo. Seu zelo está arrefecido pelo formalismo, ambições mundanas, orgulho e amor-próprio. De quando em quando, seus sentimentos são estimulados, porém não se deixam cair sobre a rocha, Cristo Jesus. Não se chegam a Deus com coração contrito e arrependido, confessando seus pecados. Os que em seu coração experimentam os efeitos da legítima conversão, hão de em sua vida revelar os frutos do Espírito. Quão bom seria se todos os que têm vida espiritual tão diminuta viessem a entender que a vida eterna só será concedida aos que participam da natureza divina, fugindo à “corrupção, que, pela concupiscência há no mundo”! T9 155.2

Somente o poder de Cristo pode realizar uma transformação do coração e do espírito, a qual todos necessitam a fim de com Ele partilhar a nova vida no reino do Céu. “Aquele que não nascer de novo”, disse Jesus, “não pode ver o reino de Deus”. João 3:3. A religião que vem de Deus é a única que a Ele conduz. Para podermos servi-Lo como convém, importa nascer do Espírito divino. Seremos então induzidos à vigilância, tendo purificado o coração e renovado o entendimento, e obtido graça para conhecer e amar a Deus. Isso nos tornará dispostos para obedecer a todos os reclamos divinos. Esse é o culto legítimo. T9 156.1

Deus requer de Seu povo crescimento contínuo. Devemos aprender que condescender com o apetite constitui o maior embaraço para o desenvolvimento mental e a santificação. Apesar de sua adesão à reforma do regime alimentar, muitos seguem regime impróprio. A transigência com o apetite é a causa principal da debilidade física e mental, e é em grande parte responsável pela fraqueza e morte prematura de muitos. Todo indivíduo que aspira à pureza de espírito, deve ter sempre presente que em Cristo há poder para vencer o apetite. T9 156.2