Testemunhos para a Igreja 9

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Capítulo 30 — Mordomia fiel*

Cristo nos comprou ao preço de Seu próprio sangue. Ele pagou o resgate necessário à nossa redenção, e se nos apropriarmos do tesouro, ele será nosso por dádiva gratuita de Deus. T9 245.1

“Quanto deves ao meu Senhor?” Lucas 16:5. É impossível calcular. Tudo o que temos vem de Deus. Ele coloca Suas mãos sobre as nossas posses, dizendo: “Sou o genuíno Proprietário de todo o Universo; estes bens são Meus. Consagrem para Mim os dízimos e as ofertas. Quando vocês trouxerem esses bens específicos como um sinal de lealdade e submissão à Minha soberania, a Minha bênção aumentará as posses de vocês, e assim terão em abundância.” T9 245.2

Deus está provando cada pessoa que afirma crer nEle. Todos recebemos talentos. O Senhor deu aos homens os Seus bens, com os quais devem negociar. Tornou-os Seus mordomos, colocando em suas mãos dinheiro, casas e terras. Todos esses bens devem ser considerados como pertencendo ao Senhor, e destinados ao avanço de Sua causa, para a construção de Seu reino aqui no mundo. Ao negociarmos com os bens do Senhor, devemos buscar dEle a sabedoria, a fim de não utilizarmos o Seu sagrado encargo para a glorificação de nós mesmos e a condescendência com impulsos egoístas. O montante recebido varia, porém aqueles que menos receberam não devem sentir que, em virtude de terem poucos talentos, nada serão capazes de empreender com eles. T9 245.3

Cada cristão é um mordomo de Deus, a quem foram confiados os Seus bens. Lembrem-se das palavras: “Requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel.” 1 Coríntios 4:2. Asseguremo-nos de que não estamos roubando a Deus em um jota sequer, pois muito se encontra envolvido nessa questão. T9 246.1

Todas as coisas pertencem a Deus. Podem os homens ignorar Seus reclamos. Enquanto abundantemente derrama Suas bênçãos sobre eles, talvez estejam usando tais bênçãos para satisfação egoísta, mas por certo serão chamados a prestar contas de sua mordomia. T9 246.2

O mordomo identifica-se com o patrão. Aceita as responsabilidades de um mordomo e age em lugar do dono da casa, fazendo o que ele faria se estivesse presidindo. Os interesses do senhor tornam-se seus. A posição do mordomo é dignidade, porque o patrão nele confia. Se, de algum modo, atuar egoistamente, e reverter as vantagens obtidas pelo negociar com os bens de seu senhor em proveito próprio, trai a confiança nele depositada. T9 246.3