Testemunhos para a Igreja 8

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A questão dos salários

A instituição está agora em boas condições, e seus dirigentes não devem insistir em manter os baixos níveis dos salários, como em seus primeiros anos. Os obreiros dignos e eficientes devem receber salários justos pelo seu trabalho, e se lhes deve permitir exercer o seu próprio juízo quanto ao uso que devem fazer dos seus proventos. Em caso algum devem eles ser sobrecarregados. Os próprio médico-chefe deve receber maiores salários. T8 142.3

Desejo dizer ao médico-chefe: Embora não tenha o assunto dos salários sob sua supervisão pessoal, é melhor que atente cuidadosamente para esse problema; pois é de sua responsabilidade, como líder da instituição. Não imponha aos obreiros tantos sacrifícios. Restrinja sua ambição de aumentar a instituição e acumular responsabilidades. Permita que alguns dos meios que fluem para o sanatório sejam canalizados para as instituições que necessitam de auxílio. Com certeza será melhor assim. Está de acordo com a vontade e a direção divinas, e trará a bênção de Deus ao sanatório. T8 142.4

Desejo dizer particularmente ao conselho de diretores: “Lembrem-se de que os obreiros devem ser pagos de acordo com a sua fidelidade. Deus deseja que tratemos os outros com a mais absoluta fidelidade. Alguns de vocês estão sobrecarregados de cuidados e responsabilidades, e fui instruída de que há o perigo de se tornarem egoístas e injustos para com aqueles a quem empregam.” T8 143.1

Cada transação comercial, quer seja realizada com um obreiro que ocupe posição de responsabilidade, quer com o mais humilde obreiro relacionado com o sanatório, deve ser tal que Deus possa aprovar. Devemos andar na luz enquanto há luz, para que as trevas não nos alcancem. Será muito melhor gastar menos em construções, e dar aos obreiros salários que correspondam ao valor do seu trabalho, tratando-os com misericórdia e justiça. T8 143.2

De acordo com a luz que o Senhor me concedeu, sei que Ele não está contente com muitas coisas que têm ocorrido com referência aos nossos obreiros. Deus não me revelou cada aspecto, mas têm vindo advertências de que em muitas coisas é necessário decidida reforma. Foi-me mostrado que há necessidade de que pais e mães em Israel estejam unidos com a instituição. Devem ser empregados homens e mulheres consagrados que, por não se acharem constantemente opressos por cuidados e responsabilidades, possam zelar pelo interesse espiritual dos empregados. É necessário que tais homens e mulheres estejam constantemente em atividade nos setores missionários dessa grande instituição. Não está sendo feito nem metade do que poderia ser realizado nesse sentido. Deve ser função desses homens e mulheres trabalhar pelos que estão empregados nas fileiras espirituais, dando-lhes instrução que lhes ensine a ganhar almas, mostrando-lhes que isso deve ser feito não pelo muito falar, mas por uma vida coerente e semelhante à de Cristo. Os obreiros estão expostos a influências mundanas, mas em vez de serem moldados por essas influências, devem ser consagrados missionários, controlados por uma influência que eleva e aprimora. Dessa forma aprenderão a ir ao encontro dos descrentes e a exercer uma influência que, os conquistará para Cristo. T8 143.3

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Resumo de uma carta escrita em Cooranbong, Austrália, em 28 de Agosto de 1895 T8 144.1

Deus tem uma obra para cada pessoa que trabalha no sanatório. Cada enfermeiro deve ser um conduto de bênção, recebendo iluminação do alto e deixando-a brilhar sobre os outros. Os obreiros não devem ser influenciados pelos modismos dos que procuram o sanatório em busca de tratamento, mas devem consagrar-se a Deus. A atmosfera que os circunda deve ser um cheiro de vida para a vida. As tentações os assediarão de todos os lados, mas eles devem pedir a Deus Sua presença e guia. Disse o Senhor a Moisés: “Certamente Eu serei contigo” (Êxodo 3:12); e a todo obreiro fiel e consagrado é dada a mesma certeza. T8 144.2