Testemunhos para a Igreja 7

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Capítulo 35 — A igreja e a casa publicadora

O dever da igreja e a casa publicadora

Os membros de uma igreja, dentro de cujos limites se encontra uma de nossas casas publicadoras, são privilegiados por ter em seu meio uma das agências especiais do Senhor. Devem eles avaliar esse privilégio e reconhecer que envolve uma responsabilidade muitíssimo sagrada. A influência e exemplo deles farão muito para ajudar ou estorvar a instituição no cumprimento da sua missão. T7 182.1

Ao nos aproximar da última crise, é de vital importância que haja harmonia e união entre os agentes do Senhor. O mundo está cheio de tempestade, guerra e violência. Contudo, ao mando de um chefe — o poder papal — o povo se unirá para opor-se a Deus na pessoa de Suas testemunhas. Essa união é cimentada pelo grande apóstata. Enquanto ele busca unir os seus agentes na guerra contra a verdade, esforça-se por dividir e espalhar os advogados dela. Ciúmes, suspeitas e maledicência são por ele instigados para produzir discórdia e dissensão. Os membros da igreja de Cristo têm o poder de frustrar o propósito do adversário. Num tempo como este, não sejam eles encontrados em dissensão uns com os outros, ou com qualquer dos obreiros de Deus. Por ser a Bíblia o guia da vida, haja, em meio da discórdia geral, um lugar em que imperem a harmonia e a união. Sinta o povo de Deus que sobre ele repousa uma responsabilidade no sentido de desenvolver os representantes dEle. T7 182.2

Irmãos e irmãs, o Senhor ficará satisfeito se houver decidido empenho para sustentar com suas orações e meios a publicadora. Orem, de manhã e de tarde, para que ela receba as mais ricas bênçãos de Deus. Não estimulem a crítica nem as queixas. Não saiam de seus lábios murmurações nem queixumes; lembrem-se de que os anjos ouvem essas palavras. Todos devem ser levados a ver que essas instituições são estabelecidas por Deus. Os que as rebaixam para servir aos próprios interesses, terão que prestar contas a Deus. Determina Ele que tudo que se liga à Sua obra seja tratado como sagrado. T7 182.3

Deus quer que oremos muito mais e falemos muito menos. O limiar do Céu está inundado da luz de Sua glória, e Ele fará essa luz brilhar no coração de todos quantos se relacionem devidamente com Ele. T7 183.1

Toda instituição terá que lutar com dificuldades. As aflições são permitidas para provar o coração do povo de Deus. Quando a adversidade sobrevém a uma das instituições do Senhor, fica evidente quão verdadeira fé temos em Deus e em Sua obra. Nessas ocasiões, ninguém considere as coisas sob o pior aspecto, dando vazão a dúvidas e descrença. Não critiquemos os que arcam com o peso das responsabilidades. Não sejam as conversas envenenadas em nosso lar pela crítica aos obreiros do Senhor. Pais que condescendem com esse espírito de crítica não estão apresentando perante os filhos aquilo que os há de tornar sábios para a salvação. Suas palavras tendem a abalar a fé e a confiança não só das crianças, mas também dos de mais idade. Já existe bem pouco respeito e reverência pelas coisas sagradas. Satanás se unirá mui zelosamente aos que criticam, fomentando incredulidade, inveja, ciúmes e desrespeito. Ele está sempre ativo para encher os homens de seu espírito, a fim de extinguir o amor que deveria ser sagradamente cultivado entre irmãos, desfazer a confiança, incitar à inveja, suspeitas e contendas de palavras. Não sejamos nós achados a atuar como coobreiros seus. O coração aberto para as suas sugestões pode lançar muitas sementes de amargura. Pode, assim, ser efetuado um trabalho cujos resultados, na ruína de almas, não serão jamais manifestos plenamente, senão no grande dia do juízo final. T7 183.2

Cristo declara: “Quem puser uma pedra de tropeço no caminho de um destes pequeninos que crêem em Mim, melhor seria que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e que fosse lançado no fundo do mar. Ai do mundo por causa dos tropeços! porque é necessário que apareçam tropeços; mas ai do homem por quem vem o tropeço!” Mateus 18:6, 7 (VB). T7 184.1

Uma grande responsabilidade repousa sobre os membros da igreja. Cuidem para que, por falta de atenção para com os novos na fé, e pelo lançar sementes de dúvida e incredulidade sob a instigação de Satanás, não sejam achados culpados da ruína da perdição de uma pessoa. “Fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente, antes seja sarado. Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; tendo o cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.” Hebreus 12:13-15. T7 184.2

Grande é o poder das agências satânicas e o Senhor roga ao Seu povo que se fortaleça mutuamente, “edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé”. Judas 20. T7 184.3

Em vez de cooperar com Satanás, aprenda cada qual o que quer dizer cooperar com Deus. Nestes tempos difíceis tem Ele uma obra para ser feita, a qual requer o ânimo firme e a fé que nos habilitarão a suster-nos uns aos outros. Todos devem ficar ombro a ombro e coração a coração, como cooperadores de Deus. Que não se poderia realizar com a graça de Deus e por ela se os membros da igreja estivessem unidos para suster os Seus obreiros, para amparar com suas orações e influência quando o desânimo procura infiltrar-se por todos os lados! Este é o tempo de trabalhar como mordomos fiéis. T7 184.4

Em vez de críticas e censuras, tenham nossos irmãos e irmãs palavras de animação e confiança para os instrumentos do Senhor. Deus lhes roga que animem o coração dos que arcam com grandes responsabilidades, pois com eles está trabalhando. Ele insta com Seu povo para que reconheçam o poder sustentador em Seu instrumento. Honremos ao Senhor procurando, com o máximo de nossa habilidade, dar a essas pessoas a influência que devem possuir. T7 185.1

Tendo oportunidade, falemos aos obreiros, digamos palavras que sejam uma força e inspiração. Somos demasiadamente indiferentes uns com os outros. Demasiadas vezes nos esquecemos de que nossos coobreiros carecem de força e ânimo. Em tempo de perplexidade e responsabilidades especiais, tenhamos a disposição de demonstrar-lhes nosso interesse e simpatia. Enquanto procuramos ajudá-los com nossas orações, comuniquemo-lhes que o estamos fazendo. Transmitamos a mensagem de Deus aos Seus obreiros: “Esforça-te, e tem bom ânimo.” Josué 1:6. T7 185.2

Os dirigentes de nossas instituições têm uma tarefa dificílima para manter a ordem e disciplinar sabiamente os jovens que se acham sob o seu cuidado. Os membros da igreja podem fazer muito para lhes suster os braços. Quando os jovens não se dispõem a submeter-se à disciplina da instituição ou por divergirem de seus superiores em qualquer matéria se decidem fazer prevalecer a sua própria vontade, não apóiem os pais cegamente os filhos, tomando-lhes as dores. T7 185.3

Muito, muito melhor seria que sofressem seus filhos, até que jazessem no túmulo, do que serem ensinados a tratar levianamente os princípios que se acham no próprio fundamento da lealdade para com a verdade, para com seus semelhantes e para com Deus. T7 185.4

Em caso de divergência com os que estão sob sua responsabilidade, dirija-se diretamente aos que exercem autoridade e informe-os quanto à verdade. Imagine que os dirigentes dos vários departamentos compreendem muito melhor do que os outros podem compreender quais são os regulamentos essenciais. Manifeste confiança em seu critério e respeito por sua autoridade. Ensine seus filhos a respeitar e honrar a quem Deus mostrou respeito e honra, colocando-os em posições de confiança. T7 186.1

De modo algum podem os membros da igreja mais eficientemente apoiar os esforços dos dirigentes de nossas instituições do que dando em seu próprio lar um exemplo de boa ordem e disciplina. Dêem os pais bom exemplo do que querem que eles sejam. Mantenham constantemente a pureza da linguagem e a verdadeira cortesia cristã. Não haja incentivo para o pecado, nem maledicência ou suspeita. Ensinem as crianças e jovens a respeitar-se a si mesmos, a ser fiéis aos princípios e leais a Deus. Ensinem a respeitar a lei de Deus e a ela obedecer, bem como os regulamentos do lar. Então praticarão em sua vida esses princípios e os executarão em todas as suas relações com os outros. Amarão o próximo como a si mesmos; criarão atmosfera pura e exercerão influência que animará as pessoas para seguirem o caminho que leva à santidade e ao Céu. T7 186.2

Filhos que recebem tal instrução não serão um peso, nem causa de ansiedade em nossas instituições; serão um apoio para os que arcam com responsabilidades. Com a devida instrução, serão preparados para ocupar lugares de confiança, e por preceito e exemplo, ajudarão constantemente os outros a procederem bem. Terão para com os próprios dons estima justa e farão o melhor emprego de suas faculdades físicas, mentais e espirituais. Essas almas são fortalecidas contra a tentação; não são vencidas facilmente. Com a bênção de Deus, tais pessoas são portadoras de luz; sua influência tende a educar outros para uma vida comercial que seja vida cristã prática. T7 186.3

Cheios do amor de Cristo, e atentos aos seus privilégios e oportunidades, podem os membros da igreja exercer sobre os jovens de nossas instituições influência para o bem, que se acha além de avaliação. Seu exemplo de fidelidade no lar, nos negócios e na igreja, sua manifestação de cortesia social e cristã, combinados com o interesse genuíno na felicidade espiritual dos jovens, muito contribuirão para formar o caráter desses jovens para o serviço de Deus e de seus semelhantes, tanto nesta vida como na vida futura. T7 187.1