Testemunhos para a Igreja 7

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Capítulo 28 — O propósito de Deus para as casas publicadoras

Dar testemunho da verdade

“Vós sois as Minhas testemunhas, diz o Senhor”, para “proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus.” Isaías 61:2. T7 138.1

Nossa obra de publicações foi estabelecida por direção de Deus e sob a Sua especial supervisão. Teve por desígnio o preenchimento de um propósito definido. Os adventistas do sétimo dia foram escolhidos por Deus como um povo peculiar, separado do mundo. Com a grande talhadeira da verdade Ele os cortou da pedreira do mundo, e os ligou a Si. Tornou-os representantes Seus, e os chamou para serem embaixadores Seus na obra final de salvação. O maior tesouro da verdade já confiado a mortais, as mais solenes e terríveis advertências que Deus já enviou aos homens, foram confiadas a este povo, a fim de serem transmitidas ao mundo; e na realização dessa obra nossas casas publicadoras se encontram entre os mais eficientes instrumentos. T7 138.2

Essas instituições devem ser testemunhas de Deus, mestres de justiça para o povo. Delas deve irradiar luz, como de uma lâmpada incandescente. Como grande luz num farol ou numa costa perigosa, devem emitir constantemente raios de luz que penetrem as trevas do mundo, para advertir os homens dos perigos que ameaçam destruí-los. T7 138.3

As publicações expedidas de nossas editoras devem preparar um povo para encontrar-se com Deus. Através de todo o mundo, devem elas fazer a mesma obra feita por João Batista em relação à nação judaica. Mediante comovedoras mensagens de advertência, o profeta de Deus despertou das fantasias mundanas os homens. Por meio dele, o Israel apostatado foi chamado por Deus ao arrependimento. Por suas apresentações da verdade expunha ele os enganos populares. Em contraste com as falsas teorias de seu tempo, a verdade contida em seus ensinos se destacava como uma certeza eterna. “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos Céus”, era a mensagem de João. Mateus 3:2. Essa mesma mensagem, por meio de publicações de nossas casas editoras, deve ser proclamada ao mundo hoje. T7 139.1

A profecia cumprida pela missão de João, esboça a nossa obra: “Preparai o caminho do Senhor, endireitei as Suas veredas.” Mateus 3:3. Assim como João preparou o caminho para o primeiro advento de Cristo, devemos nós prepará-lo para o segundo advento do Salvador. Nossos estabelecimentos de publicações devem exaltar as reivindicações da desprezada lei de Deus. Enfrentando o mundo como reformadores, devem mostrar que a lei de Deus é a base de toda reforma duradoura. Em termos claros e distintos, devem apresentar a necessidade da obediência a todos os Seus mandamentos. Constrangidos pelo amor de Cristo, devem com Ele cooperar na edificação dos lugares antigamente assolados, levantando os fundamentos de muitas gerações. Devem ser reparadores das roturas, restauradores das veredas para morar. Por seu testemunho deve o sábado do quarto mandamento ser apresentado como uma testemunha: um constante memorial de Deus, para atrair a atenção e despertar perguntas que dirijam o espírito dos homens para seu Criador. T7 139.2

Não se pode esquecer jamais que essas instituições devem cooperar com o ministério dos representantes do Céu. Acham-se entre os agentes representados pelo anjo voando “pelo meio do Céu”, que “tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo.” Apocalipse 14:6, 7. T7 139.3

Deles deve partir a terrível denúncia: “Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição.” Apocalipse 14:8. T7 140.1

São representados pelo terceiro anjo que se seguiu, “dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus”. Apocalipse 14:9, 10. T7 140.2

É em grande parte por meio de nossas casas editoras que se há de efetuar a obra daquele outro anjo que desce do Céu com grande poder e, com sua glória, ilumina a Terra. T7 140.3

Solene é a responsabilidade que repousa sobre nossas casas publicadoras. Os que administram essas instituições, os que dirigem os periódicos e preparam os livros, achando-se, como se acham, à luz dos propósitos divinos e chamados para dar a advertência ao mundo, são tidos por Deus como responsáveis pela salvação de seus semelhantes. A eles, bem como aos ministros da Palavra, aplica-se a mensagem dada por Deus ao Seu profeta da antigüidade: “A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da Minha boca, e lha anunciarás da Minha parte. Se Eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua impiedade, mas o seu sangue Eu o demandarei da tua mão.” Ezequiel 33:7, 8. T7 140.4

Em tempo algum esta mensagem se aplicou com maior força do que hoje. Mais e mais o mundo despreza as reivindicações divinas. Os homens têm-se tornado ousados na transgressão. A maldade dos habitantes do mundo já quase encheu a medida da sua iniqüidade. A Terra já quase chegou ao ponto em que Deus há de permitir ao destruidor operar nela segundo sua vontade. A substituição da lei de Deus pelas dos homens, a exaltação, por autoridade meramente humana, do domingo, em lugar do sábado bíblico, é o derradeiro ato do drama. Quando essa substituição se tornar universal, Deus Se revelará. Ele Se erguerá em Sua majestade para sacudir terrivelmente a Terra. Sairá de Seu lugar para punir os habitantes do mundo por sua iniqüidade, e a Terra descobrirá seu sangue, e não mais esconderá seus mortos. T7 141.1

O grande conflito que Satanás originou nas cortes celestiais logo, muito logo, há de ser para sempre decidido. Logo, todos os habitantes da Terra terão tomado partido, ou a favor ou contra o governo do Céu. Hoje, como nunca antes, Satanás está exercendo seu poder para iludir, desviar e destruir todos os incautos. Somos chamados a despertar o povo a fim de se preparar para os grandes acontecimentos que o aguardam. Temos que advertir os que se acham à beira da ruína. O povo de Deus deve pôr em ação todas as faculdades para combater as falsidades de Satanás e derrubar suas fortalezas. A todo ser humano, no vasto mundo, que dará ouvidos, devemos esclarecer os princípios que se acham em jogo no grande conflito, princípios de que depende o destino eterno das pessoas. Ao povo de longe e de perto devemos apresentar a questão: “Estão vocês seguindo o grande apóstata na desobediência à lei de Deus, ou o Filho de Deus, que declarou: ‘Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai’?” João 15:10. T7 141.2

Essa é a obra que nos espera; para ela foram estabelecidas as nossas instituições; essa é a obra que Deus delas requer. T7 142.1