Testemunhos para a Igreja 7

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Casas de saúde como refúgio

Muitas vezes esses pastores necessitam de especial cuidado e tratamento. Nossas casas de saúde devem ser um refúgio para eles, e para todos os nossos esgotados obreiros necessitados de repouso. Devem-se prover quartos onde eles possam desfrutar uma mudança e descanso, sem a contínua ansiedade quanto às despesas. Quando os discípulos estavam cansados do trabalho, Cristo lhes dizia: “Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco.” Marcos 6:31. Ele quer que se tomem medidas, de modo que Seus servos hoje tenham oportunidade de repouso e restabelecimento das energias. Nossas casas de saúde se devem abrir aos nossos operosos pastores, que fizeram tudo a seu alcance para garantir fundos para a edificação e sustento dessas instituições; e, em qualquer tempo em que eles se encontrem na necessidade das vantagens aí oferecidas, devem fazer com que eles se sintam como em casa. T7 292.2

Esses obreiros não deveriam, em tempo algum, ter de pagar preços elevados pela pensão e tratamento, nem ser considerados como mendigos ou levados de algum modo a se sentir como tais diante daqueles de cuja hospitalidade dependem. Manifestar liberalidade no uso dos recursos que Deus proveu para Seus gastos e extenuados servos, é, aos Seus olhos, genuíno trabalho missionário. Os obreiros de Deus acham-se ligados a Ele, e quando são recebidos, convém lembrar que se recebe a Cristo na pessoa de Seus mensageiros. Assim Ele o requer, e é desonrado e Se desagrada quando eles são tratados indiferentemente, com mesquinhez ou egoísmo. A bênção de Deus não acompanha um tratamento dessa espécie dado a qualquer de Seus escolhidos. Entre a irmandade médica nem sempre tem havido certa agudeza de percepção para discernir essas coisas. Alguns não as têm considerado como deveriam. Que o Senhor santifique a percepção dos que têm a administração de nossas instituições, a fim de que saibam quem deve receber verdadeira simpatia e cuidado. T7 292.3

O ramo da causa pelo qual esses cansados obreiros trabalham, deve mostrar apreço por seus esforços, auxiliando-os no tempo de necessidade, assumindo com o hospital as despesas. T7 293.1

Alguns obreiros se acham em situação que lhes permite pôr de parte um pouco do salário; e assim devem fazer, se possível, a fim de enfrentar a uma emergência; todavia, mesmo esses devem ser recebidos como uma bênção para o hospital. Mas a maior parte de nossos obreiros têm diversas e grandes obrigações a satisfazer. Todas as vezes que se necessitava de dinheiro, eles eram solicitados a ajudar, a abrir caminho para que a influência de seu exemplo pudesse estimular os outros a serem liberais e a causa de Deus progredisse. Eles sentiam tão intenso desejo de implantar o estandarte em novos campos, que muitos tomavam mesmo dinheiro emprestado para ajudar em vários empreendimentos. Não davam de má vontade, mas sentiam que era um privilégio trabalhar pela divulgação da verdade. Atendendo assim aos pedidos de dinheiro, ficaram muitas vezes com bem poucas economias. T7 293.2

O Senhor tem mantido um relatório exato de sua liberalidade para com a causa. Sabe a boa obra que eles têm feito, obra de que os obreiros mais jovens nem suspeitam. Ele tem sido conhecedor de todas as privações e renúncias da parte desses obreiros. Tem registrado todas as circunstâncias desses casos. Tudo se acha escrito nos livros. Esses obreiros são um espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens; e são uma lição prática para provar a sinceridade de nossos princípios religiosos. O Senhor quer que nosso povo compreenda que os pioneiros nesta obra merecem tudo quanto nossas instituições puderem fazer por eles. Deus nos pede para compreender que aqueles que envelheceram em Seu serviço merecem nosso amor, honra e profundo respeito. T7 294.1