Testemunhos para a Igreja 7

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Capítulo 56 — Distribuição dos recursos

A desconcertante questão dos recursos tem perturbado a muitos. Freqüentemente, através de projetos fascinantes e enganosos, Satanás tem bloqueado o caminho para avançar. A igreja não tem se colocado na dependência de Deus, porém, submetendo-se às tentações do inimigo, tem procurado levar avante planos que exigem meios que excedem suas entradas. Muito dinheiro tem sido investido em poucos lugares. Isso tem privado os campos missionários do auxílio que deveriam receber. T7 283.1

Ao construir a obra nessas partes do campo, há pessoas seguindo planos egoístas, que têm tirado meios da tesouraria do Senhor, esquecidas de que toda entrada é do Senhor, e que outras partes da Sua vinha também precisam de suprimento. Pelo motivo de não enfrentarem o julgamento, escolhem fechar os olhos para as necessidades dos seus coobreiros. Assim, campos necessitados deixam de ser trabalhados. Lançando-se impetuosamente na construção de grandes edifícios, sem avaliar o custo, sem levar em consideração quanto precisam para construir a torre, pessoas têm entrado em débito, desânimo e confusão sobre a causa. O progresso em novos campos tem sido prejudicado. T7 283.2

Tem-se apoderado da mente de alguns uma espécie de frenesi que os leva a gastar no que absorve os recursos sem qualquer perspectiva de posterior retorno. Houvesse esse dinheiro sido usado da maneira que o Senhor desejava que fosse, obreiros ter-se-iam levantado e se preparado para fazer a obra que deve ser feita antes da vinda do Senhor. A malversação de meios revela a necessidade da advertência do Senhor, de que Sua obra não deve ser cerceada por projetos humanos, de que ela deve ser feita de maneira que fortaleça Sua causa. T7 283.3

Trabalhando com planos errados, homens têm gerado dívidas para a causa. Não se permita a repetição disso. Cautelosamente ajam os que estão à testa do trabalho, recusando enterrar a causa de Deus em dívidas. Ninguém se mova negligente e descuidadamente, pensando, sem conhecimento de causa, que tudo dará certo no final. T7 284.1

Agitação e interesse inadequado na escolha do local onde investir, não contribui em nada para o avanço do trabalho como um todo. Quando se faz planos para uma edificação num lugar, é preciso levar em cuidadosa consideração os outros lugares que estão igualmente em grande necessidade quanto à construção de um edifício. O tempo é escasso, e enquanto se constroem edifícios, que sejam feitos com a devida consideração por todas as partes da vinha do Senhor. Os que estão encarregados da construção devem ser pessoas de mente equilibrada, santificada, e não alguém que, em sua ansiedade de erigir uma peça de arquitetura, traga perplexidade sobre a obra com investimentos caríssimos. T7 284.2

Deus não é causador de confusão, mas de ordem e progresso. Os que desejam promover o Seu reino, façam-no com equilíbrio e com inteligência. Não se precipitem na suposição falsa de que os recursos devem ser investidos para fazer exibição. Assim diz o Senhor: “Os recursos não devem ser gastos com prejuízo da salvação de pessoas.” T7 284.3

O resultado da administração egoísta está diante de nós hoje como uma representação da sabedoria de homens cuja mente e coração necessitam da direção do Espírito Santo. O Senhor tem maneiras de testar e provar aqueles que se dizem cristãos. Com exatidão absoluta, Ele traça os resultados da sabedoria humana, mostrando àqueles que pensavam que estavam fazendo grandes coisas de que necessitavam no passado; que tinham de aceitar que não estavam atuando pelo Espírito Santo, mas que, em muitas situações, haviam recusado o conselho do Senhor. Se tivessem feito uma auto-avaliação do início de sua obra, como pedia o Senhor, anos de serviço desonrando a Deus teriam se transformado em serviço de amor. Cada mordomo necessita realizar um exame próprio, caso contrário terá o mesmo fim que Saul, será listado para a destruição. Isso é especialmente aplicável a pessoas que ocupam cargos administrativos. Disse o Senhor: “Não ajudarei nenhum projeto egoísta.” Todos necessitam agora de buscar o Senhor. O povo de Deus não suportará as provas, a menos que haja um reavivamento e uma reforma. O Senhor não admitirá, nas mansões que Ele está preparando para os justos, uma alma auto-suficiente. T7 284.4

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Sob nenhuma circunstância deveria nosso povo, em qualquer parte do mundo, colocar todos os seus recursos em grandes e dispendiosas instituições médicas. Ajuntar um grande número de pessoas num único lugar não é o melhor para assegurar os resultados mais favoráveis na restauração física e espiritual. Além do mais, o estabelecimento de tais instituições irá tirar a oportunidade dos outros lugares onde deveriam ser fundadas instituições de saúde. Onde quer que trabalhemos, alguns desejariam obter o máximo de recursos para construir grandes edifícios, mas esse não é um plano sábio. Ao planejar uma instituição num lugar, deve-se ter em mente as necessidades de outros lugares. Que seja praticada a economia, para que se torne possível dar ao povo em outras regiões do país, semelhantes vantagens. T7 285.1