Testemunhos para a Igreja 7

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Capítulo 50 — O trabalho do pastor

Muitos campos maduros para colheita ainda não foram alcançados, por causa da falta de colaboradores altruístas. Esses campos devem ser penetrados, e muitos obreiros deveriam ser enviados custeando suas próprias despesas. Mas alguns de nossos ministros estão pouco dispostos a assumir a responsabilidade por esse trabalho com um coração benevolente como caracterizava a vida de nosso Senhor. T7 254.1

Deus Se entristece ao ver a falta de sacrifício próprio e perseverança de Seus servos. Os anjos ficam perplexos diante dessa situação. Que os obreiros de Cristo estudem Sua vida de sacrifício próprio. Ele é o nosso exemplo. Podem os pastores de hoje esperar ser chamados a suportar menos dureza do que os primeiros cristãos, os valdenses e os reformadores, em diferentes épocas, no seus esforços para levar o evangelho a todo mundo? T7 254.2

Deus confiou a Seus ministros a tarefa de proclamar a última mensagem de misericórdia ao mundo. Está descontente com aqueles que não colocam todas as suas energias nesse trabalho da maior importância. A falta de fé da parte dos vigias colocados sobre os muros de Sião põe em perigo a causa da verdade e a expõe ao ridículo do inimigo. É tempo de os pastores compreenderem a responsabilidade e a santidade de sua missão. Sobre eles pesa uma penalidade, caso deixem de fazer a obra que eles mesmos reconhecem que Deus colocou em suas mãos. T7 254.3

Não são poucos os pastores que estão negligenciando o próprio trabalho para cuja realização foram designados. Por que são aqueles que foram destinados para o ministério colocados em comissões e mesas? T7 254.4

Por que são solicitados a assistir a tantas reuniões de negócios, muitas vezes a grandes distâncias de seu campo de trabalho? Por que não são as questões comerciais postas nas mãos dos homens de negócios? Os pastores não foram separados para fazer essa obra. As finanças da causa devem ser dirigidas por homens hábeis; mas aqueles foram separados para outro ramo de trabalho. Que a administração de assuntos financeiros fique com outros e não com aqueles que foram ordenados para o ministério. T7 255.1

Os pastores não devem ser chamados para aqui e para ali para assistir a reuniões de mesas a fim de decidir questões de negócios comuns. Muitos de nossos pastores têm feito essa obra no passado, mas não é aquela em que o Senhor deseja que eles se empenhem. Demasiados encargos financeiros têm sido postos sobre eles. Quando procuram levar esses encargos, negligenciam o cumprimento da comissão evangélica. Deus considera isso como uma desonra ao Seu nome. T7 255.2

A grande vinha do Senhor requer de Seus servos algo que ainda não tem sido realizado: sincero e perseverante trabalho pela salvação das pessoas. O ministério está se tornando fraco, debilitado e, com um serviço insípido, fazendo com que as igrejas também se tornem enfraquecidas. Como resultado de seus esforços, os ministros têm pouco a mostrar em termos de conversões. A verdade não está sendo levada aos lugares mais difíceis. Essas coisas estão privando a Deus da glória que Lhe pertence. Ele está clamando por obreiros que produzam e também sejam consumidores. T7 255.3

O mundo deve ser advertido. Obreiros devem trabalhar sincera e devotadamente abrindo novos campos e empenhando-se pessoalmente pelos pecadores, em vez de ficar nas igrejas que já têm grande luz e muitas vantagens. T7 255.4